Comparação biomecânica de três construções com placas bloqueadas para estabilização de modelo de fratura femoral cominutiva em gatos

Abstract

O estudo avaliou biomecanicamente três configurações de placas bloqueadas de titânio para estabilização de modelo de fratura cominutiva da diáfise femoral em gatos. Foram formados quatro grupos: G1 – placa bloqueada; G2 – placa com pino intramedular; G3 – placa dupla em orientação ortogonal; G4 – osso íntegro. No G1, utilizou-se placa de 16 furos com parafusos bicorticais nos orifícios bloqueados 1, 3, 7, 10, 14 e 16. No G2, foi adicionado um pino intramedular, com parafusos monocorticais nas mesmas posições de G1. No G3, foram utilizados parafusos nas mesmas posições de G1; porém, nos orifícios 7 e 10, esses foram monocorticais. Além disso, uma segunda placa com oito furos foi aplicada em orientação ortogonal, também com parafusos monocorticais (orifícios 1, 3, 6, 8). As construções foram submetidas ao ensaio cíclico de compressão axial excêntrica, seguido por ensaio destrutivo, sendo somente este último efetuado nos espécimes de G4. No ensaio cíclico, observou-se diferença significativa na rigidez (N/mm) entre G1 e G2, e entre G1 e G3, mas não entre G2 e G3, que apresentaram rigidez superior à de G1. A deformação avaliada com Gage 1 (placa lateral) variou entre os grupos, com G1>G2>G3, bem como a com Gage 2 (pino intramedular e placa ortogonal) G2>G3. No ensaio destrutivo, a força máxima (N) foi estatisticamente maior entre G4 e G1, G4 e G2, e G3 e G1, mas não houve diferença entre G4 e G3, G3 e G2, ou G2 e G1. O deslocamento máximo (mm) do G2 foi superior aos de G4 e G3. Concluiu-se que as construções de G2 e G3 oferecem melhor estabilidade estrutural do que G1, porém G2 apresentou maior deformação total.

The study biomechanically evaluated three configurations of titanium locking plates to stabilize of comminuted femoral shaft fracture model in cats. Four groups were formed: G1 – locked plate; G2 – plate with intramedullary pin; G3 – double plate in orthogonal orientation; G4 – intact bone. In G1, a 16-hole locking plate was used, with bicortical screws placed in holes 1, 3, 7, 10, 14, and 16. In G2, an intramedullary pin was added, with monocortical screws in the same positions as G1. In G3, screws were placed in the same positions as in G1; however, monocortical screws were used in holes 7 and 10. In addition, a second plate (8 holes) was applied in orthogonal orientation, with monocortical screws placed in holes 1, 3, 6, 8. All constructs were subjected to a cyclic eccentric axial compression test, followed by a destructive load test. G4 specimens were only evaluated with the destructive test. In the cyclic test, a significant difference in stiffness (N/mm) was observed between G1 and G2, and between G1 and G3, but not between G2 and G3, which presented higher stiffness than G1. The deformation evaluated with Gage 1 (lateral plate) varied between the groups, with G1>G2>G3, as well as Gage 2 (intramedullary pin and orthogonal plate), with G2>G3. In the destructive test, the maximum force (N) was statistically higher between G4 and G1, G4 and G2, and G3 and G1, but there was no difference between G4 and G3, G3 and G2, or G2 and G1. The maximum displacement (mm) in G2 was greater than that of G4 and G3. In conclusion, the constructions of G2 and G3 provided superior structural stability to G1, but G2 exhibited a highest total deformation.