Usina de sonhos com realidade - o resgate da arte de brincar

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Data

2013

Autores

Bertozzi, Patrícia Arras [UNESP]
Coelho, Heidi Miriam Bertolucci [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Introdução: Para Anne Lise S. Scappaticci, "a criança pequena parece possuir uma noção (contato) muito precisa da condição humana e de dependência, e da escuridão da alma", fato evidenciado pela condição de violência física e mental vivida em um bairro socialmente carente na cidade de Assis, SP. A fantasia favorece as crianças a lidarem com seus problemas e superarem suas angustias ou temores, sendo a brincadeira um recurso para que isso aconteça. Para Corso&Corso, "a paixão pela fantasia começa muito cedo, não existe infância sem ela, e a fantasia se alimenta da ficção, portanto não existe fantasia sem ficção". É por meio desta dinâmica que a criança se desenvolve psicológica e intelectualmente, e expressa suas emoções. Apesar das transformações, do avanço da tecnologia e da criação de novos brinquedos, as principais brincadeiras, aquelas que os avós faziam na infância, ainda hoje permanecem, por se manterem como um importante meio para subjetivação. O projeto Usina de Sonhos com Realidade, de cunho social, conta com aproximadamente 10 estagiários e tem como objetivo instruir e informar as crianças quanto às suas possibilidades de desenvolvimento emocional, cultural e intelectual, além do resgate às brincadeiras atemporais que acabaram por ficar perdidas em meio a tecnologia contemporânea. Metodologia: Através de oficinas, desenhos, esportes, gincanas, leituras e jogos, é buscado o incentivo á criatividade e ao pensamento de forma espontânea e livre além de um trabalho colaborativo em equipe. As atividades são realizadas quinzenalmente aos sábados, em uma praça da Vila Prudenciana, bairro populoso, carente e estigmatizado da cidade de Assis. A partir de reuniões semanais, ocorre uma reflexão sobre o que aconteceu no encontro anterior e há uma discussão a respeito de novas ideias para o próximo encontro, além de reuniões quinzenais com a orientadora do projeto. Resultados: Em um ano, o projeto funciona por 8 meses, com um total de 16 encontros, atendendo à aproximadamente 25 crianças por encontro. Conclusão: De maneira geral, a partilha e a troca de vivências, entre os estagiários e as crianças, resultam em desenvolvimento para ambos, na produção de novas formas de construção de pensar e agir. A participação dos estudantes na vida dos infantes gera um acúmulo de experiências positivas, que poderão refletir em seu futuro, como por exemplo, relacionamento em grupo, argumentação, trabalho em equipe, possibilidade de insistir nos estudos até a universidade, fato este não presente em suas vidas familiares.

Descrição

Palavras-chave

Brincar, Resgate, Infância, Direitos humanos

Como citar

CONGRESSO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA, 7., 2013, Águas de Lindólia. Anais... São Paulo: PROEX; UNESP, 2013, p. 09024