Utilização de lama vermelha para oxidação eletrolítica assistida por plasma de diferentes metais
Data
2021-08-12
Autores
Souza, Carime dos Santos
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Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Resumo
Within the policy of reducing the amount of industrial and mining waste generated, a good alternative is to develop technologies that enable its reuse. In this scenario, evaluating one of the waste generated in the Sorocaba region linked to mining, the red mud stands out. An alternative is to use residue as a ceramic coating on metals. This work proposes its use, for the production and characterization of protective coatings, on surfaces of different metallic alloys, through the technique of plasma assisted electrolytic oxidation - PEO. Coatings in aluminum alloys 1200, carbon steel 1020 and aluzinc were obtained through PEO using a solution prepared with red mud and distilled water, applying 600 and 500 V potential, using different deposition times and times. The coatings were obtained by MEV, EDS, DRX (except carbon steel), FTIR, Roughness, Wetability, Hardness, Thickness techniques, were evaluated as mechanical properties through the pin-on-disc and corrosion test. The coatings obtained with total red mud in aluminum 1200 showed greater roughness in relation to the coatings obtained with the silt/clay fraction. For the depositions on 1020 carbon steel and aluzinc, the roughness was greater than for the polished substrates. The coatings on 1200 aluminum substrate using total red mud (LVT) and silt/clay fraction (LVA) showed hydrophobic characteristics, while the coatings on 1020 carbon steel and aluzinc were classified as hydrophilic. As for hardness, only the coatings obtained with LVA in aluminum alloy have greater hardness in relation to its substrate. As for the study of mechanical wear, the coatings obtained with LVT and LVA in 1200 aluminum alloy showed an increase in surface resistance and the coatings can be classified as abrasive. Corrosion evaluation shows that for aluminum alloy coatings, damage is greater for those obtained with LVA than for coatings obtained with LVT. For the coatings obtained from 1020 carbon steel, the highest corrosion rates are observed, identifying them as severe. It can be said that the red mud can be applied in the production of coatings on the three types of metals, however, in aluminum alloy and aluzinc, ceramic coatings are obtained which, under certain conditions, improve the properties of the substrates.
Dentro da política de reduzir a quantidade gerada de resíduos industriais e de mineração, uma boa alternativa é desenvolver tecnologias que possibilitem sua reutilização. Nesse cenário, avaliando um dos resíduos gerados na região de Sorocaba ligado à mineração, destaca-se a lama vermelha. Uma alternativa é o uso desse resíduo como revestimento cerâmico de metais. Este trabalho propõe o seu uso, para a produção e caracterização de revestimentos protetivos, em superfícies de diferentes ligas metálicas, através da técnica de oxidação eletrolítica assistida por plasma – PEO (do inglês: plasma electrolytic oxidation). Obteve-se recobrimentos em ligas de alumínio 1200, aço carbono 1020 e aluzinco, através de PEO utilizando solução preparada com lama vermelha e água destilada, aplicando-se potencial de 600 e 500V, utilizando diferentes concentrações e tempos de deposição. Os revestimentos foram avaliados pelas técnicas MEV, EDS, DRX (com exceção do aço carbono), FTIR, Rugosidade, Molhabilidade, Dureza, Espessura, foram avaliadas as propriedades mecânicas através do teste de pino sobre disco e corrosão. Os revestimentos obtidos com lama vermelha total em alumínio 1200 apresentaram maior rugosidade em relação aos revestimentos obtidos com a fração silte/argila. Para as deposições em aço carbono 1020 e aluzinco a rugosidade foi maior do que os substratos polidos. Os revestimentos em substrato de alumínio 1200 utilizando lama vermelha total (LVT) e fração silte/argila (LVA) apresentaram características hidrofóbicas, já os revestimentos em aço carbono 1020 e aluzinco foram classificados como hidrofílicos. Quanto à dureza, apenas os revestimentos obtidos com LVA em liga de alumínio possuem maior dureza em relação ao seu substrato. Quanto ao estudo de desgaste mecânico, os revestimentos obtidos com LVT e LVA em liga de alumínio 1200 houve aumento da resistência da superfície e os revestimentos podem ser classificados como abrasivos. A avaliação da corrosão mostra que para os revestimentos em liga de alumínio, os danos são maiores para os obtidos com LVA do que nos revestimentos obtidos com LVT. Para os revestimentos obtidos em aço carbono 1020 observam-se as maiores taxas de corrosão, identificando-as como severa. Pode-se dizer que a lama vermelha pode ser aplicada na produção de revestimentos nos três tipos de materiais, porém em liga de alumínio e em aluzinco são obtidos revestimentos cerâmicos que em certas condições acabam por melhorar as propriedades dos substratos.
Dentro da política de reduzir a quantidade gerada de resíduos industriais e de mineração, uma boa alternativa é desenvolver tecnologias que possibilitem sua reutilização. Nesse cenário, avaliando um dos resíduos gerados na região de Sorocaba ligado à mineração, destaca-se a lama vermelha. Uma alternativa é o uso desse resíduo como revestimento cerâmico de metais. Este trabalho propõe o seu uso, para a produção e caracterização de revestimentos protetivos, em superfícies de diferentes ligas metálicas, através da técnica de oxidação eletrolítica assistida por plasma – PEO (do inglês: plasma electrolytic oxidation). Obteve-se recobrimentos em ligas de alumínio 1200, aço carbono 1020 e aluzinco, através de PEO utilizando solução preparada com lama vermelha e água destilada, aplicando-se potencial de 600 e 500V, utilizando diferentes concentrações e tempos de deposição. Os revestimentos foram avaliados pelas técnicas MEV, EDS, DRX (com exceção do aço carbono), FTIR, Rugosidade, Molhabilidade, Dureza, Espessura, foram avaliadas as propriedades mecânicas através do teste de pino sobre disco e corrosão. Os revestimentos obtidos com lama vermelha total em alumínio 1200 apresentaram maior rugosidade em relação aos revestimentos obtidos com a fração silte/argila. Para as deposições em aço carbono 1020 e aluzinco a rugosidade foi maior do que os substratos polidos. Os revestimentos em substrato de alumínio 1200 utilizando lama vermelha total (LVT) e fração silte/argila (LVA) apresentaram características hidrofóbicas, já os revestimentos em aço carbono 1020 e aluzinco foram classificados como hidrofílicos. Quanto à dureza, apenas os revestimentos obtidos com LVA em liga de alumínio possuem maior dureza em relação ao seu substrato. Quanto ao estudo de desgaste mecânico, os revestimentos obtidos com LVT e LVA em liga de alumínio 1200 houve aumento da resistência da superfície e os revestimentos podem ser classificados como abrasivos. A avaliação da corrosão mostra que para os revestimentos em liga de alumínio, os danos são maiores para os obtidos com LVA do que nos revestimentos obtidos com LVT. Para os revestimentos obtidos em aço carbono 1020 observam-se as maiores taxas de corrosão, identificando-as como severa. Pode-se dizer que a lama vermelha pode ser aplicada na produção de revestimentos nos três tipos de materiais, porém em liga de alumínio e em aluzinco são obtidos revestimentos cerâmicos que em certas condições acabam por melhorar as propriedades dos substratos.
Descrição
Palavras-chave
Red mud, Plasma assisted electrolytic oxidation, Carbon steel 1020, Aluzine, Solid waste., Lama vermelha, Oxidação eletrolítica assistida por plasma, Liga de alumínio 1200, Aço carbono 1020, Aluzinco, Resíduos sólidos, 1200 aluminum alloy