Resistência de populações de digitaria insularis (L). Fedde a herbicidas: frequência de ocorrência e interações entre formulações de glyphosate e adjuvantes

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Data

2017-07-31

Autores

Cavalieri, Jhonatan Diego [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

O conhecimento da resistência das plantas daninhas a herbicidas, em especial do capim-amargoso (Digitaria insularis L.) e a tecnologia de aplicação são aspectos fundamentais para recomendações de manejo da espécie daninha, e melhoria da performance do uso dos herbicidas. A pesquisa teve por objetivos estudar: (i) a sensibilidade de populações de capim-amargoso (D. insularis L.) aos herbicidas glyphosate e chethodim (ii); os processos pelos quais à tecnologia de aplicação, em particular as formulações de herbicida e os adjuvantes podem contribuir para a otimização do controle de D. insularis e, (iii) a influência destes fatores na absorção e metabolismo de D. insularis suscetível e resistente ao herbicida. Para isso, 62 populações de capim-amargoso foram coletadas nos estados do Paraná e São Paulo, sendo a maior parte delas provenientes de lavouras de soja transgênica, tolerante ao glyphosate. Ensaios screening foram conduzidos para determinar a sensibilidade das populações de capim-amargoso aos herbicidas por meio de estudos de curvas de frequência de respostas. Com esses dados foram selecionadas populações de capim-amargoso resistentes e suscetíveis aos herbicidas para determinação do nível de resistência por meio de estudos de curva dose-resposta, em diferentes estádios da planta. Posteriormente realizaram-se ensaios para comparar formulações de glyphosate e adjuvantes sobre variáveis de tecnologia de aplicação. Nestes ensaios, duas formulações de glyphosate (WG e SL) e cinco combinações (sem adjuvante, óleo mineral, óleo vegetal metilado, aquil ester etoxilado e polioxietileno alquilfenol éter), mais um tratamento controle (sem aplicação), foram comparados avaliando-se o tamanho de gotas, depósito, tensão superficial, ângulo de contato, absorção, ácido chiquímico e controle. Também foram feitos estudos para comparar a anatomia foliar de D. insularis e os efeitos dos tratamentos sobre a superfície foliar e os tecidos internos por técnicas de microscopia eletrônica de varredura e microscopia de luz. Na última etapa do trabalho, duas populações de D. insularis (resistente e suscetível), foram comparadas quanto à absorção, produção de compostos da rota do ácido chiquímico, metabolismo e controle. A quantificação dos compostos foi realizada por cromatografia líquida e espectrometria de massas, 24h após a aplicação dos tratamentos e o controle avaliado aos 21 dias após a aplicação. Os resultados revelaram que todas as populações de D. insularis coletadas em lavouras com soja transgênica apresentaram baixa sensibilidade ao glyphosate quando submetidas à dose comercial do herbicida (1080 g e.a. ha-1), e alta sensibilidade ao clethodim. O fator de resistência máximo entre as populações foi de 15, sendo a resposta ao herbicida dependente do estádio de desenvolvimento da planta. As formulações não apresentaram diferenças significativas em relação à absorção, entretanto, os adjuvantes proporcionaram incrementos de até 170% da quantidade de herbicida absorvido quando comparado aos tratamentos sem adjuvantes. O incremento da absorção não foi suficiente para o controle eficaz da população resistente, porém, a utilização de adjuvante apropriado pode ser útil para a otimização do uso de glyphosate no controle da D. insularis. Os resultados revelaram que o mecanismo de resistência de D. insularis não está envolvido à absorção do glyphosate e metabolização do herbicida pela planta.

Descrição

Palavras-chave

capim-amargoso, tecnologia de aplicação, absorção de herbicida, tamanho de gotas, tensão superficial, anatomia foliar, depósito da pulverização

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