A dança e sua influência no estado de ânimo, ansiedade e depressão em pessoas idosas: uma revisão sistemática

Abstract

O objetivo deste estudo foi analisar os efeitos da prática da dança sobre o estado de ânimo, ansiedade ou depressão em pessoas idosas, por meio de uma revisão sistemática. Foram realizadas buscas em seis bases de dados (Lilacs, Pubmed, Scielo, Scopus, Web of Science, Embase) utilizando palavras-chave pré-definidas em português, espanhol e inglês no período de mês a mês de 2024, restringindo a busca aos últimos 10 anos. No contexto da América Latina, foram identificados 1.388 artigos. Após a triagem, apenas seis artigos foram incluídos na análise final, sendo todos eles publicados no Brasil. A análise desses estudos mostrou que a dança pode reduzir sintomas negativos relacionados à saúde mental de pessoas idosas, mas apenas três pesquisas apresentaram resultados estatisticamente significativos. Contudo, todos os estudos relataram melhorias significativas na aptidão física. Concluímos que o tema ‘dança e saúde mental de pessoas idosas’ ainda está em crescimento e necessita de mais pesquisas/intervenções para garantir a eficácia da dança como uma intervenção não farmacológica para a saúde mental de pessoas idosas, especialmente considerando a ausência de estudos na América Latina para além do Brasil.

The objective of this study was to analyze the effects of dancing on mood, anxiety or depression in elderly people, through a systematic review. Searches were carried out in six databases (Lilacs, Pubmed, Scielo, Scopus, Web of Science, Embase) using predefined keywords in Portuguese, Spanish and English in the period from month to month of 2024, restricting the search to the last 10 years. In the context of Latin America, 1,388 articles were identified. After screening, only six articles were included in the final analysis, all of which were published in Brazil. Analysis of these studies showed that dancing can reduce negative symptoms related to mental health in older people, but only three studies presented statistically significant results. However, all studies reported significant improvements in physical fitness. We conclude that the topic 'dance and mental health of older people' is still growing and requires more research/interventions to ensure the effectiveness of dance as a non-pharmacological intervention for the mental health of older people, especially considering the lack of studies on Latin America beyond Brazil.