Duas aulas por semana de educação física adaptada promovem mudanças em parâmetros de saúde e aptidão física de participantes com deficiência intelectual?

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Data

2013

Autores

Magre, Fernanda Lopes [UNESP]
Dias, Milena Silveira [UNESP]
Dias, Levy Yuri [UNESP]
Castro, Julia Abreu de [UNESP]
Goulardins, Guilherme Stefano [UNESP]
Lopes, Ana Clara Costa Lopes [UNESP]
Roesler, Letícia [UNESP]
Castro, Eliane Mauerberg de [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Introdução. O Programa de Educação Física Adaptada (Proefa) visa proporcionar a indivíduos com qualquer tipo de deficiência, oferta de atividades físicas diversas (e.g., de desenvolvimento, aquáticas, dança, esporte, jogos), favorecendo experiências motoras com exigências físicas significativas. Os grupos atendidos no Proefa geralmente vêm de situações de sedentarismo e exibem problemas de saúde em variados níveis de comprometimento (e.g., metabólicos, obesidade, e associados com envelhecimento precoce). As atividades programadas são baseadas nas necessidades individuais (tanto de competência motora como de status da saúde), mas requerem que todos participantes deixem a zona de repouso por períodos significativos em cada sessão. Objetivo. Nosso estudo teve como objetivo verificar se a intervenção de duas horas semanais com propostas de atividade física não sedentária promoveria melhora na aptidão física dos participantes do Proefa (todos com deficiência intelectual) nas variáveis: pressão arterial (PA), nutricionais (antropometria) e resistência aeróbia (FC e repetição de movimentos em teste de banco). Método. Durante os anos de 2010 e 2011, duas baterias de testes foram administradas no início e final de cada semestre. Para os índices da pressão arterial (PA), aferimos a mesma antes do início das atividades quando o participante se encontrava em repouso, tanto no pré- como no pós-teste. Para resistência aeróbia, realizamos o teste de banco de cinco minutos, que consiste em subidas e descidas de um banco de aproximadamente quarenta centímetros durante cinco minutos. Medidas antropométricas incluíram: massa corporal, dobras cutâneas e circunferências de áreas corporais. Resultados. Na variável PA pudemos observar que houve uma melhora significativa tanto na pressão sistólica como na diastólica entre a avaliação do pré- e pós-teste para ambos os grupos (2010 e 2011), tanto no semestre como no ano. Ambos os grupos ficaram muito próximos dos limites dos parâmetros de normalidade, porém indicando uma leve tendência à hipertensão. O desempenho no teste de banco mostrou uma evolução significativa no aumento do número de passadas ao longo do teste nos dois semestres de avaliação. Concluímos que dois encontros semanais de uma hora cada podem ajudar grupos tipicamente sedentários com deficiência intelectual a se manter em condições aceitáveis de saúde -- relativas ao sistema cardiovascular e cardiorrespiratório. Medidas nutricionais são mais resistentes a mudanças e os grupos do Proefa não mostraram alteração após a participação. Embora demandas à intensidade possam ser requeridas no Proefa, a frequência e volume ou duração de esforço são insuficientes com oferta semanal de dois encontros de uma hora.

Descrição

Palavras-chave

Atividade física adaptada, Deficiência intelectual

Como citar

CONGRESSO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA, 7., 2013, Águas de Lindólia. Anais... São Paulo: PROEX; UNESP, 2013, p. 09641