Consciência: Paradoxo Biológico ou Objeto Científico?

Abstract

From ancient Greece with Hippocrates to recent neuroscientific models of the mind, the problem of consciousness and its relation with the brain has been a considerable puzzle. Until recently, such problem was considered by many scientists and philosophers as something unreachable by scientific investigation. However, eventually, the nature of consciousness became a subject treated by a large set of disciplines. Philosophy, psychology, genetics, etology, neuroscience and evolutionary biology has dedicated special attention to understand what precisely happens with us between the moments when our receptors detect a stimulus until it reaches consciousness. In relation to this problem, this article will describe the bases of Gerald Edelman’s theory of consciousness and some philosophical evaluations of it, for example, John Searle’s critics.

Desde a Grécia Antiga com Hipócrates até os mais recentes modelos neurocientíficos da mente, o problema da consciência e sua relação com o cérebro tem sido um enigma considerável. Até pouco tempo atrás, o problema em questão era considerado por muitos cientistas e filósofos como algo à margem da investigação científica. Mas, aos poucos, a natureza da consciência tornou-se um problema de interface de uma gama de disciplinas. Além da filosofia, a psicologia, a genética, a etologia, a neurociência e a biologia evolucionária têm dedicado especial atenção para entender o que acontece exatamente conosco entre o momento que nossos receptores detectam um estímulo e este atinge a consciência. Em relação a este problema, este artigo tem o objetivo de apresentar as bases da teoria da consciência de Gerald Edelman e algumas avaliações filosóficas a respeito dela, como por exemplo, a crítica de John Searle.