Pró-saúde e o desenvolvimento profissional de professores universitários: as assessorias pedagógicas e as estratégias institucionais contribuem?
Abstract
Este trabalho analisa as estratégias institucionais protagonizadas pelo Programa Pró-saúde (MEC/2011), em Universidades brasileiras, com impactos no desenvolvimento profissional dos docentes da educação superior. A pesquisa, de cunho qualitativo, utiliza entrevistas com os professores coordenadores dos projetos em desenvolvimento e faz análise dos documentos produzidos nas Universidades. Percebe-se que os professores são protagonistas do seu desenvolvimento profissional, atuando efetivamente no redimensionamento dos cursos da saúde através dos Projetos Político Pedagógicos de seus Cursos. Destacam que, com a implantação do Pró- Saúde foi possível a articulação dos Cursos junto ao Sistema Único de Saúde (SUS) por meio de articulações entre os diferentes atores envolvidos, redefinindo inserções docentes em parceria com outros profissionais e comunidade. Referem que as mudanças encontradas aconteceram, principalmente, pelo entendimento de que a formação na área da saúde precisa estar necessariamente conectada a realidade do SUS e que para que isso ocorra com clareza há necessidade de um fortalecimento dessas ações na dinâmica curricular e pedagógica dos professores universitários atuantes nesses Cursos. Entretanto é preciso incentivo, apoio e assessoramento institucional na realização destes projetos . Destaca-se a importância de estudos e práticas que auxiliem a explicitar o lugar do assessoramento pedagógico na universidade brasileira, correlato a projetos formativos como o do Pró-saúde. Apesar da existência de alguns espaços institucionais, não está legitimado, em muitos casos, o papel e a função das assessorias pedagógicas que podem contribuir com a ação profissional do professor universitário no contexto do ensino, da pesquisa e da extensão no contexto universitário.
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