Microorganismos: as indagações, comentários e saberes dos educandos - jovens e adultos - na construção do conhecimento científico

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Data

2003

Autores

Gabriel, Vagner de Araújo [UNESP]
Camargo, Maria Rosa Rodrigues Martins de [UNESP]
Mazza, Débora [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Introdução: O presente trabalho vem sendo desenvolvido desde março de 2001, integrando-se ao Projeto de Educação de Jovens e Adultos (PEJA). Esse projeto visa atender jovens e adultos que permaneceram à margem dos processos de educação básica, pesquisar metodologias de ensino mais adequadas, contribuir para a formação de educadores e contribuir para as discussões sobre políticas públicas concernentes à temática. Nos primeiros contatos com jovens e adultos, com quem temos trabalhado, constatou-se que eles detêm grande quantidade de experiências e conhecimentos sobre a dinâmica do mundo contemporâneo, tornado-se este fato um dos pilares do PEJA. Dentro da proposta interdisciplinar adotada pelo grupo do PEJA, são registradas todas as atividades desenvolvidas nas turmas, sendo que os registros são feitos por mais de uma pessoa, de maneira a enriquecê-los quanto a detalhes, impressões, percepções e fatos. Objetivos: pressupondo-se que a saúde deve ser encarada como um bem individual e coletivo e que concepções prévias sobre o cuidado da saúde e hábitos de higiene devem ser analisados criticamente, visando conscientizar os educandos sobre a necessidade e prevenção de doenças, objetivou-se rastrear e analisar, confrontando com o conhecimento científico, como o tema “microrganismos” aparece nos relatos (comentários) e indagações dos educandos durante o desenvolvimento das atividades. Métodos: foram elencados e analisados todos os comentários e indagações dos educandos registrados nas aulas de uma classe formada por funcionários da UNESP de Rio Claro. Resultados: os registros foram enquadrados em três categorias: comentários, que poderiam condizer ou não com a ciência; questionamentos; e admirações, que são exclamações dos educandos quando perceberam o quão limitado é nosso alcance visual e o que estava por tras de muitos problemas de saúde. Esses registros não indicaram apenas dúvidas e relatos de experiências vivenviadas pelos educandos, mas também a confirmação do que tinham informações, reflexões e conflitos de idéias, por exemplo, até que ponto um hábito cultural é falta de higiene. Os comentários, na maioria das vezes, eram fundamentados em conhecimentos prévios, que eram obtidos pelos diversos meios de comunicação ou pelos pais, e, em alguns casos, de modo mais ou menos desconexo, por exemplo, que o tétano vinha da ferrugem e que o vírus da rubéola se tornara resistente. Assim, os saberes que cada educando traz consigo podem ser transformados em atividades de ensino confrontando com as informações científicas.

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