Dissertações - Educação Sexual - FCLAR

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  • ItemDissertação de mestrado
    Educação sexual e a prática pedagógica: formação docente, trabalho em sala de aula e orientação das famílias
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-09-01) Ribeiro, Marcos; Silva, Ricardo Desidério da [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A realização de um trabalho em Educação Sexual conversa com diferentes saberes e, por isso, esta dissertação traz etapas que consideramos importantes para a implementação de um programa de Educação Sexual que valorize a formação docente, a prática pedagógica em sala de aula e a parceria com famílias. Nesse sentido, a presente pesquisa tem como objetivo trazer a essencialidade de um trabalho pedagogicamente planejado, contextualizando aspectos históricos em uma sequência cronológica de 1900 a 2023, os aspectos conceituais e pedagógicos e as políticas públicas realizadas no Brasil nas últimas décadas. Diante de diversas resistências a respeito do tema, julgamos necessário fundamentar este trabalho com aspectos normativos e legais, utilizando documentos dos quais o Brasil é signatário. Aliados à revisão de literatura, imprescindível à análise descritiva que embasa este estudo, concluímos com a apresentação de dois suplementos pedagógicos voltados para os(as) professores(as) e de dois guias de orientação para famílias a partir das temáticas corpo e gênero e com as conclusões finais.
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    (In)visibilidades e reflexões a partir da evasão de estudantes trans
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-02-22) Jacinto, Jéssica da Costa; Silva, Ricardo Desidério [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Em 2020, o Brasil liderou o ranking de assassinatos de pessoas transexuais, a vítima mais jovem da transfobia, tinha 15 anos, idade escolar e de vigência de proteção do Estatuto da Criança e do adolescente. Tal fato, explicita o ciclo de exclusão inferido aos jovens trans na sociedade, a escola, órgão inerente a sociedade acaba por contribuir para o processo marginalização de estudantes trans, o que, constantemente ocasiona a evasão de alunos transexuais do sistema escolar formal, estima-se que 72% da população trans brasileira não possua Ensino médio completo, 56% não concluiu o Ensino Fundamental (dados do projeto Além do Arco-íris/Afroreggae). A presente pesquisa tem como objetivo investigar como se desenvolve o processo educacional de estudantes transexuais no sistema escolar do Estado do Paraná e a (não) aceitação da transexualidade para que, assim possa-se discutir a internalização da transfobia no ambiente escolar, a sua (in)visibilidade e seus desdobramentos no Estado do Paraná. Esta pesquisa é de carácter qualitativo e descritivo, com procedimentos monográficos, bibliográficos e documentais, e foi construída a partir de dados coletados em uma pesquisa de campo, realizada a partir de uma entrevista semiestruturada com questões referentes ao processo de evasão escolar. A partir dos dados coletados, compreendemos que os motivos elencados como as causas da evasão escolar de estudantes trans no Estado do Paraná, diferem dos motivos elencados pelos estudantes cis gêneros. Bullying, agressões e humilhações são práticas inferidas com constância aos corpos trans no sistema escolar, quando o alunado trans se evade do sistema escolar formal, passa ter possibilidades reduzidas de acessar postos formais de empregos, ficando restrito a atividades laborais marginais e expostos às violências transfóbicas das ruas.
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    Sexualidade espaço escolar: direito linguístico do discente surdo
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-01-18) Ortiz, Luciano; Custódio, Vagner Sérgio [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A presente pesquisa tem como objetivo compreender o acesso à informação sobre o tema sexualidade no espaço escolar ofertado para o discente surdo no que tange o seu direito linguístico, bem como identificar os tipos de materiais e recursos informativos e/ou didáticos sobre o tema sexualidade no espaço escolar, averiguar o projeto de extensão educação surda: Educação surda: Educação Sexual, gênero e diversidade e propor um material bilíngue que proporcione o direito linguístico ao surdo à compreensão dos conceitos de termos da educação sexual, gênero e diversidade em Libras. Com enfoque quantitativo e qualitativo com enfoque em pesquisa descritiva. Aborda-se sobre a educação bilíngue, educação sexual nos espaços escolares e o direito linguístico do surdo no que tange o acesso a materiais sobre educação sexual na Libras como primeira língua do surdo sinalizante. Neste contexto, foi proposto e elaborado um material que traz os termos sobre educação sexual, gênero e diversidade e seus respectivos conceitos em Libras.
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    Profilaxia Pré-Exposição ao HIV: processos de escolha e a rede de atenção em saúde de homens do interior do estado de São Paulo
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-05-25) Gonçalves, Mayra Savi; Costa Junior, Florêncio Mariano da; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Ainda que a AIDS seja considerada hoje como uma doença crônica e não mais letal, o HIV continua presente no cenário brasileiro. Os métodos de barreira ofertados pelo sistema de saúde nem sempre alcançam o público alvo, ou conseguem manter a continuidade dos usuários. A Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) surge como uma estratégia de prevenção ao HIV e está disponível no Sistema Único de Saúde, com o objetivo de reduzir a transmissão do HIV. Essa pesquisa investigou, através de entrevistas semiestruturadas, o que seis homens re sidentes do interior do estado de São Paulo sabem sobre a PrEP, como percebem sua vulnera bilidade ao HIV e como a relacionam com suas práticas sexuais, bem como, qual a percepção desses homens ao recorrerem a serviços de saúde públicos ou privados. A análise de dados foi pautada no método dialético hermenêutico. Os resultados obtidos nas entrevistas indicam que o preservativo masculino segue sendo tido como obrigatoriedade quando falamos de cui dados com a saúde sexual masculina. Os entrevistados explicitaram a posição dos serviços de saúde, públicos e privados e dos profissionais de saúde, com relação à “necessidade” do uso da camisinha. Os participantes que apresentaram mais conhecimento sobre outros métodos de prevenção, como a PrEP, por exemplo, são os homossexuais. No entanto, tal conhecimento surge muito mais por interesse do indivíduo do que por divulgação em ambientes públicos de saúde.
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    O funk como elemento de transformação na cultura sexual brasileira: coisificação e/ou empoderamento nas letras musicais
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-07-28) Batista, Pamela Alves; Ribeiro, Paulo Rennes Marçal [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O trabalho proposto aborda o tema do empoderamento feminino através das letras de funk e a oposição disso para com uma objetificação e desumanização da mulher que também são marcadas nesse estilo musical, pelo menos em sua origem. Ao analisar o problema do empoderamento vs. Coisificação da mulher faremos uma análise de letras de músicas de funk de várias épocas e que mostram essas duas tendências contraditórias coexistindo dentro do movimento do funk, pois este apresenta uma vertente, cantada particularmente por mulheres, que buscam tomar para si seus corpos, configurando um funk que pode ser chamado de feminista – apesar do embate dentro do movimento feminista sobre isso -, e uma outra vertente, essa já cantada tanto por homens quanto mulheres, que continua a objetificar e desumanizar as mulheres em sua letras. Além disso, também é importante que abordemos que o funk aqui tratado, por mais que o recorte da pesquisa se limite ao funk carioca, também enfrenta um processo de “embranquecimento” que ameaça não apenas o afastar de suas origens como uma expressão da periferia, mas também sujeita os corpos dessas mulheres que cantam o funk aos padrões de beleza brancos. Para tal debate, nos apoiaremos na análise documental, tratando com conteúdo das letras dessas músicas, assim como colocado por Bardin (1977), que foram selecionadas por conveniência para que fosse possível abordar as nuances aqui propostas de forma mais completa, sob a égide de autores que já se debruçam também sobre o tema das mulheres no funk. Além de apontarmos para a falta de trabalhos sobre esse também, também foi possível notar que apesar de o funk ainda objetificar a mulher, e essa, a mulher preta, sofrer também com o processo de imposição de um “embranquecimento” tanto cultural quanto estético, cada vez mais é possível notar uma emancipação feminina dentro desse movimento do funk que empodera não apenas as cantoras, mas também aquelas mulheres que escutam suas músicas.
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    Abordagem da menstruação nas dissertações de educação sexual: algumas reflexões
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-04-27) Silva, Dayana Almeida; Ribeiro, Paulo Rennes Marçal [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Durante muitos séculos a menstruação foi considerada um líquido sagrado, foi a partir do século XIX, com o advento da medicina ocidental como conhecemos hoje, que a menstruação passou a ser vista como doença e tratada como algo que precisaria ser medicalizado. Entre os anos de 1920 e 1930, a Educação Sexual baseou suas ações em pautas higienistas focando na higienização dos corpos e a menstruação foi vista como algo sujo e impuro. A trajetória da Educação Sexual no Brasil tem passado, desde sua criação, por diversas mudanças, ora ganhando um contorno mais conservador, ora adquirindo um posicionamento libertário e emancipatório. Independente dos avanços e retrocessos é inegável que muitas ações na área da sexualidade, trata a menstruação como um fenômeno mais biológico do que social e político. Essa dissertação de mestrado tem como objetivo fomentar a reflexão sobre a temática da menstruação analisando a forma como essa temática foi abordada nas dissertações de mestrado do Programa de Pós Graduação em Educação Sexual (PPGEdSex) da UNESP entre os anos de 2015 e 2020. Utilizando como recurso para as análises a Análise de conteúdo, foram criadas categorias que facilitaram a compreensão dos materiais pesquisados. Com relação aos resultados, nós observamos que as dissertações defendidas entre 2015 e 2020 somam 91 dissertações e dessas, apenas 21 mencionam palavras relacionadas à menstruação. Isso representa 23% das dissertações defendidas nos últimos 5 anos.
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    O Livro de Aço: um jogo de cartas representativo sobre as heroínas do Brasil para versar sobre as relações de gênero e a história das mulheres
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-02-18) Rodrigues, Lillian Salatini Mauricio; Custódio, Vagner Sérgio; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Ao longo da história do Brasil, as diversas sociedades existentes contam e perpetuam memórias da história por meio da cooperação entre aqueles que buscam dominar as estruturas de poder e conhecimento com a escrita da história, baseando-se em critérios estabelecidos pela ideologia das classes dominantes. A escola de Annales foi um movimento de grande importância e relevância para historiografia contemporânea, pois revolucionou a escrita, a leitura e a concepção de fontes históricas, incluindo o estudo das mulheres em pauta. Ao compreender gênero como categoria de análise admite-se a relação entre gênero e poder e a necessidade de organizar a percepção histórica para além das construções sociais e padronizações, percebendo as nuances entre raça, gênero e classe sociais. Nesse sentido, o ensino da história do Brasil nas escolas deve resgatar a perspectiva histórica das mulheres, tendo em vista que a relação de gênero é uma categoria importante para análise dos eventos históricos, observando os diferentes aspectos conceituais de ideologia para compreender como está materializada nas escolas, tal como hoje ocorre com grupos ultraconservadores radicais que polarizam as discussões de gênero para reproduzir seus próprios valores ideológicos. Desta maneira, o presente estudo, de natureza aplicada, objetivou desenvolver um jogo de cartas sobre as heroínas da pátria brasileira inscritas ou indicadas no Livro de Aço dos Heróis e Heroínas da Pátria como estratégia de inserção das temáticas de relação de gênero e no planejamento de aulas. Em relação à metodologia, consiste em uma pesquisa ação qualitativa, em que participaram 4 professores e 55 alunos do ensino fundamental – anos finais – e ensino médio. Aplicaram-se 3 questionários, 2 com os alunos e 1 com os professores, com questões abertas e fechadas e testou-se o jogo “O Livro de Aço”. A análise dos resultados permite afirmar que de modo geral não há conhecimento prévio dos alunos sobre as personalidades históricas presentes nas cartas, enquanto que os professores, ainda que também conheçam pouco sobre o tema, admitem a importância e possibilidade de trabalhá-lo em sala de aula utilizando o jogo. Outrossim, os alunos validaram positivamente o jogo, o que indica ser uma boa estratégia pedagógica. Em função das respostas da avaliação do jogo, conclui-se que o protótipo final do jogo foi validado positivamente pelos alunos. Dessa forma, o ideal seria que o jogo pudesse fazer parte do planejamento multidisciplinar por uma abordagem curricular transversal versando sobre relações de gênero e história das mulheres de forma multidisciplinar.
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    As masculinidades como proposta interventiva com homens autores de violência doméstica: uma abordagem psicoeducativa e reflexiva
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-04-29) Ferrari, Irene Rogatti Portero [UNESP]; Ribeiro, Paulo Rennes Marçal [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A violência contra a mulher é um grave problema de saúde pública no Brasil que tem sustentado altos índices de ocorrência mesmo com uma legislação específica destinada a coibi-la. Essa violência é multicausal e multidimensional, porém, também expressa o resultado de uma ordem social que foi historicamente fundamentada em relações sociais assimétricas, que conferiram aos homens autorização para exercer seu poder sobre as mulheres a partir da desqualificação do feminino. No entanto, não existe uma dominação masculina exercida por todos os homens de forma irrestrita, de forma que não são todos os homens que estão posicionados hierarquicamente no topo das relações sociais. Da mesma forma, não são todos os homens que se utilizam dos seus privilégios para subjugar e violar as mulheres em seus direitos. Portanto, deve-se estabelecer uma relação entre a violência e certas masculinidades e não com o homem enquanto categoria fechada. A partir disso, este estudo teve como objetivo verificar quais são as masculinidades envolvidas nas violências contra a mulher, de forma que este conhecimento pudesse subsidiar um guia para o trabalho com homens autores de violência doméstica, atendendo as ações previstas nos artigos 22, 35 e 45 da Lei Maria da Penha. Para isso realizou-se um levantamento bibliográfico e uma análise crítica da literatura relevante. Conclui-se que o modelo tradicional de masculinidade construída no Brasil a partir da modernidade esteve vinculado aos símbolos de poder do homem europeu, ou seja, a branquitude e a heterossexualidade, bem como aos ideais viris e burgueses, presentes na imagem do herói e do homem portador do progresso, respectivamente. Estes fatores somados às raízes patriarcais cristãs brasileiras fundamentaram o modelo tradicional da masculinidade baseado na subordinação e hierarquização de gênero. Verificou-se a permanência do modelo tradicional nas masculinidades contemporâneas, seja a partir de um reavivamento dos mitos da masculinidade e do retorno do herói, ou a partir das reatualizações de poder nas masculinidades alternativas. Portanto, é imperativo um trabalho interventivo com homens autores de violência que abordem as masculinidades a partir de eixos que promovam a reflexão acerca dos elementos vinculados à construção da identidade masculina, além de possibilitar a problematização acerca dos seus sentidos e significados, e a desnaturalização de posições e concepções de gênero que recaiam na gramática da violência e opressão da mulher
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    Máscara: elemento formativo e transformativo no processo de subjetividade do ser humano
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-04-29) Attab, Renan Martins Da Conceição; Ribeiro, Paulo Rennes Marçal [UNESP]; Santos, Fausi dos [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Esse estudo, tem por tema as máscaras como um elemento formativo e transformativo no processo de subjetividade do ser humano, isto é, as máscaras como símbolos de comunicação e expressão, elaborado por meio do processo discursivo da utilização desse artefato pela humanidade, a qual é fruto de uma realidade contemporânea e histórica. Com uma datação superior a nove mil anos antes de Cristo, a máscara se torna um dos mais importantes objetos cunhados pelo ser humano, detendo a capacidade de desvendar a personalidade da humanidade e seus anseios. Durante esse período as máscaras ganharam diversas funções, com a habilidade de se fundirem a inúmeras culturas, tornando-as um marco em determinado período, assim, como objeto de estudos. As máscaras já foram empregadas como representações de divindade, alegoria artística, lúdico, como um artifício para ocultar a identidade para determinada prática do dia a dia e como personificação da sexualidade heteronormativa, esta passou a ser retratada como a sexualidade padronizada e saudável de uma sociedade, enquanto as demais foram caracterizadas por “anormais” além de serem patologizadas pela área da saúde. Nos últimos anos, as máscaras ressurgiram como atores centrais nas discussões sobre o combate à pandemia do novo coronavírus (COVID-19), que assolou o mundo no final do ano de 2019, contribuindo de modo direto para o debate da sua utilização pela humanidade em tempos diversos. A metodologia foi fundamentada em uma pesquisa qualitativa, respaldada em um referencial historiográfico. Por material, foi utilizado e analisado uma diversificada quantidade de artigos, blogs, livros e sites, cuja apreciação primordial, está voltada para a máscara e suas origens, funcionalidades, aplicações, representatividades e significações. Enquanto, o objetivo versa sobre o processo de analisar as máscaras e mostrar que as sociedades se usam desse artefato não apenas como um ornamento ilustrativo ou como um utensílio de resguardo às circunstâncias pandêmicas, mas também como um elemento ilustrativo da personificação humana, a qual resulta na formação e concepção de figuras e personalidades que modelam e modificam os seres humanos por meio do processo de subjetividade. Como resultado e discussões, o contexto analisado e obtido demonstrou que o processo de dialética das máscaras (velar e desvelar), colocam-nas como dispositivos para projeções interiores e exteriores que facilitam processos de autoconhecimento, de desenvolvimento e de liberação e libertação de sentimentos e emoções criados pela omissão da verdadeira personalidade e criação dos múltiplos personagens em uma sociedade. Também foi apresentado em uma tabela os principais referenciais teóricos e/ou teorias e o pensamento de diversos autores, que caracterizam e personificam o artefato e o arquétipo máscara, os quais serviram como base fundamental para estruturar toda essa pesquisa. Como produto final, foi apresentado uma página de internet (https://renanmestrado.wixsite.com/my-site), na qual é apresentado um recorte da própria pesquisa, personificado pelas máscaras, seus significados e funcionalidades, além de diversos fatos curiosos sobre a máscara carnavalesca e a própria festividade do Carnaval. Por fim, nas considerações finais, constatou-se que, ainda, que há uma diversidade na manifestação e expressão de pensamentos e sentimentos nas diferentes utilizações pesquisadas, a máscara pode ser personificada ou identificada como um catalisador do caráter sócio humano, seja em busca de contato com o divino, com o oculto, com a sexualidade ou com a índole do indivíduo. Uma vez que, esse acessório quando interligado ao âmago do indivíduo, passa a descrever ou personificar todo o processo de confecção de subjetividade do ser humano, por meio de características internas e externas, resultando em cicatrizes individuais da formação humana, como na abstração das próprias convicções e princípios socioculturais.
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    “Eu, 10+100 mulheres trans, gênero e vulnerabilidades”: Uma psicanalista na supervisão de navegação por pares de mulheres transexuais e travestis vivendo com hiv.
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-03-04) Oliveira, Renata Batisteli de [UNESP]; Knudsen, Patricia Porchat Pereira da Silva [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O foco desta dissertação, foi a supervisão do trabalho das navegadoras de pares do projeto piloto TransAmigas, realizado em SP, em 2018-19. Compreendendo que o inconsciente se apresenta nas mais diferentes manifestações humanas e que a escuta psicanalítica pode se dar em contextos externos à clínica e com atenção aos marcadores de gênero e às vulnerabilidades, o objetivo foi mostrar a relevância da utilização do aparato conceitual psicanalítico no trabalho de supervisão de grupo de navegadoras de pares do projeto. Foi dada especial atenção a fenômenos descritos pela psicanálise que se apresentaram na interação entre supervisora e navegadoras de pares e que serviram para nortear as orientações para acompanhamento e desenvolvimento do trabalho: projeção, repressão, identificação e sublimação. Apresentamos, inicialmente, o projeto TransAmigas e os dados sociodemográficos da população de mulheres trans e travestis. Destacamos os fundamentos teóricos do trabalho de pares, bem como aspectos relevantes da teoria psicanalítica e da teoria queer de Judith Butler, que nortearam nossa compreensão e intervenção. Comparamos alguns trabalhos de supervisão e propusemos o modelo híbrido realizado no TransAmigas. Apresentamos o método de intervenção no projeto a partir da escuta psicanalítica sob transferência, assim como o método para seleção, apresentação e discussão do material no âmbito da pesquisa. A produção de dados analisada teve como fontes as reuniões com as navegadoras de pares, supervisões individuais, entrevistas e produção livre. O resultado obtido mostra que o trabalho de pares com uma supervisão atenta à visão psicanalítica e às questões de gênero, vulnerabilidade e situações de abjeção pode melhor auxiliar na compreensão das relações sociais e possíveis conflitos, em especial para mulheres transexuais e travestis, atravessadas por outros marcadores identitários, como ser uma pessoa vivendo com hiv.
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    Família monoparental feminina: desafios de ser mãe solo
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-02-21) Fernandes, Priscila da Silva; Feitosa, Lourdes Madalena Gazarini Conde [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    As famílias monoparentais são cada vez mais frequentes no cenário brasileiro e apresentam várias configurações. Podem ser constituídas por mães e filhos, avós e seus netos. As famílias de uma forma geral, podem recompostas de uma segunda união e cada um com seus filhos ou novos filhos. Dentre os vários formatos de família, é expressivo o aumento de famílias compostas pela mãe e filho/s, foco desta pesquisa. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2019), em 2015 o número de mães solo alcançou o montante de 11,6 milhões no Brasil e por “mãe solo” entende-se a não participação do homem quanto à responsabilidade afetiva ou financeira com o filho. Apesar do número significativo de lares chefiados apenas por mães, a sociedade brasileira não está isenta de preconceitos em relação a elas. Nesta pesquisa, propôs-se estudar as dificuldades destas mulheres em relação aos seguintes quesitos: mãe – filho, mãe – emprego e mãe – relacionamento. O objetivo geral foi compreender como vivenciam a experiência de conduzirem uma família sozinhas; como relacionavam a experiência de serem mães solo com a atividade profissional e seus possíveis relacionamentos amorosos. Procurou-se também refletir sobre os motivos dos olhares negativos em relação a este tipo de família monoparental e transformações importantes a serem realizadas a este respeito. Tendo como produto final a confecção de um jogo de tabuleiro, no formato de trilha o qual é colocado algumas escolhas que mães solos devem realizar em sua rotina. A pesquisa foi realizada por meio da análise de leis e livros/artigos que discutem a história da família, da mulher, de sua emancipação e estigmas sofridos, bem como pelo exame de um questionário aplicado via Google Forms a 13 mulheres de nível superior e renda fixa, do interior do Estado de São Paulo. Considerou-se algumas situações vivenciadas por mães solo em suas várias configurações, como viuvez, abandono, separação ou pela opção em ser mãe solo. Esta investigação tem relevância pela discussão que propõe a respeito da ideia da sociedade de patologizar a família monoparental corrente no campo social, definida segundo um modelo idealizado de amor e de família e pelo destaque e análise dos principais vivências enfrentados pelo grupo pesquisado de mães solo na criação e educação de seus filhos, de sua conexão com a atividade profissional e à vida amorosa da mãe, devido na amostra pesquisada, de treze mulheres pesquisadas apenas duas relataram ter uma vida amorosa. O intento foi contribuir para ampliar as discussões e conhecimento de aspectos desta realidade e da importância em se rever conceitos e práticas sociais em relação a este tema no Brasil.
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    A educação em direitos humanos na perspectiva de gênero: educar para prevenir e coibir a violência doméstica contra mulheres
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-02-21) Azadinho, Mariana Passafaro Mársico; Milani, Débora Raquel da Costa [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A violência contra mulheres constitui-se em uma das principais formas de violação aos direitos humanos. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o Brasil se posiciona no 5º lugar dos países que mais matam mulheres no mundo no contexto doméstico e familiar. Essa violência decorre de uma cultura preconceituosa, discriminatória, patriarcalista, machista e racista, que subjuga a mulher enquanto sujeito de direitos. Muitas conquistas ocorreram no ordenamento jurídico no que diz respeito à proteção das mulheres e à garantia de seus direitos, seja no âmbito internacional, como a Agenda 2030 adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2015, cujo Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 5 estabelece o alcance da igualdade de gênero e a eliminação de todas as formas de violência contra todas as mulheres, seja no âmbito nacional, como a Lei Maria da Penha – Lei nº 11.340/2006, principal marco legal na conquista dos direitos das mulheres no Brasil e considerada pela Organização das Nações Unidas como a terceira melhor legislação do mundo no combate à violência doméstica. No entanto, as leis e as medidas existentes não são suficientes e não garantem a diminuição de violações específicas, como essa violência, visto que se trata de um modo de viver da sociedade, presente na cultura, apreendido histórica e socialmente, escondendo-se no senso comum, que geram e mantêm desigualdades entre homens e mulheres, alimentam um pacto de silêncio e conivência com esse crime e que deve ser combatido. Nesse sentido, por meio do método histórico-dedutivo, com uma abordagem qualitativa de pesquisa de cunho bibliográfico, este trabalho visa demonstrar que, além de leis e políticas públicas efetivas, é necessário a integração do Poder Público com as áreas da educação, por meio de ações educacionais que disseminem os direitos humanos e os valores éticos de irrestrito respeito à dignidade da pessoa humana com a perspectiva de gênero, rompendo com o patriarcado e a desigualdade estrutural enraizada nas sociedades e formando alunos mais críticos, com maior compreensão e respeito pelos outros. Portanto, por meio da educação em direitos humanos é possível contribuir com o desenvolvimento social, construindo uma sociedade democrática, com uma cultura igualitária e não reprodutora de estereótipos de gênero, promovendo a igualdade de gênero e o enfrentamento de todas as formas de violência, discriminação e preconceito contra mulheres, inclusive a violência doméstica.
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    Cyberbullying: direcionamentos para uma discussão em sala de aula
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-02-22) Machado, João da Silva; Milani, Débora Raquel da Costa [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Na sociedade contemporânea, com a utilização expressiva das tecnologias digitais, um novo tipo de bullying que se situa no ciberespaço, o Cyberbullying como é conhecido, está cada vez mais crescente. Um dos fatores nocivos dessa comunicação virtual são os assédios (verbal, moral e sexual) que podem ocorrer impactados pela tecnologia. Dentre as formas de agressões está o compartilhamento e a divulgação de fotos e vídeos sem autorização, além de manipulação de imagens sem o consentimento da pessoa. Esta pesquisa objetiva identificar os fatores que determinam o fenômeno do Cyberbullying e suas consequências, além de conhecer estratégias de prevenção e enfrentamento na dinâmica escolar. Para tal, a pesquisa utilizada foi a Bibliográfica de caráter exploratório. Serão apresentados e discutidos estudos sobre características e consequências do Cyberbullying selecionados nas seguintes bases de dados: Pepsic, Scielo, PubMed, Google Scholar e Periódicos da CAPES; bem como anais de congressos e as Leis existentes para a Tipificação Penal do Cyberbullying. Como resultados foi possível identificar e refletir sobre as formas de violência e possíveis caminhos para uma melhor compreensão, e consequentemente estratégias para prevenir e enfrentar situações de Cyberbullying na contemporaneidade. Como ponto de partida para uma discussão observamos a imprescindibilidade de pesquisas sobre a temática e a conscientização de (crianças, adolescentes, jovens e adultos) que a divulgação de conteúdos que denigram a dignidade, honra ou imagem do outro é crime e possui penalidade efetiva.
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    Inserção de conteúdos de Educação Sexual nos cursos de Pedagogia das Instituições Públicas do Estado de São Paulo
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-02-21) Manchini, Isabela Cristina; Silva, Ricardo Desidério da [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A Educação Sexual nos cursos de formação docente é de suma importância para a construção de um currículo que seja vinculado às diferentes áreas do conhecimento, trazendo a noção reflexiva da prática docente e desvinculação de processos conteudistas para o ensino, pois a formação plena proporciona a transformação social. Esta pesquisa mapeou e analisou o currículo dos cursos de graduação em Pedagogia das instituições públicas de ensino superior, do Estado de São Paulo, sendo elas: Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho [UNESP], nos campi: Araraquara, Bauru, Marília, Presidente Prudente, Rio Claro e São José do Rio Preto; Universidade de São Paulo [USP] nos campi: São Paulo e Ribeirão Preto; Universidade Federal de São Paulo [UNIFESP] com o campus de Guarulhos; Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR], com os campi São Carlos e Sorocaba; Universidade Estadual de Campinas [UNICAMP] no campus de Campinas; Faculdade de Filosofia, Ciência e Letras de Ibitinga [FAIBI] no campus de Ibitinga; Universidade Virtual do Estado de São Paulo [UNIVESP]; e, por fim, o Instituto Municipal de Ensino Superior de São Manuel [IMESSM] no campus de São Manuel, afim de identificar a oferta de disciplinas sobre Educação Sexual. Os caminhos metodológicos se pautaram na utilização da análise documental e levantamento bibliográfico, e os resultados foram interpretados a partir da Análise de Conteúdo. As decorrências demonstraram não só a dificuldade em encontrar material para o levantamento de dados da pesquisa, como o Projeto Político Pedagógico das instituições, mas, também, a baixa oferta de disciplinas que relacionassem a Educação Sexual pelo viés emancipatório. Considera-se, portanto, que esses fatores afetam a formação de professores, pois essa deve ser uma oportunidade para a inserção de novas teorias que devem se fundamentar com a prática, já que o exercício da profissão docente exige pensar no social e na diversidade humana, ou seja, é essencial a formação de profissionais críticos e conscientes de sua responsabilidade social.
  • ItemDissertação de mestrado
    A fenomenologia da má-fé e da autenticidade no espaço fílmico: contribuições para a Educação Sexual
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-02-21) Leão Neto, Artur Augusto Fernandes; Silva, Ricardo Desidério da [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Se a cultura é o escopo dos conhecimentos de uma dada sociedade, num dado período histórico, e compartilhada entre os entes que a experienciam via Educação, em seu sentido mais amplo e difuso, então, a Educação Sexual também o é, porque esta não se circunscreve aos estritos muros institucionais, pelo contrário, está imiscuída em praticamente todos os nossos atos realizados. E nossa experiência vivida no cotidiano nos comprova o quanto somos massiva e excessivamente estimulados e excitados pelos cada vez mais acessíveis e conectados instrumentos de cooptação de nossa atenção, sob o pretexto de estarmos conectados e termos facilitada nossa comunicação e interação. Não estamos incólumes a essa avalanche de informação e conhecimentos diariamente acessados. É por esse motivo que o estudo aqui desenvolvido entendeu, na preocupação husserliana sobre a possibilidade do conhecimento, um dos caminhos para nos utilizarmos de elementos da própria cultura a fim de pensarmos e refletirmos sobre ela e nós mesmos. Afinal, engana-se quem deseja defender uma Educação, também Sexual, libertária e emanacipatória, sem antes, pensar e reflir suas próprias subjetividades?
  • ItemDissertação de mestrado
    A transdisciplinaridade na prevenção da violência sexual na adolescência no contexto escolar
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-02-04) Cargnin, Sulamyta; Denari, Fatima Elisabeth; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Reconhecendo a importância da abordagem do tema violência sexual contra adolescentes no contexto escolar e visando responder ao problema, esta pesquisa teve por objetivo compreender de que forma os professores dos anos finais do ensino fundamental abordam temas referentes à violência sexual com seus alunos em uma escola em um município no interior de Mato Grosso (MT). Para que o objetivo pudesse ser alcançado, foram traçados procedimentos para a fundamentação teórica, sendo a primeira realizar revisão da literatura para identificar os trabalhos de mesma natureza ou natureza semelhante, para que fossem utilizados como referências e aparato científico, bem como a leitura de material identificado necessário ao desenvolvimento desta. Por possuir caráter qualitativo e exploratório na medida em que pretende investigar características de um determinado universo escolar, nas pessoas de professores, o método considerado mais apropriado foi o estudo de caso de método misto incorporado. Para a coleta de dados foi desenvolvido um questionário, que buscou investigar, conhecer e avaliar a formação dos educadores para tratar do tema da Violência Sexual contra adolescentes, o estudo do tema na formação continuada, quais práticas pedagógicas eram desenvolvidas com os adolescentes, bem como a perspectiva do professor em torno dessa abordagem. Para que o leitor possa compreender melhor este estudo, foram abordados os seguintes temas: adolescência, sexualidade, educação sexual (no Brasil e no Estado de MT), prevenção da violência sexual, revisão de literatura (no Brasil e em MT). Para que a pesquisa acontecesse dentro do ambiente escolar, foi solicitado autorização da gestão. Os professores convidados a participarem da pesquisa receberam o questionário. Dos 24 participantes, 15 devolveram para que fossem analisados. Nesta pesquisa pode-se perceber que esses professores têm conhecimento sobre o conceito de violência sexual. Apenas 2 professores estudaram e/ou tiveram orientação na graduação de como abordar a violência sexual, os demais que não tiveram essa formação, dentre eles 2 informaram que não sentiram falta e 11 professores relataram que gostariam de ter tido orientação sobre a abordagem do tema na escola. Sobre a formação continuada a maioria ainda não foi oportunizado o estudo desse tema, mas demonstraram interesse em estudar devido a sua relevância. Dos 15 participantes, 6 já abordaram a violência sexual em suas aulas e relataram suas experiências. Os 9 professores que ainda não tiveram essa experiência justificaram pela ausência de conhecimento sobre o tema. Com isso, verifica-se que eles têm o conhecimento do conceito, porém apresentam dificuldades para abordá-lo em sala de aula, porque precisam de uma capacitação específica para ministrar esse tema.
  • ItemDissertação de mestrado
    Reflexos da violência simbólica no mercado de trabalho: desigualdades de gênero
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-02-25) Oliveira, Angelita de Lima; Milani, Débora Raquel da Costa [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Este estudo tem como objetivo geral analisar a violência simbólica descrita por Pierre Bourdieu e quais seus reflexos no mercado de trabalho; bem como as desigualdades de gênero. Como metodologia utilizou-se a revisão bibliográfica de método qualitativo.Durante a metade, até o final do século XX, Bourdieu criou um quadro conceitual que descreve como o status da subclasse se torna corporificado em indivíduos, e as formas que pessoas, profissionais, e os campos corporativos perpetuam essa opressão. Embora parte da literatura reconheça os aspectos menos positivos, faltamabordagens críticas para a violência simbólica na visão de Bourdieu e como ela reverbera no mercado de trabalho. As diversas formas de discriminação estão relacionadas à exclusão social que origina e reproduz a pobreza. Como resultados observa-se que as teorias de Bourdieu delineiam o papel do “intelectual crítico” em minar a opressão e luta pelo social na vida da classe trabalhadora. Para o autor, a dominação masculina seria uma forma particular de violência simbólica. Portanto, este estudo apresenta o lado teórico no qual, ao introduzir o conceito de violência simbólica no trabalho, pode-se explorar a legitimação do poder em relação a liderança social e econômica. O mercado de trabalho brasileiro está marcado por significativas e persistentes desigualdades de gênero. Conclui-se que o uso da violência simbólica, por colocar o poder em primeiro plano, é útil para desmascarar o custo humano e potencial aos possíveis danos a longo prazo na vida da classe trabalhadora, e, especificamente às mulheres, dentro das organizações.
  • ItemDissertação de mestrado
    Concepções de masculinidades em um grupo de jovens universitários
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-08-27) Silva, Alessandra Maria Cardoso da; Prioste, Cláudia Dias [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A temática das masculinidades tem sido um tema debatido nos últimos anos entre os jovens universitários em função, sobretudo, dos movimentos que debatem gênero e das denúncias femininas sobre masculinidades tóxicas. Esta pesquisa teve o intuito de analisar as concepções de masculinidades em um grupo de universitários do sexo masculino, residentes em repúblicas estudantis. Trata-se de um grupo que foi constituído espontaneamente pelos próprios jovens como forma de refletir sobre denúncias de assédios sexuais na universidade e de promover medidas preventivas nas residências coletivas. Participavam do grupo 19 jovens com idade entre 20 e 28 anos, moradores de 9 repúblicas estudantis. As reuniões ocorriam em periodicidade quinzenal, em local determinado a cada reunião, nas próprias repúblicas. A cada encontro, uma república era selecionada para ceder o espaço da residência para a próxima reunião. Nesta perspectiva, a investigação teve como objetivo: identificar as concepções de masculinidades em um grupo de jovens universitários e analisar quais as principais influências psicossociais predominantes em suas histórias de vida. A abordagem metodológica utilizada para responder às questões propostas se concentra na modalidade de estudo de caso, de cunho exploratório. A análise dos dados evidenciou as identificações, conflitos e os elementos corporais simbólicos relacionados a masculinidade e que, para além de concepções de masculinidades, o homem contemporâneo jovem e universitário se compreende em estados de indefinição e conflitos.
  • ItemDissertação de mestrado
    Gênero e Infância: possibilidades educativas na relação família e escola
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-02-25) Souza, Carina Teles [UNESP]; Favaro, Denise Maria Margonari [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Dentre as inúmeras discussões e polêmicas que fundamentam o trabalho com as questões de gênero na infância, esta pesquisa desdobrou-se em sua necessidade de compreensão, aprofundamento e desmistificação de olhares, para além dos muros da escola, pautando-se na discussão da articulação entre família e escola. Para tanto, este trabalho possui como cenário de desenvolvimento o contexto online de diálogo, abordando 23 famílias participantes e tendo como sujeitos de pesquisa não só crianças, essas entre 2 e 3 anos de idade, mas, também, seus familiares, os entendendo como indispensáveis no processo de ensino e aprendizagem. Com tal intuito, nesta investigação utilizou-se a abordagem socio-cultural, por meio de uma pesquisa qualitativa, pelo método participante, caracterizando-se, assim, como um estudo empírico, uma vez que a mesma se deu pela relação entre professora-pesquisadora, alunos, pais e equipe gestora. No desenvolvimento desse processo, a coleta de dados, assim como a sua análise e a aplicação das propostas elaboradas pautaram-se nas observações e nos registros da docente, nos compartilhamentos de mídias, informações e vivências pelos familiares e em questionários online aplicados a eles e aos gestores. Todos os instrumentos contribuíram para a construção de um contexto favorável que respeitasse as realidades das famílias envolvidas, sendo assim, as propostas aplicadas abordaram três temas de discussão sobre gênero, com uma linguagem acessível, objetiva e explicativa às famílias, assim como o fornecimento de materiais, direcionamento pedagógico e suporte em caso de dúvidas. Os resultados mostraram-se proveitosos, tanto para a discussão sobre a necessidade de se fortalecer esse vínculo entre família e escola, como, também, as possibilidades que o mesmo pode ofertar. Diante dos alcances da pesquisa, observa-se que a emergência da discussão sobre o tema é evidente para a maioria dos envolvidos e o maior desafio, no entanto, é o tratamento das desigualdades de gênero nas posturas e pensamentos interiorizados, que naturalizam as discriminações e exemplificam a normalidade dos estereótipos de gênero, afetando e limitando as vivências, assim como os pensamentos em ser menino e ser menina, deixando em segundo o plano o ser criança. Finalmente, espera-se que a pesquisa tenha gerado inquietações aos seus envolvidos, possibilitando novas percepções e reflexões para o aprofundamento no assunto e o trabalho com o mesmo, de forma que as reflexões expostas possam ser aproveitadas no desenvolvimento do tema em outros contextos, espaços e perspectivas.
  • ItemDissertação de mestrado
    Estereótipos de gênero na enfermagem brasileira: memória e perspectivas
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-06-28) Magalhães, Monique Delgado Faria [UNESP]; Ribeiro, Paulo Rennes Marçal [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A participação da mulher no mercado de trabalho ocorreu no período da evolução industrial nas indústrias têxtil e a partir da I e da II guerra mundial, essa movimentação ganha força e as mulheres começam a assumir novas funções, entre elas a função de enfermeira. Este estudo é um levantamento histórico da Enfermagem, como representante da mulher no mercado de trabalho, com vista a compreender os estereótipos de gênero sobre a profissão. O objetivo é analisar historicamente como o estereótipo de gênero e a noção de cuidado influenciam a valorização da enfermagem como profissão no Brasil. Numa revisão bibliográfica qualitativa, identifica o cuidar na Antiguidade, na Idade Média e sua expressão na emergência da Enfermagem como trabalho sistematizado. Analisa-se a evolução da Enfermagem no Brasil desde a colonização, passando pela Segunda Guerra Mundial, até o presente, evidenciando os estereótipos e marcas, a despeito do desenvolvimento científico e tecnológico da saúde. Conclui-se que a associação histórica do cuidar ao gênero feminino determina estereótipos da Enfermagem, com marcas impactantes nas condições de trabalho e tece um panorama com os traços das desigualdades entre gêneros, bem como da dominação masculina dada num campo simbólico. Trata-se de uma correlação entre gênero e atividade que constitui um estereótipo.