Mito e metalinguagem em Niebla, de Miguel de Unamuno

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Data

2012-12-07

Autores

Campos, Alexandre Silveira [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

A presente tese de doutorado tem por objetivo investigar a questão do mito e da construção discursiva no romance Niebla (1914) de Miguel de Unamuno e como, através de estratégias de escrita que colocaram este romance espanhol na categoria das obras literárias que inovaram o gênero no início do século XX, é realizada, na elaboração de um pequeno drama burguês, a formação de um amplo painel das questões sócio-culturais e das relações dos discursos míticos deste período. Assim, Unamuno faz convergir, em sua obra, questões literárias, culturais, políticas, ideológicas e existenciais, as quais dirige ao seu leitor, e passa para este a responsabilidade de decisão dos sentidos, num processo de escrita que privilegia, em todos os níveis e sobretudo, o diálogo. A esse tipo de romance “dialógico” Unamuno dá o nome de “nivola”. Dentro desta perspectiva, o presente trabalho propõe-se a investigar o caráter metalinguístico do texto unamuniano; as relações, diretas e indiretas, que o romance Niebla tem com a chamada “modernidade” estética do início do século XX; a necessidade de renomeação do gênero e as implicações da criação da nivola como projeto estético; a discussão da relevância dos espaços no romance; a importância dos discursos míticos, vivos e atuantes, que aparecem na obra, na relação entre mito, lenda e relato. Na discussão da problemática do mito, que inclui a elaboração do seu discurso e das formas de metalinguagem, optou-se predominantemente por um instrumento de análise baseado na definição da semiologia barthesiana do mito, por dois motivos: por tratar do mito como discurso, ou seja, como um fenômeno amplo de linguagem e por lidar com os discursos míticos vivos e atuantes nas sociedades modernas, sobretudo os que têm maior expressão no cenário mítico da sociedade burguesa
Este trabajo de doctorado tiene como objetivo principal investigar la cuestión del mito y de la construcción discursiva en la novela Niebla (1914) de Miguel de Unamuno y como, a través de estrategias de escrita que pusieron esta novela en la categoría de las obras literarias que innovaron el género en los principios del siglo XX, es realizada, en la formación de un pequeño drama burgués, la elaboración de un amplio retrato de las cuestiones socio-culturales y de las relaciones del discurso mítico de este período. Así, Unamuno converge en su obra problemáticas literarias, culturales, políticas, ideológicas y existenciales; las cuales dirige a su lector y pasa a él la responsabilidad de decisión de los sentidos, en un proceso de escrita que privilegia, en todos los niveles y sobretodo, el diálogo. A esto tipo de novela dialógica, Unamuno le da el nombre de “nivola”. En esta perspectiva, este trabajo se propone a investigar el carácter metalingüístico del texto unamuniano; las relaciones, directas e indirectas, que Niebla tiene con la llamada “modernidad estética” del comienzo del siglo XX; la necesidad de renombrar el género y las implicaciones de la creación de la “nivola” como proyecto estético; la discusión de la relevancia de los espacios en la novela; la importancia de los discursos míticos, vivos y actuantes, que aparecen en la obra en la relación entre mito, leyenda y relato. En la discusión del problema del mito, que incluye la elaboración de su discurso y de sus formas de metalenguaje, se optó por un instrumento de análisis basado en la definición de la semiología barthesiana del mito, por dos motivos: por ver el mito como discurso, es decir, como un fenómeno amplio de lenguaje y por investigar los discursos míticos vivos y actuantes en las sociedades modernas, sobretodo los que tienen mayor expresión en el escenario mítico de la sociedad burguesa

Descrição

Palavras-chave

Unamuno, Miguel de, 1864-1936, Mito na literatura, Mito, Linguagem

Como citar

CAMPOS, Alexandre Silveira. Mito e metalinguagem em Niebla, de Miguel de Unamuno. 2012. 161 f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara, 2012.