A escola e a cidade: das relações de estranhamento aos dispositivos de cooperação

Abstract

O presente trabalho coloca atenção nas relações entre Cidade e Escola, no deslocamento das relações de estranhamento para os dispositivos de cooperação. Tenta compreender esse movimento, esse trânsito. Nossa intenção é pensar se a participação popular por meio dos conselhos e outros espaços de participação política direta pode ser potencializada, se a participação pode melhorar de forma a assumir responsabilidades reais pela construção coletiva e produção do comum. Está organizado em eixos de análise. No primeiro eixo estão alguns olhares para Cidade; no segundo eixo estão olhares para Escola; e no terceiro eixo estão olhares para a produção de Subjetividade no sentido da produção de outras formas de pensar. Em seguida apresentamos algumas notas, quase musicais visto que os cruzamentos com a arte permeiam o texto do começo ao fim. Tentamos transitar, deslocar do estranhamento aos dispositivos de cooperação nessa relação sempre tensa entre Escola e Cidade, relação que se faz por sujeitos em processos educacionais. Trabalhamos com a ideia de andarilhagem como tentativa de conceituar esse nosso movimento, de trânsito nas cidades e nas escolas, um movimento de ação-reflexão-ação na mútua implicação entre processos educacionais e produção de subjetividade.

The present work focuses attention on the relationship between City and School, on the displacement of relations of estrangement to cooperation devices. Try to understand this movement, this transit. Our intention is to think if popular participation through councils and other spaces of direct political participation can be enhanced, if participation can improve in order to assume real responsibilities for the collective construction and production of the common. It is organized into analysis axes. On the first axis are some views of the City; on the second axis are looks towards School; and in the third axis are looks at the production of Subjectivity in the sense of the production of other ways of thinking. Then we present some notes, almost musical since the intersections with art permeate the text from beginning to end. We try to move, to move from estrangement to cooperation devices in this always tense relationship between School and City, a relationship that is made by subjects in educational processes. We work with the idea of wandering as an attempt to conceptualize our movement, of transit in cities and schools, an action-reflection-action movement in the mutual implication between educational processes and the production of subjectivity