Dissertações - Ciência Animal - FMVA

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    Metaloproteinases 2 e 9 sérica em gatos naturalmente infectados com Leishmania spp.
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-08-15) Wajima, Natielle Rodrigues; Machado, Gisele Fabrino; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Leishmaniose visceral é uma zoonose negligenciada causada pelo protozoário intracelular do gênero Leishmania, e ocorre em regiões onde o clima é tropical e subtropical. Tem como hospedeiro definitivo o homem e o cão, porém estudos recentes têm demonstrado o gato como hospedeiro, capaz de disseminar a doença, participando, então do ciclo epidemiológico da enfermidade. A leishmaniose apresenta sinais clínicos diversos, variando conforme a imunidade do hospedeiro e da espécie de Leishmania, podendo ser subclínica em gatos, assim como ocorre em cães. O diagnóstico definitivo é dado através de exames laboratoriais sendo eles: citologia, histologia, imunohistoquímica, cultura celular e reação em cadeira pela polimerase (PCR), ensaio de imunoabsorção enzimática (ELISA) e reação de imunofluorescência indireta (RIFI). As metaloproteinases (MMPs) são gelatinases, endopeptidases dependentes de zinco, que são responsáveis pela degradação da membrana basal, apresentando importância na disseminação de neoplasia, remodelação de tecidos, modulação da inflamação, migração celular em processos inflamatórios. O papel das MMPs está relacionado com a patogenia de lesãoes da leishmaniose visceral em humanos e cães já relatados em literatura. Este é o primeiro trabalho avaliando a atividade das metaloproteinases em gatos com diagnóstico sorológico e/ou molecular para leishmaniose. Em uma região endêmica para leishmaniose visceral, 272 felinos foram testados por métodos paralelos (ELISA e qPCR), resultando em 26 animais positivos (grupo infectado). A atividade das metaloproteinases séricas foi avaliada pela técnica de zimografia. Tanto no grupo controle quanto no grupo infectado não houve a presença da atividade das MMP-2 e 9 na forma ativa, somente na forma inativa. Comparativamente, gatos com leucemia viral felina (FELV) não apresentaram atividade mais intensa desas metaloproteinases, dessa forma não demonstrando que a imunossupressão pudesse aumentar a atividade das metaloproteinases. Portanto, gatos assintomáticos com leishmaniose visceral não apresentam alteração da atividade das metaloproteinases 2 e 9, não participando dessa via na disseminação da doença e da ativação da cascata de inflamação.
  • ItemDissertação de mestrado
    Educação Permanente como prática de ações para o Controle da Leishmaniose Visceral Canina e Humana no Município de Araçatuba, São Paulo, Brasil
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-08-22) Suto, Tania Mara Tomiko; Bresciani, Katia Denise Saraiva; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O objetivo neste projeto foi implantar a Educação Permanente como prática de ações para o Controle da Leishmaniose Visceral Canina e Humana (LVCH) no Município de Araçatuba, São Paulo, Brasil. Para isso, foram realizadas atividades de intervenção na Área de Trabalho Local 5 (ATL5), que corresponde aos bairros, Conjunto Habitacional Hilda Mandarino, Vicente Grosso, Jardim Umuarama, Concórdia, Conjunto Habitacional Ivo Tozi, Country Ville, Araçatuba G, Água Branca I, II e III e Pinheiros do município de Araçatuba/SP/Brasil. Entre setembro de 2019 a março de 2021, foram executadas Oficinas com base em técnicas educativas, estrategicamente elaboradas por meio de discussões das Diretrizes da Educação Permanente, propiciando o conhecimento da doença e o controle ambiental por meio de ações de intervenção, como Manejo Ambiental Educativo e a realização de Inquérito Canino. Para o cumprimento das atividades contou-se com os profissionais de saúde do município de Araçatuba. A atividade de Inquérito Canino dos reservatórios domésticos (cães) para diagnostico da Leishmaniose Visceral Canino (LVC) e o Manejo Ambiental Educativo foi inserido no cotidiano das equipes de Agentes de Endemias e Comunitários com técnicas a fim de impactar na redução da ocorrência da LVCH. A análise da coleta de dados foi apresentada em porcentagens comparativas do antes e depois da execução das atividades inerentes, da positividade canina e do Manejo Educativo Ambiental foi apresentado na forma descritiva e inferencial. Não houve significância nas ações educativas realizadas, porém observou-se diminuição da incidência canina e humana após a aplicação das atividades. Este trabalho foi considerado inédito na integração das equipes e das ações, com implantação de uma Política Pública em Saúde.
  • ItemDissertação de mestrado
    Sensibilidade antimicrobiana de patógenos causadores de mastite em vacas na região Centro-Oeste Paulista
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-08-24) Amato, Beatriz Pinheiro [UNESP]; Ponsano, Elisa Helena Giglio [UNESP]; Grassi, Thiago Luís Magnani; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A mastite gera prejuízos econômicos em rebanho leiteiros e interfere nos processos industriais de laticínios. O uso indiscriminado de antibióticos para tratar a doença agrava a resistência a tais medicamentos, sendo imprescindível a identificação do agente causador para o sucesso do tratamento. O objetivo do presente estudo foi isolar bactérias causadoras de mastite bovina em amostras de leite obtidas em propriedades leiteiras localizadas no Centro-Oeste Paulista e avaliar sua resistência frente aos antimicrobianos comumente utilizados em seu tratamento. Analisaram-se amostras de leite de 80 vacas com mastite clínica ou subclínica. As amostras foram inoculadas em Ágar Sangue e Ágar MacConkey e incubadas a 37 ºC/24 h. As colônias isoladas passaram por identificação morfo-tintorial (coloração de Gram) e bioquímica. Para a determinação da espécie, as amostras de leite também foram analisas por espectrometria de massa (MALDI-TOF MS). Os microrganismos identificados foram submetidos ao teste de sensibilidade aos antimicrobianos em placa de Ágar Müeller-Hinton (35 °C/24 h) com discos contendo Gentamicina (10 μg), Amoxicilina + Clavulanato (20 μg + 10 μg), Tetraciclina (30 μg) e Oxacilina (1 μg). Em 87,5% das amostras houve crescimento de bactérias Gram-positivas, com prevalência de Staphylococcus aureus (54,3%) e 21,2% das amostras apresentaram colônias de bactérias Gram-negativas, com o predomínio de Escherichia coli (18,6%). A resistência para oxacilina ocorreu em 48,6% das bactérias Gram-positivas e em 100% das bactérias Gram-negativas isoladas e, para tetraciclinas, a resistência foi de 12,8% e 29,4% respectivamente. Dentre as bactérias Gram-positivas, 11,4% apresentaram resistência para gentamicina e amoxacilina e clavulanato. As bactérias Gram-negativas apresentaram 5,9% de resistência para amoxacilina e clavulanato e nenhuma resistência frente à gentamicina. Concluiu-se que houve alta incidência de bactérias Gram-positivas causadoras de mastite na região e alta incidência de resistência a oxacilina entre os microrganismos isolados.
  • ItemDissertação de mestrado
    Parâmetros clínicos, hematológicos, bioquímicos e de estresse oxidativo em cães saudáveis submetidos à ozonioterapia por insuflação retal.
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 23-07-03) Oliveira, Paula Lima de; Almeida, Breno Fernando Martins de; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A ozonioterapia atua no organismo induzindo um estresse oxidativo controlado, promovendo melhora da resposta antioxidante, imune e circulatória, o que parece auxiliar nos processos infecciosos e inflamatórios. Todavia, muito pouco é conhecido sobre como a ozonioterapia afeta os parâmetros fisiológicos e os indicadores de estresse oxidativo em cães. Nesse contexto, o presente estudo teve como objetivo avaliar os parâmetros clínicos, hematológicos, bioquímicos e de estresse oxidativo de cães saudáveis submetidos à ozonioterapia e oxigenioterapia por insuflação retal. Para tal, 10 cães saudáveis foram alocados em três grupos experimentais em delineamento cruzado com um mês de intervalo: controle, sem intervenção; ozônio, que recebeu 100µg de O3/kg por insuflação retal; e oxigênio, que recebeu volume equivalente ao de ozônio de O2 medicinal por insuflação retal. Cada animal recebeu quatro aplicações consecutivas com intervalos semanais, com 2 coletas de sangue por semana no terceiro e sétimo dias após a aplicação. Posteriormente, foram acompanhados por mais 4 semanas, com coleta semanal. Sendo assim, os animais foram acompanhados por um total de 12 momentos, sendo avaliados parâmetros hematológicos, bioquímicos e de estresse oxidativo, determinando-se a capacidade antioxidante total (CAT) equivalente a trolox pela inibição da redução do cátion ABTS sozinho (CAT-ABTS) e associado à peroxidase (CAT ABTS-HRP), pela capacidade de redução férrica (CAT-FRAP) e cúprica (CAT-CUPRAC); além da determinação da capacidade oxidante total (COT), peroxidação lipídica pelas substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) e dos antioxidantes ácido úrico e albumina. As variáveis foram testadas quanto à normalidade e as diferenças entre os momentos e grupos foram verificadas pelos testes de ANOVA com medidas repetidas e pós-teste de Tukey ou Friedmann com pós-teste de Dunn, sendo consideradas significativas quando p<0,05. A ozonioterapia por insuflação retal aumentou significativamente o peso dos animais e ao avaliar os parâmetros hematológicos, houve aumento do volume corpuscular médio (VCM) e do volume plaquetário médio (VPM); nos parâmetros bioquímicos houve redução dos níveis séricos de colesterol total. Quanto aos parâmetros de estresse oxidativo a ozonioterapia reduziu significativamente CAT-FRAP em D7 tanto em relação ao momento basal quanto ao controle, aumentou significativamente a CAT-CUPRAC em D42 e D49 quando comparado ao grupo controle, causou aumento de ácido úrico quando comparado ao grupo oxigênio e reduziu a peroxidação lipídica em D21 em relação ao grupo controle. Conclui-se que a ozonioterapia por insuflação retal em cães saudáveis causa estresse oxidativo transitório seguido de uma resposta antioxidante e interfere de forma discreta em alguns parâmetros clínicos, hematológicos e bioquímicos ainda permanecendo dentro dos intervalos de referência para a espécie, evidenciando ser uma terapia segura. Além disso, a oxigenioterapia causa estresse oxidativo sem induzir resposta antioxidante posterior.
  • ItemDissertação de mestrado
    Reação inflamatória no sistema nervoso central de cães com leishmaniose visceral e pesquisa de amastigotas e linfócitos T na medula espinhal
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-02-07) Pellissari, Maria Cecilia Clarindo; Machado, Gisele Fabrino [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O sistema nervoso central é composto por encéfalo e medula espinhal, ao passo que gânglios nervosos e nervos constituem o sistema nervoso periférico. Lesões inflamatórias na medula espinhal relacionadas à Leishmaniose Visceral são pouco descritas na literatura humanos ou animais. O presente estudo tem como objetivo caracterizar a distribuição e intensidade da inflamação encefálica e medular de cães naturalmente infectados por Leishmania infantum. Além disso, verificar a presença e distribuição de linfócitos TCD3 e investigar possíveis vias de migração destas células na medula espinhal de cães acometidos por Leishmaniose Visceral. Para tanto, foi realizada uma revisão bibliográfica consultando plataformas de bases de dados como PubMed, LILACS, SciELO, Google Scholar e Portal de Periódicos CAPES, com ênfase em artigos publicados entre os anos de 2000 a 2022, que abordavam as alterações neurológicas relacionadas à Leishmaniose, além de outros protozoários, afim de explanar as funções fisiológicas e patológicas das barreiras pertencentes ao sistema nervoso central e periférico, e as possíveis vias de migração leucocitária e entrada de agentes infecciosos no sistema nervoso.
  • ItemDissertação de mestrado
    Avaliação de processos de limpeza de tanques de armazenamento de leite em unidade de ordenha mecanizada
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-01-23) Rovedilho, João Alexandre Sanchez Palencia; Ponsano, Elisa Helena Giglio [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O alto valor nutricional do leite o torna, um meio suscetível ao desenvolvimento bacteriano, que é influenciado pelas contaminações que ocorrem durante e após a ordenha. Com o intuito de eliminar contaminações provenientes de equipamentos, as propriedades leiteiras e as indústrias de laticínios adotam a metodologia clean in place (CIP) cuja eficiência pode ser avaliada por meio de indicadores microbiológicos. O objetivo deste trabalho de pesquisa foi avaliar a eficiência de higienização em superfícies internas de equipamentos de uma unidade de ordenha mecanizada. Para isso, utilizaram-se três metodologias de limpeza em circuito fechado, alterando-se o binômio tempo de contato e temperatura da solução de detergente (20 min/70 °C, 20 min/75 °C e 25 min/70 °C). Para as análises microbiológicas foi utilizado o método do swab de superfície seguido das determinações dos grupos microbianos enterobactérias, mesófilos aeróbios e bolores e leveduras, seguindo-se os métodos oficiais tradicionais, antes e após a aplicação dos processos de higienização. Os resultados foram convertidos para escala logarítmica e avaliados estatisticamente por análise de variância e teste de Tukey, adotando-se 5% como nível de significância. Concluiu-se que todos os procedimentos CIP propostos foram efetivos na redução da carga microbiana das superfícies dos equipamentos de ordenha que fazem contato com o leite, e que os procedimentos a 20 min/75 °C e 25 min/70 °C foram os mais efetivos para o processo de higienização.
  • ItemDissertação de mestrado
    Identificação de Eimeria nagambie, Eimeria zaria e Eimeria spp. geneticamente distintas em sistemas de criação alternativos de galinhas domésticas no estado de São Paulo, Brasil
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-01-31) Soares Junior, José Carlos; Meireles, Marcelo Vasconcelos [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Coccidiose é o termo usado para a infecção por Eimeria spp. e representa uma das enfermidades de maior importância econômica para a indústria avícola. Apresenta alta prevalência em criações industriais de frangos de corte, onde há uma alta probabilidade de infecção por pelo menos uma espécie de Eimeria. Além das sete espécies de Eimeria já conhecidas, recentemente foram identificadas três novas espécies que parasitam a galinha doméstica: Eimeria lata, Eimeria nagambie e Eimeria zaria, que inicialmente foram denominadas como unidades taxonômicas operacionais (OTU) X, Y e Z, respectivamente. Diante da ausência de estudos atualizados realizados no Brasil referentes a essas novas espécies, o objetivo deste trabalho foi identificar E. lata, E. nagambie e E. zaria em galinhas criadas em sistemas extensivo e semi-intensivo no estado de São Paulo. Foram utilizadas 93 amostras de DNA genômico extraído de fezes de galinhas domésticas de 35 criações semi-intensivas e 58 criações extensivas localizadas em 12 municípios de diversas regiões do Estado de São Paulo. Essas amostras foram classificadas como grupo 1 (G1) e estavam armazenadas por aproximadamente quatro anos. Adicionalmente, foram utilizadas 168 amostras fecais colhidas no ano de 2021 em criações de galinhas domésticas de sistemas extensivos (143) e semi-intensivos (25), classificadas como grupo 2 (G2), em sete municípios do Estado de São Paulo. As amostras do G2 foram submetidas ao exame microscópico direto; aquelas negativas e todas as amostras do G1 foram examinadas por PCR gênero-específica. As amostras positivas para Eimeria spp. foram examinadas por PCR espécieespecífica (E. lata, E. nagambie e E. zaria) seguida de clonagem molecular e sequenciamento genético. Os resultados confirmaram, pela primeira vez em território brasileiro, a presença de E. nagambie (15/79; 18,9%), E. zaria (19/79; 24%) e de novas variantes genéticas relacionadas a E. lata e E. maxima (6/79; 7,6%) em galinhas domésticas.
  • ItemDissertação de mestrado
    Exposição ao Lutzomyia spp. e infecção por Leishmania spp. em felinos domésticos de área endêmica
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-01-20) Bizi, Jaqueline; Lima, Valéria Marçal Felix de [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Relatos de leishmaniose visceral felina (LVF) estão em ascensão, especialmente em países endêmicos para leishmaniose visceral (LV). Apesar do cão ser o reservatório urbano mais importante, há questionamentos sobre a importância do gato como reservatório adicional. Sabe-se que felinos são suscetíveis a enfermidade, no entanto, são frequentemente assintomáticos e realizam pouca soroconversão, gerando grandes desafios para o diagnóstico. A interação hospedeiro e parasita possui eventos complexos com diversos mecanismos que modulam a resistência ou suscetibilidade à infecção. Adicionalmente, as proteínas salivares do flebotomíneo, inoculadas durante o repasto sanguíneo, também possuem propriedades imunomoduladoras, que podem ser úteis para observação da exposição ao vetor. Esse é o primeiro trabalho que avalia a exposição de uma população de gatos ao Lutzomyia longipalpis, vetor da doença predominante nas Américas. Em uma região endêmica para LV, 283 felinos assintomáticos foram testados por métodos paralelos (ELISA e qPCR), a fim de estimar a prevalência de positivos para LVF. A exposição ao flebotomíneo foi avaliada pela presença de anticorpos anti-antígeno bruto salivar (SGS) do L. longipalpis e do antígeno recombinante maxadilan (MAX), encontrado também na saliva do flebotomíneo. Observamos exposição ao L. longipalpis em 22,62% (64/283) dos gatos, no entanto, sem correlação entre a exposição ao vetor e a positividade para LVF. O MAX e o SGS apresentaram correlação fraca entre si, dessa forma, acreditamos que o MAX não tenha o mesmo desempenho que o SGS para estudos dessa natureza. Observamos prevalência de positivos para LVF de 13,07% e encontramos uma alta taxa de coinfecção pelo vírus da leucemia viral felina (FeLV). Esse é o primeiro delineamento da exposição dos gatos ao L. longipalpis. Mesmo que a presença de anticorpos anti-saliva não tenha uma associação com a ocorrência de LVF, os felinos são naturalmente expostos ao vetor. Positividade para LVF foi observada em gatos assintomáticos, tanto no ELISA como no qPCR. Destacamos a necessidade de monitoramento de gatos de regiões endêmicas, bem como emprego de práticas de prevenção.
  • ItemDissertação de mestrado
    A utilização da infusão de sulfato de magnésio como adjuvante em protocolos anestésicos de bovinos é viável?
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-02-13) Teodoro, Ananda Neves; Santos, Paulo Sergio Patto dos [UNESP]; Alves, Endrigo Gabellini Leonel; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O sulfato de magnésio é utilizado há anos na medicina, apresentando propriedades sedativas, analgésicas, miorrelaxantes e hipnóticas. Desta forma, com o estudo, objetivou-se avaliar, por meio de parâmetros cardiovasculares e respiratórios, os efeitos do sulfato de magnésio em bovinos, visando sua aplicação em protocolos anestésicos. Oito animais de sete a 12 meses de idade, com peso entre 90 e 150 kg, receberam, em bolus, 200 mg/kg de sulfato de magnésio, pela via intravenosa (IV) e, posteriormente, foi realizada infusão contínua de sulfato de magnésio na taxa de 80 mg/kg/hora pela mesma via. As variáveis FC, PAS, PAD, PAM, f, BIS, ARM, RA, hemácias, hematócrito, proteína plasmática, plaquetas, ureia, creatinina, AST, GGT, CK e temperatura retal foram avaliadas nos momentos MB, M15, M30, M45, M60, M75, M90, M105 e M120. Já as determinações das variáveis hemogasométricas e eletrólitos (Ph, HCO³-, EB, PaO₂, PaCO₂, SaO2, Na+, K+, Cl- e iCa++), foram mensuradas a cada 30 minutos durante 120 minutos, correspondendo aos momentos MB, M30, M60, M90 e M120. No presente estudo não foram observadas alterações significativas nos valores de BIS, hemograma e bioquímico. Quando comparada ao MB, a FC mostrou-se elevada durante a infusão contínua em todos os momentos, enquanto as pressões arteriais PAS, PAD, PAM e f, apresentaram redução de seus valores. A avaliação das variáveis hemogasométricas a PaCO₂ demonstrou elevação ao longo de todo experimento. Constatou-se relaxamento muscular nos animais durante o estudo, sendo que o reduzido número de estímulos musculares demonstrou diferença estatisticamente significativa. Com os resultados obtidos pode-se concluir que a infusão contínua de sulfato de magnésio em bezerros, na dose e forma empregada, não causou alterações cardiovasculares e respiratórias clinicamente importantes, tendo sido observado relaxamento muscular relevante sem efeito hipnótico. A manipulação dos animais durante todos os períodos experimentais foi adequada e sem intercorrências, podendo-se supor, portanto, que a mesma pode ser utilizada como adjuvante em protocolos anestésicos para a espécie bovina.
  • ItemDissertação de mestrado
    Alterações histopatológicas em hipófise de cães naturalmente infectados por Leishmania infantum: imunomarcação de amastigotas e linfócitos TCD3
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-01-24) Frigerio, Edenilson Doná; Machado, Gisele Fabrino [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A hipófise, ou glândula pituitária, é composta pela neuro-hipófise e adeno-hipófise, envolvidas pelo círculo arterial cerebral, é classificada como um órgão endócrino responsável por controlar as funções fisiológicas metabólicas, reprodutoras e de crescimento, auxiliando na manutenção da homeostase. A Leishmaniose Visceral Canina (LVC) é causada pelo protozoário Leishmania infantum, normalmente observados no interior das células do sistema mononuclear fagocitário e disseminado no organismo do hospedeiro. Ocasionalmente são observados sinais clínicos neurológicos, lesões inflamatórias e complicações vasculares no sistema nervoso central (SNC) de cães infectados, cuja patogênese não é totalmente compreendida. Está revisão tem como objetivo descrever as características morfológicas e funções da hipófise, e os efeitos da leishmaniose visceral e de outras doenças sistêmicas que podem causar disfunção da glândula. Para isso foi realizada a análise e comparação de livros e artigos científicos sobre as infecções de Leishmania infantum (Chagasi), alterações hipofisárias e endócrinas, publicados nas bases de dados informatizadas PubMed, LILACS, SciELO, Google Scholar e no Portal de Periódicos da CAPES em língua inglesa no período de 1976 a 2022. A hipófise apresenta função chave para a homeostase do organismo, e alterações inflamatórias nesta glândula podem influenciar em sua atividade endócrina. Conclui-se que a presença de inflamação na hipófise pode levar a uma disfunção, acarretando em desordens fisiológicas, e que isso precisa ser melhor investigado em cães infectados por Leishmania spp., uma vez que já foram observadas mudança nas concentrações de hormônios e suas interferências no organismo, em paciente humano e em hamster como modelo experimental.
  • ItemDissertação de mestrado
    Investigação entomológica da população de flebotomíneos após atividades integradas de manejo ambiental em área prioritária para o controle da Leishmaniose Visceral Canina e Humana no Município de Araçatuba, São Paulo, Brasil
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-01-30) Luz-Requena, Keuryn Alessandra Mira; Bresciani, Katia Denise Saraiva [UNESP]; Rodas, Lilian Aparecida Colebrusco; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A identificação de áreas prioritárias, também denominadas áreas de trabalho local (ATL) podem auxiliar nas atividades de controle e vigilância da leishmaniose visceral (LV). O objetivo nesta pesquisa foi investigar o impacto da integração de medidas de intervenção no comportamento de flebotomíneos em áreas prioritárias para o controle da leishmaniose visceral canina (LVC) e humana (LVH) no município de Araçatuba, São Paulo, Brasil. As atividades de controle foram representadas pelo manejo ambiental, inquérito canino e ações educativas realizadas de forma concomitante e integrada em sete (ATLs). De 2019 a 2021, foram instaladas armadilhas de isca luminosa do tipo CDC no intra e peridomicílio de doze imóveis da ATL5 e realizado análises de risco espacial para transmissão canina na ATL3 e ATL5. A regressão binomial negativa foi utilizada no presente estudo para avaliar as Razões de Prevalência por classes de abundância (RPcl) do vetor em relação as séries históricas do município. O risco espacial foi avaliado pelo Modelo Aditivo Generalizado (GAM) e expresso pela razão de chances (OR) espacial. Os resultados demonstraram que a cobertura de imóveis trabalhados (trabalhados/visitados) em todas as ATLs do município foi abaixo de 80%. Em todas as ATLs as orientações para manejo ambiental superaram 85% em relação aos imóveis trabalhados. Foram coletados 150 espécimes de flebotomíneos sendo (98,67%) da espécie Lu. longipalpis. Foi observado redução (6%) da (RPcl) em relação a série histórica do município, porém esta redução não foi significativa (RPcl 0.9449) (IC: 0.6587 - 1.3554). O risco espacial de transmissão da LVC não apresentou distribuição homogênea em nenhuma das ATLs (3 e 5), indicando risco diferenciado no espaço geográfico de cada ATL pesquisada. Houveram variadas influências durante o período de estudo indicando a necessidade da repetição do trabalho em condições satisfatórias nas ATLs.
  • ItemDissertação de mestrado
    Ecocardiografia em cães submetidos à infusão contínua de lidocaína e anestesiados com sevofluorano
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-02-03) Games, Bruna de Moraes Martins; Santos, Paulo Sergio Patto dos; Ferreira, Wagner Luis; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O estudo teve como objetivo avaliar os efeitos da infusão contínua de lidocaína, através do exame ecocardiográfico, sobre a função sistólica e diastólica em cães anestesiados com sevofluorano. Utilizaram-se 16 cães (machos e fêmeas), com idade de 1 a 5 anos, peso variando de 4 a 20 kg. Os animais foram distribuídos em dois grupos experimentais de 8 animais cada, o grupo controle (GC) e grupo lidocaína (GL). Os animais foram induzidos à anestesia através do uso de máscara facial com sevofluorano (5 V%), intubados, conectados ao circuito anestésico e mantidos anestesiados com sevofluorano. Após 15 minutos e antes da administração da lidocaína ou solução fisiológica, realizou-se a colheita das variáveis para o momento basal (MB). Na sequência fora administrado bolus de lidocaína intravenosa (2mg/kg), seguidodo início da infusão contínua (100 µg/kg/minuto). Para o GC, a mesma metodologia foi empregada, trocando-se a lidocaína por solução de NaCl 0,9%, em volumes, taxas e vias idênticas. As observações das variáveis de interesse tiveram início antes de administração da lidocaína ou NaCl 0,9% (MB), e 20,40,60 e 80 minutos após o início da infusão contínua (M20, M40, M60 e M80, respectivamente). As variáveis avaliadas foram: frequência cardíaca (FC), pressões arteriais sistólica, média e diastólica (PAS, PAM e PAD) e avaliação ecocardiográfica da função sistólica e diastólica do ventrículo esquerdo. Apenas a variável FC apresentou aumento significativo no GC entre o momento basal e M60. Nas demais variáveis não foram observadas diferenças entre tratamentos para os parâmetros hemodinâmicos, e índices de função sistólica FEC, FEJ. As variáveis de função diastólica também demonstraram padrão de normalidade de relaxamento. Sendo assim, concluímos que o uso da lidocaína em infusão contínua na taxa de 100 µg/kg/minuto não alterou as funções sistólica e diastólica do ventrículo esquerdo em cães. Conclui-se com os resultados que a lidocaína se mostra segura sob o ponto de vista cardiovascular associada à anestesia com sevofluorano.
  • ItemDissertação de mestrado
    Efeito da educação ambiental no controle da população de flebotomíneos
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-12-22) Stringheta, Regina Celia Loverdi de Lima; Bresciani, Katia Denise Saraiva [UNESP]; Silva, Valéria Maria Savoya da [UNESP]; Alves, Graziella Borges; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O município de Araçatuba está localizado em uma área endêmica para a Leishmaniose Visceral (LV), cujo principal vetor é o flebotomíneo Lutzomyia longipalpis. Neste sentido foi investigado o efeito da educação ambiental no controle da população de flebotomíneos. Assim, foi avaliado o conhecimento de tutores caninos com questionários aplicados por meio de entrevistas anteriores e posteriores à ações educativas. A cada visita foram realizadas coletas de flebotomíneos por meio de armadilhas luminosas do tipo CDC (Centers for Disease Control and Prevention, Atlanta, USA), que foram instaladas no peri e intradomicílio de cada casa. Os resultados obtidos indicaram que o maior número de respostas corretas foi observado após as ações educativas, sendo a maioria estatisticamente significativa, portanto houve aumento do conhecimento dos tutores caninos em relação a LV. No total, foram identificados 122 exemplares de L. longipalpis. Em relação a análise molecular, somente houve a detecção de Leishmania spp. em 25% (2/8) das fêmeas de L. longipalpis antes da atividade educativa e após a atividade educativa não foi encontrado positividade. Posteriormente ao trabalho educativo, houve redução do número de flebotomíneos de 84 para 38, sendo constatado também maior número de acertos nos questionários, pois foi observado aumento das respostas corretas, sendo a maioria estatisticamente significativa (p<0,05). Apesar de ser uma região endêmica para a doença os tutores apresentaram pouco conhecimento sobre o referido tema. Após o trabalho educativo, foi constatado que houve maior número de acertos nos questionários aplicados aos tutores caninos, assim como redução da ocorrência de flebotomíneos nas residências visitadas.
  • ItemDissertação de mestrado
    Identificação de RNAs longos não-codificadores em pacientes com Leishmaniose Tegumentar Americana
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-01-16) Almeida, Mariana Cordeiro; Lopes, Flavia Lombardi; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Nas Américas, a leishmaniose cutânea é comumente conhecida como leishmaniose tegumentar Americana, tendo como principal agente causador a espécie Leishmania (Viannia) braziliensis, responsável pelas três formas da doença: leishmaniose cutânea localizada (LCL), leishmaniose mucocutânea ou mucosa (LM) e leishmaniose disseminada (LD). A LCL é a forma mais comum, caracterizada por uma ou até dez lesões no local da picada do flebotomíneo. Após a cura da lesão cutânea inicial com o uso ou não de medicamentos, pode ocorrer o desenvolvimento da LM em até 20% dos pacientes, caracterizada pela destruição das mucosas oral e nasal. Essa progressão envolve diversos fatores relacionados ao parasito e ao hospedeiro que ainda não estão totalmente esclarecidos. As interações patógeno-hospedeiro envolvem diversas mudanças dinâmicas na expressão gênica no curso da infecção que podem ser reguladas por RNAs longos não-codificadores (lncRNAs). Os lncRNAs são capazes de regular a expressão gênica a nível transcricional e pós-transcricional, atuando em condições fisiológicas e patológicas. Nesse contexto, o presente estudo visa analisar se a coexpressão de lncRNAs e seu possíveis mRNAs alvos estão envolvidos no eventual desenvolvimento de LM. Os dados públicos de RNA-Seq (NCBI - GEO DataSets GSE33601) foram obtidos a partir da biópsia de lesões cutâneas primárias de 6 indivíduos. Após a cura completa da lesão, 3 indivíduos não apresentaram recidiva da doença (grupo LCL), enquanto os outros 3 desenvolveram lesões na mucosa oral e nasal (grupo LM). Após o alinhamento e contagem das reads e análise de expressão diferencial, identificamos 579 mRNAs e 46 lncRNAs diferencialmente expressos (p-valor<0.05 e log2(FC)≥1) no contraste entre grupos LM e LCL. A partir do cálculo do coeficiente da correlação de Pearson, nós identificamos 1324 pares lncRNAs-mRNAs coexpressos (|r|≥0.9 e p-valor<0.05). O lncRNA SNHG29 é um potencial regulador do mRNA S100A8, ambos mais expressos no grupo LM. Em conjunto com seu parceiro heterodimérico S100A9, formam um complexo que atua como mediador pró-inflamatório sendo reconhecidos por receptores de células da imunidade inata e queratinócitos. Sendo assim, nossos resultados sugerem que a regulação do mRNA alvo pelo lncRNA pode resultar em um ambiente pró-inflamatório contribuindo para o eventual desenvolvimento da lesão mucosa característica da LM.
  • ItemDissertação de mestrado
    Identificação de RNAs longos não-codificadores em pacientes pediátricos naturalmente infectados pelo vírus Chikungunya
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-01-16) Felix, Juliana de Souza; Lopes, Flávia Lombardi; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A febre chikungunya é uma doença tropical negligenciada, onde o vírus de mesmo nome é transmitido por mosquitos da espécie Aedes (A. aegypti e A. albopictus). Após a infecção, o primeiro sítio de replicação do vírus Chikungunya é a pele humana, principalmente nos fibroblastos da derme, e sua disseminação é através dos gânglios linfáticos e do sistema circulatório, atingindo compartimentos musculares e articulares. A fase aguda da doença dura aproximadamente 2 semanas, entretanto, alguns pacientes progridem para um estágio crônico, apresentando intensas artralgias que podem durar de meses a anos. Sabe-se que os interferons do tipo I são essenciais para a resposta imune antiviral, contudo, a persistência do vírus nas articulações foi associada à intensa expressão dessa citocina. As infecções virais são capazes de modificar o transcriptoma do hospedeiro. Além dos RNAs mensageiros (mRNAs), outra classe importante de transcritos são os RNAs longos não-codificadores (lncRNAs), que diferem dos mRNAs pois não são traduzidos em proteínas. Os lncRNAs podem regular a expressão gênica de maneira transcricional e pós-transcricional, podendo modular a resposta do hospedeiro frente a infecções. Visto que a infecção pelo vírus Chikungunya altera a expressão de genes do hospedeiro, o presente estudo visa elucidar se a expressão de lncRNAs está correlacionada com a alteração de expressão de possíveis mRNAs alvos, e o papel dessas interações durante a infecção por Chikungunya em sangue total de meninos adolescentes. Foram utilizados dados de RNA-Seq disponíveis publicamente (GeoDatasets, GSE99992), que dispõe de 34 amostras de sangue total de adolescentes do sexo masculino, com idade entre 11 e 15 anos, coletadas do mesmo paciente nas fases aguda e convalescente. Utilizando a plataforma Galaxy, alinhamos as amostras, contamos as reads e analisamos a expressão diferencial (FDR<0.05; log2(FC)≥1). Identificamos os pares de lncRNA-mRNA coexpressos utilizando a correlação de Pearson (|r|≥0.95; FDR<0.01), calculamos o potencial de ligação e identificamos a distância em pares de base entre lncRNAs e mRNAs. Todos os mRNAs alvos de lncRNAs que atenderam aos critérios de coexpressão e potencial de ligação ou coexpressão e localização próxima (100kbps) foram utilizados para a análise de enriquecimento funcional, utilizando o g:Profiler. Dos transcritos diferencialmente expressos entre a fase aguda e a convalescença, 1975 foram classificados como mRNAs e 793 como lncRNAs, sendo que destes, 569 lncRNAs apresentaram expressão aumentada durante a fase aguda, enquanto 224 estavam menos expressos. O lncRNA BISPR está mais expresso na fase aguda e correlacionado com o mRNA OASL, em uma possível interação trans, e com o mRNA BST2 em uma possível interação cis. Ao regular o mRNA OASL, BISPR favorece o reconhecimento de RNA viral através dos receptores RIG-I, que induzem a expressão de IFN-I. BISPR também é capaz de regular a região promotora de seu gene vizinho BST2, promovendo sua transcrição. Sendo assim, nossos resultados sugerem que a infecção por Chikungunya altera a expressão de mRNAs e lncRNAs, e que esses mRNAs são potencialmente regulados a nível transcricional e pós-transcricional por lncRNAs, influenciando assim a resposta imune do indivíduo.
  • ItemDissertação de mestrado
    Correlação entre a reatividade sorológica em cães frente à tripanossomíase e a leishmaniose
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-12-07) Botega, Andrey Marana; Marinho, Márcia; Garcia Neto, Manoel; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A Leishmaniose e a Doença de Chagas caracterizam-se em enfermidades parasitárias de ampla distribuição mundial causadas por protozoários do gênero Leishmania spp. e Trypanosoma cruzi, e que devido a homogeneidade filogenética compartilham de anticorpos de superfície podendo acarretar reações cruzadas frente aos testes sorológicos utilizados na rotina do diagnóstico das enfermidades. O presente trabalho teve por objetivos, utilizar a modelagem matemática afim de correlacionar e associar os resultados das reações cruzadas frente aos fatores de risco de animais sororreativos a Leishmania spp e a Trypanosoma cruzi, analisar a ocorrência da sororreatividade cruzada entre os antígenos de Leishmania spp e Trypanosoma cruzi em amostras de soro de cães quando submetidos aos testes sorológicos RIFI, DPP e Elisa, verificando ainda as possíveis correlações e associações entre às múltiplas variáveis observáveis e os fatores de risco sobre a sororreatividade Pelo exposto concluiu-se que houve presença de sororreatividade cruzada entre os antígenos de Leishmania spp e Trypanosoma cruzi, em amostras de soro reagentes para Leishmaniose de cães provenientes da região noroeste de São Paulo, analisadas durante o periodo de 2017-2020. O teste de Elisa, o bairro e o sinais clinicos constituíram fatores de risco frente a presença de anticorpos anti-Leishmania spp e anti- T.cruzi. A variável latente apresentou influência maior para RIFI T. cruzi do que para RIFI Leishmania spp havendo a correlação entre a variável observável frente a sororreatividade dos resultados apresentados e o modelo de equação estrutural mostrou ser uma excelente ferramenta a análise dos dados.
  • ItemDissertação de mestrado
    miR-150 regula a carga parasitária de Leishmania infantum e os níveis de GZMB nas PBMCs de cães com Leishmaniose Visceral Canina.
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-10-27) Soares, Matheus Fujimura; Lima, Valéria Marçal Felix de; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A Leishmania infantum causa a leishmaniose visceral, uma doença tropical negligenciada que pode modular a resposta imune do hospedeiro por meio de pequenos RNAs não codificantes chamados microRNAs (miRNAs). Alguns miRNAs são expressos diferencialmente em células mononucleares do sangue periférico (PBMCs) de cães com leishmaniose visceral canina (LCan), incluindo o miR-150, cuja expressão está diminuída. Embora o miR-150 esteja negativamente correlacionado com a carga parasitária de L. infantum, não está claro se o miR-150 afeta diretamente a carga parasitária de L. infantum e (em caso afirmativo) como esse miRNA contribuiria para a infecção. Aqui, isolamos as PBMCs de 14 cães naturalmente infectados (grupo LCan) e seis cães saudáveis (grupo controle) e as tratamos in vitro com o mimetizador ou o inibidor do miR-150. Medimos a carga parasitária de L. infantum usando o qPCR e comparamos os tratamentos. Também medimos os níveis de proteína-alvo do miR-150 preditas in silico (STAT1, TNF-α, HDAC8 e GZMB) usando citometria de fluxo ou ensaios imunoenzimáticos. O mimetizador do miR-150 diminuiu a carga parasitária de L. infantum nas PBMCs de cães do grupo LCan. Também descobrimos que a inibição do miR-150 reduziu os níveis de GZMB. Esses achados demosntram que o miR-150 exerce uma função importante na infecção por L. infantum nas PBMCs caninas, o que poderia ser usado para mais estudos visando o desenvolvimento de drogas.
  • ItemDissertação de mestrado
    Quibe elaborado com carne mecanicamente separada de tilápia e enriquecido com psyllium para introdução em alimentação escolar
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-09-01) Verdinasse, Daniela Genaro Pulzatto; Ponsano, Elisa Helena Giglio; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O pescado é fonte de proteínas de alto valor biológico, vitaminas, minerais e ácidos graxos poliinsaturados, e sua inserção na alimentação escolar pode contribuir para a ampliação do consumo e para a formação de hábitos alimentares saudáveis. A carne mecanicamente separada (CMS) de tilápia (Oreochromis niloticus) é obtida com equipamentos que fazem a remoção dos resíduos remanescentes na carcaça após a filetagem. Ela é fonte de proteínas e lipídeos e sua utilização na elaboração de derivados de pescado agrega valor aos produtos e reduz a quantidade de resíduos sólidos orgânicos descartados pela indústria. O psyllium é uma fibra solúvel considerada prebiótica, pois pode ser utilizada como substrato para a produção de substâncias desejáveis na luz intestinal por microrganismos. Considerando a expressiva produção nacional de tilápia e a necessidade de estimular seu consumo, este estudo teve como objetivo determinar as características microbiológicas e bromatológicas e a aceitação de quibe elaborado com CMS de tilápia e enriquecido com psyllium, visando sua inserção em alimentação escolar. Foram elaboradas três formulações do quibe, com cinco repetições cada: 1 (controle) - contendo 75% de CMS de tilápia e 20,7% de trigo, além de condimentos e aditivos; 2 – contendo 75% de CMS de tilápia, 18,7% de trigo e 2% de psyllium, além dos mesmos condimentos e aditivos; e 3 - contendo 75% de CMS de tilápia, 16,7% de trigo, 4% de psyllium e os mesmos condimentos e aditivos. As análises microbiológicas e bromatológicas foram realizadas de acordo com metodologias oficiais e os resultados foram comparados com os padrões regulamentares nacionais. O teste de aceitação sensorial foi realizado com alunos de sete a 10 anos com a utilização de escala hedônica mista. Em todas as formulações, os grupos microbianos pesquisados apresentaram resultados dentro dos limites estabelecidos pela legislação, denotando as boas práticas utilizadas na elaboração e a garantia da segurança dos produtos. As formulações não diferiram significativamente nos teores de umidade, cinzas, fibras, carboidratos, lipídeos e proteínas, e atenderam aos padrões regulamentares de composição química para quibe, além de poderem ser classificadas como “produtos fonte de fibra”. As três formulações apresentaram aceitabilidade acima de 95%, valor acima do necessário para permitir a introdução de um novo item na alimentação escolar. Concluímos que os quibes preparados com CMS de tilápias e enriquecidos com psyllium atendem às características de identidade regulamentares e podem ser inseridos na alimentação escolar devido à sua alta aceitação.
  • ItemDissertação de mestrado
    Detecção e classificação molecular de Chlamydia spp. em aves selvagens de vida livre
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-09-15) Bruno, Débora Barbosa; Meireles, Marcelo Vasconcelos; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A clamidiose aviária é uma importante doença causada por bactérias da família Chlamydiaceae. Acomete várias espécies de aves em diversos países, incluindo o Brasil, no entanto ainda há escassez de informações relacionadas à epidemiologia da infecção por Chlamydiaceae em aves. Além das aves, Chlamydia spp. pode infectar outros animais e o homem. Comumente, a clamidiose é causada por Chlamydia psittaci, porém, recentemente, foram reconhecidas novas espécies acometendo aves. Este estudo teve como objetivo avaliar a ocorrência de bactérias do gênero Chlamydia em aves de vida livre da cidade de Araçatuba e região. Foram analisados suabes cloacais de 150 aves de diversas ordens, que foram enviadas para atendimento na Associação Mata Ciliar – Centro Recuperação de Animais Silvestres (CRAS), vinculado à Faculdade de Medicina Veterinária da UNESP, campus de Araçatuba. Todas as 150 amostras foram submetidas à reação em cadeia pela polimerase (PCR) em tempo real, para amplificação específica de um fragmento parcial do gene OMPa de C. psittaci, e à PCR para amplificação específica de um fragmento parcial do gene 16S rRNA de bactérias da família Chlamydiaceae, seguida de sequenciamento genético. Todas as amostras submetidas à PCR em tempo real para C. psittaci foram negativas. A PCR específica para a família Chlamydiaceae foi positiva em 20 amostras. Os fragmentos amplificados pela PCR foram submetidos ao sequenciamento genético e uma de pomba-de-asa-branca (Patagioenas picazuro) foi positiva para Chlamydia avium. A análise dos demais fragmentos enviados para sequenciamento foi inconclusiva para identificação da espécie, porém, em sete amostras referentes a três maritacas (Psitacara leucophtalmus), uma arara canindé (Ara ararauna), um gavião carijó (Rupornis magnirostris), um carcará (Caracara Plancus) e um periquito do encontro amarelo (Brotogeris chiriri), a análise foi indicativa de que elas podem estar relacionadas à família Chlamydiaceae. Este é o primeiro relato de detecção de C. avium no Brasil.
  • ItemDissertação de mestrado
    Achados eletrocardiográficos e ecocardiográficos em cães naturalmente infectados por leishmania spp. submetidos à terapia com miltefosina.
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-07-05) Ribeiro, Mayara Larissa dos Santos; Santos, Paulo Sérgio Patto dos; Ferreira, Wagner Luis; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A leishmaniose visceral canina é uma doença de caráter crônico, endêmica, mul¬tissistêmica e zoonótica. O cão infec¬tado pode desenvolver sintomatologia variada, afetando vários sistemas como o car¬diovascular. Assim, o presente estudo teve como objetivo identificar as principais alterações eletrocardiográficas e ecocardiográficas em cães naturalmente infectados por Leishmania spp. tratados com Miltefosina (Milteforan®). Foram utilizados 22 animais (n=22), sendo 13 fêmeas e 9 machos, todos sem raça definida, adultos, com pesos entre 6,4 a 15,1kg e positivos para Leishmania spp. Todos foram submetidos a exames eletrocardiográficos e ecocardiográficos e, posteriormente, divididos em 2 grupos: (1) grupo controle positivo (GC+), composto por 7 cães que receberam NaCL 0,9% na dose de 1 mL para cada 10 kg, uma vez ao dia durante 28 dias e; (2) grupo tratado (GT), composto por 15 cães que receberam tratamento com Miltefosina na dosagem de 2 mg/kg, uma vez ao dia durante 28 dias. Cães portadores de cardiopatias adquiridas ou congênitas foram excluídos. As avaliações cardiológicas foram realizadas em dois momentos (M1 e M2), sendo o M1 previamente ao tratamento com Miltefosina e o M2 imediatamente após o término dos 28 dias da terapia. A partir dos resultados do presente trabalho, foi possível demonstrar a ausência de interferências nas variáveis eletrocardiográficas quando comparadas aos momentos e grupos estudados. Contudo, no estudo ecocardiográfico foi observada diferença significativa na fração de ejeção pelo método de Simpson (p-valor=0.0000007) e no movimento anular sistólico mitral (p-valor=0.0353891) entre os momentos no GT, com aumento dessas variáveis, demonstrando uma melhora pós tratamento. Conclui-se, portanto, que os cães portadores de leishmaniose visceral apresentaram alterações na função sistólica e diastólica ventricular esquerda, com melhora significativa da função sistólica, após terapia a base de Miltefosina.