Publicação: Autoeficácia de futuros professores para promoção de escola saudável
Carregando...
Arquivos
Data
2024-12-17
Autores
Orientador
Iaochite, Roberto Tadeu [UNESP)
Coorientador
Costa Filho, Roraima Alves da
Pós-graduação
Educação - IB
Curso de graduação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Dissertação de mestrado
Direito de acesso
Acesso aberto

Resumo
Resumo (português)
A promoção da saúde é um tema emergente, especialmente para crianças e jovens brasileiros. Um dos ambientes profícuos para a promoção da saúde voltada a esse público é a escola, considerando suas obrigações e potencialidades. Um dos possíveis agentes dessa empreitada necessária no ambiente educacional é o professor, tendo em vista seu papel fundamental dentro das instituições. Contudo, questiona-se se os professores estão preparados para tal ação, ou seja, se durante seus processos formativos tiveram momentos de aprendizagem e reflexão sobre a temática. Sabe-se que um dos momentos formativos fundamentais na carreira docente é a formação inicial. Assim, dada a relevância do tema da saúde no contexto escolar, é essencial que os futuros professores tenham, em sua formação inicial, qualificação suficiente para desenvolvê-lo na escola. Entretanto, a literatura levanta dúvidas sobre se, de fato, os futuros professores conhecem e se percebem capazes de trabalhar esse tema em suas práticas pedagógicas futuras. Este estudo investiga os conhecimentos, as experiências e a crença de autoeficácia de futuros professores para promover uma escola saudável. A investigação caracteriza-se como um estudo descritivo-exploratório, com análise quantitativa e qualitativa. A população do estudo é composta por estudantes dos cursos de licenciatura em Ciências Biológicas, Educação Física e Pedagogia de uma universidade pública paulista localizada no interior do estado. Como instrumentos de coleta de dados foram utilizados: a) Questionário de caracterização do participante e sobre aspectos relacionados à temática da saúde e b) Escala de autoeficácia para promoção de uma escola saudável. Os dados foram coletados de forma online e analisados tanto por meio de estatística descritiva e inferencial, com o auxílio do software IBM SPSS, versão 29 para Windows, quanto por meio do método de análise de conteúdo, sistematizado com o auxílio do Microsoft Excel, versão 10 para Windows. Descobrimos que os futuros professores apresentaram conhecimentos medianos em relação ao tema de promoção de saúde na escola (M = 2,88; DP = 0,76) e crença de autoeficácia para a promoção de uma escola saudável moderadamente alta (M = 4,02; DP = 0,56). A idade dos futuros professores se correlacionou positivamente (R = 0,387; p < 0,001) com a crença, e os futuros professores de Pedagogia apresentaram as maiores médias de crença (M = 4,23; DP = 0,54). Revelou-se que os futuros professores veem a saúde como um conceito que envolve perspectivas focais, entendem que “saúde na escola” está associada a questões do ambiente e ações de prevenção, julgam que seus pontos fortes estão relacionados à promoção de questões de saúde física e mental, e seus pontos fracos estão ligados à atributos pessoais. Por fim, é evidenciado que a formação inicial influencia tanto positivamente quanto negativamente a confiança pessoal para ensinar saúde na escola. Conclui-se que a formação inicial de professores deve ser revista para integrar a temática da saúde e fortalecer a autoeficácia, promovendo benefícios concretos em práticas pedagógicas futuras. Pesquisas futuras devem explorar estratégias que fortaleçam esses aspectos, além de mudanças em políticas públicas e na criação de ambientes escolares interrelacionados com outros setores da saúde, sendo essas ações, fundamentais para a promoção efetiva de escolas saudáveis.
Resumo (inglês)
Health promotion is an emerging topic, especially for Brazilian children and youth. One of the most promising environments for promoting health among this audience is the school, considering its responsibilities and potential. Teachers are among the key agents in this essential effort within the educational setting, given their fundamental role in institutions. However, questions arise about whether teachers are adequately prepared for this task, that is, whether they had opportunities during their training to learn about and reflect on the subject. Initial teacher training is recognized as a pivotal stage in the teaching career. Therefore, given the relevance of health in the school context, it is essential that future teachers receive sufficient qualification in their initial training to address this topic in schools. Nonetheless, the literature raises doubts about whether future teachers truly understand and feel capable of addressing this subject in their future pedagogical practices.This study investigates the knowledge, experiences, and self-efficacy beliefs of future teachers regarding the promotion of a healthy school environment. It is a descriptive-exploratory study with both quantitative and qualitative analyses. The study population comprises undergraduate students in Biological Sciences, Physical Education, and Pedagogy at a public university in São Paulo state, Brazil. The data collection instruments included: (a) a participant characterization questionnaire addressing aspects related to the health theme, and (b) a self-efficacy scale for promoting a healthy school. Data were collected online and analyzed using both descriptive and inferential statistics with the IBM SPSS software, version 29 for Windows, and content analysis supported by Microsoft Excel, version 10 for Windows.The results revealed that future teachers demonstrated moderate knowledge about health promotion in schools (M = 2.88; SD = 0.76) and moderately high self-efficacy beliefs for promoting a healthy school (M = 4.02; SD = 0.56). The age of future teachers correlated positively (R = 0.387; p < 0.001) with self-efficacy, and Pedagogy students reported the highest self-efficacy scores (M = 4.23; SD = 0.54). Future teachers viewed health as a concept involving specific perspectives, associated “health in school” with environmental issues and preventive actions, perceived their strengths as related to promoting physical and mental health, and identified their weaknesses as linked to personal attributes.Finally, it was evident that initial teacher training influences personal confidence in teaching health in schools, both positively and negatively. The findings suggest that initial teacher education programs should be revised to integrate the health theme and strengthen self-efficacy, thereby fostering concrete benefits in future pedagogical practices. Future research should explore strategies to enhance these aspects, along with changes in public policies and the creation of school environments interconnected with other health sectors, as these actions are fundamental for effectively promoting healthy schools.
Descrição
Palavras-chave
Idioma
Português