O efeito do treinamento resistido no tratamento do lipedema: uma revisão de literatura

Abstract

O lipedema é uma doença crônica progressiva marcada pelo acúmulo anormal de gordura no tecido subcutâneo, de forma bilateral e simétrico nos membros. Acomete majoritariamente mulheres por estar associado com uma aparição intrinsecamente relacionada às fases hormonais da puberdade, da menopausa e da gravidez. A literatura ainda não chegou em um consenso a respeito da sua origem. Em função disso, a falta de estruturação para um diagnóstico é recorrente, o que resulta em indivíduos, normalmente mulheres, mal diagnosticados. A despeito do tratamento, algumas formas de controle são vistas, existem métodos mais invasivos que suscitam mais eficácia, mas pouco espaço literário é dado ao treinamento resistido (TR). Tendo essa perspectiva, o objetivo do estudo é encontrar um ponto em comum entre o treinamento resistido e a doença, a fim de elencar o que é visto como promissor ou não na literatura para uma eventual erradicação da doença ou artifícios para combater sua progressão. Os resultados propuseram que o treinamento resistido pode ser um achado para minimizar o impacto da doença, controlando variáveis como peso corporal, mobilidade e aspectos psicossociais. De maneira conclusiva, o treinamento resistido não tem capacidade de cura, mas pode ser usado como terapia auxiliar conservadora para cuidados e também para minimizar as avarias da doença.

Lipedema is a chronic, progressive disease marked by the abnormal accumulation of fat in the subcutaneous tissue, bilaterally and symmetrically in the limbs. It mostly affects women because they are associated with a bride who is intrinsically related to t he hormonal phases of puberty, menopause and pregnancy. The literature has not yet reached a consensus regarding its origin. As a result, the lack of structure for a diagnosis is recurrent, which results in individuals, usually women, being poorly reported . Regarding treatment, some forms of control are seen, there are more invasive methods that are more effective, but little literary space is given to resistance training (RT). Having this perspective, the objective of the study is to find a common point be tween resistance training and the disease, in order to list what is seen as promising or not in the literature for an eventual eradication of the disease or planned to combat its progression. The results suggest that resistance training can be a way to min imize the impact of the disease, controlling variables such as body weight, mobility and psychosocial aspects. Conclusively, resistance training does not have the capacity to cure, but it can be used as a conservative auxiliary therapy for care and also to minimize variants of the disease.