Dissertações - Ciências Fisiológicas - FOA

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  • ItemDissertação de mestrado
    Efeito da terapia hormonal de longa duração com estrogênio sobre comportamento cognitivo e funcional de ratas Wistar senescentes.
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-07-06) Esperança, Thainá Daguane [UNESP]; Dornelles, Rita Cássia Menegati [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O envelhecimento resulta do declive gradativo funcional celular, programado e pendente de tempo que todos seres vivos propendem passar. Na perimenopausa, uma das fases do envelhecimento reprodutivo, as interações dos neurônios produtores do hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH), gonadotrofinas e esteroides gonadais, e a atividade de neurônios de regiões como o locus coeruleus (LC) e hipocampo (HP) podem comprometer biomarcadores do estado redox, levando a alterações comportamentais e neuroprotetoras. Nossa hipótese é que a terapia hormonal com estrogênio (THE) propicia ação estimuladora e consequente modulação de biomarcadores do estado redox hipocampal, promovendo a manutenção de processos mnemônicos, indução de resposta ansiolítica e melhora da marcha no período do envelhecimento. Para testar esta hipótese, analisamos o perfil ansiolítico, memória de reconhecimento, deambulação, biomarcadores oxidativos, atividade e viabilidade celular do LC e HP de ratas Wistar senescentes. Portanto, nosso objetivo foi análise do comportamento cognitivo e funcional de ratas submetidas ou não a THE na fase da periestropausa. Quarenta ratas participaram do estudo, 20 receberam óleo de milho (grupo 21Me/Ve; óleo de milho/0,2mL/sc; 2x/semana) e 20 foram submetidas a THE (grupo 21Me/E2; 17β-estradiol/15 μg/Kg/sc; 2x/semana) por 120 dias. Testes de campo aberto, labirinto em cruz elevado, reconhecimento de objetos e deambulação foram realizados imediatamente antes e ao final do período de tratamento. Dos encéfalos decapitados os hipocampos isolados foram destinados a análises bioquímicas, por sua vez, encéfalos perfundidos foram destinados para análises histológicas das regiões CA1, CA3 e GD hipocampais e LC. Animais do Grupo 21Me/E2 apresentaram tempo total, frequência de entradas significantemente maior nos braços abertos e região central do campo aberto, além de maior locomoção do mesmo em relação ao grupo 21Me/Ve, exibindo perfil ansiolítico em geral. No teste de reconhecimento de objetos, o grupo 21Me/Ve apresentou diminuição na memória de longo prazo e as ratas do grupo 21Me/E2 mantiveram-se com mesmo índice como aos 17 meses de idade além de melhor equilíbrio do estado redox hipocampal. Nossos resultados mostraram diminuição no comprimento e maior largura da passada dos animais aos 21 meses de idade, que foi revertido para aqueles que receberam T HE, bem como, atuando sobre prevenção à perda celular neuronal. Este estudo fornece evidências da eficácia do THE, mostrando que mudanças significativas ocorrem na etologia, biomecânica e bioquímica cerebral de ratas naturalmente envelhecidas durante a senescência ovariana. Portanto, nossos resultados sugerem que a administração de E2 exógeno é necessária, especialmente no período de intensa irregularidade do ciclo, para restabelecer as funções realizadas, bem como possibilitar a exploração progressiva da terapia como recurso preventivo para distúrbios neuropsicológicos e distúrbios neurodegenerativos.
  • ItemDissertação de mestrado
    Avaliação das vias de sinalização insulínica e inflamatórias no músculo esquelético de ratos com periodontite apical submetidos ao tratamento com melatonina
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-04-20) Carvalho, Núbia Ramos [UNESP]; Matsushita, Dóris Hissako [UNESP]; Teixeira, Giovana Rampazzo [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A associação entre inflamação oral e saúde sistêmica tem se tornado um assunto de grande interesse da comunidade médica e odontológica, visto que o número de publicações sobre este tema aumentou consideravelmente nos últimos anos. A periodontite apical (PEA) está relacionada ao aumento de citocinas pró-inflamatórias que podem atuar de forma local e sistêmica. Além disso, esta inflamação oral está associada à síndrome metabólica e diabetes mellitus. Estudos anteriores constataram que ratos adultos com PEA apresentam resistência insulínica (RI) e alterações nas vias do sinal insulínico e inflamatórias no músculo esquelético. Sabe-se que a melatonina (MEL) melhora a RI e possui propriedades anti-inflamatórias. Nesse sentido, hipotetizamos que a administração de MEL em ratos com PEA possa prevenir ou diminuir a RI e as alterações nessas vias citadas acima. Portanto, o presente estudo tem como objetivo verificar os efeitos da administração da MEL na RI, concentrações plasmáticas de citocinas inflamatórias, perfil lipídico e vias insulínica e inflamatória em ratos com PEA. Para tanto, foram utilizados 72 ratos Wistar com 60 dias de idade distribuídos aleatoriamente em 4 grupos (n = 18): a) controle (CN); b) controle com MEL (CNMEL); c) ratos com PEA induzida em primeiros e segundos molares inferiores do lado direito (PEA); d) PEA com MEL (PEAMEL). As PEAs foram induzidas aos 60 dias de idade empregando-se broca em aço carbono dotada de esfera na extremidade com 0,1 mm em primeiros e segundos molares inferiores do lado direito. Após a indução das PEAs, foi iniciada a administração de MEL (5mg/Kg) via oral por meio de gavagem durante 60 dias. Ao término do tratamento foram analisados os seguintes parâmetros: 1) reabsorção óssea e intensidade do infiltrado inflamatório das hemimandíbulas direitas; 2) glicemia; 3) insulinemia; 4) resistência insulínica (HOMA-IR); 5) concentrações plasmáticas de citocinas inflamatórias (TNF-α, IL-6, IL-10 e IL-1β) e melatonina; 6) perfil lipídico (colesterolemia e triacilgliceridemia); 7) grau de fosforilação em tirosina da pp185 e grau de fosforilação em serina da Akt (antes e após o estímulo insulínico) em músculo sóleo (MS) e músculo extensor digital longo (EDL); 8) grau de fosforilação de IKK, JNK, ERK 1/2, NF-𝜅���������B p65 e NF-𝜅���������B p50 em MS e EDL; 9) expressão gênica de GLUT4 e do IRS-1 em MS e EDL. A análise estatística foi feita por análise de variância (ANOVA) de dois fatores seguido pelo teste de Bonferroni e as diferenças entre os grupos foram consideradas significantes quando p<0,05. O presente estudo demonstrou que a PEA em ratos promoveu: RI; dislipidemia; aumento das concentrações de citocinas pró-inflamatórias (TNF-α, IL-6 e IL-1β) e diminuição nas concentrações plasmáticas de melatonina e IL-10 (anti-inflamatória). Ademais, foi observado uma menor fosforilação de JNK no grupo CNMEL e PEAMEL em comparação ao grupo PEA no EDL. A suplementação com MEL em ratos com PEA promoveu melhora na RI, nas concentrações de colesterol total, nas concentrações plasmáticas de TNF-α, IL-10 e melatonina. Entretanto, não houve alterações no grau de fosforilação de grau de fosforilação da pp185 em tirosina e Akt em serina; expressão gênica da proteína transportadora de glicose (GLUT4) e IRS1; IKKα/β; NFkB p65 e NFkB p50 em ambos os tecidos.
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    O tratamento com apocinina previne a disfunção endotelial ao melhorar a função das caveolas em aortas de ratos espontaneamente hipertensos (SHR)
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-03-31) Silva, Mariana Santana Quirino da [UNESP]; Silva, Cristina Antoniali [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O menor número e a função prejudicada das cavéolas em células endoteliais de artérias de SHR tem sido associado à disfunção endotelial e hipertensão. O tratamento com Apocinina previne o aumento da pressão arterial e a disfunção endotelial em SHR. A hipótese deste estudo é que a Apocinina melhora o papel das cavéolas em aortas de SHR. Aortas de ratos Wistar e SHR, não tratados e tratados com Apocinina (30mg/Kg, v.o, da 4ª a 10ª semana de vida) foram incubadas por 30 minutos com metil-beta-ciclodextrina (dextrina, 10 mmol/L). Curvas concentração-efeito para acetilcolina (ACh) e para o ionóforo de cálcio A23187 foram analisadas na ausência e presença de dextrina e comparada entre os grupos. Nossos resultados mostraram que o tratamento com Apocinina reduziu a pressão arterial em SHR, aumentou a resposta vasodilatadora à ACh e a concentração de NOx em aortas de SHR. A dextrina prejudicou a função endotelial em ambos os grupos não tratados, mas seu efeito foi mais prejudicial em aortas de SHR do que em aortas de Wistar. Interessantemente, a Apocinina preveniu o efeito da dextrina em aortas de SHR, mas não em aortas de ratos Wistar. Em aortas de SHR tratados com Apocinina, a dextrina não alterou a resposta vasodilatadora à ACh ou a concentração de NOx. Em conclusão, nossos resultados sugerem que o tratamento com Apocinina previne a disfunção endotelial ao melhorar a função das cavéolas em aortas de SHR.
  • ItemDissertação de mestrado
    Alisquireno modula o metabolismo ósseo em camundongos diabéticos com doença periodontal
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-12-21) Ribeiro, Bianca da Silva [UNESP]; Oliveira, Sandra Helena Penha de [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O sistema renina-angiotensina (SRA), além da inflamação, está associado à remodelação óssea pela ação da angiotensina. No presente estudo avaliamos o papel da renina no metabolismo ósseo mandibular em camundongos normais (N) e diabéticos (D) com Doença Periodontal (DP). Usamos camundongos Balb/c machos e o diabetes foi induzido por injeção intraperitoneal de estreptozotocina (STZ). A DP foi induzida pela inserção de uma ligadura bilateral nos primeiros molares inferiores. O tratamento foi administrado concomitantemente por 15 dias na dose de 50 mg/kg de Alisquireno (Alisk). Os animais foram eutanasiados e as mandíbulas coletadas para análise morfológica, expressão gênica, marcação tecidual e produção de citocinas pró-inflamatórias. A análise morfológica mostrou perda óssea acentuada em ambos os grupos, com piora da perda óssea no grupo D tratado com Alisk (DAlisk+PD). A produção de citocinas pró-inflamatórias teve um aumento na expressão de IL1-β em ambos os grupos com DP (NPD e DPD), um aumento na expressão de IL-6 apenas em camundongos D com DP (DPD), e um aumento na expressão de TNF-α em camundongos N, mas não em camundongos D. O tratamento com Alisk diminuiu significativamente a produção de IL-6 em camundongos D e IL-1β em ambos os grupos. A expressão gênica dos fatores de formação óssea mostrou diminuição de Alp, Col1a1 e Ocn, e aumento de Bmp2 e Opn no grupo DPD. O tratamento com Alisk não alterou Alp, Col1a1 e Ocn, mas diminuiu Opn. No grupo N com DP (NPD) houve aumento na expressão de Col1a1 e Bsp. O tratamento com Alisk diminuiu a expressão desses marcadores (NAlisk+PD). A expressão dos marcadores de reabsorção óssea Trap, Mmp9, Oscar e Socs1 foi maior no grupo NPD, enquanto no grupo DPD houve aumento na expressão de Trap, Mmp9 Ctsk e Oscar, e observamos o mesmo resultado no grupo DPD em relação à marcação tecidual. O tratamento no grupo DALisk+PD, Alisk aumentou significativamente a expressão de Oscar e Socs1. No grupo NAlisk+PD, Alisk reduziu Trap e Mmp2. Em conclusão, nosso estudo sugere que a renina tem um papel protetor no metabolismo ósseo em animais D com DP, uma vez que sua inibição por Alisk causou uma deterioração significativa no metabolismo ósseo nesses animais, já que na ausência de renina foi observado um aumento de Oscar. e SOCS-1, bem como IL-6 e IL-1β que são citocinas osteoclastogênicas.
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    Análise da qualidade muscular e funcionalidade de ratas senescentes após treinamento combinado
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-07-01) Cavalcante, Débora Prazias [UNESP]; Dornelles, Rita Cassia Menegati [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A sarcopenia compõe a síndrome da fragilidade que pode levar a quedas, fraturas, incapacidade física e mortalidade. Evidências sugerem que a falta de exercício físico favorece a perda de força e massa muscular. Assim, o presente estudo tem como objetivo avaliar os efeitos do treinamento combinado (TC) no estado redox (sangue e gastrocnêmio) e a imunomarcação de irisina no gastrocnêmio de ratas Wistar no período de senescência reprodutiva. Ratas em periestropausa (17 – 21 meses) e aderentes ao exercício físico foram distribuídas nos grupos não treinadas (NT; n = 10) e TC (n = 10). Durante 4 meses, as ratas foram submetidas ao TC 3x por semana, com treinamento de força (TF) seguido de treinamento aeróbio (TA), o teste de capacidade de carga voluntária máxima (CCVM) e o teste incremental de velocidade máxima (TIVM) foram aplicados para ajustar as cargas e a velocidade durante o período de treinamento. Observamos que o exercício físico regular levou a ganhos de força muscular, hipertrofia e melhora da marcha, além de melhora da capacidade aeróbica, diminuição de TBARS e aumento da defesa antioxidante no músculo gastrocnêmio (TAC; SOD) e plasma (GSH; SOD; CAT). Aumento significante da área de secção transversa na região mediana do músculo gastrocnêmio após o TC, porém a imunomarcação de irisina nestas células não apresentou resultado significante. As ratas submetidas ao TC, durante o período da periestropausa, apresentaram melhora na defesa antioxidante e diminuição do dano oxidativo, além de hipertrofia muscular, ganho de força, melhora da marcha e aumento da capacidade aeróbica quando comparados aos animais sedentários. O conjunto de resultados obtidos indicam importante atuação do TC no músculo gastrocnêmio, com potencial para prevenção no desenvolvimento de sarcopenia e controle motor no período da senescência.
  • ItemDissertação de mestrado
    Efeitos da terapia de reposição com testosterona e do chá mate (Ilex paraguariensis) nos parâmetros bioquímicos, funcionais e redox da saliva de ratos orquiectomizados
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-07-30) Cypriano, Matheus Lima [UNESP]; Chaves Neto, Antonio Hernandes [UNESP]; Nakamune, Ana Claudia de Melo Stevanato [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Apesar dos efeitos já conhecidos da testosterona (T) e do chá mate (CM) [Ilex paraguariensis] no estado redox de diversos tecidos biológicos, pouco se sabe a respeito de seus efeitos na saliva. O objetivo foi avaliar os efeitos da terapia de reposição com testosterona (TRT) e do CM nos parâmetros bioquímicos, funcionais e redox da saliva de ratos orquiectomizados. Sessenta ratos Wistar (3 meses de idade) foram castrados bilateralmente ou sofreram cirurgia fictícia (SHAM) e distribuídos aleatoriamente em cinco grupos: SHAM, OQX, UT (castrados que receberam injeção única de undecanoato de testosterona 100 mg/kg, CM (castrados que receberam CM 20 mg/kg, via gavagem intragástrica, diariamente) e UT+CM. Todos os tratamentos começaram 4 semanas após a castração e duraram 4 semanas. Ao final do tratamento, a secreção salivar foi estimulada por pilocarpina para determinação da taxa de fluxo salivar (TFS), pH, capacidade tamponante (CTS), além da análise da composição bioquímica pela mensuração da proteína total (PT), amilase (AMI), eletrólitos e biomarcadores de estresse oxidativo. TFS, CTS, cálcio, fósforo, cloreto, capacidade antioxidante total (CAT), substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), proteína carbonilada (PC) aumentaram com a OQX, enquanto o conteúdo de PT e atividade da AMI na saliva decaíram no grupo OQX. Já o pH, sódio e potássio salivar não foram alterados. A administração de CM aumentou a TFS, cálcio, fósforo, cloreto, CAT e PC. Por outro lado, o grupo CM sofreu redução da PT, enquanto o pH, CTS, AMI, sódio, potássio e TBARS não sofreram nenhuma alteração em relação ao grupo SHAM. Os grupos UT e UT+CM não sofreram qualquer tipo de alteração em relação ao SHAM. TRT com UT restaurou os parâmetros bioquímicos, funcionais e redox da saliva em ratos castrados. CM não teve um efeito semelhante à T na função da glândula salivar, no entanto, pode ser considerada uma ferramenta para aliviar o estresse oxidativo salivar induzido pela OQX.
  • ItemDissertação de mestrado
    A influência da ocitocina e do antagonista do receptor de ocitocina no metabolismo ósseo, estresse oxidativo, padrões da marcha e análise do tipo ansioso de ratas senescentes
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-12-21) Santos, Luís Fernando Gadioli dos [UNESP]; Dornelles, Rita Cássia Menegati [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    RESUMO: O objetivo deste estudo foi avaliar a ação da ocitocina (OT) endógena, bem como o efeito potencializador da OT exógena sobre o metabolismo ósseo, estresse oxidativo, marcha e análise do tipo ansioso de ratas na periestropausa. Ao completar 19 meses, os animais receberam injeções de solução salina (0,15M/ip), Atosiban (AT) (At; 300 μg/Kg/ip), OT (Ot; 134 μg/Kg/ip) ou At+Ot (injeções de OT 5 minutos após AT), sendo duas injeções de cada substância por dia, com intervalos de 12 horas entre elas, a cada 30 dias até a idade de 21 meses. Após trinta dias sem tratamentos, foi realizada a coleta de amostras biológicas. Aspartato aminotransferase (AST), marcador de dano hepático, foi menor em Ot e At+Ot. Substância ácida reativa ao ácido tiobarbitúrico (TBARs ɥmol/L), marcador do dano oxidativo lipídico, foi maior no grupo Ot comparado ao At (p = 0,0093), e menor no At+Ot em relação ao Ot (p = 0,0040). Houve maior defesa antioxidante enzimática avaliada por meio da superóxido dismutase (SOD) no grupo Ot em comparação ao Veh (p < 0,0312). Por sua vez, no grupo At houve maior atividade enzimática da fosfatase alcalina (FAL) em relação ao Veh e Ot (p < 0,0001; At+Ot: p = 0,0015). A espessura do tecido ósseo compacto foi menor no grupo At em relação ao Veh (p = 0,0228), no entanto, foi maior no grupo Ot em relação ao Veh e At (p = 0,0132, p < 0,0001); no grupo At+Ot foi menor quando comparado ao grupo Ot (p = 0,0003). O número de trabéculas ósseas foi menor no grupo At comparado ao Veh (p = 0,0240), e maior em Ot em relação ao At (p = 0,0084). Quanto a análise imunoistoquímica realizada no osso cortical do colo do fêmur, o grupo Ot apresentou maior expressão de osteocalcina (OCN) em comparação aos grupos Veh e At (p = 0,05 e 0,0033), e menor expressão no grupo At+Ot em relação ao grupo Ot (p = 0,05). A expressão de fosfatase ácida resistente ao tartarato (TRAP) foi menor no grupo Ot comparado aos grupos Veh e At (p = 0,05 e 0,0033), contudo foi maior no grupo At+Ot comparado ao Ot (p = 0,05). A densidade mineral óssea areal (DMO) foi significativamente maior nos grupos Ot e At+Ot em relação à Veh (p < 0,0001) e grupo At (p = 0,0231, p = 0,0418). Por sua vez, a relação mineral-matriz (𝛎1PO4/Proline) foi maior e a substituição de carbonato tipo B (CO3/𝛎1PO4) foi menor no grupo Veh. O teste de deambulação por comprimento (cm) usado para avaliar função musculoesquelética, aumentou em última análise no grupo Ot em relação ao grupo Veh - F (p = 0,0078), At - F (p = 0,0023), bem como aumentou sobre Ot - I (p = 0,0094). O teste do labirinto, usado para estudar o comportamento chamado "tipo ansioso", demonstrou que a OT inverte a redução nas entradas dos braços fechados, reduz o tempo gasto no centro causado pelo At. Os resultados obtidos neste estudo demonstram que a OT ajuda a modular o ciclo de remodelação óssea de ratas senescentes, melhorando os parâmetros de densitometria óssea e os parâmetros funcionais musculoesquelético.
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    Correlação entre estresse oxidativo na saliva e no sangue e a intensidade dos sintomas vasomotores em mulheres brasileiras na peri e pós-menopausa
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-12-14) Rosa, Ana Laura Guilhem [UNESP]; Nakamune, Ana Cláudia de Melo Stevanato; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    No envelhecimento reprodutivo feminino ocorre diminuição gradativa dos hormônios ovarianos, culminando na menopausa, que é antecedida pela perimenopausa. Na perimenopausa há variabilidade do sistema neuroendócrino, com alterações no ciclo menstrual e sintomas vasomotores (SVM), caracterizados por fogachos, sudorese e palpitações, considerados as alterações mais expressivas desse período e que podem persistir na pós-menopausa, impactando negativamente na qualidade de vida. A intensidade dos SVM parece estar correlacionada ao aumento do estresse oxidativo (EO) sistêmico, que por sua vez, é associado às reduções do estrógeno e ao maior risco de doenças cardiovasculares. Porém, pouco se sabe sobre SVM e estresse oxidativo na saliva, um fluido biológico obtido de forma não invasiva que vem sendo utilizado no diagnóstico e acompanhamento de patologias e condições sistêmicas. Este trabalho teve por objetivo investigar os marcadores do estresse oxidativo no sangue e na saliva de mulheres brasileiras em diferentes fases do envelhecimento reprodutivo e avaliar a existência de correlação entre a intensidade dos SVM e marcadores do EO nesses materiais biológicos na peri e pós-menopausa. A hipótese é que existe correlação entre os marcadores do EO no sangue e na saliva com a intensidade dos SVM. Para tanto, amostras de sangue e saliva total não estimulada de 100 mulheres, com idade entre 22 e 67 anos, não fumantes, que não realizavam terapia hormonal, não apresentavam doenças sistêmicas e com boa condição de saúde bucal, foram alocadas nos seguintes grupos: REPR (idade reprodutiva, n = 25); PERI (perimenopausa, n = 29) e POS (pós-menopausa, n = 46). Exame ultrassonográfico e concentrações sanguíneas de hormônio folículo estimulante e estradiol foram utilizados para a distribuição nos grupos. Danos oxidativos aos lipídios e às proteínas foram avaliados no sangue e no hemolisado, pelas determinações de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico e carbonilação das proteínas. A capacidade antioxidante total e os antioxidantes não enzimáticos, ácido úrico e glutationa, foram estimados no plasma e na saliva. A atividade da enzima antioxidante superóxido dismutase foi quantificada no hemolisado e na saliva. A intensidade dos SVM foi verificada por meio do questionário “Menopause Rate Score” (MRS), traduzido para a língua portuguesa. Dados (média ± erro padrão) foram submetidos ao teste de Tukey, e a correlação estimada pelo coeficiente de Spearman, com significância em 5%. Não foi constatada correlação significativa entre os marcadores do EO avaliados, no sangue e na saliva, e a intensidade dos SVM de mulheres brasileiras na peri e pós-menopausa.
  • ItemDissertação de mestrado
    Impacto da orquiectomia e terapia de reposição hormonal com cipionato de testosterona no estresse oxidativo e função secretora das glândulas salivares de ratos Wistar
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-11-26) Santos, Damáris Raissa dos [UNESP]; Chaves Neto, Antonio Hernandes [UNESP]; Dornelles, Rita Cássia Menegati [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Apesar da comprovada capacidade da testosterona (T) em modular o estresse oxidativo de forma tecido-específica, pouco se sabe se as glândulas salivares estão sujeitas a essa modulação. O objetivo foi investigar os efeitos da orquiectomia (OQX) e da terapia de reposição hormonal (TRH) com T no estresse oxidativo e função secretora das glândulas salivares. Ratos Wistar (3 meses de idade) foram randomizados em 3 grupos (n = 15 ratos/grupo): simulação de cirurgia (SHAM); OQX; e OQX tratado com cipionato de testosterona (CT). A TRH com T foi realizada por via intramuscular, semanalmente, com 10 mg/kg de massa corpórea de CT por 4 semanas, iniciando 4 semanas após a OQX. Após o tratamento, o fluxo salivar (FS) induzido por pilocarpina foi coletada e as glândulas parótidas (PA) e submandibulares (SM) foram armazenadas a -80 ºC e submetidas a posteriores análises bioquímicas e histomorformétricas. O FS e as concentrações de cálcio, fosfato e cloreto aumentaram no grupo OQX. Após a OQX diminuíram a proteína total (PT) e a atividade da amilase (AMI), enquanto não houve nenhuma alteração na capacidade tamponante, pH, sódio e potássio na saliva. A concentração de PT e atividade de AMI aumentaram no grupo CT, enquanto que as concentraçoes de fosfato e cálcio reduziram na saliva em comparação com o grupo OQX. Proteína carbonilada, substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico, capacidade antioxidante total, ácido úrico e glutationa total aumentaram no grupo OQX em ambas as glândulas salivares. Superóxido dismutase, catalase e glutationa peroxidase aumentaram após a OQX na glândula SM, porém nenhuma alteração nas enzimas antioxidantes foi observada na glândula PA. A área ductal e acinar diminuiram e a área de tecido conjuntivo aumentou na glândula PA após a OQX. A área ductal diminuiu e a área acinar aumentou na SM, entretanto, não houve alteração na área de tecido conjuntivo após a OQX. A TRH com CT restaurou todos os parâmetros para níveis próximos ao grupo SHAM. Conclui-se que a OQX modula o estresse oxidativo nas glândulas salivares, e pode afetar a secreção e composição da saliva.
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    Cicatrização de feridas cutâneas: uso da membrana de látex natural isolada e associada à fibrina rica em plaquetas em ratos Wistar.
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-11-10) Gallo, Gabriela [UNESP]; Bomfim, Suely Regina Mogami [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Devido à alta incidência de feridas e lesões de pele, a busca científica tem se focado no desenvolvimento de coberturas e substitutos epidérmicos alternativos às técnicas de enxertia que possuam a mesma função de evitar a exposição de feridas às variações externas. O látex natural derivado da Hevea brasiliensis estimula o processo de cicatrização, assim como a fibrina rica em plaquetas (PRF). A associação desses dois compostos tem como finalidade oferecer um suporte estrutural e estímulo à migração epitelial, associado à proteção e menor desidratação do leito cicatricial. No presente estudo, investigamos a resposta de reparo cicatricial em feridas agudas de espessura total em ratos Wistar, submetidos a três diferentes tratamentos: membrana de látex associada à PRF (ML+PRF), apenas a membrana de látex (ML) e controle com solução de cloreto de sódio a 0,9% estéril em. A avaliação macroscópica foi realizada por mensuração, posteriormente a amostra tecidual foi coletada e submetida à coloração com Hematoxilina & Eosina e Picrosirius Red para análise histológica. Para análise estatística, as variáveis quantitativas foram determinadas por ANOVA (pós-teste de Tukey) e as variáveis semiquantitativas determinadas pelo teste de Friedman (pós-teste de Dunn), sendo considerados significantes quando p<0,05. Como resultados houve diminuição significativa no diâmetro da ferida e melhor reepitelização em relação aos controles , assim como houve estímulo à deposição de colágeno tipo I, que gera resistência tecidual. Não foram observadas complicações quanto ao uso dessa associação, portanto auxilia no reparo da pele em tratamento de feridas agudas de espessura total em ratos Wistar hígidos.
  • ItemDissertação de mestrado
    A via Nrf2 participa da maior modulação endotelial induzida pela prenhez sobre reatividade de aortas à fenilefrina.
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-09-08) Zanardo, Jéssica Luiza de Oliveira Fonseca [UNESP]; Silva, Cristina Antoniali [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Alterações em diferentes vias de sinalização levam a disfunção vascular e endotelial e consequentemente a hipertensão. A hipertensão está relacionada diretamente com o aumento da produção de espécies reativas de oxigênio (ROS) e diminuição da biodisponibilidade de óxido nítrico (NO) nos vasos sanguíneos. A via do Nrf2 (fator nuclear eritróide 2) está envolvida nos mecanismos que levam ao aumento da biodisponibilidade vascular de NO, pois controla a expressão de enzimas antioxidantes. A ativação do Nrf2 é modulada por sua ligação com a Keap-1 (Kelch-like ECH-associated protein 1) e sua atividade é modulada pelo fator de transcrição Bach-1, que compete pelo mesmo sitio ativo no DNA com o Nrf2. Em ratas normotensas e em ratas espontaneamente hipertensas (SHR) é observada uma redução da pressão arterial ao final da prenhez, que tem sido associada à redução do estresse oxidativo e maior biodisponibilidade de NO. Com o aumento da biodisponibilidade de NO, é aumentada a modulação do endotélio sobre a reatividade vascular à agonistas vasoconstritores, como à fenilefrina (PE). Levantamos a hipótese que a prenhez altera a expressão e ou a atividade do Nrf2 e de seus inibidores Keap-1 e Bach-1 e que estas possíveis alterações estariam associadas à maior modulação endotelial sobre contração de aortas à PE. Para testarmos esta hipótese, a expressão de Nrf2, Keap-1 e Bach-1 e também das enzimas antioxidantes transcritas pelo Nrf2, como a NADP(H) quinona oxirredutase-1 (NQO1), SOD-1 e SOD-2 foram avaliadas em aortas de ratas prenhes e comparadas as aortas de ratas não-prenhes. A fim de identificarmos outros possíveis mecanismos alterados pela prenhez em ratas Wistar e SHR, avaliamos a expressão de NOXO-1, subunidade regulatória da NOX1 e de p47phox, subunidade regulatória de NOX2. A participação do Nrf2 na produção de NO endotelial em aortas de ratas prenhes, foi avaliada pela utilização de Brusatol, uma droga inibidora do Nrf2. Avaliamos também a participação do Nrf2 na reatividade de aortas de ratas prenhes à fenilefrina e à 9 acetilcolina, utilizando o Brusatol. Todos os resultados foram comparados entre ratas não-prenhes normotensas (Wistar) e hipertensas (SHR) e entre ratas não-prenhes e prenhes nos grupos (análise de multivariância, post-test Tukey, p<0,05). Os resultados mostraram que a expressão de Nrf2 está aumentada em aortas de ratas prenhes Wistar, apesar da expressão de Keap-1 e de Bach-1 não estar alterada. Associado a expressão aumentada de Nrf2 observamos maior expressão de SOD-2, mas não de SOD-1 ou NQO1, em aortas de ratas prenhes. Em aortas de ratas SHR não prenhes, observamos entre todas as proteínas avaliadas, menor expressão de Bach-1 e de NQO1 quando comparadas às aortas de ratas normotensas. A prenhez reduziu ainda mais a expressão apenas de NQO1 em aortas de SHR. A prenhez reduziu a expressão de NOXO-1 e de p47phox em aortas de SHR, enquanto que em aortas de ratas Wistar reduziu apenas a expressão de NOXO-1. Os resultados obtidos neste estudo mostraram também que a incubação de HUVEC com Brusatol aumentou as concentrações intracelulares de ERO, mas não alterou as concentrações de NO, no entanto, reduziu significativamente a concentração de NOx estimulada pela ACh em aortas de ratas prenhes, Wistar ou SHR. Além disto, o Brusatol aumentou a reatividade à PE em aortas de ratas normotensas não prenhes e prenhes, igualando a reatividade de aortas de ratas prenhes as aortas de ratas não prenhes. No entanto, o Brusatol não alterou a reatividade de aortas de SHR, prenhes ou não-prenhes. Nenhum efeito significativo do Brusatol foi observado na reatividade à Acetilcolina em aortas de ratas Wistar ou SHR, prenhes ou não prenhes. Em conclusão, nossos resultados sugerem que a atividade da via de sinalização do Nrf2 está aumentada, favorecendo a maior atividade de enzimas antioxidantes como a SOD-2, que contribuiria para maior biodisponibilidade de NO e maior modulação endotélio-dependente da contração vascular à PE em aortas de ratas normotensas prenhes. No entanto, em aortas de SHR prenhes, este mecanismo parecer não ser mais importante que a redução da atividade de isoformas NOX e de suas subunidades regulatórias que contribuiria para menor geração de O2•- e consequentemente, maior biodisponibilidade de NO.
  • ItemDissertação de mestrado
    Efeitos da melatonina na via insulínica e inflamatória de ratos com periodontite apical
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-07-27) Tavares, Bruna Soares [UNESP]; Matsushita, Doris Hissako [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A relação entre processos inflamatórios orais e saúde sistêmica vem se tornando um aspecto de grande interesse da comunidade médica e odontológica, visto que o número de publicações sobre este tema aumentou consideravelmente nos últimos anos. A periodontite apical (PEA) é uma inflamação oral associada ao aumento de citocinas pró-inflamatórias que podem atuar de forma local e sistêmica. Além disso, possui associações com outras doenças, tais como a síndrome metabólica e Diabetes Mellitus. Estudos do nosso laboratório demonstraram que a PEA em ratos ocasiona resistência insulínica (RI) e alterações no sinal insulínico. Sabe-se que a melatonina (MEL) melhora a RI. Nesse sentido, hipotetizamos que a suplementação de MEL em ratos com PEA poderia prevenir ou diminuir a RI encontrada nestes animais. Considerando-se os efeitos regulatórios da MEL sobre processos inflamatórios, se faz relevante avaliar a influência da suplementação de MEL sobre um processo inflamatório localizado como a PEA. Portanto, o presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos da suplementação da MEL na RI, na via insulínica e inflamatória, nas concentrações plasmáticas de citocinas inflamatórias e no perfil lipídico em ratos com PEA. Para tanto, 72 ratos Wistar foram distribuídos em 4 grupos: a) controle (CN); b) controle suplementado com MEL (CNMEL); c) PEA (PEA); d) PEA suplementado com MEL (PEAMEL). As PEA foram induzidas aos 60 dias de idade pela exposição da polpa dentária dos primeiros e segundos molares direitos (superiores e inferiores) ao ambiente oral. Após a indução das PEA, foi iniciada a suplementação com MEL (5 mg/kg) por via oral (diluída em água de beber) por 60 dias. Ao término do tratamento foram analisados os seguintes parâmetros: 1) glicemia; 2) insulinemia; 3) resistência à insulina (HOMA-IR); 4) grau de fosforilação em tirosina da pp185 e em serina da Akt em músculo sóleo (MS) e extensor digital longo (EDL); 5) grau de fosforilação de IKKα/β e JNK em MS e EDL; 6) concentrações plasmáticas de citocinas inflamatórias (TNF-α, IL-6, IL-1β e IL-10); 7) perfil lipídico (colesterolemia e triacilgliceridemia). As análises estatísticas foram realizadas por análise de variância de dois ou três fatores seguida pelo teste de Bonferroni. As diferenças entre os grupos foram consideradas significantes quando p < 0,05. Os resultados demonstraram que a PEA em ratos promoveu: 1) RI; 2) dislipidemia; 3) aumento das concentrações de citocinas pró-inflamatórias (TNF-α, IL-6 e IL-1β); 4) aumento do grau de fosforilação de IKKα/β em MS e EDL; 5) diminuição da concentração da citocina anti-inflamatória IL-10; 6) prejuízo no sinal insulínico (grau de fosforilação da pp185 em tirosina e Akt em serina) em MS. A suplementação com MEL em ratos com PEA melhorou a sensibilidade insulínica, diminuiu as concentrações de VLDL, TG, TNF-α e IL-1β, aumentou IL-10 e alterou o sinal insulínico em MS e o grau de fosforilação de IKKα/β em MS e EDL. Esses resultados demonstraram que a MEL é um potente tratamento adjuvante para melhorar a sensibilidade insulínica, dislipidemia e alterações nas vias de sinalização insulínica e inflamatória promovidas pela PEA. Além disso, o impacto da PEA na saúde geral também foi demonstrado.
  • ItemDissertação de mestrado
    Plasma rico em plaquetas de ratos wistar
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2019-08-02) Borges, Sílvia Bandiera [UNESP]; Bomfim, Suely Regina Mogami [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Uma das biotecnologias com propósito relevante à saúde humana é o plasma rico em plaquetas (PRP) o qual, não há registro protocolar padronizado para Rattus novergicus (Wistar). De fato, a falta de padronização do método leva pesquisadores à dúvida sob qual protocolo seguir para os melhores resultados referente as concentrações e mudanças morfológicas plaquetárias. Tal indeterminação promove morosidade nas pesquisas científicas. Frente a conjectura, usou-se o mínimo de animais possíveis em experimentação duplo-cego, retirando-se 3,2 mL de sangue de cada animal por pulsão cardíaca o qual posteriormente, foi testado em três protocolos distintos. Cada protocolo foi designado como P1; P2; P3 e o grupo controle designado PSP. Desta forma, i. P1 foi submetido a uma única centrifugação de 160G por 6min resultando em 100 μL de PRP; ii. P2 foi resignado a dupla centrifugação sendo a primeira etapa 160G por 20min e a segunda etapa 400G por 15 min, resultando em 100 μL de PRP e iii. P3 destinado a dupla centrifugação sendo a primeira etapa 300G por 10 min e a segunda etapa 640G por 10 min, resultando em 100 μL de PRP. Obtivemos maiores concentrações plaquetárias dos protocolos P2 e P3 com concentrações superiores a 519%. Quanto a visualização morfológica plaquetária por esfregaço, os três protocolos apresentaram boa visualização, no entanto P3 sobressaiu-se aos demais quanto ao tempo global de preparo e menor inclusão eritrocitária. Assim, padronizamos um modelo animal in vivo para futuras investigações científicas interessadas na utilização do PRP de Rattus novergicus (Wistar)
  • ItemDissertação de mestrado
    Papel dos receptores β1 e β2 adrenérgicos sobre a diferenciação osteoblástica de células mesenquimais estromais da medula óssea de ratos espontaneamente hipertensos
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2019-08-01) Barreto, Ayná Emanuelli Alves [UNESP]; Oliveira, Sandra Helena Penha de [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O remodelamento ósseo é um processo complexo que depende do balanço entre formação e reabsorção óssea, mecanismo regulado pelas células ósseas e fatores sistêmicos, como o Sistema Nervoso Simpático (SNS). Os mediadores deste sistema são capazes de regular o metabolismo ósseo através dos receptores adrenérgicos expressos na superfície dos osteoblastos. Entretanto, o papel dos receptores β-adrenérgicos ainda não está totalmente elucidado no processo de diferenciação osteogênica. Objetivos: avaliar o papel dos receptores β-adrenérgicos na diferenciação osteoblástica de células tronco mesenquimais da medula óssea de ratos normotensos e espontaneamente hipertensos (SHR). Métodos: Ratos machos Wistar e SHR (10 semanas) foram utilizados para a coleta da medula óssea a partir do fêmur, as quais foram plaqueadas em garrafas de cultivo celular e depois em placas de 24 poços, onde receberam o meio osteogênico (MO: MEM, mais 50 µg/mL de ácido ascórbico, 10 mM de β-glicerofosfato e 10-8 M de dexametasona), e o tratamento com Isoprenalina (0,01 µM), Carvedilol (1 µM), antagonista adrenérgico não seletivo, ou Nebivolol (0,1 µM), antagonista β1-adrenérgico. O ensaio de proliferação celular (MTT) e a atividade de fosfatase alcalina (Fal) foram realizados nos dias 7, 10 e 14. A mineralização foi avaliada no dia 14 através do vermelho de Alizarina. A expressão gênica dos marcadores osteogênicos e dos receptores β1 e β2 adrenérgicos foi avaliada no dia 7 por RT-PCR em tempo real. A atividade proteolítica da metaloproteinase de matriz (MMP-2) foi avaliada no mesmo período utilizando zimografia. As vias da MAPK também foram avaliadas ao final de 7 dias. Resultados: A Isoprenalina reduz a fosfatase alcalina na linhagem de células Wistar nos dois primeiros períodos, e ao final de 14 dias apresenta um aumento significativo. A adição dos β-bloqueadores reverte tal resposta. Em SHR a Isoprenalina proporciona aumento da atividade de fosfatase alcalina no período intermediário. O Nebivolol inibe essa resposta no mesmo período e, em 7 dias, é capaz de reverter a redução causada pelo agonista. A Isoprenalina aumentou a expressão de todos os fatores de transcrição e o bloqueio dos receptores reverteu essa condição A Isoprenalina aumenta a expressão de Opn, Ocn e BSP nas células de animais Wistar, e em SHR aumenta apenas Ocn e o tratamento com Carvedilol corrige. A atividade de MMP-2 também foi reduzida pelo Nebivolol apenas no grupo Wistar. Além disso, o Nebivolol reduziu a expressão gênica do receptor β1-adrenérgico. O ensaio de mineralização mostrou menor deposição mineral em Wistar. O Nebivolol também mediou a redução da fosforilação das vias da MAPK neste mesmo grupo de células. Conclusão: Nossos dados sugerem que o receptor β1-adrenérgico pode estar envolvido na diferenciação osteogênica de células de ratos Wistar mas não em células de ratos SHR.
  • ItemDissertação de mestrado
    Papel da MMP-9 e do TGF-β na expressão de componentes da Matriz Extracelular por fibroblastos gengivais de camundongos normais e diabéticos com doença periodontal in vitro
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2019-08-02) Cano, Rodrigo das Neves [UNESP]; Oliveira, Sandra Helena Penha de [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Na presença de Diabetes Mellitus, a doença periodontal (DP) pode acentuar o aparecimento de complicações e aumentar sua prevalência. O objetivo desta pesquisa foi avaliar se o Fator de Crescimento Transformador -β do tipo 1 (TGF-β1, sigla em inglês) e Metaloproteinase de matriz -9 (MMP-9, sigla em ingês) estão modulando a formação de componentes de matriz extracelular em fibroblastos gengivais (FG) de camundongos diabéticos e com DP. Os 24 animais foram separados em 4 grupos, e então foram tratados com estreptozotocina para indução de diabetes e foi realizado indução da DP através de ligadura com fio de seda. Após a eutanásia e coleta da gengiva, FG dos camundongos foram cultivados. A expressão gênica de RNAm e produção de proteína para MMP-9, TGF-β1 e colágeno tipo 1 (Col1a1) foram avaliadas. Eles também foram tratados com inibidores de MMP-9 e TGF-β1, e dexametasona (Dexa) por 24h. FG de animais normais e diabéticos com DP induzida tiveram expressão aumentada de MMP-9 e TGF-β1 em 6 e 24h, diminuindo em 48h. Expressão gênica de Col1a1 foi diminuída em FG com DP em 6, 24 e 48h. Inibidor de MMP-9 (MMP-9i) bloqueou a expressão gênica de MMP-9 e de TGF-β1 em FG normais e diabéticos em 24h. A expressão de col1a1 foi inibida pelo MMP-9i somente em FG normais, mas não em diabéticos. A expressão de receptor de TGF-β do tipo 1 (TGF-β R1) foi aumentada em FG normais e diabéticos, porém MMP-9i diminuiu esta expressão somente em FG diabéticos. Inibidor de TGF-β (SB431542) e Dexa interromperam a expressão gênica de MMP-9, TGF-β1 e col1a1 em FG normais e diabéticos com DP em 24h. TGF-β R1 também foi inibido em FG normais e diabéticos com DP em 24h de tratamento com SB431542. Juntos, esses achados sugerem que indivíduos diabéticos têm síntese aumentada de TGF-β e MMP-9 em FG durante a DP devido a ativação do TGF-β R1 via ALK5 e presença de MMP-9. Por outro lado, o aumento na expressão de colágeno é devido a ativação de TGF-β R1 em FG normais e diabéticos, e presença de MMP-9 em FG normais, somente.
  • ItemDissertação de mestrado
    Inter-relação de obesidade visceral, glúteo-femoral e doença periodontal em mulheres
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2019-08-02) Jacomossi, Angelo César Fernandes [UNESP]; Sumida, Doris Hissako [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Este trabalho teve como objetivo avaliar a gravidade da Doença Periodontal (DP) em mulheres obesas, vivendo em uma uma mesma comunidade, com semelhantes hábitos e condições de vida e com amplo acesso à assistência médico-odontológica, considerando a distribuição de gordura corporal. Foram avaliadas 39 mulheres, 15 com obesidade visceral (OBV), 10 com obesidade glúteo-femoral (OBF) e 14 com peso normal (CON). Todas foram submetidas à avaliação periodontal e classificadas de acordo com o Índice Periodontal Comunitário (IPC). Medidas antropométricas e bioimpedanciometria foram realizadas para discriminar a regionalização da gordura corporal. Uma coleta de amostra sanguínea foi feita para dosagem glicemia de jejum e insulinemia a fim de se obter o cálculo do HOMA-IR (Homeostatic Model Assessment for Insulin Resistance) e quantificação laboratorial da resistência à insulina. Os três grupos foram comparados em relação à gravidade da DP. Foram realizadas análises de correlação entre o IPC e os seguintes parâmetros: Índice de Massa Corporal (IMC), circunferência da cintura (C), relação enter a circunferência da cintura/ e a circunferência do quadril (C/Q), percentual de gordura visceral em relação ao peso corporal (%GV) e HOMA -IR. O escore média do IPC foi significativamente maior (p = 0,0045) no grupo OBV do que no grupo CON. Não houve diferença no grupo OBF quando comparado ao grupo OBV e ao grupo CON. Houve correlação positivamente significativa entre o escore IPC (p = 0,0173), C/Q (p = 0,0004) e CC (p = 0,0082). Com esses resultados foi possível concluir que o presente estudo está de acordo com dados prévios da literatura que associam Obesidade à DP. Entretanto, o estudo fornece dados importantes, ainda não relatados, que sugerem que tal associação pode não ocorrer em todos os obesos, mas principalmente naqueles com acúmulo de gordura intra-abdominal.
  • ItemDissertação de mestrado
    Avaliação das vias insulínica e inflamatória em tecidos muscular esquelético e adiposo de ratos adultos, proles de ratas com lesão periapical
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2019-03-29) Tsosura, Thaís Verônica Saori [UNESP]; Sumida, Doris Hissako [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A programação fetal sugere que estímulos adversos quando aplicados durante o início do desenvolvimento fetal podem alterar o metabolismo da prole, aumentando o risco de doenças na sua vida adulta. Estudos demonstraram que a doença periodontal materna em ratas promove resistência insulínica (RI) em sua prole adulta. Entretanto, estudos que investigaram os efeitos da lesão periapical (LP) materna sobre a saúde da prole são escassos. A LP é uma inflamação no ápice da raiz dental ocasionada geralmente a partir de infecção por bactérias advindas do sistema de canal radicular. Esta patologia está associada com o aumento de fator de necrose tumoral-alfa (TNF-α) que pode estimular quinase do inibidor kappa B (IKK) e c-Jun amino-terminal quinase (JNK), as quais promovem a fosforilação do substrato do receptor de insulina 1 (IRS-1) em resíduos de serina, resultando na atenuação do sinal insulínico (SI), contribuindo com a RI. Nesse contexto, tornou-se fundamental investigar se a LP materna também promove RI em sua prole adulta. Em vista disso, os objetivos deste estudo foram avaliar os efeitos da LP materna em ratas sobre as concentrações plasmáticas de glicose, insulina e TNF-α, sensibilidade à insulina e as vias insulínica e inflamatória no músculo gastrocnêmio (MG) e tecido adiposo branco periepididimal (TABp) de sua prole adulta. Para tanto, as 15 ratas Wistar (2 meses de idade) foram distribuídas em 3 grupos: 1) ratas controle; 2) ratas com uma LP induzida em primeiro molar superior direito; 3) ratas com quatro LPs induzidas em primeiros e segundos molares superiores e inferiores do lado direito. A LP foi induzida empregando-se broca em aço carbono dotada de esfera de 0,1 mm na extremidade. Após 30 dias de exposição pulpar, as ratas de todos os grupos foram colocadas para acasalamento com ratos saudáveis. Quando os filhotes machos de todas as ratas completaram 75 dias de idade, realizaram-se os seguintes experimentos: 1) dosagem de glicemia e insulinemia, seguido pelo cálculo do Modelo de Avaliação da Homeostase da Resistência à Insulina (HOMA-IR); 2) análise da concentração plasmática de TNF-α pelo método de ensaio de imunoabsorção enzimática e 3) avaliação do grau de fosforilação em tirosina da pp185, do grau de fosforilação em serina do IRS-1 e do grau de fosforilação de IKKα/β e JNK no MG e TABp pelo método de Western blotting. A análise estatística foi feita por análise de variância, seguida pelo teste de Tukey (p<0,05). Os resultados demonstraram que a LP materna promove em sua prole adulta: 1) RI; 2) prejuízo na transdução da etapa inicial do SI no MG e TABp; 3) aumento nas concentrações plasmáticas de insulina e TNF-α; 4) maior grau de fosforilação de IKKα/β no MG e TABp; 4) inalteração na glicemia de jejum; 5) nenhuma mudança no grau de fosforilação de JNK no MG e TABp. Esses resultados demonstram que a LP materna está associada a RI e promove importantes alterações nas vias de SI e inflamação na vida adulta de sua prole. Isso reforça a importância que a manutenção da saúde bucal materna tem sobre a saúde geral da prole.
  • ItemDissertação de mestrado
    Efeitos da suplementação com melatonina na remodelação óssea alveolar em ratos pinealectomizados com doença periodontal.
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2018-06-11) Marani, Fernando [UNESP]; Sumida, Doris Hissako [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Pesquisas têm sido realizadas para investigar a relação entre inflamações crônicas na cavidade oral e efeitos deletérios em diversos sistemas do organismo. A doença periodontal (DP) caracterizada como uma infecção e inflamação oral está associada à produção de citocinas inflamatórias, tais como fator de necrose tumoral-alfa (TNF-α) e interleucina-6 (IL-6), as quais aumentam a expressão dos osteoclastos, levando a um aumento da reabsorção óssea alveolar. Além da influência destas citocinas na perda óssea alveolar, evidências científicas apontam que a falta do hormônio melatonina também pode contribuir para uma maior reabsorção óssea. A melatonina é um poderoso regulador da homeostase de diversos tecidos. Assim, este hormônio pode ter um importante papel na proteção de tecidos lesionados, podendo ser visto, como um possível coadjuvante no tratamento de doenças da cavidade oral devido principalmente sua ação antioxidante e imunomoduladora. Portanto, o objetivo deste estudo foi verificar o efeito da suplementação da melatonina na reabsorção óssea alveolar em ratos com doença periodontal e pinealectomizados (PNX), avaliando: 1) concentrações plasmáticas de TNF-α e IL-6 pelo método de ELISA; 2) marcadores ósseos como a fosfatase ácida resistente ao tartarato (TRAP) e Osteocalcina (OCN) por meio de técnica imunoistoquímica; 3) histomorfometria da região comprometida pela DP pelo escaneamento no microtomógrafo em 3D (Micro-CT) (modelo 1172 SkyScan®). Para tanto, oitenta (80) ratos Wistar machos com 40 dias de idade foram distribuídos aleatoriamente em 8 grupos (n=10): controle (CN), doença periodontal (DP), pinealectomizados (PNX), pinealectomizados com doença periodontal (PNXDP), controle com melatonina (CNMEL), doença periodontal com melatonina (DPMEL), pinealectomizados com melatonina (PNXMEL) e pinealectomizados com doença periodontal e com melatonina (PNXDPMEL). A DP foi induzida após 20 dias da pinealectomia por ligadura com fio de seda ao redor dos primeiros molares mandibulares. Após 28 dias da indução da DP, os experimentos foram realizados. A análise estatística foi realizada por análise de variância Three-way (ANOVA), seguida pelo teste de Tukey e para as análises de imunoistoquímicas pelo teste estatístico não paramétrico de Kruskal Wallis. O nível de significância adotado foi de 5% (alfa=5%). Os resultados evidenciaram um aumento de mediador pró-inflamatório TNF-α tanto nos animais com DP como PNX. Apenas os grupos com DP (DP e PNXDP) apresentaram maior reabsorção óssea alveolar devido uma maior atividade dos osteoclastos comparado a dos osteoblastos evidenciado pelo aumento do marcador de reabsorção, fosfatase ácida resistente ao tartarato (TRAP), e diminuição do marcador de formação, osteocalcina (OCN) como também pelos resultados histomorfométricos. Por outro lado, os animais tratados com melatonina não apresentaram alteração na concentração plasmática de TNF-α e perda óssea alveolar. Com base nos resultados do presente estudo, verificou-se que os animais pinealectomizados e com DP apresentaram elevada concentração de TNF-α, mas a perda óssea alveolar ocorreu apenas nos animais com DP. A pinealectomia não promoveu alteração óssea como também não agravou esse parâmetro em animais com DP. A suplementação com melatonina promoveu diminuição de TNF-α nos animais pinealectomizados e com DP. Em todos os grupos com DP a melatonina protegeu-os da reabsorção óssea alveolar. Portanto, estes resultados demonstram que a melatonina é eficiente no controle tanto da reabsorção óssea alveolar como da concentração plasmática de TNF-α em ratos com DP e PNX, demonstrando sua importância local e sistêmica.
  • ItemDissertação de mestrado
    Papel dos mastócitos sobre o metabolismo ósseo local e sistêmico de ratos normotensos e hipertensos com doença periodontal
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2018-06-13) Brito, Victor Gustavo Balera [UNESP]; Oliveira, Sandra Helena Penha de [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A doença periodontal (DP) é uma desordem inflamatória dos tecidos de suporte dos dente, iniciada pelo acumulo de biofilme bacteriano, apresentando consequências locais e sistêmicas. A coexistência de doenças sistêmicas, como a hipertensão, pode levar a uma inflamação exacerbada, maior reabsorção óssea e dano sistêmico pronunciado. Além disso, células imunes residentes têm importante papel na progressão da DP, porém, a participação dos mastócitos (MC) ainda não é bem compreendida. Objetivos: Avaliar o papel dos MC sobre o metabolismo ósseo local (mandíbula) e sistêmico (fêmur), em modelo animal normotenso (ratos Wistar) e hipertenso (ratos SHR) com DP. Métodos: Ratos machos Wistar e SHR (10 semanas) foram utilizados. A depleção de MC foi conduzida pelo pré-tratamento com o composto 48/80 e a DP foi induzida por ligadura bilateral nos primeiros molares inferiores, mantida por 15 dias. Foi realizada a identificação de MC no tecido gengival, por coloração com Azul de Toluidina. A perda óssea alveolar e parâmetros de arquitetura óssea na mandíbula e fêmur foram avaliados por microtomografia computadorizada, a expressão gênica de marcadores de formação, remodelamento e reabsorção na mandíbula e fêmur foram avaliada por RT-PCR em tempo real, e a produção de citocinas nos tecidos de interesse foi avaliada por ELISA. Principais resultados: Observamos significativa perda óssea induzida por DP, principalmente no SHR, em comparação ao Wistar, e a depleção de MC foi capaz de prevenir esta perda. A DP levou a expressão aumentada de Opn, Opg, Rankl e Rank, Trap, Ctsk, Vtn, Itga5 e Itgb5, além de aumento na produção de TNF-α, IL-6, IL-10 e CXCL3 na mandíbula, o que foi reduzido em animais depletados de MC. No fêmur, a DP não levou a alterações da arquitetura óssea, mas foi capaz de aumentar a expressão de Runx2, Opn, Opg, Rankl, Rank, Trap, Mmp2, Mmp9, Vtn, Itga5 e Itgb5, o que também foi significativamente reduzido pela depleção de MC. Conclusões: Nossos dados sugerem um importante papel dos MC nas consequências ósseas locais (mandíbula) da DP, especialmente nos animais SHR, além dos efeitos sistêmicos (fêmur) onde os MC possivelmente têm participação na modulação da expressão de marcadores ósseo, alterados pela DP, o que foi mediado por vias diferentes das observadas na resposta local.
  • ItemDissertação de mestrado
    Efeitos da melatonina na sinalização insulínica de ratos com doença periodontal e pinealectomizados
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2018-04-24) Santos, Rodrigo Martins dos [UNESP]; Sumida, Dóris Hissako [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A doença periodontal (DP) é uma preocupação de saúde pública, uma vez que leva à perda dos elementos dentais; além disso, possui associações com outras doenças inflamatórias crônicas tais como a síndrome metabólica e diabetes mellitus. Sabe-se que períodos irregulares de sono podem prejudicar o processamento de memória, reparo celular, regulação hormonal, metabolismo dos carboidratos e aumentar marcadores inflamatórios, evidenciando que o trabalho noturno ou em turnos alternados podem afetar a saúde do trabalhador. A melatonina (MEL) é o principal hormônio que controla os ritmos biológicos no nosso organismo, participando na regulação do sono, metabolismo de carboidratos e lipídeos, sendo suprimida quando há exposição a luz. Considerando-se os efeitos regulatórios da MEL sobre processos inflamatórios, se faz relevante avaliar a influência da deficiência ou suplementação de MEL sobre um processo inflamatório localizado como a DP. Objetivo deste estudo foi investigar os efeitos da MEL na resistência à insulina (RI), na via de sinalização da insulina, nas citocinas pró-inflamatórias e no perfil lipídico em ratos pinealectomizados (PNX) sem ou com DP. 144 ratos Wistar (40 dias de idade) foram distribuídos em 8 grupos: 1) controle (CN); 2) DP; 3) PNX; 4) PNX e com DP (PNXDP); 5) CN tratado com MEL (CNMEL); 6) DP tratado com ME (DPMEL); 7) PNX tratado com MEL (PNXMEL); 8) PNX com DP e tratados com MEL (PNXDPMEL). Inicialmente os grupos PNX foram submetidos à cirurgia de pinealectomia aos 40 dias de idade e aos 60 dias de idade os animais foram submetidos à indução de DP nos primeiros molares inferiores. Logo após a indução da DP, foi iniciada a reposição com MEL (5 mg/Kg) por via oral (diluída em água de beber) por 28 dias. Ao término do tratamento foram analisados os seguintes parâmetros: 1) dosagem de glicemia e insulinemia; 2) avaliação do perfil lipídico; 3) avaliação do grau de fosforilação em serina da Akt no tecido adiposo, músculo gastrocnêmio e fígado. Os resultados demonstram 1) DP e PNX com DP causaram RI e aumento nas concentrações plasmáticas de TNF-α; 2) nenhuma diferença na glicemia e nos níveis de IL-6; 3) nenhuma alteração no grau de fosforilação em serina da AKT após a estimulação insulínica entre os grupos nos tecidos analisados; 4) apenas os grupos PNX e PNXDP apresentaram alteração no perfil lipídico; 5) a reposição com MEL melhorou todos os parâmetros alterados analisados. A partir desses resultados podemos inferir que a administração de MEL foi capaz de melhorar a resistência à insulina, diminuir a insulinemia e as concentrações plasmáticas de TNF-α e nos grupos DP, PNX e PNXDP, além disso restaurar o perfil lipídico nos grupos pinealectomizados. Podemos sugerir que a MEL teve um papel protetivo, diminuindo a RI em ratos com DP e PNX com ou sem DP. Somente nestes grupos PNX, a MEL melhorou o quadro do perfil lipídico. Desta maneira, o presente estudo enfatiza a importância de se prevenir a DP afim de prevenir a RI, a qual está intimamente relacionada com o DM2, como também alertar aos trabalhadores noturno que podem apresentar desordens nos ritmos biológicos levando as alterações metabólicas