Placas de aço inoxidável 316L aplicadas no reparo de fratura experimental diafisária do rádio e ulna de cães

Nenhuma Miniatura disponível

Data

2001-02-01

Autores

Brasil, F.B.J. [UNESP]
Padilha Filho, J.G. [UNESP]
Guastaldi, A.C. [UNESP]
Ramires, I. [UNESP]
Castro, M.B.

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Escola de Veterinária

Resumo

O objetivo do presente trabalho foi o de estudar a resistência à corrosão em placas de aço inoxidável 316L, com diferentes tipos de acabamento e tratamento superficial, e a possível interferência dessa reação corrosiva na consolidação óssea. Utilizaram-se placas semi-acabadas, polidas, tratadas com jatos de microesferas de vidro e passivadas, as quais foram aplicadas na epífise distal do rádio de cães. Foram utilizados 12 animais, divididos em dois grupos, nos quais, após osteotomia bilateral do rádio e ulna, foram realizadas osteossínteses do rádio, totalizando 24 procedimentos. Avaliou-se a evolução clínica e radiográfica das regiões que receberam os implantes aos 30, 60, 90, 180, 240 e 360 dias. Os animais do grupo 1 (GI) foram sacrificados aos 180 dias e os do GII aos 360 dias para estudo histológico e de microscopia eletrônica de varredura do local da osteotomia sob a região dos implantes metálicos e para estudo da resistência à corrosão no organismo, pelos implantes metálicos, por meio de análises química e metalográfica (microscopia óptica e eletrônica de varredura e espectroscopia de espalhamento de energia por raios X). Os animais recuperaram a função dos membros operados 24 horas após a cirurgia. Radiograficamente, verificou-se a consolidação óssea em todos os animais. Macro e microscopicamente não foram observados sinais de corrosão nos implantes metálicos, exceto em uma placa passivada, aplicada no rádio esquerdo de um animal, na qual a corrosão foi detectada pela microscopia óptica e eletrônica de varredura. Este estudo permite concluir que as placas de aço inoxidável 316L, independente do acabamento superficial a que foram submetidas, não sofreram corrosão ou reações adversas e foram efetivas no tratamento das fraturas experimentais do rádio e ulna de cães.
A long-term study was carried out for evaluating 316L stainless steel plates with different types of finish used in the repair of experimetnal radial and ulnar dyaphisial fractures in dogs and the possible interference of this reaction in bone consolidation. Semi-finished, polished, blasted with glass microbeads and passivated plates were applied to the distal epiphysis of the radius of anesthetized dogs. Twelve animals were divided into two groups, GI (six dogs) and GII (six dogs), which underwent osteosynthesis (OS) in both bones, after bilateral radial and ulnar osteotomy, totaling 24 procedures. The clinical and radiographic evolution of the regions that received the implant was studied at 30, 60, 90, 180, 240 and 360 days after OS. The animals from GI were killed at 180 days and those from GII at 360 days for histopathological analysis of the bones at the implant region (optical and electronic-scanning microscopy) and to study corrosion on the metallic implants, through chemical and metallographic analysis (optical and eletronic-scanning microscopy and scattered-energy spectroscopy). Limb function was recovered 24h after surgery. Upon X-ray examination, bone consolidation was observed in all animals. Both in macroscopic and microscopically, no signs of metallic corrosion were observed, except for one passivated plate implanted in one animal of GII, in which the phenomenon was observed through optical and electronic-scanning microscopy. This study allows to conclude that 316L stainless steel plates, regardless of the surface treatment, did not undergo corrosion or adverse reactions and were effective in the treatment of experimental radial and ulnar fractures in dogs.

Descrição

Palavras-chave

Cão, fratura, placas de aço inoxidável 316 L, Dog, fracture, stainless steel plate 316 L

Como citar

Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia. Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Veterinária, v. 53, n. 1, p. 37-43, 2001.