Rito de Formação Artivista: Estudo de Pedagogia de Arte-Educação Decolonial e Performativa

Abstract

Esta pesquisa apresenta a construção e desenvolvimento de um Rito de Formação Artivista, uma pedagogia de arte-educação decolonial e performativa que visa a reparação histórica e afetiva de grupos socialmente discriminados e oprimidos. A pesquisa cartográfica baseia-se na experiência de uma bixa suburbana como artista, educadora e ativista, que, ao longo do processo, desenvolveu e aplicou a metodologia com diversos grupos e em diferentes contextos, oficinas individuais e coletivas, ocupações artísticas e ações continuadas de performance. O Rito de Formação Artivista, estruturado em três etapas – Demanda, InCorpo(r)Ação e Oferenda –, propõe a aplicação da arte performativa como ferramenta para o autoconhecimento, a consciência política e social, o empoderamento e a cura socioemocional. Através de rituais criativos e formativos, os participantes são convidados a explorar suas identidades, a fortalecer seus vínculos comunitários e a desenvolver suas vozes criativas, contribuindo para a construção de uma sociedade mais consciente, crítica e engajada na luta por direitos humanos e equidade.

This research presents the construction and development of an Artivist Training Rite, a decolonial and performative art-education pedagogy aimed at the historical and affective reparation of socially discriminated and oppressed groups. The research, which is cartographic in nature, is based on the experience of a suburban bixa as an artist, educator and activist who, throughout the process, developed and applied the methodology with different groups and in different contexts, individual and collective workshops, artistic occupations and ongoing performance actions. The Artivist Training Rite, structured in three stages – Demand, InCorpo(r)Ação and Offering – proposes the application of performance art as a tool for selfknowledge, political and social awareness, empowerment and socio-emotional healing. Through creative and formative rituals, participants are invited to explore their identities, strengthen their community bonds and develop their creative voices, contributing to the construction of a more conscious, critical and engaged society in the struggle for human rights and equity.