Teses - Ciências da Motricidade - IBRC

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  • ItemTese de doutorado
    Trajetórias, identidades e carreira de professores(as) de Educação Física da Rede Federal de Educação
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-02-14) Nunes, Hudson Fabricius Peres [UNESP]; Drigo, Alexandre Janotta [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O objetivo do estudo foi compreender os processos sociais que delinearam a constituição da área da Educação Física, a institucionalização da Rede Federal de Educação e a socialização ocupacional de professores(as) de Educação Física de Institutos Federais, e estabelecer relações com o modelo teórico da Sociologia das Profissões. A pesquisa foi caracterizada pela abordagem qualitativa. Para análise foram utilizadas fontes bibliográficas e de informações dos(as) participantes, a partir de questionário estruturado e de entrevista narrativa biográfica (semiestruturada) em profundidade. Participaram do estudo, dez professores(as) de Educação Física de Institutos Federais da Rede Federal de Educação. Os resultados foram analisados por meio da técnica de análise temática, de codificação indutiva e dedutiva, sendo os códigos, subtemas, tópicos e temas, gerados a partir da interpretação, reflexão, inferência e descrição analítica dos dados. A análise das informações e as inferências foram realizadas e discutidas com base na Teoria da Socialização Ocupacional e na teoria da Sociologia das Profissões. A análise dos resultados, a partir dos processos sociais, mostrou que o fechamento social promovido pelo Estado foi determinante para as conquistas jurisdicionais na área acadêmica e escolar da Educação Física. Entre as conquistas jurisdicionais da Rede Federal de Educação, promovidas pelo Estado, destaca-se a criação da carreira de magistério do ensino básico, técnico e tecnológico, responsável por originar uma nova organização social do trabalho docente com abrigo exclusivo e estável. Constatamos que o poder profissional de professores(as) de Educação Física de Institutos Federais foi constituído por diversos elementos como: identidade profissional com características coletivas progressistas; domínio de uma dada competência específica e especializada; percepção de autoeficácia, valorização e reconhecimento social da comunidade acadêmico-escolar sobre o trabalho pedagógico desempenhado; postura compromissada e ética; sentimento de pertencimento criado pelo vínculo afetivo das relações humanas; predomínio de sentimentos positivos de realização, satisfação, bem-estar pessoal e profissional. Identificamos que os sentimentos positivos estão inter-relacionados com a atratividade da carreira: recompensas salariais, plano de carreira e condições adequadas de trabalho. O conjunto de atributos identificados representam o equivalente prestígio, entre a carreira de magistério do ensino básico, técnico e tecnológico e a carreira de magistério superior, enquanto grau de poder, autonomia e autoridade profissional dentro da hierarquia de status que envolve as atribuições do trabalho docente, o que torna o trabalho pedagógico e a vida humana mais condignos. Concluímos que o conjunto de atributos identificados foram correspondentes aos elementos característicos do tipo ideal, requeridos para o conceito de profissão, contidos no modelo teórico da Sociologia das Profissões. Entretanto, como considerações finais, as recentes políticas públicas educacionais – em processo de implantação – relacionadas a redução da carga horária curricular da etapa do ensino médio (LDB/BNCC), e a nova legislação sobre a regulamentação que aumenta a carga horária mínima de regência de aula, foram considerados como principais riscos de ameaças ao poder e a autonomia profissional, no âmbito da Rede Federal de Educação.
  • ItemTese de doutorado
    Efetividade da estimulação transcraniana por corrente contínua nos ajustes posturais sob perturbação externa em pacientes com doença de Parkinson
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-03-21) Beretta, Victor Spiandor [UNESP]; Gobbi, Lilian Teresa Bucken [UNESP]; Vitório, Rodrigo; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: pacientes com doença de Parkinson (DP) apresentam alterações nas respostas posturais e na habituação à perturbação externa devido aos déficits no funcionamento das vias córtico-basais. Apesar da estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) modular o funcionamento das vias córtico-basais, ainda não está claro seus benefícios nas respostas posturais em pacientes com DP. Objetivos: analisar a efetividade de diferentes intensidades de uma sessão da ETCC nos ajustes posturais durante a habituação às perturbações externas (Estudo 1), e analisar a efetividade de oito sessões de ETCC nas respostas posturais em pacientes com DP (Estudo 2). Metodologia: vinte e quatro pacientes com DP participaram do Estudo 1 (crossover) e 20 do Estudo 2 (ensaio clínico com dois braços paralelos). Os 20 pacientes completaram o estudo e foram distribuídos randomicamente em dois grupos: 10 no grupo da ETCC ativa (a-ETCC) e 10 no grupo sham (s-ETCC). No Estudo 1, a ETCC anódica foi aplicada sobre o córtex motor primário (M1) com intensidades de 1mA, 2mA e sham em três dias diferentes (~2 semanas de intervalo) durante 20 minutos antes da avaliação do controle postural. Perturbação externa (7 tentativas) foi realizada pelo deslocamento posterior da base de suporte. No Estudo 2 foram realizadas oito sessões de ETCC durante três semanas. A partir dos resultados do Estudo 1, a intensidade de 2 mA foi utilizada no Estudo 2. As características das estimulações ativa e sham e as avaliações do controle postural foram semelhantes ao Estudo 1. No Estudo 2, a avaliação foi realizada nos momentos pré, após oito sessões e um mês após o término da intervenção. Os mesmos parâmetros eletromiográficos, do centro de pressão e da atividade do córtex pré-frontal (PFC) nos ajustes posturais preditivos e reativos foram analisados em ambos os estudos. ANOVA two-way com fator para condição de estimulação (1mA x 2mA x sham) e tentativa (1x2x3x4x5x6x7), com medidas repetidas foram realizadas no Estudo 1. No Estudo 2, foram realizadas ANOVAs two-way com o fator para grupo (a-ETCC x s-ETCC) e momento (pré x pós x Follow-up), com medidas repetidas para o último fator. Resultados: habituação à perturbação foi evidenciada independente da condição de estimulação. Pacientes com DP apresentaram menor latência dos músculos gastrocnêmio na condição de 2 mA e bíceps femoral em 1 mA, e menor tempo de reecuperação em ambas as condições em relação à sham. Nos ajustes reativos, a atividade do PFC no hemisfério não-estimulado foi menor na condição de 2 mA quando comparada a sham. No Estudo 2 foi evidenciado diminuição no tempo em posição instável nos momentos pós e Follow-up em relação ao pré para o grupo a-ETCC e menor atividade do PFC no hemisfério estimulado no momento pós quando comparado aos momentos pré e Follow-up. Conclusão: ETCC no M1, principalmente com 2 mA, alterou positivamente as respostas posturais de pacientes com DP. Porém, não foi capaz de promover a habituação à perturbação em menos tentativas. Oito sessões de ETCC parece melhorar o equilíbrio dos pacientes com DP após e um mês após o termino das sessões.
  • ItemTese de doutorado
    Elaboração e validação da Escala sobre a Percepção de Educação para o Lazer (EsPEL-31) no contexto de adultos
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-12-15) Fukushima, Raiana Lídice Mór; Drigo, Alexandre Janotta [UNESP]; Trevisan, Priscila Raquel Tedesco da Costa; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Embora o lazer seja um direito social estabelecido na Constituição Federal de 1988, as temáticas educação e lazer são temas ainda pouco explorados. Sendo assim, a Educação para o Lazer se torna essencial, no sentido de oferecer oportunidades para a vivência com qualidade de diferentes atividades do contexto do lazer. Entretanto, ainda, não há evidências de um instrumento adequado e específico para mensurar a percepção que um indivíduo tem sobre a Educação para o Lazer. Dessa forma, este estudo, de natureza qualiquantitativa, foi desenvolvido em um primeiro momento com o objetivo de elaborar e validar, para o contexto brasileiro, a Escala sobre a Percepção da Educação para o Lazer (EsPEL-31) e em um segundo momento, teve por objetivos aplicar a EsPEL-31 em adultos residentes de um município de médio porte e identificar os fatores associados à percepção sobre a Educação para o Lazer. Para tanto, utilizou-se o modelo de elaboração e validação de instrumentos sugeridos por Pasquali, em 2010, o qual baseia-se em três etapas: 1. Teórica, 2. Empírica e 3. Analítica. Na etapa teórica, realizou-se um levantamento bibliográfico acerca das temáticas educação e lazer visando a elaboração dos itens, os quais foram testados por um comitê de sete juízes quanto à clareza da linguagem e à sua pertinência. Na etapa empírica, a versão piloto da escala foi aplicada a uma amostra de 159 adultos para estimar as propriedades psicométricas. Na etapa analítica, utilizou-se o Coeficiente de Alfa de Cronbach, do Coeficiente de Concordância de Kappa, e do Coeficiente de Concordância Intraclasse para verificar a confiabilidade e reprodutibilidade da escala. Com relação ao segundo momento, para identificar a percepção sobre a Educação para o Lazer e os fatores associados a esta percepção foram demarcados os pontos de corte da EsPEL-31, os quais, por meio da Curva de Percentis, possibilitou a seleção das posições centrais e aplicáveis que permitiram dividir a amostra em três grupos. Para estas análises, 1060 participantes responderam ao questionário de Caracterização da Amostra e a EsPEL-31. Para o tratamento estatístico, utilizou-se o teste de Qui-Quadrado, a regressão logística e o teste de ANOVA one-way. O cálculo amostral e as análises estatísticas foram conduzidos no Software G Power, versão 3.0. No primeiro momento, com base nas análises e na observação de problemas de confiabilidade ou concordância, optou-se por excluir algumas das afirmativas, e então, obteve-se a versão final da escala, a EsPEL-31. Quanto às análises do segundo momento, identificou-se que os fatores associados a uma percepção forte (> P75) na EsPEL-31, para as mulheres, foram a escolaridade e o estado civil. Já para os homens, apenas a escolaridade conseguiu predizer a uma forte classificação (> P75). Espera-se que a EsPEL-31 contribua para a avaliação dos componentes associados ao campo do lazer e, em consequência, facilite o desenvolvimento de programas de Educação para o Lazer visando estimular o desenvolvimento de novas habilidades e a aquisição de conhecimentos relacionados ao lazer, os quais podem estar associados à adoção de atitudes que favoreçam a participação nas diversas possibilidades de vivenciar atividades no âmbito do lazer e que possam ser percebidas suas relações com a educação, manutenção e/ou promoção da saúde, ressignificando assim, o papel do Lazer na vida em sociedade.
  • ItemTese de doutorado
    Preparação desportiva a longo prazo no judô: uma relação entre os modelos utilizados e o trabalho do treinador no desenvolvimento de atletas
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-10-05) Olivio Junior, José Alfredo; Drigo, Alexandre Janotta [UNESP]; Mazzei, Leandro Carlos; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O judô apresenta grande representatividade no cenário competitivo internacional, sendo alvo de políticas esportivas de diversos países. No entanto, há pouca compreensão sobre o processo de longo prazo, no que tange aos processos desenvolvidos nos países e como o treinador é formado e capacitado para lidar com estas demandas. Partindo do pressuposto que a PDLP se relaciona com todas as etapas da vida esportiva de atletas, da iniciação até o alto rendimento, investigar como é a organização de processo pela perspectiva de treinadores de elite e como o treinador é preparado (formação, capacitação e carreira) para atuar no processo é fundamental para compreender a temática e propor modelos de organização da PDLP para o Brasil. Neste sentido, este estudo teve como objetivo investigar os modelos longitudinais de preparação desportiva utilizada em nível internacional, verificando as relações com a formação e carreira do treinador de judô. O trabalho teve uma abordagem qualitativa, tendo como fontes de informações: revisão de literatura; observação em campo; análise documental e entrevistas. Para a revisão de literatura e análise documental foram focados em três eixos de informação: Talento; PDLP e; Formação do Treinador. As observações em campo foram realizadas pelo pesquisador enquanto atuava como treinador e registradas em diário reflexivo antes e durante a execução da pesquisa, para análise documental foram utilizadas os dados dos diária reflexivos e documentos institucionais dos países alvo e as entrevistas foram realizadas com 17 treinadores de 15 países por meio de temas geradores entre 2016 e 2019. Os resultados são apresentados em três temas: a) a concepção de talento no judô, que foi apontada como processual, na qual a expertise na modalidade pode ser desenvolvida a partir de quatro eixos principais: “o que o atleta faz”, “quando e como ele faz”, ”capacidade de aprendizagem” e “trabalho duro”, b) a estruturação de carreira e formação do treinador de judô em nível internacional encontra-se com diferentes configurações, sendo possível identificar por meio de comparação, quatro grupos distintos, sendo dois grupos mais com características profissionais, um grupo com estrutura profissional e em transição no que tange aos treinadores e um grupo com estrutura descentralizada, c) uma proposta para um sistema de identificação e desenvolvimento de talentos no judô para a realidade nacional. Na prosta é indicado elementos norteadores baseado na perspectiva de talento. A proposta destaca a necessidade de alinhar com a perspectiva de uma organização nacional de judô (entidade gestora da modalidade), identificar as necessidades do campo profissional, selecionar profissionais com perfil para promover a capacitação de treinadores e elencar estratégias de capacitação. Foi possível identificar que os principais países do mundo apresentam um modelo de longo prazo para a preparação de atletas, associados a um “funil” no qual convergem os melhores atletas para centros especializados, em alguns casos a carreira do treinador tem relação com a estrutura esportiva, no entanto não é regra. A presença de documentos norteadores tido como necessário por todos os treinadores. No caso do Brasil, devido a estrutura clubista e federativa documentos norteadores e capacitação de treinadores alinhados nesta perspectiva são essenciais para configurar um sistema de desenvolvimento de atletas.
  • ItemTese de doutorado
    Determinação do Máximo Déficit Acumulado de Oxigênio (MAOD) por meio de técnica de retro extrapolação em corredores
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-03-06) Andrade, Vitor Luiz De [UNESP]; Papoti, Marcelo [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Os objetivos deste estudo foram; ESTUDO I - analisar a influência do uso da máscara do analisador de gases no gasto energético e no tempo até a exaustão no esforço supramáximo em corredores e; ESTUDO II - comparar o Máximo Déficit Acumulado de Oxigênio determinado de maneira convencional (MAODC) com o determinado pela técnica de retro extrapolação (MAODRETRO) em corredores. Para responder aos objetivos, 22 corredores iniciaram os procedimentos. Vinte e dois realizaram um teste incremental máximo para determinação da intensidade correspondente ao consumo máximo de oxigênio (iVO2MAX), 16 realizaram um esforço supramáximo (110% da iVO2MAX) até a exaustão com o monitoramento contínuo do VO2 (tLimC), o tLimC foi base para definição de cinco parciais iguais (P1; P2;...) (tempo das parciais = tLimC (s) / 5) sendo sucessivamente somadas a cada monitoramento [P1 = parcial 1 completa (s); P2 = P1 + tempo da parcial 2 (s);...] seguido de mais um esforço supramáximo até a exaustão (todos na intensidade de 110% da iVO2MAX) com monitoramento do consumo de O2 apenas pós esforço (tLimS), ou seja, durante o esforço, o indivíduo não era monitorado continuamente pelo analisador de gases. Nesta fase foi observada uma perda amostral de 27,3%, principalmente pelo elevado número de avaliações. Além disso, 14 foram submetidos a dez esforços submáximos (50 – 95% da iVO2MAX durante 7 min). Durante os submáximos foram obtidos os valores de consumo de oxigênio (VO2) convencionalmente e pela técnica de retro extrapolação (~3 s após o término de cada esforço) na mesma sessão. O dispêndio de tempo foi fundamental para uma perda amostral de 36,4% para esta etapa. Durante os esforços tLim foram monitoradas as trocas gasosas antes e após os esforços, além disso amostras de sangue também foram obtidas. Assim, foi possível obter a contribuição energética dos metabolismos aeróbio e anaeróbio alático e lático do tLimC e tLimS. O MAODC e MAODRETRO foram determinados a partir da diferença entre o VO2 acumulado e extrapolado respectivamente, durante o tLimC e tLimS e os valores preditos. O tLimC foi menor do que o tLimS (160,5 ± 40,6 s; 193,9 ± 65,7 s no estudo I e; 164,06 ± 36,32 s; 200,23 ± 63,78 s; p < 0,05 no estudo II). Em todos os esforços sem máscara, o consumo de O2 foi medido por meio de retro extrapolação, no que restou, o monitoramento do consumo de O2 foi contínuo. Não foram observadas diferenças entre os percentuais de contribuição energética entre as condições de tLimC e tLimS, correspondendo a 68% e 68,4% de contribuição da via aeróbia, 12,5% e 10,7% da via alática e 18,3% e 20,1% advindo da via glicolítica, respectivamente. Não foram encontradas diferenças entre os valores de MAODC e MAODRETRO absolutos e relativos, entretanto, foram observadas baixas correlações intraclasse (0,26 e 0,24), elevados erros (2,03 L e 24,9 mL∙kg-1) e coeficientes de variação (46,2 e 48,5%) respectivamente, além disso, foi comprovada heteroscedasticidade. Assim, pode-se concluir no estudo I; que o uso da máscara do analisador de gases pode influenciar na duração do esforço supramáximo mas não no dispêndio energético total e, além disso, que no estudo II; a comparação entre o MAODC e MAODRETRO não mostrou suficientes resultados para aceitar a validade e confiabilidade do método.
  • ItemTese de doutorado
    Aplicativo de saúde móvel para redução do comportamento sedentário de adolescentes
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-08-20) Ueno, Deisy Terumi; Kokubun, Eduardo [UNESP]; Nakamura, Priscila Missaki [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Nos últimos anos observa-se um aumento exponencial de aplicativos móveis de saúde com o intuito de promover a prática de atividade física e alimentação saudável, porém verifica-se a necessidade de estudos que verifiquem os efeitos desses aplicativos, e em especial de estudos que tenham como propósito reduzir o comportamento sedentário incentivado pelo avanço das tecnologias em adolescentes. Assim, a presente tese teve como objetivo principal o desenvolvimento de um aplicativo de saúde móvel para a redução do comportamento sedentário de adolescentes. Para alcançar tal objetivo, a tese foi dividida em 4 estudos, sendo: 1) levantamento de aplicativos de comportamento sedentário disponíveis nas plataformas iTunes e Google Play; 2) revisão de escopo de estudos de intervenção com aplicativos para redução do comportamento sedentário; 3) desenvolvimento de um aplicativo de saúde móvel para redução do comportamento sedentário de adolescentes; e 4) verificar a viabilidade, por meio de estudo piloto, de uma intervenção baseada em aplicativo de saúde móvel desenvolvido para a redução do comportamento sedentário de adolescentes brasileiros. A elaboração e desenvolvimento do aplicativo PIQS (em referência as iniciais de Pausa, Intervalo, Quebra e Sedentarismo), foi baseada nos resultados encontrados nos estudos 1 e 2 e um estudo de mestrado realizado em 2018. O aplicativo PIQS, emprega funções, baseadas em técnicas de mudança de comportamento, de automonitoramento do comportamento, incentivo, prompts/dicas, definição de metas, revisão de metas, comparação social, recompensa não específica, consequências para a saúde e automonitoramento do resultado. Por fim, a realização do estudo piloto permitiu verificar que o PIQS se demonstrou uma estratégia viável e aceita pelos adolescentes para reduzir o comportamento sedentário. O uso de aplicativos móveis de saúde pode auxiliar a população na adoção de hábitos saudáveis, e em especial, na diminuição do comportamento sedentário, o qual foi o foco do presente estudo. Ainda, neste momento atual de pandemia, os aplicativos tornam-se muito mais úteis e com grande potencial para intervenções futuras.
  • ItemTese de doutorado
    Efeitos de quatro semanas de “viver alto e treinar baixo” seguido de um período de polimento sobre as adaptações aeróbias
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-12-21) Bertucci, Danilo Rodrigues [UNESP]; Papoti, Marcelo [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A exposição a elevadas altitudes somada ao treinamento em baixas altitudes ou ao nível do mar tem sido utilizada para melhora da performance aeróbia e/ou melhora de algum parâmetro fisiológico. Denominado como “viver alto e treinar baixo” (VATB) os atletas permanecem períodos em hipóxia, enquanto treinam em normóxia. No entanto, ainda existem controvérsias sobre as possíveis adaptações ocorrerem em função do modelo VATB ou apenas do treinamento. Interessantemente estudos tem demonstrado que as melhoras no desempenho ocorrem entre uma a três semanas após o VATB, sugerindo a existência de fadiga residual proveniente da exposição a hipóxia, e com pouca investigação sobre a influência do polimento. Partindo do pressuposto, o objetivo do presente trabalho foi verificar os efeitos do VATB seguido de um período de polimento nos índices relativos à aptidão aeróbia muscular, e em uma segunda fase, investigar os efeitos do setup experimental nas adaptações moleculares referentes ao desempenho aeróbio. O estudo foi “controlado por placebo e randomizado”, 14 homens adultos (28,1 ± 6,6 anos) foram divididos em grupo VATB (n = 9) e grupo placebo (n = 5). O exercício foi realizado utilizando a extensão dinâmica unilateral de joelho, desse modo 4 grupos foram formados, VATB perna treinada (PTH) e perna controle (PCH) e placebo perna treinada (PTN) e perna controle (PCN). Durante o VATB, foi requisitado aos participantes que permanecessem nas tendas pelo tempo que fosse possível, ao menos 10 horas por dia. O VATB respirou o ar com uma fração de oxigênio de aproximadamente 14,0%, enquanto o Placebo respirou ar ambiente fração de oxigênio 20,2%. Após as 4 semanas de VATB, foi realizado uma semana de polimento, mas sem que os participantes permanecessem nas tendas. As avaliações foram realizadas em três momentos, na linha de base (M1), após o VATB (M2) e após o polimento (M3). Em cada momento de avaliação, foram realizados testes incrementais e testes submáximos em ambas as pernas e biópsias de tecido muscular. O treinamento, foi baseado em sessões intervaladas de alta intensidade, as intensidades do treinamento foram ajustadas para cada participante por meio dos testes incrementais. No polimento houve redução drástica no volume das sessões, mas com a manutenção dos estímulos de intensidade. Para análise estatísticas, os dados hematológicos atenderam os pressupostos para testes paramétricos, então, foi aplicada uma ANOVA two way. O restante dos dados, não cumpriram com os pressupostos paramétricos (normalidade, esfericidade e outlier), foram utilizados os testes não paramétricos equivalentes, o teste de Friedman com o pós-hoc de Dunn’s para comparações múltiplas. Ainda, foram utilizados os testes de Wilcoxon signed-rank test e quando necessário o de Whitney U test. Os valores ausentes foram substituídos pelo método de maximização, porém essa estratégia foi aplicada em menos de 10% de todo o banco de dados. Também foi utilizada a abordagem bayesiana para se averiguar as probabilidades. O nível de significância adotado foi de p ≤ 0.05, os testes foram realizados nos softwares SPSS versão 20.0 (Somers, NY, USA) software e Graph Pad Prism versão 7. Os valores da saturação periférica de oxigênio, foi menor (p < 0,05) durante todo o período do VATB em relação ao Placebo, Não houve diferenças (p > 0,05) na quantidade de horas acumuladas nas tendas durante o experimento em ambos os grupos VATB 201,5 (12,6) horas e placebo, 200,80 (39,5). As concentrações de EPO, aumentaram (p < 0,05) no VATB nos momentos, 15 dias após a linha de base (M1+15) e M2 em relação ao M1 e em relação ao Placebo, que não houve nenhuma alteração. Também não foram encontradas alterações estatísticas relacionadas as variáveis do sistema de equilíbrio ácido – base. O peso corporal dos participantes do VATB diminui no M2 e se manteve menor no M3 em relação ao M1 (~4%, p = 0,001, ~2%, p = 0,014) sem alterações no placebo. No PTH, os valores de "V" ̇O2pico relativos ao peso estimado da coxa foram superiores (p < 0,05) no M2, valores de i"V" ̇O2pico foram superiores no M2 e M3 (p < 0,05) e VEpico também foi superior no M2 em relação ao M1. Os valores de limiar ventilatório 2, foi superior no M2 e manteve no M3 em relação ao M1. Esse grupo também apresentou melhor eficiência metabólica ("V" ̇O2 para uma mesma carga) no M2 em relação ao M1. No PCH, os valores de "V" ̇O2pico, i"V" ̇O2pico e limiares metabólicos não sofreram alterações. No entanto, a eficiência metabólica ("V" ̇O2 para uma mesma carga) melhorou (p < 0,05) no M2 e M3 em relação ao M1. Com relação ao grupo placebo, no PTN, não houve diferenças nos valores de "V" ̇O2pico e eficiência metabólica, no entanto, na i"V" ̇O2pico, e limiar ventilatório 2 os valores em M3 foram superiores (p <0,05) em relação ao M1. No PCN, os valores de "V" ̇O2pico, limiares metabólicos e eficiência metabólica não se alteraram durante o experimento. A estratégia VATB não potencializou o processo de super compesação das concentrações de glicogênio muscular, no entanto, após o período de polimento o grupo que P_TH obteve maiores valores do que o treinado em normóxia. Dessa forma, nessa primeira etapa do estudo, podemos concluir que a estratégia VATB seguido em um período de polimento pode gerar mais benefícios que apenas o treinamento seguido do polimento.
  • ItemTese de doutorado
    Effects of age and fatigue on human gait
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-10-07) Santos, Paulo Cezar Rocha dos [UNESP]; Gobbi, Lilian Teresa Bucken [UNESP]; Hortobágyi, Tibor; Barbieri, Fabio Augusto [UNESP]; Lamoth, Claudine; Zijdewind, Inge; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O envelhecimento é um processo degenerativo que resulta em declínios funcionais, como aqueles observados na performance do andar, no controle postural e na habilidade de adaptação destas tarefas para com perturbações internas e externas. Perturbações internas surgem devido à uma redução na disponibilidade dos recursos biológicos, podendo ser atribuídas como consequência da fadiga. Uma questão intrigante é quando e como o envelhecimento afeta a capacidade de adaptação à perturbação criada pela fadiga para minimizar a perda da funcionalidade. Portanto, esta tese teve como objetivo examinar os efeitos do envelhecimento e da fadiga induzida experimentalmente no andar. No capítulo 2, nós revisamos sistematicamente estudos que examinaram o efeito da fadiga muscular e mental no andar de idosos. Nós identificamos que, embora as fadigas muscular e mental alterem o desempenho do andar, os mecanismos que explicam o porquê das alterações no andar ocorrem não estão claros. Em conclusão, fadiga muscular afeta parâmetros espaço-temporais do andar e a variabilidade da aceleração do tronco. Em contrapartida, fadiga mental parece afetar a variabilidade do andar somente em condições de tarefa dupla. Buscando entender os mecanismos que explicam como a fadiga afeta o andar, nós induzimos as fadigas muscular e mental experimentalmente e verificamos seus efeitos no andar na esteira de 12 adultos e 12 idosos. A fadiga muscular foi induzida pela repetitiva tarefa do sentar e levantar (rSTS). A fadiga mental foi induzida por tarefas de demanda mental por 30 minutos. No capítulo 3, nos verificamos que o envelhecimento, a rSTS e a tarefa de demanda mental afetaram minimamente as variáveis da passada e a dinamicidade do andar na esteira de idosos e adultos saudáveis. Nós interpretamos que a fadiga mental parece induzir efeitos somente na condição de tarefa dupla; modulações neuromusculares especificas para cada grupo podem ter compensado os efeitos da fadiga para a manutenção do desempenho do padrão do andar induzido pela esteira; e que os efeitos da rSTS talvez não foram específicos o suficiente para induzir mudanças em elementos chaves do andar. No capítulo 4, nós examinamos os efeitos do envelhecimento e da rSTS na ativação muscular durante as fases de levantar e sentar da cadeira, e no nível de força. Nós indicamos que por realizar um substancial menor número de repetições, idosos tiveram minimizados os efeitos da fadiga muscular na atividade do músculo e na produção de força máxima. Isto provavelmente explica as mínimas alterações observadas nas variáveis do passada e na dinamicidade do andar vistas no capítulo 3. No capítulo 5, nós testamos se existiam modulações específicas do envelhecimento no controle neuromuscular para compensar os efeitos da fadiga no andar em esteira. Nós indicamos que apesar de idosos tentarem minimizar os efeitos da fadiga muscular por diminuir o desempenho na rSTS, esta elicitou estratégias específicas da idade no comando neural para os músculos para manter a performance do andar em esteira. O capítulo 6 resume as principais descobertas desta tese. Discutimos os dados na perspectiva de que 1) os efeitos da idade e da fadiga podem ser mais evidentes durante as tarefas do andar quando este é avaliado próximo às condições de vida real, ou em situações de tarefa-dupla em comparação com a caminhada na esteira; 2) talvez, um modelo de indução à fadiga que envolvesse tarefas de andar e/ou que focasse em aspectos específicos da locomoção (como o andar por longa distância em superfícies planas e/ou inclinadas, e subir e descer escadas), pudesse ser mais eficaz para examinar o efeito do envelhecimento nas adaptações do andar. No entanto, mesmo com efeitos limitados, a rSTS provoca alterações específicas da idade no ‘drive’ neural para músculos sinergistas do tornozelo, que podem ser interpretadas como compensação à fadiga para que idosos mantenham o desempenho do andar.
  • ItemTese de doutorado
    Efeito de dois protocolos de exercício físico no comportamento da proteína Clusterina em camundongos obesos
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-09-11) Anaruma, Chadi Pellegrini [UNESP]; Moura, Leandro Pereira de [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: Recentemente relacionada com a sinalização da insulina, a proteína clusterina (CLU) pode ser encontrada em diversos tecidos e também livre em soro. Sabe-se que o exercício físico desempenha um papel positivo na sinalização da insulina. Entretanto, os efeitos do exercício sobre os níveis de CLU permanecem desconhecidos. Objetivos: Investigar o efeito do treinamento de curta duração na homeostase glicêmica e níveis musculares de CLU em camundongos obesos e avaliar se os efeitos do exercício físico sobre a via de sinalização da insulina são partilhados com a via da CLU. Métodos: O protocolo experimental foi aprovado pelo comitê de ética sob o nº 4773-1/2018. Camundongos Swiss foram divididos em quatro grupos: controle sedentário (CTS, n=24): alimentado com dieta padrão; obeso sedentário (OBS, n=24), obeso submetido ao treinamento aeróbio em esteira (OBA, n=12) e; obeso treinamento de força em escada (OBF, n=12): alimentados com dieta hiperlipídica (60% Kcal de gordura), por 14 semanas. O OBA foi submetido a uma hora de exercício em esteira a 75% da Pmáx por 7 dias consecutivos. O OBF foi submetido a vinte escaladas em escada a 75% da MVCC por 7 dias consecutivos. Os animais foram sacrificados e o tecido muscular esquelético foi extraído para análises de conteúdo proteico e RNA mensageiro. Dados representam média±E.P.M.. As comparações entre grupos foram feitas utilizando teste de análise de variância de uma via seguida de pós teste de Tukey. Coeficientes de correlação foram calculados usando teste de Spearman. Valor de p<0,05 foi considerado estatisticamente significativo. Resultados: Os animais obesos apresentaram desarranjo na homeostase glicêmica e na sensibilidade à insulina quando comparados ao grupo CTS, o que foi melhorado pelo treinamento de curta duração (TCD) em esteira. Os níveis de insulina séricas estavam elevados no grupo OBS quando comparados ao grupo CTS, assim como o índice HOMA-IR, o TCD foi eficaz em melhorar ambos os parâmetros. O TCD melhorou a sinalização da insulina no grupo OBA comparados com CTS e OBS. A DHL foi não foi capaz de aumentar os níveis de CLU muscular, entretanto, o TCD elevou os níveis de CLU em 143% vs CTS e 121% vs OBS. O estímulo com insulina elevou os níveis de CLU musculares em 37% no grupo OBS comparado ao CTS e o TCD reduziu seus valores significativamente. A expressão gênica de CLU aumentou 172% e 114% em tecido muscular do grupo OBA, quando comparado com CTS e OBS, respectivamente. Os níveis proteicos de CLU muscular se correlacionaram positivamente os parâmetros fisiológicos, dentre eles, a glicemia de jejum (r=0,60; p=0,04), insulina sérica (r=0,70; p=0,01) e HOMA-IR (r=0,72; p=0,007). A homeostase glicêmica também foi melhorada pelo TCD em escada. A glicemia de jejum apresentou aumento no grupo OBS quando comparado ao CTS, assim como na insulina sérica. O TCD em escada foi eficaz em reduzir ambos parâmetros, entretanto, não foi capaz de alterar o índice HOMA-IR. Durante o ipITT, o grupo OBF apresentou redução na AUC e melhora de 62% no kITT quando estimulados com insulina. Não foram encontradas diferenças significativas nos níveis proteicos e gênicos de CLU muscular, porém, o TCD foi capaz de aumentar os níveis de LRP2 no músculo esquelético desses animais. Conclusão: De acordo com os dados, concluímos que a proteína CLU tem um papel na homeostase glicêmica ao se correlacionar com diversos parâmetros fisiológicos e sofrer alterações causadas pelo estimulo com insulina. Ademais, nosso estudo foi o primeiro a demonstrar o efeito do TCD nos níveis de CLU musculares, assim como o TCD tem a capacidade de melhorar o quadro de resistência à insulina sem alterações na massa corporal e, por fim, somente o treinamento em esteira foi capaz de modular os níveis proteicos e gênicos de CLU muscular.
  • ItemTese de doutorado
    Atividade cortical durante o andar usual e com obstáculos em idosos com doença de Parkinson: efeito do subtipo da doença, da terapia medicamentosa e do exercício físico agudo
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-02-10) Orcioli-Silva, Diego; Gobbi, Lilian Teresa Bucken [UNESP]; Rodrigo Vitório [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Estudos sugerem que o córtex cerebral é ativo durante o andar, principalmente em idosos com doença de Parkinson (DP). Embora os recentes avanços científicos mostrem alterações na atividade cortical durante o andar de idosos com DP, algumas lacunas ainda permanecem, como quais são os efeitos de diferentes terapias (medicamentosa e exercício físico) na atividade cortical e no andar de idosos com DP e se há diferença entre os subtipos da DP. Para investigar estas lacunas, três estudos foram desenvolvidos. O Estudo #1 teve como objetivo investigar o efeito da terapia medicamentosa na atividade cortical durante o andar usual e adaptativo em idosos com DP. Vinte e três idosos com DP foram avaliados no estado “OFF” (no mínimo 12 horas após a última ingestão do medicamento) e “ON” (aproximadamente 1h após a última dose do medicamento) da medicação específica da DP. O Estudo #2 comparou a atividade cortical durante o andar de acordo com os subtipos da DP (Tremor Dominante - TD, n=19; Instabilidade Postural/Dificuldades no Andar - IPDA, n=17). O Estudo #3 teve como objetivo analisar o efeito de uma sessão de exercício aeróbio na atividade cortical durante o andar de idosos com DP. Trinta e quatro idosos com DP foram distribuídos em dois grupos: grupo experimental e grupo controle. A mesma avaliação do andar foi aplicada nos três estudos. Os participantes andaram em um circuito de 26,8 m de comprimento, em duas condições: (i) andar usual e (ii) andar adaptativo – com ultrapassagem de obstáculos. Cinco tentativas para cada condição experimental foram realizadas. Cada tentativa teve duração de 60 segundos. Um carpete com sensores de pressão foi utilizado para o registro dos parâmetros do andar. Os sistemas portáteis de eletroencefalografia e espectroscopia funcional de luz próxima ao infravermelho foram posicionados na cabeça do participante para registro da atividade cortical. No Estudo #3, o grupo experimental realizou uma sessão aguda de exercício físico aeróbio, em bicicleta ergométrica, com duração de 40 min e intensidade entre 65 e 70% da frequência cardíaca (FC) máxima. O grupo controle também realizou o exercício em bicicleta, porém, a FC durante os 40 min foi mantida dentro de 5% da FC de repouso. A análise do andar e da atividade cortical dos idosos foram realizadas nos momentos Pré e Pós-exercício. O Estudo #1 demonstrou que o medicamento dopaminérgico facilitou o recrutamento de áreas cognitivas adicionais durante tarefas mais desafiadoras, como ultrapassar obstáculos. Ainda, além de melhorar o andar, a ingestão de medicamento também melhorou a integração sensório-motora durante o andar. O Estudo #2 indicou que os idosos do subtipo IPDA necessitaram de maior recrutamento do córtex pré-frontal para andar e que os idosos do subtipo TD apresentaram mudanças na atividade dos córtices motor e sensório-motor durante a ultrapassagem de obstáculos. O Estudo #3 demonstrou que o exercício aeróbio não alterou a atividade do córtex pré-frontal e o desempenho do andar. Contudo, os parâmetros eletrocorticais foram alterados pelo exercício, aumentando a banda alfa nos canais FCz, Cz e CPz, o que pode indicar estado de fadiga e menor atividade cortical durante o andar. Sendo assim, a conclusão desta tese é que fatores como medicamento, subtipo da DP e exercício aeróbio influenciam a atividade cortical durante o andar de idosos com DP. Portanto, futuros estudos devem considerar estes fatores para ter um melhor entendimento dos comprometimentos da DP.
  • ItemTese de doutorado
    O Programa Vida Saudável do Ministério do Esporte: dificuldades e perspectivas na visão de gestores e participantes idosos
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2019-11-08) Rodrigues, Nara Heloisa [UNESP]; Schwartz, Gisele Maria [UNESP]; Teodoro, Ana Paula Evaristo Guizarde [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Este estudo, de natureza qualitativa, tem por objetivos investigar as dificuldades e as perspectivas relacionadas ao desenvolvimento do Programa Vida Saudável ofertado pelo extinto Ministério do Esporte (ME) na visão de dirigentes e idosos participantes. Para tanto, foram realizadas pesquisas dos tipos exploratória e descritiva, sendo adotados os delineamentos das pesquisas bibliográfica, documental e de campo. Identificou-se o Programa Vida Saudável (VS), como aquele que focaliza especificamente a pessoa idosa, sendo tomado para análise nesta Tese. Na Etapa 1, foi realizada uma revisão sistemática de literatura, a qual permeou discussões sobre o VS, com base em 5 estudos elegíveis, sendo discutidos os aspectos metológicos empregados e os conteúdos relacionados à perspectiva de promoção de saúde e Qualidade de Vida (QV), a formação, a implantação, a gestão e à avaliação do Programa VS. Na Etapa 2, foram elaborados dois instrumentos, os quais foram avaliados e validados por um comitê de juízes, consolidados como QuAP-VS – versão para Dirigentes (DG) - gestores, coordenadores e agentes e QuAP-VS – versão para Idosos, sendo estes instrumentos compostos por itens referentes à caracterização da amostra e questões abertas e fechadas do tipo Likert. Posteriormente, na Etapa 3, o QuaAP-VS foi aplicado, por meio de entrevista estruturada, a uma amostra de 20 DG representantes de diferentes órgãos conveniados com o VS no país. Os dados encontrados nesta etapa foram discutidos de acordo com as categorias: funcionamento, dificuldades, perspectivas (impactos) e sugestões acerca do Programa, sendo observada uma visão mais negativa destes entrevistados quanto às categorias sobre as dificuldades de desenvolvimento do VS, principalmente no que tange às problemáticas de diálogo interno ao órgão local e, inclusive, entre o órgão local e o federal. Para a Etapa 4 o QuaAP-VS foi empregado em entrevista estruturada com 21 idosos do VS de uma cidade da região sudeste do país. Os dados encontrados também foram discutidos nas mesmas categorias da Etapa 3, entretanto, na perspectiva dos usuários do VS, os quais apontaram predominantemente, uma visão positiva em relação ao Programa, demonstrando que os benefícios sociais desencadeados parecem superar as dificuldades de seu desenvolvimento, sendo imprescindível à vida destes idosos. Todas as categorias de discussão das etapas anteriores foram elaboradas a posteriori, por meio da Técnica de Análise de Conteúdo. Os desdobramentos desta Tese, expressos na Etapa 5, permitiram a elaboração de dois instrumentos de avaliação de Políticas Públicas de Esporte e Lazer para idosos, os quais poderão subsidiar a identificação da perspectiva dos diferentes atores da Política Pública quanto ao Programa, fortalecendo a área de Esporte e Lazer. Após o desenvolvimento deste estudo concluiu-se que (Etapa 6): O Programa VS é o único do extinto ME específico para o público idoso e parece contemplar suas premissas, devendo ser considerado pelas ações governamentais como uma proposta a ser mantida, haja vista os benefícios que podem proporcionar à vida de seus usuários, contribuindo para a democratização do acesso ao esporte recreativo e ao lazer.
  • ItemTese de doutorado
    Treinamento resistido e locomoção de idosos saudáveis e pacientes com doença de Parkinson: explorando as variáveis específicas que beneficiam o desempenho da locomoção
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2019-07-31) Rojas Jaimes, Diego Alejandro [UNESP]; Gobbi, Lilian Teresa Bucken [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O treinamento resistido tem sido estudado no contexto do envelhecimento e da doença de Parkinson, mas há falta de exploração das características deste tipo de treinamento que contribuem na melhora da locomoção e da funcionalidade. A pergunta central desta tese é: Quais características do treinamento resistido no contexto do envelhecimento saudável e da doença de Parkinson permitem potenciar seus efeitos no desempenho locomotor? Para responder este questionamento foram desenvolvidos dois estudos. ESTUDO 1. Novos modelos de periodização do treinamento, como a periodização ondulatória e a periodização inversa, têm sido desenvolvidos, mas não há evidências sobre as vantagens da periodização ondulatória quando comparada com a periodização linear em idosos. Por outro lado, a periodização inversa não tem sido testada em idosos. Assim, o objetivo do presente estudo foi analisar os efeitos de dois treinamentos de força com periodizações diferentes na locomoção de idosos saudáveis. Participaram 69 idosos (70,23±6,81 anos, 72,58±5,51 Kg, 162,26±5,92 cm), cognitivamente preservados (27,40±1,20 pontos Mini-Exame de Estado Mental) e fisicamente ativos (12,64±3,15 pontos Baecke). A amostra foi distribuída em três grupos, grupo de treinamento de força com periodização inversa ondulatória (GPIO n=25), grupo de treinamento de força com periodização linear (GPL n=25) e grupo controle (GC n=19). Foram realizadas 20 semanas de treinamento resistido, 2 dias na semana, mais 1 dia de treinamento locomotor. GPIO realizou um treinamento decrescente iniciando com cargas de alta intensidade e depois com cargas de moderada a baixa intensidade, enquanto GPL realizou um treinamento progressivo. Volume e intensidade foram igualados para ambos grupos. O GC realizou atividades de dança no mesmo período. Foram estabelecidos dois momentos de avaliação (pré e pós) onde se registrou o comportamento nas tarefas de levantar e andar (índice de fluidez), iniciação do andar (velocidade do centro de pressão nos ajustes posturais antecipatórios) e andar (velocidade da passada). Todas as tarefas foram executadas em velocidade preferida e rápida. Além, foi mensurado o tempo do Timed Up and Go Test e a força isométrica máxima voluntária. MANOVAs de dois fatores grupo (GPL x GPIO x GC) e momento (pré x pós) e testes post hoc de Bonferroni foram empregados. Os resultados indicaram interação para o índice de fluidez na tarefa de levantar e andar na velocidade rápida (F2,50= 38,727; p<0,01), indicando que GPL e GPIO foram significativamente mais fluidos na execução da tarefa quando comparados com GC (F2,50=178,92; p<0,01). O tempo do Timed Up and Go Test apresentou interação (F2,50= 65,89; p <0,01), onde GPIO apresentou tempo menor que GPL no momento pós (p=0,02). Na força isométrica máxima voluntária, a taxa de desenvolvimento da força apontou interação (F2,50= 29,708; p<0,01), indicando valores médios maiores de GPL e GPIO quando comparados com GC (F2,50= 506,41; p<0,01). No andar em velocidade preferida foi observado efeito principal de momento (F2,50=3,786; p=0,01) na duração da passada, no tempo de apoio e no tempo de apoio duplo, observando incrementos significativos para todas as variáveis no momento pós quando comparados com o pré. Por outro lado, a iniciação do andar não apresentou resposta frente ao treinamento. O treinamento resistido combinado com o treinamento locomotor aumentou a capacidade de gerar força muscular e melhorou o desempenho em tarefas mais complexas como o Timed Up and Go Test e a tarefa de se levantar e andar. Além disso, a periodização das intervenções não foi um fator decisivo para a melhora na funcionalidade de idosos. ESTUDO 2. O baixo impacto do treinamento resistido isolado para as tarefas locomotoras de pessoas com doença de Parkinson tem sido evidenciado. O objetivo do presente estudo foi analisar os efeitos dos treinamentos de força com periodização linear e do treinamento de força com periodização linear combinado com exercícios de transferência para a locomoção sobre o comportamento em tarefas locomotoras de pacientes com doença de Parkinson. Participaram 22 pacientes (71,09±11,66 anos, 71,87±11,78 Kg, 162,4±10,59 cm), cognitivamente preservados (27,40±1,20 pontos Mini-Exame de Estado Mental), fisicamente ativos (6,69±6,40 pontos Baecke) e em estado moderado da doença (Escala de Hoehn & Yahr 2 (20 pacientes) e 3 (2 pacientes)). A amostra foi distribuída em dois grupos: grupo de treinamento de força com periodização linear e transferência (GTFPL-T) e grupo de treinamento de força com periodização linear (GTFPL). Foram realizadas 20 semanas de treinamento, 3 dias na semana e 60 minutos de duração. Ambos grupos realizaram o mesmo treinamento resistido com uma duração de 30 minutos. Porém, GTFPL-T iniciou com 30 minutos de treino resistido e logo após um treinamento locomotor também de 30 minutos. O GTFPL iniciou com um treinamento respiratório com atividades de baixa intensidade motora, sob orientação de um fisioterapeuta, nos primeiros 30 minutos e em seguida realizou o mesmo treinamento resistido. As avaliações seguiram a mesma estrutura do Estudo 1. MANOVAs de dois fatores grupo (GTFPL-T x GTFPL) e momento (pré x pós) e testes post hoc de Bonferroni foram empregados. Houve interação para o índice de fluidez da tarefa de levantar e andar em velocidade preferida (F1,20=2,76; p= 0,05), indicando que GTFPL-T foi mais fluido quando comparado com GTFPL após a aplicação do treinamento (p <0,01). Na iniciação do andar em ambas velocidades foram identificados efeitos principais de momento (F1,20= 79,59; p <0,01 e F1,20= 31,57; p <0,01) para a velocidade do centro de pressão. No caso do andar em velocidade rápida foi apontado efeito principal de momento (F1,20= 3,59; p= 0,02), embora a análise univariada não conseguiu detectar quais variáveis apresentaram resposta estatisticamente significativa. Houve interação para a taxa de desenvolvimento da força (F2,50= 84,757; p<0,01), indicando que GTFPL-T foi maior quando comparado com GTFPL (p <0,01) após a aplicação do treinamento. O tempo no Timed Up and Go Test não foi responsivo ao treinamento. A combinação do treinamento resistido com o locomotor foi capaz de aumentar a taxa de desenvolvimento da força de pacientes com DP e de promover a transferência das adaptações neuromusculares para as tarefas locomotoras. Nesse sentido, a soma destes resultados implica potenciais benefícios para a funcionalidade e independência dos pacientes com DP. De esta forma, é possivel reforçar a ideia dos benefícios do treinamento de força para a população idosa e de pacientes com DP. Embora identificando que os modelos de periodização não são decisivos para obter adaptações positivas no envelhecimento saudável, enquanto parece ser que a especifidade do treinamento e o processo de transferência parecem potenciar os efeitos do treinamento de força na população com DP.
  • ItemTese de doutorado
    Legislação sobre a formação em Educação Física no Brasil: formando professores ou profissionais?
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2019-10-23) Metzner, Andreia Cristina [UNESP]; Drigo, Alexandre Janotta [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A trajetória histórica da formação em Educação Física mostra que a legislação marcou, e ainda marca, a sua constituição enquanto profissão. No Brasil, a Educação Física foi construída por meio de embates políticos, epistemológicos e ideológicos. Assim, essa área traz arraigada em si características do passado que necessitam ser superadas. Deste modo, a presente pesquisa teve como principal objetivo investigar as Diretrizes para a formação de professores expressas na legislação e as consequências políticas e pedagógicas no campo de formação em Educação Física. Este estudo é de cunho qualitativo e do tipo pesquisa descritiva-analítica. Os dados foram coletados usando-se uma entrevista semiestruturada, composta de quatro questões abertas. A amostra foi composta por 20 profissionais de Educação Física, sendo cinco representantes de cada um dos seguintes grupos: GRUPO A - Entidade Científica com Atuação Nacional; GRUPO B - Coordenação de Curso de Licenciatura em Educação Física; GRUPO C - Sistema de Regulamentação Profissional; GRUPO D - Pesquisadores que estudam Formação Profissional em Educação Física. Os resultados mostraram que a perspectiva geral dos participantes dos grupos B, C e D indica que houve avanços ao longo da história, principalmente, porque as Diretrizes apresentaram uma preocupação maior com a dimensão pedagógica no currículo dos cursos de licenciatura, com o fortalecimento da identidade do professor, com a definição do perfil do licenciado e com a especificidade da formação docente. E, no caso específico da Educação Física, a criação do bacharelado (Resolução n.º 03/87) e consolidação de duas formações distintas (Resolução n.º 07/2004) foram determinantes para a melhoria da formação profissional nessa área. Já os participantes do grupo A afirmaram que as mudanças na legislação não apresentaram resultados positivos ou que não há pesquisas significativas sobre o tema para permitir tal suposição. Além disso, apresentaram um posicionamento contrário em relação a distinção dos cursos de formação, defendendo uma formação única e a extinção do curso de bacharelado. Concluímos por meio de nossa análise documental e da fala dos sujeitos da pesquisa que as Diretrizes Curriculares Nacionais contribuíram para uma formação de professores que caminha para um processo de fortalecimento da identidade em relação à docência e de valorização profissional do licenciado. Considera-se que a divergência entre os grupos em relação às Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Física demonstra uma disputa pela hegemonia no espaço social da área, permitindo apenas consenso parcial em relação às mudanças estabelecidas pela legislação.
  • ItemTese de doutorado
    Health and physical education professionals´ salutogenic and pedagogical practices for working with disadvantaged older adults
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2019-10-16) Ferreira, Heidi Jancer [UNESP]; Drigo, Alexandre Janotta [UNESP]; Kirk, David; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A proporção da população mundial com 60 anos ou mais está aumentando rapidamente. No entanto, vidas mais longas não significam necessariamente vidas mais saudáveis. Assim, faz-se necessário um maior conhecimento sobre como promover saúde. De que forma a Educação Física (EF) pode contribuir e responder a essa situação? Está bem estabelecido na literatura como o exercício previne doenças crônicas. No entanto, falta conhecimento sobre como a EF pode contribuir para a promoção da saúde. Nesse contexto, o presente estudo foi delineado para abordar o tópico de como os profissionais de EF poderiam ajudar idosos a desenvolver sua saúde e vivenciar positivamente o envelhecimento. O objetivo foi investigar as práticas adotadas por profissionais de EF para oferecer práticas corporais para idosos em situações de desvantagem em programas de promoção da saúde e entender os processos de desenvolvimento de saúde que os idosos experimentaram e perceberam como relacionados à sua participação nas práticas corporais. O estudo se fundamentou na salutogênese, uma teoria para a promoção da saúde proposta pelo sociólogo Aaron Antonovsky. Juntamente com essa perspectiva teórica, a investigação se baseou nas noções de práticas corporais e pedagogia. O estudo foi conduzido por meio da abordagem qualitativa e do método da teoria fundamentada nos dados. A amostragem teórica norteou a inclusão de quatro programas de promoção da saúde, localizados nas regiões sudeste e sul do Brasil. Participaram seis profissionais de EF, três coordenadores de centros de saúde e 34 idosos vinculados aos programas. Os dados foram gerados através do trabalho de campo condensado, com a realização de visitas a cada local em um curto período de três dias. As fontes de dados incluíram entrevistas, observação não participante de 34 sessões de práticas corporais e documentos. A análise dos dados foi realizada pelo método da comparação constante, envolvendo codificação inicial e focada. O software qualitativo de análise de dados NVivo 12 da QSR International foi usado para auxiliar o gerenciamento de dados e o trabalho analítico. Os resultados indicaram que os profissionais de EF se envolveram em uma série de práticas consideradas consistentes com as práticas salutogênicas e pedagógicas: visão ampliada de saúde, ética do cuidado, cuidado holístico e abordagem baseada na comunidade. Essas práticas foram relacionadas a dois principais processos de desenvolvimento de saúde vivenciados pelos idosos: o desenvolvimento de recursos de resistência generalizada em múltiplas dimensões (cognitiva, social, emocional, física) e o fortalecimento dos componentes do sentido de coerência (capacidade de compreensão, capacidade de gerenciamento e capacidade de investimento). Em conclusão, as práticas corporais serviram como um recurso que ajudou os idosos a perceberem suas vidas como compreensíveis, gerenciáveis e significativas. Este estudo sugere que a EF poderia ampliar e maximizar sua contribuição para a promoção da saúde de idosos através da criação de comunidades de movimento, facilitando encontros e conectando pessoas por meio do movimento. Intervenções e iniciativas futuras de promoção da saúde poderiam incorporar práticas pedagógicas informadas pela salutogênese como uma possibilidade de ir além de uma visão patogênica da saúde e permitir que os participantes tenham experiências corporais significativas de cuidado holístico, em direção ao cultivo da vida.
  • ItemTese de doutorado
    Quantificação e elaboração de modelo de predição do gasto energético de homens e mulheres jovens fisicamente ativos nos exercícios resistidos supino reto e leg press
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2019-06-07) Magosso, Rodrigo Ferro; Baldissera, Vilmar [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Apesar de diversos avanços científicos, mesmo após mais de 200 anos de aplicação da primeira calorimetria com humanos e todas as possibilidades criadas pelas tecnologias desenvolvidas, em especial os aparatos portáteis, o gasto energético (GE) dos exercícios resistidos ainda permanece, de certa forma, elusivo. Desta forma, o presente estudo foi conduzido com o objetivo geral de Quantificar e criar um modelo matemático para a predição do gasto energético de homens e mulheres jovens fisicamente ativos nos exercícios supino reto (SR) e leg press (LP). 11 homens (grupo masculino – GM), com idade (média ± desvio padrão) de 28,7 ± 5,5 anos, altura de 1,77 ± 0,07m, massa corporal de 81,40 ± 8,17kg e percentual de gordura de 16,36 ± 6,79% e 11 mulheres (grupo feminino – GF), com idade de 27,6 ± 4,6 anos, altura de 1,67 ± 0,06m, massa corporal de 60,05 ± 5,76kg e percentual de gordura de 20,20 ± 2,73% se voluntariaram para o estudo. Cada voluntário se apresentou ao Laboratório de Fisiologia do Exercício da UFSCar em oito ocasiões: na primeira visita, os voluntários foram informados sobre os objetivos e procedimentos do estudo, assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido, os dados antropométricos mensurados e realizado o ajuste da biomecânica dos exercícios e teste de 1 repetição máxima (1RM) nos exercícios SR e LP. Após 48 a 72 horas, na segunda visita, os voluntários foram submetidos ao reteste de 1RM. Nas seis visitas seguintes, os voluntários foram submetidos ao protocolo de determinação do GE nas intensidades de 40%, 60% e 80% de 1RM, nos exercícios SR e LP, de maneira que apenas um exercício e uma intensidade eram realizados no mesmo dia. O intervalo respeitado para a realização do mesmo exercício foi de 48 a 72 horas. O GM apresentou diferença no gasto energético total entre os exercícios SR e LP, mas este efeito não foi observado quando o gasto energético foi quantificado em calorias por repetição (KCal/rep). Já o grupo feminino teve maior gasto energético no LP comparado ao SR tanto na quantidade total de KCal como em KCal/rep. Também foi verificado, para os dois grupos, que o gasto energético por tonelada de trabalho é maior no exercício SR comparado ao LP, para ambos os grupos. Os resultados do presente estudo também permitiram a elaboração de equações de predição do gasto energético, em KCal/rep, em função da intensidade do exercício expressa em percentual de 1RM. Conclui-se, com estes dados, que, a partir do conhecimento da intensidade dos exercícios resistidos SR e LP, é possível predizer o gasto energético de homens e mulheres jovens fisicamente ativos.
  • ItemTese de doutorado
    Efeitos da duração da carga sobre o estresse psicobiológico, demanda energética e lipólise em sessões de musculação realizadas na intensidade de 70% 1RM
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2019-06-14) Campanholi Neto, José; Baldissera, Vilmar [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A organização das variáveis do exercício resistido altera respostas do estresse psicobiológico, da demanda energética, predominância do substrato energético utilizado durante a prática do exercício e também de lipólise. Desta maneira é fundamental estudar os efeitos das variáveis do exercício resistido sobre as respostas citadas. Os estudos sobre as respostas ao estresse provocado pelo exercício resistido estão voltados, principalmente, para o volume e intensidade. Outra variável pode influenciar sobre estas respostas, a duração da carga. Assim os objetivos deste estudo são: a) Verificar a influência da duração da carga sobre o estresse psicobiológico; b) Avaliar as respostas da demanda energética a diferente duração de carga; c) Determinar o substrato energético predominante durante a execução dos protocolos; d) Investigar o efeito da duração da carga sobre a lipólise. Participaram da pesquisa 16 voluntários do sexo masculino com mais de três meses de pratica em musculação, portanto familiarizados com os exercícios convencionais de academias propostos neste trabalho, com idade média de 29,31 ± 5,26 anos, saudáveis, sem diagnósticos de doenças que impossibilitem a prática de atividade física. Os participantes visitaram o laboratório em cinco ocasiões: na primeira assinaram o TCLE, ocorreu a aplicação do PAR-Q e teste de 1RM em todos exercícios que constituem as sessões. Na segunda visita foi realizada a familiarização com os procedimentos experimentais. Na terceira e quarta visita, realizadas aleatoriamente, foram submetidos aos protocolos (A) três séries de 10 repetições, com intervalo de dois minutos, a 70% de 1RM e (B) seis séries de cinco repetições, com intervalos de um minuto, a 70% de 1RM. Na quinta e última visita foram realizados os testes para a caracterização da amostra. Para atingir os objetivos deste trabalho os parâmetros avaliados foram: impulso de treinamento (TRIMP), demanda energética, quociente respiratório e concentração de glicerol. O TRIMP em unidades arbitrárias (UA): 413,95 ± 82,23 no protocolo A e 330,10 ± 75,21 no protocolo B (P = 0,0003). Demanda energética total: A: 302,0 ± 46,1 kcal e B: 310,6 ± 55,3 kcal (P = 0,4198). Quociente Respiratório: A: 1,16 ± 0,07 e B: 1,00 ± 0,05(P < 0,0001). Houve um efeito significativo na forma em que os protocolos são organizados sobre a concentração de Glicerol F(1, 30) = 19,71, P = 0,0001, r = 0,98. Os momentos de coleta (Pré, R2, R15 e R30) também apresentaram efeito significativo sobre a concentração de Glicerol F(3, 90) = 61,79, P < 0,0001. Os dados permitem concluir que o protocolo A (3 x 10) provocou maior mobilização de glicerol, portanto maior lipólise e maior estresse psicobiológico, porém sem diferença estatística significativa na demanda energética em comparação ao protocolo B (6 x 5). Do ponto de vista prático é uma ótima estratégia utilizar sessões com menor duração da carga, como no protocolo B (6 x 5), para proporcionar gasto calórico similar, com menor desconforto e ainda proporcionar lipólise.
  • ItemTese de doutorado
    Formação, capacitação, carreira e intervenção profissional em Educação Física na perspectiva de treinadores paralímpicos brasileiros
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2018-08-17) Silva, Cláudio Silvério [UNESP]; Drigo, Alexandre Janotta [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Esse estudo teve como objetivo, levantar na perspectiva de treinadores paralímpicos brasileiros, elementos de responsabilidade da formação inicial em Educação Física (EF); da capacitação profissional para intervenção no desporto paralímpico; as perspectivas de carreira profissional e as diferenças de intervenção profissional entre desporto olímpico e paralímpico. Quanto à metodologia foi utilizada a abordagem qualitativa de pesquisa, sendo o instrumento metodológico a entrevista semiestruturada e a análises dos dados através da Análise de Conteúdo (AC). Participaram do estudo catorze treinadores das seleções nacionais paralímpicas das modalidades: atletismo e natação. Os resultados demonstraram que o ingresso na carreira de onze participantes foi ocasional, e três ingressaram por opção. Quanto aos elementos de responsabilidade da formação inicial em EF, foram levantados: os conteúdos relacionados à classificação desportiva; deficiências; modalidades paralímpicas; prática; abrangência dos currículos de EF; isolamento do desporto paralimpico nos currículos; possibilidade de aproximação entre CPB e a Universidade; formação continuada através dos cursos da APB; experiências de contato com pcd, e o domínio da modalidade desportiva, desde que o treinador já tenha sido praticante da mesma. Os elementos para a capacitação segundo os participantes foram: certificação através dos cursos da APB; pós-graduação em nível superior; prática; conhecimentos específicos, sendo esses: a fisiologia, biomecânica e o treinamento desportivo. As perspectivas de carreira, foram consideradas, de maneira unanime, promissoras, nos seguintes aspectos: insatisfação com o desporto olímpico e migração para o paralímpico; possibilidade de ingressar na carreira por opção; desenvolvimento organizacional e técnico do desporto paralímpico nacional; valorização financeira; demanda de profissionais nesse campo de trabalho; ascensão profissional; investimento financeiro no desporto paralímpico e autonomia na gestão da carreira. Quanto às diferenças entre desporto olímpico e paralimpico os participantes ressaltaram a adaptação e a técnica enquanto expedientes da intervenção; conhecimentos sobre as deficiências e as relações com pais de atletas e entre treinador e atletas. Desta maneira, a partir dos dados analisados, propomos os seguintes encaminhamentos: Em relação à formação inicial em EF, no que tange à formação do bacharel, é necessária uma formação direcionada ao desenvolvimento das capacidades e habilidades à intervenção, definindo procedimentos, e propiciando ao graduando orientação para a construção de carreira profissional. A capacitação é o momento de aprimoramento, sendo assim, é necessário pensar em uma continuidade de formação, por exemplo, a residência, semelhantemente à médica e a pedagógica. No que tange à carreira, o desporto paralímpico, assim como o desporto convencional, dependem ainda dos investimentos privados e estatais. Para tanto, ambos, deveriam fazer parte de uma política de estado com melhor remuneração e valorização profissional de treinadores. No que diz respeito à intervenção profissional, essa deve ser favorecida pelas pesquisas aplicadas, aproximando ciência da realidade dos treinadores; democratização profissional através de concursos públicos; e comprometimento entre Ministério do Esporte, CPB e Universidade. No que tange, à conclusão da tese, destacamos que: o ingresso ocasional indica, além da ausência do desporto paralímpico na formação, a incipiente preparação das instituições formadoras quanto à orientação de construção de carreira no desporto paralímpico, pois uma formação adequada pode favorecer o ingresso por opção. A formação inicial em EF em relação ao desporto paralimpico, na perspectiva de disciplinas, é um limite que fragiliza a própria formação. As capacitações existentes é um encaminhamento, porém pouco divulgadas, para que egresso em EF acessem as mesmas, sendo necessário formalizar parcerias entre Universidade e CPB. As perspectivas de carreira, embora tenha sido considerada promissoras, dependem de investimentos médio e longo prazo, e de mobilização política em torno do desporto paralímpico, enquanto política estatal. Em relação às diferenças de intervenção profissional entre desporto olímpico e paralímpico, conclui-se que as especificidades do desporto paralímpico demandam formação e capacitação dos treinadores com base em conhecimentos científicos, pedagógicos e tecnológicos na definição de procedimentos para a intervenção. Desta forma, a formação, capacitação, carreira e intervenção, são aspectos vinculados que propõe construção de carreira profissional, perspectivas ainda pouco explorados na área na EF e no desporto paralímpico, diferentemente das engenharias e tecnologias.
  • ItemTese de doutorado
    Efeito da prática esportiva realizada na juventude sobre a atividade física habitual e desfechos em saúde na idade adulta: coorte de 12 meses
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2017-03-01) Fabri, Alessandra Madia Mantovani [UNESP]; Fernandes, Rômulo Araujo UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: Dentre os diferentes fatores biológicos e comportamentais que podem afetar o ganho de massa óssea na juventude destaca-se a prática de exercícios físicos. Por outro lado, o seu efeito na saúde de adultos não atletas ainda não está claro. Objetivo: Identificar se adultos engajados em atividades esportivas na juventude apresentam diferenças em seus perfis de prática de atividade física, DMO, adiposidade corporal, qualidade do sono e custos com saúde. Métodos: Participaram da coorte de 12 meses, 225 adultos com idade entre 40 e 65 anos de ambos os sexos. Foi realizada inicialmente coleta de dados pessoais e antropométricos e responderam a questionários sobre dados socioeconômicos, sintomas musculoesqueléticos, qualidade do sono e prática de atividade física na infância e adolescência. Realizou-se avaliação da composição corporal por Absortiometria de Raios-X de Dupla Energia (DEXA) a fim de investigar a massa óssea, gordura corporal e massa livre de gordura em valores gerais e regiões corporais segmentados. E receberam pedômetros para utilizar por sete dias consecutivos para revelar o nível da atividade física habitual. Por fim, informaram dados sobre o consumo de medicamento de rotina. Todas estas avaliações descritas foram realizadas nos dois momentos do estudo. Resultados: Aqueles com mais de 7500 passos/dia apresentaram menor ocorrência de obesidade e melhor qualidade do sono. Inicialmente 32,4% da amostra apresentou mais de 7500 passos/dia e esse valor caiu para 27,1% e os principais determinantes encontrados foram a idade e o histórico de prática de atividade física prévia. A prática de atividade física precocemente produz um efeito benéfico sobre as variáveis ósseas BMC e BMD. Ainda, a prática de atividade física está inversamente relacionada ao consumo de medicamentos. Conclusões: A atividade física mostrou-se benéfica seja ela exercida na idade adulta (momento atual) ou precoce (infância e adolescência) sobre diferentes problemas comuns de saúde. Dentre os principais benefícios podemos destacar a redução da obesidade, maior qualidade do sono, melhor saúde óssea e menores gastos com medicamentos.
  • ItemTese de doutorado
    Desenvolvimento da autoeficácia docente na iniciação à docência em Educação Física
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2018-12-19) Costa Filho, Roraima Alves da [UNESP]; Iaochite, Roberto Tadeu [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Além de conhecimentos e habilidades, é necessário que os professores aprendam estratégias de controle interno de modo a lidar com as influências contextuais e pessoais satisfatoriamente. Uma possibilidade para isso é o desenvolvimento da crença de capacidade, neste estudo, representada pela autoeficácia docente. É por meio das crenças que os professores selecionam e valorizam informações importantes para sua prática pedagógica, que, em última instância, comporão sua percepção de capacidade. A formação inicial é um período propício para a promoção da autoeficácia docente, principalmente a partir das situações de prática e regência pelos estudantes, que aproximam os conhecimentos dos campos teóricos e práticos. Contudo, pouco se sabe sobre quais situações e elementos das experiências vividas são selecionados por futuros professores para formar a própria capacidade para ensinar. A presente pesquisa se insere na temática das crenças docentes na formação inicial de professores de Educação Física e objetivou investigar o desenvolvimento da autoeficácia docente para ensinar educação física na escola, tendo como cenário de investigação o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID). Utilizou-se a pesquisa exploratória e descritiva, com análise de dados mista, por meio da estratégia da microanálise. Participaram 16 estudantes bolsistas de um projeto PIBID na área da educação física, com idade entre 19 e 32 anos, sendo metade do sexo feminino. Os dados foram coletados durante o segundo semestre de 2015 e durante o ano de 2016, utilizando-se relatórios semanais, escalas de autoeficácia e fontes de autoeficácia docente e portfólios. Dados advindos das escalas foram analisados com estatística descritiva e inferencial, realizados no software SPSS. Os dados qualitativos foram analisados pelo método de codificação descritiva e in vivo, suportadas pelo software Nvivo. Apesar de se observar um desenvolvimento positivo da autoeficácia docente e em suas dimensões, essas não foram significativas para todas as variáveis. Somente observou-se desenvolvimento significativo nas dimensões estratégias instrucionais e engajamento do estudante para os participantes de 2015. Esse último também foi mais significativo para quem realizou as atividades na escola municipal. Na microanálise, se observou que o desenvolvimento da autoeficácia apresentou picos tanto positivos como negativos, em diferentes momentos durante o projeto. Quanto às fontes, os estudantes bolsistas selecionaram informações em que perceberam sucesso ou fracasso com mais frequência. Além disso, também deram atenção para o que os alunos da escola, colegas e professores falavam sobre as aulas ministradas. Considerando o referencial teórico analítico, os resultados encontrados podem ajudar a traçar propostas formativas, tanto para a formação inicial, como para os professores formadores reverem suas práticas pedagógicas e ajudarem, consciente e efetivamente, na oferta de situações que possam ser significativas para a autoeficácia dos futuros professores de educação física.
  • ItemTese de doutorado
    Entre a escola e a universidade: análise do processo de fundamentação e sistematização da epistemologia da prática profissional de professores de Educação Física
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2018-08-03) Rufino, Luiz Gustavo Bonatto [UNESP]; Souza Neto, Samuel de [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Dentro do campo profissional, entendido como espaço de forças e lugar de lutas e disputas de diversos agentes nele inserido, o ensino tem oscilado entre o movimento que possibilita a sua profissionalização e os processos que o proletarizam. A compreensão do trabalho docente na perspectiva da profissionalização exige, entre outras coisas, a fundamentação de saberes que possam operar na base da profissão, fato que exige novas relações entre o campo acadêmico, responsável pela formação na universidade e o campo educativo, vinculado ao exercício profissional da docência na escola. Esse processo está alicerçado na fundamentação de um novo paradigma para a prática profissional, baseado na racionalidade prática, trazendo à tona uma nova compreensão de Epistemologia da Prática dos agentes no interior de cada subcampo, tal como a Educação Física. Emerge desse contexto a necessidade de se analisar novos sentidos e significados para a prática pedagógica e seus processos de construção de saberes ligados às dinâmicas profissionais no trabalho docente. Nesse sentido, objetivamos investigar o processo de construção do paradigma da Epistemologia da Prática Profissional de professores de Educação Física ancorado na racionalidade prática, buscando fundamentá-lo e sistematizá-lo a partir dos saberes que compõem tanto a prática pedagógica quanto a formação profissional, bem como aqueles que realizam a mediação da relação entre universidade e escola. Para isso, optou-se pela pesquisa com abordagem qualitativa, a qual foi dividida em duas fases. Na primeira, analisou-se as compreensões de prática na formação e na intervenção profissional pelo campo acadêmico, à luz das representações de 7 professores formadores oriundos das 6 universidades públicas do Estado de São Paulo com cursos de licenciatura em Educação Física. Os dados foram submetidos à Análise de Conteúdo com auxílio do software NVIVO e apresentados em dois eixos: principais desafios da prática na formação e na intervenção profissional e principais possibilidades na constituição paradigmática da Epistemologia da Prática nos campos acadêmico e profissional. Na segunda fase da pesquisa, focalizamos o campo profissional a partir de 3 procedimentos desenvolvidos com professores de Educação Física. Inicialmente aplicamos um questionário diagnóstico com uma amostra de 97 docentes desse componente curricular do Estado de São Paulo para um diagnóstico da realidade. Posteriormente, selecionamos 6 professores colaboradores respondentes do instrumento para a etapa de aprofundamento do estudo, baseada na observação de aulas por meio de um diário de campo, filmagens das ações, realização da técnica de Autoconfrontação Simples e, finalmente, entrevista por meio da trajetória de vida. Os dados também foram submetidos à Análise de Conteúdo com auxílio do NVIVO. Foi possível compreender que a Análise das Práticas se mostrou como uma estratégia importante para a ressignificação das ações docentes por meio de processos reflexivos que podem levar à transformação do habitus profissional e, consequentemente, alterar significativamente os modos de agir na prática pedagógica. O processo de fundamentação de saberes tem na prática profissional seu principal fator de edificação. Dessa forma, embora muitos ainda sejam os desafios em voga, consideramos que é preciso ressignificar as visões sobre prática dentro do campo profissional na Educação Física, uma vez que é fundamental compreendermos que os saberes docentes e o habitus profissional devem estar em consonância com o movimento de profissionalização do ensino atualmente.