Estresse pré-natal, perfil de ansiedade de progenitoras na gestação e de sua progênie ao longo do desenvolvimento

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Data

2014-07-23

Autores

Soliani, Flaviane Cristina de Brito Guzzo [UNESP]

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Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Considerando a relevância de se compreender a manifestação da ansiedade, diante da crescente prevalência deste transtorno, esta dissertação teve por objetivo avaliar o efeito da exposição crônica a estressores em diferentes períodos da gestação sobre o perfil de ansiedade das progenitoras e de sua progênie, em três fases do desenvolvimento. Ratas Wistar foram alocadas em três grupos: Controle, Separação Social e Estresse Crônico Imprevisível. Os estressores foram aplicados em uma das três semanas da gestação e as avaliações comportamentais foram conduzidas no Labirinto em Cruz Elevado ao final destas semanas. Os filhotes machos foram agrupados de acordo com o procedimento realizado em sua progenitora durante a gestação e foram avaliados no Labirinto em T Elevado no 1º., 3º. ou 6º. mês de vida. Em progenitoras controles o nível de ansiedade manteve-se baixo ao final da 1ª. e 2ª. semanas, mas houve aumento da ansiedade na 3ª. semana gestacional, caracterizando um perfil comportamental de defesa na proximidade do parto. Animais gerados por progenitoras controles apresentaram aumento da ansiedade generalizada e redução do pânico no 6º. mês de vida. Progenitoras expostas à separação social, um estressor crônico previsível, apresentaram alterações apenas quando esta foi aplicada na última semana de gestação, havendo redução da ansiedade ao final deste período. Seus filhotes apresentaram comportamentos diversos, destacando-se o aumento da ansiedadegeneralizada no 1º. mês, sua redução aos 6 meses de idade (separação na 1ª. ou 2ª. semana) e o aumento do pânico (separação na 2ª. semana) no 3º. mês. Adicionalmente, a separação social na 2ª. semana gestacional afetou o condicionamento aversivo (aprendizagem nas esquivas) da prole em todas as idades avaliadas, mostrando prejuízo na aquisição da memória aversiva. Progenitoras expostas ao estresse...
Considering the relevance of understanding the manifestation of anxiety, given the growing prevalence of this disorder, this dissertation aimed to evaluate the effect of chronic exposure to stressors in different periods of pregnancy on the profile of anxiety of dams and their progeny, in three phases of development. Wistar rats were divided into three groups: Control, Social Separation and Chronic Unpredictable Stress. The stressors were applied in one of the three weeks of pregnancy and the behavioral assessment were conducted using the Elevated Plus Maze at the end of those weeks. The offspring (males) were grouped according to the procedure performed in their mother during pregnancy and were evaluated in the Elevated T Maze in 1 st , 3 rd or 6 th month of life. Control dams presented a low level of anxiety at the end of the 1 st and 2 nd weeks, but there was increased anxiety at the end of 3 rd gestational week, featuring a defense behavioral profile at the proximity of parturition. Control offspring presented increase of generalized anxiety disorder and panic reduction on the 6 th month of life. Dams exposed to social separation (a chronic predictable stressor) showed alterations only when this was applied in the last week of pregnancy, with reduction of anxiety at the end of this period. Nevertheless, their progeny presented varied behaviors, highlighting the increase of generalized anxiety disorder on the 1 st month (separation on 2 nd week) and its reduction on 6 months of age (separation on 1st or 2nd week), and increase of panic (separation on 2nd week)on the 3rd month. Additionally, social separation on the 2 nd week of pregnancy affected the aversive conditioning (learning in avoidances) of the offspring in all ages evaluated, showing impairment on acquisition of aversive memory. Dams exposed to chronic unpredictable stress showed increase in anxiety at the end of all gestational weeks...

Descrição

Palavras-chave

Ansiedade, Stress (Fisiologia), Sofrimento fetal, Feto - Desenvolvimento, Anxiety

Como citar

SOLIANI, Flaviane Cristina de Brito Guzzo. Estresse pré-natal, perfil de ansiedade de progenitoras na gestação e de sua progênie ao longo do desenvolvimento. 2014. 205 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Assis, 2014.