O ambiente cooperativo como instrumento de intervenção psicopedagógica

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Data

2003

Autores

Funaki, Adriana Satie [UNESP]
Ungaretti, Carla de Souza [UNESP]
Oliveira, Cíntia Aparecida Pires de [UNESP]
Fonseca, Ellen [UNESP]
Amorim, Fernanda Gabriela [UNESP]
Belão, Fernanda Mora [UNESP]
Mano, Milena da Silva [UNESP]
Silva, Nelson Pedro [UNESP]
Civeira, Patrícia Rocha [UNESP]
Nóbrega, Sidnei de Lara [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Introdução: Ainda é significativo o número de queixas feitas pelos professores acerca das dificuldades escolares apresentadas pelos estudantes do ensino fundamental. Além disso, quando não aprendem adequadamente, muitas vezes as crianças acabam internalizando tal fracasso como problema pessoal. Nesta situação, o desenvolvimento de intervenções de caráter preventivo dificilmente contribuirá para que elas superem tais dificuldades. O trabalho curativo, feito em pequenos grupos e/ou individualizado, torna-se, assim, necessário. Objetivos: Por estas razões, buscamos reconstruir a relação que tais indivíduos estabeleceram com o conhecimento escolar (normalmente de rejeição), além de promover o desenvolvimento global de tais crianças e auxiliá-las na construção de condutas necessárias ao aprendizado (elevação da estima, aumento da resistência à frustração, melhoria da sociabilidade, desenvolvimento da coordenação motora e da linguagem, entre outros). Métodos: Quanto à intervenção, formamos grupos compostos por três crianças, de ambos os sexos, de sete a onze anos de idade e de situação sócio-econômica desfavorecida. Consideradas “crianças-problema”, tais indivíduos eram atendidos semanalmente, em duas sessões de uma hora e trinta minutos. Nelas foram desenvolvidas atividades de escrita e de leitura e com jogos regrados, num ambiente em que o relacionamento fundamentava-se no respeito mútuo, no diálogo e na decisão conjunta. Resultados: Os resultados apontaram que a maioria das crianças atendidas avançou significativamente no desenvolvimento cognitivo, passando do período pré para o operatório concreto. Em relação à escrita, quase todas avançaram da fase silábica para a alfabética. Quanto ao desenvolvimento moral, apesar dos progressos em relação ao julgamento das ações consideradas mais desastrosas, ainda se nota um predomínio da heteronomia quando se trata de sugerir e de justificar as punições mais eficientes. Houve diminuição considerável do medo de fracassar, apesar de muitas delas apresentarem problemas afetivos e de estima baixa, aspectos que ainda prejudicam o seu desenvolvimento. Concluímos que a presente intervenção leva ao desenvolvimento afetivo, cognitivo e moral; auxilia na construção de comportamentos necessários ao aprendizado escolar e contribui para a diminuição do medo de fracassar. Cabe acrescentar que as dificuldades encontradas relacionaram-se sobretudo aos fatores sociais mais amplos (condição sócio-econômica dos familiares), às dificuldades dos outros membros da instituição escolar e aos próprios executores do estudo. Tais indivíduos não estão habituados a trabalhar de maneira cooperativa e a reconhecer a criança como cidadã, isto é, possuidora de direitos e não somente cumpridora de deveres (freqüentemente impostos).

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