Uso de curativo intraoral no pós-operatório de cirurgias de implantes osseointegráveis. Estudo clínico prospectivo e randomizado

Abstract

Os tecidos moles peri-implantares desempenham um papel fundamental na estabilidade e longevidade dos implantes osseointegráveis, atuando como barreira protetora contra inflamações e infecções, além de prevenir a reabsorção óssea alveolar. A proteção mecânica desses tecidos, por meio de curativos intraorais como o Ora-Aid®, tem sido proposta como uma estratégia para otimizar o reparo tecidual. Este estudo avaliou os efeitos do uso do Ora-Aid® na recuperação pós-operatória de implantes dentários. Vinte e quatro pacientes foram distribuídos em dois grupos: Grupo Controle (GC), submetido apenas à sutura simples, e Grupo Experimental (GE), que recebeu a sutura associada ao curativo intraoral. Os desfechos analisados incluíram trismo, edema, dor, qualidade de vida, sangramento pós-operatório, necessidade de analgésicos de resgate, reparo das feridas cirúrgicas e estabilidade do curativo. Os resultados mostraram que ambos os grupos apresentaram desfechos clínicos semelhantes, sem diferenças estatisticamente significativas entre as variáveis analisadas. No entanto, o GE apresentou uma tendência à redução no sangramento e na intensidade da dor, além de menor consumo de analgésicos, sugerindo um possível benefício no conforto pós-operatório.

Peri-implant soft tissues play a crucial role in the stability and long-term success of osseointegrated implants, acting as a protective barrier against inflammation and infection while preventing alveolar bone resorption. The mechanical protection of these tissues using intraoral dressings such as Ora-Aid® has been proposed as a strategy to optimize tissue healing.This study evaluated the effects of using Ora-Aid® on postoperative recovery following dental implant placement. Twenty-four patients were divided into two groups: the Control Group (CG), which received simple sutures only, and the Experimental Group (EG), which received sutures combined with the intraoral dressing. The analyzed outcomes included trismus, edema, pain, quality of life, postoperative bleeding, need for rescue analgesics, wound healing, and dressing stability.The results showed that both groups presented similar clinical outcomes, with no statistically significant differences between the analyzed variables. However, the EG exhibited a tendency toward reduced bleeding and pain intensity, as well as lower analgesic consumption, suggesting a potential benefit in postoperative comfort.