Teses - Desenvolvimento Humano e Tecnologias - IBRC

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  • ItemTese de doutorado
    Desenvolvimento humano por meio do coaching: dos primórdios ao advento das tecnologias
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-08-25) Gaspar, Denis Juliano [UNESP]; Serapião, Adriane Beatriz de Souza [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Este estudo de natureza qualitativa teve como objetivo investigar os processos de Coaching, iniciando com sua relação com a Maiêutica Socrática (Grécia Antiga) à Era Tecnológica, vivenciada na atualidade. Buscou também discutir e refletir a eficácia desses processos na vida dos indivíduos que contratam esses serviços, os chamados coachees, bem como compreender os desafios presentes no cotidiano daqueles que atuam na aplicação desses processos, os chamados coaches, com olhares para o uso das tecnologias nesses meios. Elegeu a união de pesquisa bibliográfica com pesquisa descritiva. A pesquisa bibliográfica utilizou como base a leitura de livros, artigos científicos de periódicos, além de dissertações e teses relativas aos temas abordados. A pesquisa descritiva proporcionou maior apropriação aos problemas aventados pelo estudo. Foram utilizados dois instrumentos para a coleta de dados da pesquisa descritiva. Primeiramente, um questionário, o qual foi aplicado a uma amostra intencional composta por 15 participantes envolvidos em processos de Coaching no âmbito pessoal ou profissional, os chamados coachees, de ambos os sexos, maiores de 18 anos e que vivenciaram processos de Coaching nos últimos cinco anos. Posteriormente, uma entrevista semiestruturada, a qual foi aplicada a uma amostra intencional composta por 15 participantes envolvidos em processos de Coaching no âmbito pessoal ou profissional, os chamados coaches, também de ambos os sexos, maiores de 18 anos, que aplicaram tais processos nos últimos cinco anos, além de possuir certificação de formação em Coaching. Para a realização da seleção dos participantes do estudo, foram contactados profissionais e clientes das diversas escolas de formação em Coaching do país. Os dados adquiridos nas coletas foram analisados, descritivamente, por meio da Técnica de Análise de Conteúdo. Os resultados apontaram para a importância da competência do profissional coach entre outras características frente aos resultados obtidos no processo, o crescimento da produção científica a respeito do Coaching na esfera empresarial e escassez de estudos no âmbito nacional com a temática Coaching e utilização das tecnologias em seus processos. Apontaram também para a satisfação com o processo de Coaching e com a atuação do profissional coach, atingimento de metas e percepções de mudanças na vida dos contratantes dos serviços de Coaching, preferências por sessões presenciais frente aos olhares dos coachees e preferências por sessões a distância frente aos olhares dos coaches. Ainda apontaram, pela percepção dos profissionais aqui estudados, melhorias nos coachees em relação ao autoconhecimento que permitiu evolução nesses indivíduos em questões pessoais e profissionais, traçando planos de ação para alcance de metas e objetivos estabelecidos. Dificuldades como o comprometimento do coachee e a valorização da profissão também são discutidos neste estudo entre outras questões. O estudo encontra-se dividido em tópicos a partir da introdução, apresentando justificativa, revisão de literatura relacionada à temática Coaching, tecnologias e demais abordagens pertinentes à pesquisa, objetivo e método. Ademais, expõe três artigos para complementação das reflexões apresentadas.
  • ItemTese de doutorado
    Exercícios de controle motor versus exercícios gerais na síndrome dolorosa do trocânter maior: ensaio controlado aleatorizado
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-04-17) Nava, Guilherme Thomaz de Aquino [UNESP]; Navega, Marcelo Tavella [UNESP]; Barbosa, Angélica Mércia Pascon [UNESP]; Pedroni, Cristiane Rodrigues [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A síndrome dolorosa do trocanter maior (SDTM) refere-se à dor na região do trocânter maior do fêmur. A SDTM está associada à fraqueza e ao controle deficitário da pelve. Sabe-se que as pessoas com SDTM se beneficiam de exercício físico, mas não há estudos que tenham comparado um treinamento com foco no controle motor e exercícios gerais. O objetivo deste estudo foi comparar um protocolo de controle motor e um protocolo de exercícios gerais com relação a dor média, antes e após 8 e 60 semanas de tratamento. Métodos: O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE: 87372318.1.0000.5406) e registrado prospectivamente no Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (RBR-37gw2x). Sessenta mulheres foram randomizadas em dois grupos, o grupo controle motor (GCM) e o grupo exercícios gerais (GEG). O desfecho primário foi a intensidade média da dor. Os desfechos secundários foram efeito global percebido (EGP), força muscular, catastrofização da dor, cinesiofobia, sensibilização central e qualidade de vida. Resultados: Nenhuma interação significativa de tempo x grupo foi observada em relação à intensidade média da dor em 8 semanas (MD: -0,06; IC 95% -1,41 a 1,29; p = 0,92, tamanho do efeito = 0,02) ou 60 semanas ( MD: -0,75; IC 95% -2,35 a 0,83; p=0,34, tamanho do efeito= 0,24). Com relação aos desfechos secundários, somente o desfecho força muscular apresentou diferença estatisticamente significativa na comparação entre os grupos, especificamente na reavaliação dos músculos extensores do quadril no lado sem dor (MD: 0,1; IC 95% 0,0004 a 0,2; p=0,04; tamanho do efeito = 0,54). Conclusão: O protocolo de controle motor não foi superior ao protocolo de exercícios gerais na melhora da intensidade média da dor em 8 e 60 semanas de acompanhamento em mulheres com SDTM.
  • ItemTese de doutorado
    Treinamento resistido e pré-condicionamento isquêmico (IPC): perfil das respostas fisiológicas e modelagem da demanda energética
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-12-20) Oliveira, Thiago Pires de [UNESP]; Pessôa-Filho, Dalton Müller [UNESP]; Massini, Danilo Alexandre; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    INTRODUÇÃO: O pré condicionamento isquêmico (IPC) é um método não invasivo, seguro e de fácil aplicação capaz de promover um efeito ergogênico em diferentes esportes (natação, ciclismo e corrida) além de produzir melhora da função neuromuscular em grupamentos musculares isolados. OBJETIVOS: A proposta deste estudo foi conduzir 2 estudos onde: O primeiro estudo (estudo 1) tem como objetivo uma meta-análise sobre o efeito da manobra IPC perante o número de repetições em exercícios resistidos. O segundo (estudo 2) foi comparar o gasto energético (GE) mediante a três modelos de quantificação energética distintos, sobre três formas de treinamento resistido (TR) realizados até a falha muscular: 70% de 1RM (TR70%) vs 70% de 1RM precedido por IPC (TRIPC) vs 35% de 1RM (TR35%), além de analisar como o protocolo de TRIPC se compara frente as outras duas formas de treinamento (TR70%; TR35%) em relação a demanda energética. METODOLOGIA: Estudo 1: nossa pergunta PICO: P = Healthy Volunteer/Healthy Participants 18-45 years, I = Remote schemic Pre-Conditioning/Limb ischemic conditioning. C = Control/Sham vs Ischemic Pre-Conditioning, O = Muscle Strength/Dynamometer, Muscle Strength. Nossa busca foi realizada em três bases de dados (PUBMED, VHL, SciELO). Para o estudo 2: foram analisados quatro homens (23,0 ±1,4 anos), 1,80 ±0,15 m, peso 94,2 ±19,8 kg, 6,4 ±1,1 anos de treino, 23,8 ±5,9% de gordura corporal). Cada um dos três modelos de quantificação do gasto energético (indireto), foi quantificado pela reposta do oxigênio (O2) durante as series e intervalo entre series e aparelhos e pela variação da concentração de lactato sanguíneo, onde o modelo 1 é a soma da demanda energética por meio do O2 da atividade e do intervalo entre series e aparelhos, o modelo 2 é O2 das séries e intervalos entre aparelho além da variação do delta de lactato (Δ [La-] (mmolxL-1)), e o modelo 3 é O2 apenas das séries, o Δ [La-] (mmolxL-1), além de um ajuste monoexponencial da curva de recuperação do O2 (EqO2fast). RESULTADOS: Estudo 1: foram encontrados 372 estudos no qual 7 estudos envolvendo 127 participantes foram inclusos nesta meta-analise pois atenderam os critérios de inclusão pré estabelecidos. Em uma comparação mais ampla (IPC vs. Placebo; Controle; Aquecimento leve; Alongamento e Aeróbio leve) o IPC foi superior (p<0,05) frente as todas as condições (SMD: 3,02; (IC 95%: 2,23; 3,81) com uma heterogeneidade de I2= 93%; p <0,01. Em uma primeira análise de subgrupo entre IPC vs. placebo/sham (~20 mmHg) o PCI foi superior (SMD: 0,82, (IC: 95%: 0,48; 1,15) apresentando uma heterogeneidade de I2= 62%; p < 0,01, e na segunda analise IPC vs. controle (SMD: 3,50, (IC: 95%: 1,87; 5,13) com I2= 92%; p<0,01. Estudo 2: Para as variáveis de desempenho VO2pico (mlxmin-1) e Δ [La-] (mmolxL-1) não apresentaram diferença entre os TRs (p>0,05), as variáveis tempo de execução da série em segundos (TON) (326,7±96,2s), e tempo total (TON + intervalo entre as 3 series) (596±115,07s) foi superior para o exercício 2 do TR35% em comparação a seus respectivos exercícios e TR70% e TRIPC (p<0,05). Os equivalentes metabólicos lático (EqLAC) e fosfagênio pelo ajuste rápido de recuperação do O2 (EqFAST) não apresentaram diferença (p>0,05), enquanto os equivalentes de O2 para a série (EQO2ON) foi superior aos exercícios 1 (38,7±4,9) e 2 (78,5±15,4) do TR35% em comparação TR70% e TRIPC (p<0,05). Quando os dados são expressos em valores absolutos (kJ) para perante os exercícios o TR35% apresenta-se com superior (p<0,05) em comparação aos TR70% e TRIPC, contudo quando os mesmos dados são relativizados pelo tempo de execução da série (kJ/Kg/TON) e o tempo total dos aparelhos (kJ/Kg/Ttotal) o TR70% e TRIPC são semelhantes (p>0,05) porem superiores ao TR35% (p<0,05). CONCLUSÃO: Baseado nestes achados o IPC se revela como uma estratégia de fácil aplicação e muito efetiva para aumentar o endurance muscular mediante ao número de repetições em exercícios resistidos. No entanto o IPC parece não ser superior frente a demanda energética e metabólica. Com relação aos modelos (1, 2 e 3), a diferença da contribuição energética existentes entre os valores calóricos é diretamente influenciada pelo tipo de modelo utilizado para o cálculo do gasto energético.
  • ItemTese de doutorado
    Educação física como tecnologia política dos corpos. Governamentalidade biopolítica neoliberal no Brasil e na Colômbia
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-07-15) Muñoz, Jorge Andrés Jiménez [UNESP]; Martins, Carlos José [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Assumindo a perspectiva analítica da governamentalidade, problematizamos a inserção da Educação Física como uma área de conhecimento nas “Ciências da Saúde” no Brasil e na Colômbia através das suas instituições gestoras de políticas científicas. Para além de dilemas epistemológicos, propomos algumas reflexões sobre qual tipo de racionalidade governamental rege essa locação nessa grande área e não na grande área das Ciências Humanas, a qual, localizada na Educação, encontraria uma inserção histórica e social mais significativa. Através de uma atitude problematizadora, analisamos os nexos de saber-poder que produzem as condições de implementação dessa racionalidade política e a sua efetivação tecnológica nos seguintes planos: a) Nas políticas científicas estabelecidas por instituições governamentais em ambos os países; b) Na Educação Física Escolar, compreendida no interior da discursividade de uma série de reformas governamentais. Desta forma, descrevemos como empiricamente vem se disseminando uma tendência de governamentalização biopolítica neoliberal por parte de diversos atores com interesses na educação, que investem a Educação Física como tecnologia de condução das condutas para ampliar seu campo de ação e atingir os corpos no campo escolar. Embora existam singularidades históricas e políticas em ambos os países que condicionam diversos mecanismos de captura e resistência, a racionalidade governamental consegue colonizar eficazmente relatórios, diagnósticos, projetos e políticas educacionais, bem como diversas concepções de avaliação e das aprendizagens, por meio de um discurso gerencialista que prescinde da discussão epistemológica da área, promovendo um empresariamento da vida.
  • ItemTese de doutorado
    O uso do jogo eletrônico Football Manager e do portal Transfermarkt para mensurar o potencial de futebolistas promissores
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-07-12) Rocha-Lima, Eric Matheus [UNESP]; Fischer, Carlos Norberto [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Técnicas e recursos computacionais, direcionados para a análise de dados, estão ganhando espaço no futebol, sobretudo por permitir que amplos volumes de dados dos futebolistas sejam analisados e que relações, que apontem padrões a serem explorados, possam ser obtidas. Deste modo a utilização de simuladores futebolísticos, como o Football Manager (FM) e de websites especializados em futebol, como o Transfermarkt (TM), também podem contribuir para a aquisição de dados que auxiliem os clubes a identificar e investir em jovens futebolistas. Sendo assim, o presente trabalho tem o objetivo de identificar relações entre indicadores de futebolistas que apontem o desenvolvimento da capacidade potencial destes atletas. Para atingir este objetivo, foi aplicada uma pesquisa qualiquantitativa, de caráter descritivo e documental. A amostra é composta por 1309 futebolistas, entre 15 e 20 anos, presentes em uma lista do FM Scout de 2014. A coleta das informações dos futebolistas foi realizada nas versões FM 2015 e FM 2019 do Football Manager e no TM, neste último, em dois momentos: ao término das temporadas 2014/2015 e 2018/2019. Para as análises, foram utilizadas técnicas da chamada mineração de dados (MD), com o auxílio do software Weka. Os resultados indicam que, dos futebolistas que estavam no nível profissional na temporada 2014/2015, foi alta a porcentagem dos que permaneceram nesta condição no período de 2018/2019. Também indicam que se mostra interessante investir em atletas com menos de 18 anos, pois apresentaram maior porcentagem de aumento de capacidade atual (CA). Além disso, para gerar aumento CA, sugere-se uma quantidade de 30 ou mais partidas para os futebolistas. Em relação aos valores de mercado (VM), o Weka indicou que se mostra interessante aumentar o VM para obter melhora de CA em todas as classes de capacidade potencial e, para aumentar VM, não realizar uma transferência e empréstimos surgiram como sugestões. Por fim, conclui-se que a utilização do FM se apresenta como uma ferramenta complementar e de pertinente utilidade para auxiliar os gestores futebolísticos em suas tomadas de decisão na identificação e na contratação de jovens futebolistas com capacidade potencial a ser desenvolvida.
  • ItemTese de doutorado
    Modulação autonômica da frequência cardíaca e metabolismo láctico em diabéticos tipo 2: efeito crônico do treinamento resistido
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-04-26) Cruz, Angélica Cristiane da [UNESP]; Quitério, Robison José [UNESP]; Chagas, Eduardo Federighi Baisi; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: Durante o exercício físico, os ramos simpático e parassimpático, por meio dos mecanismos centrais e periféricos, interagem entre si causando ajustes nas respostas da frequência cardíaca (FC), algumas patologias podem alterar esses ajustes, como é o caso da diabetes Mellitus tipo 2 (DM2), essas alterações podem ser avaliadas por meio da variabilidade da frequência cardíaca (VFC). O exercício físico (EF) regular é um dos tratamentos não medicamentosos e, nos últimos tempos o treinamento resistido (TR) vem se destacando com efeitos benéficos para essa população. Objetivo: investigar o efeito crônico do treinamento resistido sobre a variabilidade da frequência cardíaca e metabolismo lático de pacientes com DM2. Materiais e Métodos: foram estudados dois grupos de voluntários, um grupo constituído por 8 indivíduos com DM2 (GDM2) com média de idade de 62,37±9,65 anos e outro grupo com 6 indivíduos aparentemente saudáveis (média 58,67±5,28 anos). Após avaliação inicial (anamnese, exames físicos e clínico) foram coletos os intervalos R-R (iRR) da FC na condição de repouso supino por 20 minutos. Os pacientes foram submetidos a teste de 1 repetiçao máxima (1RM) e, após, a um teste com as cargas submáximas de 10% à 50% de 1RM. A VFC foi analisada por método linear utilizando-se os índices no domínio do tempo RMSSD e índice geométrico SD1. Foi coletado também o lactato sanguíneo por meio do aparelho Accutrend Plus – Roche, USA, em repouso e nas cargas submáximas. Os voluntários do GDM2 participaram de uma intervenção com TR que foi composto por 12 semanas, 60% 1RM, 5 exercícios para grandes grupos musculares (2 exercícios para membros superiores e tórax e outros 3 para membros inferiores). Após o término do TR os pacientes foram reavaliados nas mesmas condições que no pré TR. O GC foi orientado a não mudar seus hábitos durante o período de 12 semanas. Foi utilizada a técnica de Bootstrap de reamostragem para uma amostra de 1000 sujeitos e intervalo de confiança de 95% para o percentil e foi realizado teste de normalidade de Shapiro-Wilk e os testes t-Student para amostras pareadas e de Wilcoxon quando não houve normalidade. Significância para p<0,05. Resultados: Os valores de lactato não apresentaram diferença significativa entre os momentos pré e pós TR, entretanto no momento pré o aumento significativo do lactato foi em 30% e no momento pós ocorreu em 40%, no GC não foram encontradas diferenças. Em relação aos índices da VFC não foi encontrada diferença estatística entre os momentos. Conclusão: 12 semanas de TR moderado não promove efeitos sobre a VFC em pacientes com DM2, porém sugere uma melhora da capacidade oxidativa do lactato sanguíneo durante o exercício em pacientes com DM2.
  • ItemTese de doutorado
    Análise do movimento e do desempenho físico de mulheres com dor patelofemoral
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-04-28) Morita, Ângela Kazue; Navega, Marcelo Tavella [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Diversas alterações cinemáticas e da função neuromuscular foram descritas na literatura e apontadas como possíveis causas da dor patelofemoral (DP). A literatura mostra que o padrão cinemático não está associado ao nível de força ou de ativação muscular na DP. É possível que essas alterações contribuam de formas distintas e que existam subgrupos de sujeitos com DP, com alterações cinemáticas que não sejam proporcionais à deficiência neuromuscular. Ainda, pouco se sabe sobre a cinemática do plano sagital de atividades cotidianas, que necessita ser investigada, visto que 24% dos sujeitos com DP são sedentários. O objetivo geral da presente tese foi investigar os possíveis mecanismos subjacentes da DP em mulheres. No primeiro artigo, foi verificado que as mulheres com DP apresentam aumento da inclinação posterior do tronco e da anteriorização do joelho, comparadas às assintomáticas, ao desempenharem os testes de agachamento unipodal e descida do degrau (p < 0,05). Foi verificado também que o aumento da inclinação posterior do tronco se correlaciona com o aumento da anteriorização do joelho e da dorsiflexão do tornozelo, em ambas as tarefas (p < 0,05). Conclui-se que as mulheres com DP apresentam alterações dos movimentos sagitais do tronco e do joelho, ao desempenharem atividades funcionais, e que os movimentos neste plano são interdependentes. No segundo artigo, foi observado que, em mulheres com DP, o aumento do valgo dinâmico do joelho foi predito (R2= 0,39) pelo aumento da ativação do glúteo médio (β= 0,23) e do torque isométrico dos abdutores do quadril (β= 0,08), enquanto nas assintomáticas, foi predito (R2= 0,16) pelo aumento do torque isométrico dos abdutores do quadril (β= 0,07); quanto ao aumento da inclinação posterior do tronco, houve modelo significativo somente para as assintomáticas, que foi predito (R2= 0,24) pelo aumento da ativação do vasto medial oblíquo (β= 0,12) (p < 0,05). Conclui-se que a cinemática é predita pelas capacidades dos músculos que atuam nos respectivos planos e que a alteração cinemática não está relacionada à fraqueza muscular na DP. No terceiro artigo, foram identificados três subgrupos de mulheres com DP: o primeiro anteriorizou o joelho em demasia e mostrou força e resistência lateral do tronco diminuídas; o segundo apresentou valgo de joelho acentuado, porém força e resistência do tronco e membro inferior preservadas; o terceiro também mostrou valgo acentuado, porém exibiu força e resistência diminuídas. Conclui-se que as alterações cinemáticas do joelho não são foram acompanhadas por padrões do nível de força ou de resistência muscular do tronco e membro inferior na DP.
  • ItemTese de doutorado
    Respostas fisiológicas agudas ao exercício com pesos: comparação entre sessões executadas com alta e baixa intensidade de carga, com e sem restrição de fluxo sanguíneo
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-02-22) Sancassani, Andrei; Pessôa-Filho, Dalton Müller [UNESP]; Macedo, Anderson Geremias; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O treino resistido (TR) com restrição de fluxo sanguíneo (TRLow_RFS) tem demonstrado efetividade similar aos protocolos de treino com alta intensidade de carga (TRHigh_Conv), quanto às alterações da massa e força muscular. Entretanto, o gasto energético (GE) e a contribuição de cada metabolismo para GE não apresentam estudos conclusivos. Portanto, o objetivo deste trabalho foi determinar GE e a contribuição energética durante a execução de TRLow_RFS e TRHigh_Conv. Avaliou-se sete homens treinados (26±4 anos, 85,3±17,2 kg, 178,6±7,9 cm e 16,9±4,9% de gordura corporal) quanto à força pelo teste de uma repetição máxima (1RM) e aptidão cardiorrespiratória (V̇O2max) pelo teste incremental máximo em esteira. Os participantes executaram os seguintes protocolos de treino: (i) TRLow_RFS (30%1RM) e (ii) TRHigh_Conv (70%1RM). O protocolo TRLow_RFS constituiu-se em três séries, 15 repetições, 30 segundos de recuperação entre as séries e três minutos entre os diferentes exercícios. O TRHigh_Conv foi composto de três séries, 12 repetições,60 segundos de recuperação entre as séries e dois minutos entre os exercícios. Os exercícios executados em cada protocolo foram os mesmos, ou seja: supino reto (SR), remada horizontal (RH), tríceps na polia (TP), rosca direta (RD), cadeira extensora (CE), mesa flexora (MF), leg-press 45º (LP45) e panturrilha no leg press 45º (PLP). O GE foi estimado por três modelos diferentes, pelas respostas do consumo de oxigênio durante e após o exercício (EqO2ON e EqO2EPOC, respiração-a-respiração por uma unidade CPET portátil), bem como pelo delta de resposta do lactato sanguíneo nos exercícios (EqO2[La-]). Para comparar as diferenças de GE entre os protocolos de treino e os modelos de estimativa empregou-se ANOVA two-way (post-hoc de Tukey), com nível de significância ajustado em p≤0,05. Os resultados demonstraram que TRHigh_Conv e TRLow_RFS apresentaram valores para GE no modelo EqO2ON+EqO2EPOCTotal+EqO2[La-] (36,1±7,0 e 37,3±9,3 L ou 158,7±62,4 e 182,9±45,5 kcal) maiores quando comparados ao GE no modelo EqO2ON+EqO2[La-]+ EqO2EPOCFast (24,3±5,6 e 27,8±6,6 L ou 108,6±44,3 e 141,0±34,5 kcal, p = 0,05). Todavia, os valores de GE estimados para TRHigh_Conv e TRLow_RFS pelo modelo EqO2ON+EqO2EPOCTotal (30,4±6,1 e 27,8±7,0 L ou 150,1±34,7 e 135,2±34,2 kcal) diferiu-se apenas do protocolo TRLow_RFS no modelo EqO2ON+EqO2EPOCTotal+EqO2[La-] (p = 0,05) e dos protocolos TRHigh_Conv e TRLow_RFS no modelo EqO2ON+EqO2[La-]+EqO2EPOCFast (p = 0,05 e 0,05). A resposta do lactato sanguíneo foi menor após o treino TRHigh_Conv (6,2±1,5 mmol×L-1) se comparado ao TRLow_RFS (8,9±2,2 mmol×L-1, p = 0,02) Portanto, a contribuição anaeróbia (i.e., EqO2[La-]+EqO2EPOCFast) foi maior no protocolo TRLow_RFS se comparado ao TRHigh_Conv (15,7±2,8 vs.13,2±2,4 L, p < 0,01). Porém, a resposta do oxigênio na recuperação (i.e., EqO2EPOCTotal) foi maior no protocolo TRHigh_Conv se comparado ao TRLow_RFS (20,1±4,7 vs. 15,9±4,2 L, p = 0,02). Conclui-se que a estimativa de GE no treino resistido é dependente do modelo matemático de estimativa, sendo o maior valor obtido para o modelo que considera uma maior quantidade de parâmetros fisiológicos para a estimativa de GE. No entanto, o protocolo TRHigh_Conv proporciona um valor mais elevado de GE ocasionado pela maior quantidade de oxigênio usado no processo de recuperação após o exercício, apesar da maior atividade glicolítica anaeróbia observado para o TRLow_RFS.
  • ItemTese de doutorado
    Influência dos treinos de força e potência na taxa de desenvolvimento de força, pico de força e mobilidade funcional de idosos com doença de Parkinson
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-01-05) Felipe, Késia Maísa do Amaral; Navega, Flávia Roberta Faganello [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: Idosos com doença de Parkinson (DP) apresentam menor força e potência muscular, o que compromete a taxa de desenvolvimento de força (TDF), pico de força e consequentemente a mobilidade funcional dessa população. Sendo assim, estabelecer o melhor tipo de treino para melhora dessas variáveis torna-se fundamental. Tal investigação pode fundamentar uma intervenção fisioterapêutica mais efetiva para essa população. Objetivo: analisar a influência do treino de força e potência muscular de membros inferiores na TDF e no pico de força de idosos com DP, tendo como objetivo secundário, a análise da influência desses treinos na mobilidade funcional dessa população. Métodos: 34 idosos de ambos os sexos sem e com DP, classificados entre os estágios de I a III da Escala de Hoehn e Yahr, foram divididos em quatro grupos: grupo controle de treino de força (GCF, n = 8), grupo controle de treino de potência (GCP, n = 9), grupo com DP para treino de força (GDPF, n = 8) e grupo com DP para treino de potência (GDPP, n = 9). Os GCF e GCP foram compostos por idosos sem histórico de doenças neurológicas. Foi realizada a avaliação do pico de força e da TDF nos primeiros 50 e 200 milissegundos. Também foi avaliada a mobilidade funcional por meio dos testes: velocidade de marcha (VM), Timed Up and Go (TUG), Short Physical Performance Battery (SPPB), Unified Parkinson’s Disease Rating Scale (UPDRS); pés paralelos e teste de sentar e levantar, os 3 últimos realizados sobre uma plataforma de força. Em seguida, os participantes foram submetidos a um treino de força ou potência muscular para membros inferiores durante oito semanas consecutivas, duas vezes semanais. Após a finalização de todas as sessões, os sujeitos foram reavaliados. Resultados: O teste de ANOVA medidas repetidas apontou diferença significativa de todos os grupos para a mobilidade funcional, pico de força e TDF, independentemente do tipo de treino. Conclusão: Os protocolos de treino de força e potência muscular propostos influenciaram no aumento da TDF, pico de força e mobilidade funcional dos participantes.
  • ItemTese de doutorado
    Efeito de diferentes programas de exercícios sobre índices do condicionamento e desempenho aeróbio de mulheres e homens obesos adultos
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-04-27) Silva, Elisângela; Pessôa-Filho, Dalton Müller; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Uma estratégia segura para reduzir e prevenir a incidência de comorbidades entre indivíduos obesos é melhorar a aptidão cardiorrespiratória com o exercício físico. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito de diferentes tipos de programas de exercícios sobre as respostas máximas e submáximas do consumo de oxigênio durante um teste incremental em mulheres e homens adultos obesos. Este estudo foi desenvolvido em uma população de 96 obesos distribuídos em grupos de treino de força (GF), treino aeróbio (GE), treino combinado de força e aeróbio (GM) e treinamento baseado em recomendações de atividade física (GR). O grupo de recomendações seguiu as orientações gerais de atividade física. Todos foram submetidos à intervenção dietética com base em uma dieta hipocalórica (redução de 25-30% no gasto diário). A intervenção teve duração de 22 semanas. Os resultados indicaram aumento do V̇O2pico apenas para o GM (+9,9%; p<0,001), cujos valores diferiram dos observados para GE (p=0,006) e GR (p=0,002). Para o V̇O2pico relativo, observou-se aumento em todos os grupos (p<0,001), com diferenças apenas entre GM e GR (+21,1% para GR em relação ao GM; p=0,037). O valor de LV1 melhorou apenas para os grupos GE (+12,7%; p=0,003) e GM (+16,4%; p<0,001), mas o LV1 relativo aumentou para GF (+15,5%), GE (+24,8%) e GM (+28,4%) com p<0,001, e para GR (+10%, p=0,016). Ao agrupar as respostas por sexo, o V̇O2pico absoluto melhorou somente nos homens (+6,2%, p<0,001), mas o V̇O2pico relativo aumentou tanto em homens (+16,8%; p<0,001) quanto em mulheres (+10,7%, p<0,001), assim como as repostas de LV1 absoluto e relativo com percentuais de melhora para mulheres e homens de +9,4% e +8,4% (absoluto) e +20,4% e +19,2% (relativo), respectivamente, todos com p<0,001. Ao agrupar as respostas em Supervisão (incluindo os 3 grupos com treinamento supervisionado - GF, GE e GM) e Recomendações, observou-se melhoras no V̇O2pico de +14,5% e +11,2%, respectivamente. Além disso, houve aumento no LV1 absoluto somente para o grupo Supervisão (p<0,001, +11,3%) e no LV1 relativo tanto para Supervisão (+22,8%, p<0,001) quanto Recomendações (+10%, p=0,010). No que se refere às taxas de efeito, observou-se que homens apresentaram 5,3 mais chances que mulheres em aumentar o V̇O2pico absoluto, 4,6 chances de aumentar o V̇O2pico relativo e 6,5 chances de aumentar LV1 absoluto quando submetidos a supervisão (p<0,05). Diante dos resultados, atenção especial em relação ao sexo é essencial na proposta e desenvolvimento de treinamento voltado para as respostas cardiovasculares em pessoas com obesidade. Além disso, é enfatizada a importância da prática de exercícios físicos de forma planejada e supervisionada, a fim de se obter melhores resultados para a aptidão cardiorrespiratória.
  • ItemTese de doutorado
    Intercâmbio internacional na formação do professor de Educação Física no IFSULDEMINAS
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-04-20) Nogueira, Narayana Browne de Deus; Pessoa Filho, Dalton Muller [UNESP]; Maffei, Willer Soares [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A internacionalização do ensino superior no Brasil tem sido amplamente discutida e sua relevância já se tornou clara em meio à sociedade globalizada. Dessa forma, percebe-se que no Brasil, essa temática se tornou uma política pública de Estado, que veio ser ainda mais fomentada a partir do lançamento do Programa Ciência sem Fronteiras, em 2011. E é a partir desse cenário que o presente estudo surge com o objetivo de compreender a importância pedagógica e cultural que o intercâmbio internacional é capaz de promover (ou não) na formação de alunos do ensino superior, de acordo com a perspectiva do aluno intercambista. Como forma de concretizar esta pesquisa realizou-se um estudo de caso com 15 alunos intercambistas do curso de Licenciatura em Educação Física do IFSULDEMINAS, campus Muzambinho - MG. A pesquisa de cunho qualitativo foi conduzida por meio de análise documental e adotou-se como técnica de coleta de dados a entrevista semiestruturada. As entrevistas foram gravadas para posterior transcrição e análise. Ao todo foram realizadas 15 entrevistas. Como instrumento de análise foi adotado o método conhecido como análise de conteúdo. A etapa desta análise foi constituída pelo tratamento e pela análise e interpretação propriamente dita dos dados. Nessa etapa, os resultados foram analisados à luz da teoria utilizada, onde fundamentou-se nos ensinamentos de Bourdieu sobre capital, habitus e campo. Os resultados apontaram que, de acordo com a visão do aluno intercambista, as experiências referentes à pouca ou falta de domínio da língua estrangeira do país de destino foi uma questão fundamental que impactou não só no aproveitamento das disciplinas, mas também em relação a todos os aspectos culturais proporcionados pelo intercâmbio. No entanto, para sanar tal problema, os entrevistados declararam que empreenderam grande esforço para aquisição deste capital linguístico, buscando minimizar o déficit de capital cultural que possuíam. Além disso, percebeu-se que para estar inserido a uma nova cultura, compreendê-la e ser “aceito” pela mesma, envolve, assim, falar a língua desta. É notório o valor atribuído às experiências culturais na fala dos alunos. De certa forma, a prática do deslocamento cultural está intimamente ligada à construção de novas concepções de vida, quer sejam elas nos campos educacionais, profissionais e até mesmo no da existência enquanto ser uno ou social. Aprender algo novo em termos de cultura e experiências de vida, foram marcas importantes do processo. Assim, a partir dos pontos de vista dos intercambistas, compreender a nova cultura e interagir com a mesma, deixá-la ser agregada a seus costumes, possibilita se deslocar para o ponto de vista do outro e isso é incorporar um novo capital cultural. Percebeu-se, nas falas, que conhecer algo novo não está relacionado somente à vida pessoal, em conhecer outros lugares, fazer novas amizades, aprender uma nova cultura e uma língua estrangeira, mas também aos conhecimentos acadêmicos, à curiosidade de se comparar a realidade acadêmica brasileira com a de outros países, em busca de capacitação e apropriação de novos saberes em seu campo de atuação profissional.
  • ItemTese de doutorado
    Associação do pico de força e taxa de desenvolvimento de força com a função física e equilíbrio de idosos com e sem a doença de Parkinson
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-12-01) Yamada, Patrícia de Aguiar; Navega, Flávia Roberta Faganello [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: Prejuízos na taxa de desenvolvimento de força (TDF) e na capacidade de gerar força máxima estão associados à incapacidade funcional e à maior incidência de quedas em idosos e em indivíduos com doença de Parkinson (DP), acarretando um desafio para o sistema de saúde e sociedade. Avaliar a função muscular e verificar a relação entre a força e a TDF com as alterações de função física e equilíbrio em idosos com e sem DP podem auxiliar a prática clínica, contribuindo para a realização de condutas efetivas para a manutenção e melhora da função física e equilíbrio dessa população. Objetivo: Avaliar a força e a TDF dos extensores de quadril e joelho de idosos com e sem DP e sua relação com a função física e equilíbrio. Material e métodos: 20 idosos com DP (estágio I a III da escala de Hoehn e Yahr) (GDP) e 20 idosos neurologicamente saudáveis (GC) foram submetidos à avaliação do pico de força e TDF; da função física através dos testes SPPB, TUG e velocidade de marcha; do equilíbrio estático e dinâmico em uma plataforma de força; sendo avaliadas ainda no GDP variáveis clínicas como comprometimento motor, estágio da doença e tempo de doença. Resultados: Houve diferença entre os grupos para TDF 200 (p=0,022), função física (SPPB (p=0,004); TUG (p=0,002), velocidade de marcha (p=0,001)) e equilíbrio estático (deslocamento médio-lateral (p=0,001); deslocamento ântero-posterior (p=0,023); área da elipse de confiança (p=0,005)). Durante o equilíbrio estático, houve relação positiva do deslocamento médio-lateral com a TDF 50 e negativa com a TDF 200. Durante o equilíbrio dinâmico, no levantar houve relação positiva da TDF 200 com o deslocamento ântero-posterior; no sentar, houve relações positivas da TDF 200 com a velocidade média de deslocamento e área da elipse de confiança, e da TDF 50 com o deslocamento médio-lateral. O pico de força relacionou-se negativamente com os comprometimentos motores da DP, enquanto o tempo de doença e estágio da doença relacionaram-se negativamente com a TDF 50. Conclusão: Idosos com DP apresentam menor TDF 200, maior limitação na função física e equilíbrio estático, entretanto, em relação ao pico de força, TDF 50 e equilíbrio dinâmico, não foi observada diferenças entre os grupos. Não houve relação da força e TDF com a função física e quando relacionadas a força e TDF com o equilíbrio, houve associação do equilíbrio estático e dinâmico apenas com a TDF. O pico de força relacionou-se apenas com os comprometimentos motores da DP, enquanto o estágio da doença e tempo de doença relacionaram-se com a TDF 50.
  • ItemTese de doutorado
    Atletismo e desenvolvimento humano: proposição e análise de um modelo didático de ensino
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-12-07) Bressan, João Carlos Martins; Impolcetto, Fernanda Moreto [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O conteúdo atletismo ainda não tem composto efetivamente o ambiente escolar. Diferentes fatores convergem para a construção desse cenário, seja na dimensão do professor em seu desenvolvimento profissional, na organização estrutural e pedagógica das instituições escolares, e ainda nas políticas públicas educacionais. Além disso, historicamente, as práticas corporais estabelecidas enquanto conteúdos da Educação Física têm sido palco de embates teórico-filosóficos. O esporte, enquanto um desses conteúdos recebeu atenção especial. Em última instância questionava-se suas metodologias de ensino, que estavam condizentes com os pressupostos ideológicos vigentes, observado por alguns como meio de manutenção do status quo capitalista, por outros como salvacionista e por terceiros como a própria Educação Física. Decerto que entre as possibilidades descritas pairava uma máxima, de que era urgente repensarmos o conteúdo sob uma perspectiva pedagógica. Não obstante, o atletismo é afetado por essa conjuntura, pois trata-se também de um esporte. O cenário de agravo para essa modalidade está em sua aproximação ao alto rendimento na prática pedagógica do professor, atuante no ambiente escolar. Esse formato de ensino, enlevava o tecnicismo por meio da valoração do gesto técnico e seleção dos mais habilidosos, em sua forma tradicional de trato pedagógico. Essa postura, somada a outras situações, promoveu o afastamento do conteúdo da escola e sob essa conjuntura apresentamos nosso problema de compreender como se dispõe o conteúdo atletismo em ambiente escolar em determinado Estado brasileiro? Em resposta a ele conjecturamos nosso objetivo geral de desenvolver e analisar uma proposta de modelo para o ensino do atletismo na escola. Alinhavado a este estão os objetivos específicos a) realizar revisão sistemática acerca do atletismo com ênfase na subárea pedagógica; b) caracterizar o espaço do atletismo no estado de Mato Grosso na perspectiva dos estudantes; c) caracterizar o espaço do atletismo no estado de Mato Grosso na perspectiva dos professores; d) elaborar um modelo sistêmico-ecológico para o ensino do atletismo em ambiente escolar (MSEA); e) avaliar a experiência de implementação do MSEA nas aulas de Educação Física escolar. A presente tese foi desenvolvida no modelo alternativo, sustentou-se pelos pressupostos quali-quantitativos e sob a estrutura do Modelo Bioecológico do Desenvolvimento Humano (MBDH). Lança mão de questionários semiestruturados, entrevistas, relatórios e análise de documentos, sendo descritiva-exploratória e propositiva. Organiza-se em três estudos, compostos por artigos, que visam responder aos objetivos da presente pesquisa, quais sejam: Estudo I Artigo I (EIAI) - Panorama da produção científica sobre o atletismo (1990 – 2017): uma análise dos artigos científicos em três idiomas com ênfase na subárea pedagógica; EIIAII - caracterização do atletismo na perspectiva de estudantes de um estado brasileiro; EIIAIII - Caracterização do atletismo na perspectiva de professores de um estado brasileiro; EIIIAIV - Modelo sistêmico-ecológico para o ensino do atletismo (MSEA); EIIIAV - Percepções de professoras e estudantes sobre a implementação de um modelo para o ensino do atletismo em aulas de Educação Física. Embasados nos estudos realizados concluímos que é latente a baixa produção científica sobre o conteúdo atletismo nas aulas de Educação Física e quando observamos eventos de culminância da aprendizagem desse conteúdo (jogos escolares) é latente que os principais lócus de ensino não estão na escola. Ainda ao desenvolvermos e implementarmos um modelo para o ensino do referido conteúdo para as aulas de EF evidenciamos sua eficácia no processo de ensino e aprendizagem de professores e alunos o que revelou um caminho profícuo em resposta aos objetivos da presente tese.
  • ItemTese de doutorado
    Facebook, igualdade de gênero e empoderamento feminino no corfebol
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-11-04) Silva, Renata Laudares [UNESP]; Machado, Afonso Antônio [UNESP]; Tavares, Giselle Helena; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Este estudo, de natureza qualitativa, teve por objetivo, analisar a rede social Facebook como um recurso na difusão de valores de igualdade de gênero e empoderamento feminino no corfebol, único esporte coletivo misto no mundo. Para tanto, foram realizadas pesquisas dos tipos exploratória e descritiva, sendo adotados os delineamentos das pesquisas bibliográfica e documental. Na Etapa 1 deste estudo, focou-se na introdução geral, na justificativa e um levantamento bibliográfico acerca dos temas propostos, redes sociais, Facebook, gênero, empoderamento feminino e corfebol. A Etapa 2 resultou no Artigo 1, foi realizada uma revisão descritiva da literatura, a qual se desenvolveu por meio de uma busca em diversas bases de dados, via plataforma CAPES, resultando em 7 estudos elegíveis, sendo discutidos os aspectos metodológicos empregados e os principais conteúdos abordados. A Etapa 3, que resultou nos artigos 2 e 3, fez-se uso do Facebook para a coleta dos dados. Foram feitas duas buscas: (Busca 1) #korfball #corfebol #genderequality e (Busca 2) #korfball #corfebol #MixedGenderSport. Duas categorias foram criadas para analisar os dados coletados no Facebook. Categoria 1, formato das postagens (imagens, textos/links e vídeos) e a categoria 2, conteúdos abordados (igualdade de gênero e empoderamento feminino). A Etapa 4 fez alusão à elaboração e validação do instrumento utilizado nesta pesquisa, o qual foi avaliado e validado por um comitê de juízes, o qual findou em oito questões destinadas a obter informações sociodemográficas e 16 questões abertas e fechadas, destinadas a obter respostas mais elaboradas sobre a temática. Posteriormente, a Etapa 5, a qual resultou nos artigos 4 e 5, aplicou-se o questionário, o qual foi elaborado via o Google Forms à uma amostra de 12 atletas da seleção brasileira de corfebol. Os dados encontrados nesta etapa foram discutidos de acordo com as categorias 1, corfebol, igualdade de gênero e empoderamento feminino, a qual foi subdividida em três eixos temáticos: compreensão do(a)s atletas sobre igualdade de gênero; compreensão do(a)s atletas sobre empoderamento feminino e difusão do corfebol. E a categoria 2, interfaces entre o corfebol e o Facebook, esta foi subdividida em dois eixos temáticos: o papel do Facebook na difusão/disseminação do conhecimento sobre o corfebol e o Facebook como espaço de compartilhamento de conteúdo sobre gênero e empoderamento no corfebol. Todas as categorias de discussão das etapas anteriores foram elaboradas a posteriori, por meio da Técnica de Análise de Conteúdo. Após o desenvolvimento deste estudo, na Etapa 6, foi feito o fechamento da tese, levando em consideração todas as etapas mencionadas acima, as considerações finais, os apontamentos relacionados as limitações percebidas desta tese e elencadas sugestões para estudos futuros com base nas temáticas abordadas. Conclui-se que ao investigar as hashtags no Facebook no agrupamento e identificação dos conteúdos relativos às temáticas de empoderamento feminino, gênero e corfebol, pode-se perceber que essa ferramenta é uma importante aliada no que tange a agrupar as informações e que ajuda a divulgar o esporte e suas interfaces com as referidas temáticas. Pode-se constatar que, nas postagens e em seus diversos formatos (imagem, vídeo, texto/link), prevaleceram os conteúdos relativos às questões de gênero, no entanto, as informações pertinentes ao universo do empoderamento feminino não foram evidenciadas nos posts. Na tentativa de identificar o papel do Facebook na disseminação das temáticas relacionadas à igualdade de gênero e empoderamento feminino, na visão de atletas de corfebol do Brasil, pode-se aferir que o(a)s atletas possuem conhecimento acerca das questões de gênero e empoderamento feminino no âmbito da prática do corfebol.
  • ItemTese de doutorado
    Efeito da suplementação de creatina sobre o desenvolvimento da fadiga neuromuscular durante o exercício isométrico intermitente realizado acima do torque crítico
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-09-13) Abdalla, Leonardo Henrique Perinotto [UNESP]; Denadai, Benedito Sergio [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: O principal objetivo desse estudo foi investigar o efeito da suplementação de creatina na tolerância ao exercício, no impulso realizado acima do torque crítico (TC) (ITC') e no desenvolvimento da fadiga neuromuscular dos extensores do joelho durante exercício isométrico intermitente no domínio severo, bem como, na constante de tempo de recuperação do impulso acima do TC (τITC′) durante os intervalos entre as contrações intermitentes. Método: Participaram desse estudo 16 sujeitos ativos, que foram alocados aleatoriamente em grupos de Creatina ou Placebo (20 g dia, por 5 dias). Foram realizados testes de contração voluntária máxima do extensor do joelho (CVM), testes no modelo all-out 5 min para determinar o TC e o impulso acima do TC (W’). Posteriormente, foram realizados mais três testes submáximos em intensidade 10% acima do TC: (i) tempo até a falha da tarefa sem suplementação (Baseline); (ii) tempo até a falha da tarefa após a suplementação (Creatina ou Placebo); e (iii) tempo semelhante a exaustão pré-suplementação, mas realizado após a suplementação (ou seja, Isotime). Antes, durante (no final de cada minuto) e imediatamente após o final de todos os testes de carga constante, foram realizadas CVM para a determinação da força muscular máxima, e foi aplicado a técnica de estimulação elétrica para a determinação dos parâmetros de fadiga central e periférica. Todas as variáveis analisadas neste estudo foram comparadas pela ANOVA de medidas repetidas com análise fatorial 2 × 3 de design misto, com o grupo de fatores (creatina ou placebo) versus condição (Pré-suplementação, Pós- suplementação ou suplementação-Isotime). Todas as correlações foram realizadas por meio do teste de correlação de Pearson. Resultados: A suplementação de creatina aumentou significantemente o tempo para falha da tarefa (Baseline = 572 ± 144 s versus Creatina = 833 ± 221 s) e ITC' (Baseline = 5761 ± 1710 Nm.s versus Creatina = 7878 ± 1903 Nm.s), mas não houve diferenças significantes dentro do grupo Placebo. A mudança percentual pré e pós- exercício em CVM, ativação voluntária, pico de torque de contração evocado eletricamente em repouso, taxa de desenvolvimento de torque involuntário e EMG integrado durante CVM, não foram significantemente diferentes entre o Baseline e a Creatina, mas foram todas significantemente atenuadas em Isotime de creatina em comparação com o Baseline. Não houve diferenças significantes nessas variáveis dentro do grupo de Placebo. O ITC' foi significantemente correlacionado com as taxas de mudança no pico de torque de contração evocado eletricamente em repouso (r = 0,83-0,87) e taxa de desenvolvimento de torque (r = - 0,83 a -0,87) para os testes submáximos para falha da tarefa. A τITC′ foi mais rápida após a suplementação apenas para o grupo creatina (Baseline = 669 ± 98 s versus Creatina = 470 ± 66 s). As alterações induzidas pela suplementação de creatina no desenvolvimento da fadiga neuromuscular periférica e no tempo de exercício, foram correlacionadas com alterações na τITC′. E por fim, foi encontrada correlação entre o TC e a τITC′, inerente à suplementação. Conclusão: A suplementação de creatina aumentou o tempo de tolerância ao exercício e o impulso acima do torque critico. Isso foi realizado atenuando as taxas de diminuição nos parâmetros neuromusculares durante o exercício e acelerando a taxa de recuperação no intervalo entre as contrações isométricas intermitentes do extensor do joelho. Esses achados revelam um papel importante para a taxa de desenvolvimento de fadiga neuromuscular como determinantes-chave da tolerância e recuperação ao exercício isométrico intermitente de intensidade severa.
  • ItemTese de doutorado
    Interferência das redes sociais virtuais no contexto esportivo: uma análise do ponto de vista dos atletas
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-09-20) Morão, Kauan Galvão [UNESP]; Machado, Afonso Antonio [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    As redes sociais virtuais e os aplicativos de comunicação instantânea são muito utilizados pela sociedade, originando interferências provenientes dos recursos tecnológicos. O cenário esportivo também sofre alterações acarretadas pelos recursos da Internet, contando com atletas conectados e expostos aos riscos e benefícios potencializados por esses fatores. As mídias digitais também passaram a interferir no cenário esportivo, gerando alterações nas formas de comunicação e na veiculação das notícias. Esta pesquisa possui o objetivo de analisar a visão de esportistas com relação a influência que as redes sociais virtuais podem gerar no contexto esportivo, destacando fatores positivos e negativos relatados pelos participantes do estudo. A pesquisa possui caráter quali-quantitativo, com natureza descritiva, utilizando questionário com perguntas abertas para a coleta de dados. A análise dos dados foi realizada por meio da análise de conteúdo de Bardin (2011). A amostra foi composta por 31 atletas (13 amadores, 10 de alto rendimento e 8 universitários), com média de idade de 28,29 anos (± 8,78). Foi constatado que os atletas observam mais vantagens ao cenário do esporte do que desvantagens ao utilizarem as redes sociais virtuais. A maior parte dos atletas alegou que já viu/vivenciou crimes virtuais, considerando que podem gerar alterações emocionais ao esportista e em suas relações, porém, sem possibilidade de causar danos à performance. Grande parte da amostra coloca que os recursos tecnológicos são ferramentas auxiliares à preparação do esportista. Por fim, foi visto que maiores diretrizes precisam ser tomadas para com os atletas, visando conscientização dos mesmos acerca do uso das redes sociais virtuais, buscando minimizar casos de exposição e vulnerabilidade que poderiam ocasionar crimes virtuais, ampliando a compreensão de como as redes virtuais podem ser utilizadas para benefícios ao esportista. É preciso que os líderes (pais/responsáveis, treinadores e professores) entendam o cenário digital e estendam a compreensão aos seus responsáveis, bem como os riscos, benefícios, posturas adequadas e inadequadas diante da utilização das redes sociais virtuais. Contudo, é destacado diversos pontos positivos citados, como a interação, entretenimento, finalidades esportivas, autopromoção e outros, colocando como negativos aspectos de exposição, pessoas má intencionadas, alterações emocionais negativas diante da vulnerabilidade e outras situações.
  • ItemTese de doutorado
    No "Olho do Furacão” - reconfigurações laborais e produção de subjetividade na “Era do Acesso”
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-07-29) Moreno, Bruno Stramandinoli [UNESP]; Martins, Carlos José [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A temática da produção de subjetividades localizada no cruzamento entre a intensificação de reconfigurações laborais e climáticas contemporâneas sinaliza o surgimento de novas práticas laborais. Interroga-se se tais movimentos produzem uma forma diferente de trabalhador. Parece-nos mais fecundo considerar o problema sob o pano de fundo da emergência de um contexto transitório, entre aquilo que se denomina como “Sociedades Disciplinares” e o que se tem sinalizado como “Sociedades de Controle”. Neste sentido, buscou-se refletir sobre esta nova governamentalidade produzida pela presença dos dispositivos algorítmicos na produção de subjetividade laboral contemporânea. Especialmente, quanto aos desdobramentos políticos no modo como tais dispositivos se agenciam à vida humana, modulando-a. Enquanto parâmetro metodológico, a pesquisa pautou-se pela perspectiva qualitativa, de inspiração genealógica e cartográfica. Como recurso de coleta de dados utilizou-se a pesquisa documental (Relatórios, estudos, manuais e pesquisas) com o intuito de identificar as interseções entre os impactos gerados pela ação humana e os tipos de práticas laborais humanas agenciadas por dispositivos algorítmicos. Como problemática foram analisadas as práticas laborais prescritas e vivenciadas, por equipes de trabalho frente a situações geradas por eventos oriundos de reconfigurações climáticas (desastres naturais). Como estratégia metodológica adotou-se o expediente do Estudo de Caso a fim de se circunscrever a singularidade atrelada e produzida por práticas laborais de um grupo específico de trabalhadores de um Centro de Pesquisa Governamental Brasileiro, que opera sob estas condições. O levantamento feito buscou cartografar um pull de relatórios, manuais, comunicações e documentos, emitidos pelo Governo Federal Brasileiro, pela própria organização e por instituições e organizações parceiras que atuam no gerenciamento de riscos de desastres naturais. De modo que foram mapeados elementos intervenientes produtores das “práticas laborais de acesso” de Tecnologistas que atuam em uma Sala de Situação. A fim de melhor compreender como são agenciados estes trabalhadores, buscou-se, complementarmente, identificar e enunciar falas e explanações a partir dos próprios “sujeitos dos dados”. Enquanto tal, estes estão, constantemente, conectados a um assombroso volume de dados, que operam em fluxos de alta velocidade e que articulam uma rede diversificada de atores e agências. Uma condição que, ao mesmo tempo, constitui um tipo de subjetividade, a partir de práticas laborais singulares. E que se balizam na produção de um modo de vida calcado tanto pela dispersividade e fragmentação, quanto pela incerteza, pela complexidade e, principalmente, pela probabilidade de eventos e tomadas de decisão.
  • ItemTese de doutorado
    Avaliação dos níveis de estresse em atletas de handebol
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-03-29) Boff, Sérgio Ricardo; Oliveira, Alexandre Gabarra de [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A reação ao estresse envolve secreção aumentada de cortisol e catecolaminas na tentativa de manter a homeostasia. Respostas adaptativas levam à maior mobilização energética, aumento da frequência cardíaca e respiratória, redução da resposta inflamatória, e modificação do comportamento emocional. Porém, a persistência do estresse pode prejudicar algumas funções orgânicas. Atletas de diferentes modalidades e níveis competitivos são frequentemente submetidos a vários agentes estressores, tais como o treinamento, a competição, pressão por resultados, convivência diária com seus pares, e exposição da vida pessoal e profissional na mídia. A determinação dos níveis de estresse nestes atletas pode permitir a utilização de medidas de controle do estresse e de enfrentamento para evitar comprometimento do seu desempenho ou de sua saúde. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da competição sobre o nível de estresse em atletas praticantes de esportes coletivos. Participaram do estudo 14 jogadores de handebol de uma equipe masculina, categoria adulta da Associação Desportiva de Handebol XV de Piracicaba, com idade entre 18 e 40 anos. As coletas foram feitas em quatro jogos da equipe, durante a fase classificatória da Liga de Handebol de São Paulo. A análise subjetiva da intensidade do esforço físico foi avaliada por meio do questionário de Percepção Subjetiva de Esforço (PSE). O nível de estresse foi avaliado por meio da Escala de Estresse Percebido (EEP), e pela determinação da concentração de cortisol salivar. Nossos principais resultados mostram uma correlação positiva entre a EEP e a PSE, os resultados da EEP e PSE, apresentam uma relação positiva com o cortisol Pré e Pós respectivamente, condição que reforça o que foi demonstrado pelos questionários. A variação do cortisol entre os momentos Pré e Pós competição podem sugerir que o fato de jogar em seu ginásio, ou não, parece não interferir na secreção de cortisol, estando esta secreção relacionada a fatores emocionais ou com a intensidade do esforço.
  • ItemTese de doutorado
    Pré-condicionamento isquêmico (IPC) e demanda energética em protocolos de treinamento resistido: análise do efeito sobre o perfil metabólico segundo diferentes procedimentos de quantificação da resposta
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-03-03) Siqueira, Leandro Oliveira Da Cruz [UNESP]; Pessôa Filho, Dalton Muller [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O Pré-condicionamento isquêmico (acrômio em inglês: IPC) demonstra ter um efeito ergogênico sobre a performance em diferentes exercícios. O objetivo do presente estudo foi analisar a demanda fisiológica em diferentes protocolos de treinamento resistido (TR) sobre o gasto energético (GE) e da estratégia IPC sobre a demanda energética, a contribuição das diferentes vias bioenergéticas. Além do efeito modulador de IPC sobre a demanda energética em TR, também foi analisado o procedimento de quantificação desta demanda energética para analisar aquele mais apropriado para o exercício de características intermitentes como o TR. Foram analisados quatro homens (23,0 ±1,4 anos de treino, 1,80 ±0,15 m, peso 94,2 ±19,8 kg, 6,4 ±1,1 anos de treino, 23,8 ± 5,9% de gordura corporal), que se submeteram ao teste de uma repetição máxima (1RM) e à execução de sete protocolos de TR, com variação da intensidade de carga (70 e 35% 1RM) e abrangendo 21 exercícios em três sessões (A, B e C). O GE em cada protocolo foi quantificado pela reposta do oxigênio (durante e após os exercícios) e pela variação da concentração de lactato sanguíneo. As diferenças em GE entre protocolos por cada modelos foi analisada por ANOVA (duas entradas, com post-hoc por Bonferroni). O consumo total em EqO2 em mlO2×kg-1×min-1 para o protocolo A70% foi de 45,82±1,5; A35% 29,53±5,9; B70% 42,17±6,29; B35% 32,04±15,84; B70%IPC 50,88±12,54; C70% 50,29±6,02 e C 35% 32,52±7,63. Ao converter o custo total de EqO2 para unidade de Kcal pode-se verificar que o treino A 70% apresentou valores para os Modelos 1, 2 e 3 que corresponderam à 202,1±30,45; 115,66±35,63 e 148,11±20,69 kcal; A35% 191,38±13,00; 115,45±13,81; 146,45±20,69 kcal; B70% 234,63±51,29; 140,40±29,81; 179,70±54,56 kcal; B35% 262,44±70,91 160,15±40,20; 212,13±64,23 kcal; B70%IPC 249,74±60,13; 152,34±31,76; 182,41±51,13 kcal, C70% 213,29±53,94; 132,48±37,10; 150,48±35,99 kcal e C35% 212,87±24,07; 134,61±33,81; 158,57±21,67 kcal. No presente estudo, o método IPC não apresentou melhora na performance durante o TR ou influenciou na alteração no gasto energético total. Os protocolos de TR, com baixa ou alta carga, quando equalizados em carga total, apresentaram gasto energético total maior nos protocolos com maior tempo de atividade. Entretanto, quando comparados por tempo de exercício, os protocolos com cargas altas demonstraram ser mais eficientes quanto ao maior gasto energético relativo. E, para que o gasto energético seja calculado de forma adequada, é necessário considerar a análise lactacidêmica
  • ItemTese de doutorado
    Efeito do treinamento resistido unilateral sobre o controle neural do coração e bioquímica do sangue de pacientes em fase crônica de acidente vascular encefálico
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-12-04) Rodrigues, Pedro Henrique [UNESP]; Quitério, Robison José [UNESP]; Chagas, Eduardo Federighi Baisi; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: O acidente vascular encefálico (AVE) é uma disfunção neurológica com ocorrência repentina ou rápida de sinais e sintomas clínicos, gerando variadas sequelas que incluem alterações no campo sensorial, cognitivo, motor e disfunção no sistema nervoso autonômico (SNA), porém o nível de comprometimento do controle simpático e parassimpático do coração não está totalmente esclarecido na literatura. O treinamento resistido (TR) tem sido proposto como terapia não-farmacológica, cujos efeitos podem influenciar sobre a força muscular e melhorar o controle do SNA sobre as variáveis cardiocirculatórias. Objetivo: Investigar os efeitos do treinamento físico resistido unilateral do hemicorpo parético sobre índices não-lineares da variabilidade da frequência cardíaca em pacientes em fase crônica de acidente vascular encefálico isquêmico. Metodologia: Foram estudados 27 homens, com idade de 59,8±5,4 anos, os quais compuseram três grupos: dois grupos de indivíduos acometidos por AVE isquêmico há pelo menos seis meses e com hemiparesia, sendo um grupo experimental (GE , N=9) e outro controle (GC, N=9). O terceiro grupo foi composto por indivíduos saudáveis (GS, N= 9). Para o GE e GC, foram triados pacientes do serviço de neurologia da Clínica de Fisioterapia do Centro de Estudos em Saúde (CEES), do Estágio Supervisionado de Distúrbios da Linguagem, Fala e Deglutição em Lesados Encefálicos da Universidade Estadual Paulista de Marília, São Paulo, Brasil. O GS foi triado através de chamada pública. Foram feitas as medidas antropométricas e registro dos batimentos cardíacos com um cardiofrequêncimetro (Polar RS800), por 10 minutos, na posição supina, durante respiração espontânea e analisados os índices não lineares da variabilidade da frequência cardíaca (VFC). O GE foi submetido a 13 semanas de treinamento com exercícios resistidos, sendo que 11 dessas foram compostas de três sessões semanais de exercício e duas semanas utilizadas para testagem de 1RM (duas sessões por semana de testagem) com objetivo de ajuste das cargas de treinamento. Resultados: Não foram observadas diferenças estatísticas dos índices da VFC entre os grupos, tanto no momento pré quanto no pós-intervenção. Foram observadas diferenças estatísticas (p=0,039) apenas para o índice 1V% na análise de interação grupo versus tempo para o GS (pré =49,2±4,5% e pós= 43,7±8%), com η2 apontando tamanho de efeito médio (0,237). Quanto a avaliação qualitativa por gráficos de recorrência, uma apresentação com mais padrões geométricos pode ser observada no GE e GC, comparado ao GS. Conclusão: Homens com mais de seis meses de AVE isquêmico apresentam modulação autonômica cardíaca similar a indivíduos saudáveis e o controle neural cardíaco não é alterado após 13 semanas de treinamento resistido com o hemicorpo parético.