O futuro do controle das formigas-cortadeiras: metabolismo de lipídeos
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Data
Autores
Supervisor
Bueno, Odair Correa 

Coorientador
Pós-graduação
Curso de graduação
Título da Revista
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Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Relatório de pós-doc
Direito de acesso
Acesso restrito
Resumo
As formigas, no ambiente em equilíbrio, de um modo geral são extremamente importantes e contribuem com diversas funções, alterando as condições físicas e químicas do solo, promovendo aeração e ciclagem de nutrientes. Além disso, as formigas têm um papel na polinização de plantas e na dispersão de sementes. Poucas espécies conhecidas de formigas são consideradas pragas, menos que 1%, contudo as perdas econômicas causadas por elas são enormes, especialmente considerando aquelas que ocorrem na silvicultura e na agricultura. Dentre as espécies de formigas economicamente importantes no Brasil, as formigas-cortadeiras se destacam, sendo que os efeitos também podem ser indiretos, como os decorrentes da contaminação ambiental causados pela utilização de agrotóxicos para o seu controle. Já é sabido, de muito tempo que as suas características comportamentais e biológicas, como organização social, a associação ao fungo simbionte e a estrutura dos ninhos com diversas câmaras interligadas dificultam e até inviabilizam a utilização de algumas técnicas de controle, tornando-se ainda mais desafiador. Por este motivo, apesar das várias restrições, o controle químico é a única metodologia disponível em escala comercial para o controle de formigas-cortadeiras, diferindo pelo tipo de formulação do produto tóxico e modo de aplicação. Os ingredientes ativos mais utilizados presentes nas iscas tóxicas são o fipronil, o clorpirifós e a sulfluramida. Compostos já sancionados em diversos países, mantidos aqui no Brasil devido a ineficácia de outros componentes para o controle de formigas cortadeiras. Neste cenário, as otimizações de iscas tóxicas, assim como a busca por novos ativos torna-se indispensáveis. Com base no conhecimento de que o mecanismo de produção de ATP poderia ser a via mais eficiente para o controle dessas formigas, o metabolismo de lipídio produz um elevado conteúdo energético, além disso, as formigas apresentam um órgão especializado na cabeça responsável pelo armazenamento e metabolismo de lipídios. Neste trabalho, pretende-se ampliar os conhecimentos sobre a importância do metabolismo de lipídios para a formiga-cortadeira A. sexdens rubropilosa na obtenção de energia e na manutenção da espécie. Genes das enzimas envolvida na primeira reação do processo de β-oxidação, tanto nas mitocôndrias como nos peroxissomos, assim como algumas peroxidases foram identificados. Os níveis de transcrição foram avaliados e se mostraram inicialmente mais ativos na cabeça após a alimentação suplementada com óleo, confirmando o metabolismo inicial na e posterior distribuição para o corpo. Os estudos para utilização de dsRNA em operárias foram iniciados, contudo ainda não conseguimos classifica-los como alvos bons ou ruins por desafios encontrados na metodologia que ainda devem ser acompanhados, principalmente relacionados à internalização do dsRNA nas formigas.
Descrição
Palavras-chave
Formiga-cortadeira, A. sexdens rubropilosa, Lipídios Metabolismo, Glândula pós-faríngea
Idioma
Português