Dissertações - Fisiopatologia em Clínica Médica - FMB

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    Influência do análogo de GLP-1 na musculatura esquelética de ratos tratados agudamente com doxorrubicina
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-04-27) Luciano, Danilo Malmonge Barbosa; Polegato, Bertha Furlan [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A Doxorrubicina é um quimioterápico altamente efetivo no tratamento de tumores hematológicos e sólidos. No entanto, apresenta efeitos colaterais no sistema cardíaco e na musculatura esquelética, condição resultante de inúmeras alterações, dentre elas, o aumento do estresse oxidativo, da inflamação e disfunções mitocondriais. Análogos de GLP-1 podem prevenir a degeneração muscular, atenuar a inflamação, modular o metabolismo e reduzir a atrofia muscular. O objetivo do estudo foi avaliar a influência da administração análogo de GLP-1 liraglutida na musculatura esquelética de ratos tratados agudamente com doxorrubicina. Para isso, foram utilizados 60 ratos Wistar machos, divididos em 4 grupos com 15 animais cada: Controle (C), Doxorrubicina (D), administração de liraglutida (análogo de GLP-1) (LG) e Doxorrubicina + administração de liraglutida (DLG). Os grupos LG e DL receberam liraglutida 0,6mg/kg, subcutâneo, diariamente por 14 dias, e os grupos C e D receberam soro fisiológico. Após 12 dias, os grupos D e DLG receberam injeção intraperitoneal de doxorrubicina 20mg/kg, dose única, e os grupos C e LG receberam soro fisiológico. Após 48 horas da injeção de doxorrubicina, os animais foram submetidos à eutanásia e foram coletados músculo sóleo e gastrocnêmio (porção branca e vermelha). Foram avaliados na musculatura esquelética o estresse oxidativo, e quantificação das proteínas Sirt1, PGC1-α e PPARϫ (envolvidas na biogênese mitocondrial), e também NF-kB, GLUT-4 e Troponina T por Western blot. Os resultados foram analisados por ANOVA de uma via e foi considerado o nível de significância estatística de 5%. Observamos menor ingestão de ração e ganho de peso nos animais que receberam liraglutida. Após a injeção de doxorrubicina, os animais que receberam o quimioterápico também tiveram redução da ingestão de ração e do peso corporal. Em relação ao estresse oxidativo, os grupos D e DLG apresentaram maior atividade da catalase no tecido muscular quando comparados ao grupo C e o grupo DLG apresentou menor carbonilação proteica que o grupo C. Não observamos diferenças na expressão proteica de Sirt1, PGC1-α, PPARϫ, NF-kB, GLUT-4 e Troponina T, apesar de observarmos tendência de diminuição de troponina T no grupo D em relação aos outros grupos. Em conclusão, a doxorrubicina não foi capaz de aumentar o estresse oxidativo na musculatura esquelética periférica e não modificou a quantidade de proteínas relacionadas ao funcionamento mitocondrial em ratos tratados com o quimioterápico. Portanto, o efeito da liraglutida na atenuação do dano ao músculo periférico induzido pela doxorrubicina permanece por ser esclarecido.
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    Avaliação de diferentes definições dos fenótipos de hipertensão em portadores de doença renal crônica: estudo de coorte
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-02-16) Gonçalves, Alessandra Bonilha; Martin, Luis Cuadrado [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O objetivo do presente estudo foi comparar a acurácia de diferentes definições dos fenótipos de hipertensão em portadores de doença renal crônica não dialítica para predizer eventos adversos. Trata-se de coorte longitudinal de todos os pacientes com DRC que realizaram MAPA no período de abril de 2004 a fevereiro de 2012 no Serviço de MAPA da UNESP e seguidos até dezembro de 2021. Foi avaliado se a definição mais ampla e atual dos fenótipos de hipertensão (PA de consultório normal com PA em vigília ≥135x85 mmHg, ou PA em 24 h ≥130x80mmHg ou PA ao sono ≥ 120x70 mmHg para hipertensão mascarada ou vice-versa para Jaleco Branco) pode identificar com mais acurácia o risco de desfechos duros do que a definição tradicional desses fenótipos (PA de consultório normal com PA ≥ 135x85mmHg na MAPA em vigília para mascarada ou vice-versa para Jaleco Branco). Foram analisados os desfechos mortalidade por todas as causas, mortalidade de causa cardiovascular e evento renal (falência renal ou dobrar a creatinina). As curvas de sobrevivência foram comparadas pela análise de Cox. Foram analisados 367 pacientes, incluindo 161 homens (44%), com idade de 60 ± 16,0 anos. O tempo de seguimento foi de 1 a 199 meses e a mediana de 109 meses. Na análise univariada, o critério tradicional conseguiu discriminar a evolução para morte de causa cardiovascular entre hipertensão arterial mascarada não controlada e hipertensão arterial controlada, com Hazard Ratio (HR): 3,49 (IC 95%: 1,14 – 10,68; p=0,03). O critério tradicional conseguiu discriminar a evolução para evento renal entre hipertensão arterial do avental branco não controlada e hipertensão arterial sustentada não controlada, com HR: 0,30 (IC 95%: 0,11 – 0,82; p=0,02). As demais curvas de sobrevivência não apresentaram diferença estatística. Na análise múltipla com ajuste para diabetes e tabagismo, que foram as características clínicas mais relevantes que apresentaram desbalanço entre os grupos, o critério tradicional foi capaz de identificar os desfechos de mortalidade por todas as causas HR: 0,39 (IC95%: 0,17-0,90); p=0,03 e desfechos renais HR: 0,22 (IC95%: 0,07-0,70; p=0,01) entre hipertensão arterial do avental branco não controlada e hipertensão arterial sustentada não controlada. Portanto, de maneira geral, o critério tradicional teve uma performance melhor do que o critério atual para diferenciar os desfechos dos diferentes fenótipos de hipertensão nos portadores de DRC não dialíticos.
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    Resposta objetiva tumoral e taxas de sobrevida de pacientes com cirrose e carcinoma hepatocelular submetidos à radioembolização com ¹³¹I-lipiodol versus quimioembolização arterial
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-03-17) Ribeiro, Michele Costa de Oliveira; Romeiro, Fernando Gomes; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introduction: Hepatocellular carcinoma (HCC) occurs mainly in the presence of cirrhosis and its treatment involves therapies such as transarterial chemoembolization (TACE), which is the most used nonsurgical therapy. However, the risk of complications associated with TACE is higher in cases of portal vein thrombosis (PVT), a finding that is not rare in HCC. Transarterial radioembolization (TARE) can be performed in the presence of PVT, but TARE with ¹³¹I-lipiodol was not sufficiently assessed in these cases. Objective: To compare the effectiveness of TACE and TARE with ¹³¹I-lipiodol regarding objective tumor reduction, measured through volumetric analysis of HCC images before and after the procedures. Methods: We evaluated 32 patients with HCC randomized to receive TACE or TARE with ¹³¹I-lipiodol. Locoregional response and survival rates were compared between the treatments. Results: 37 tumors were evaluated (19 received TACE and 18 received TARE with ¹³¹I-lipiodol, of which seven were associated with PVT). The median tumor reduction ranged from 37.6 to 47.3%, with no significant difference between the groups (p= 0.494) and regardless the PVT presence. The mean survival was 345 days, with no significant difference between groups (p= 0.656). However, mean survival in PVT cases was 196 days, which was lower than observed without PVT (p= 0.010). Conclusions: Both treatments promoted significant tumor reduction, showing that TARE with ¹³¹I-lipiodol is effective not only in cases without PVT, but also for those with this complication. These results suggest that TARE with ¹³¹I-lipiodol should be part of the HCC treatment, thus making locoregional therapy available for patients with PVT.
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    Perfil genético e fenotípico da doença de Fabry na população do Vale do Paraíba e Zona Leste de São Paulo
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-02-03) Paz, Osvaldo Theodoro da; Andrade, Luís Gustavo Modelli de [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A doença de Fabry (DF) é um erro inato do metabolismo caracterizado pela deficiência da enzima α-galactosidase A. O objetivo primário deste trabalho foi avaliar o perfil genético e fenotípico da doença de Fabry em pacientes submetidos à hemodiálise. Métodos: Estudo de coorte observacional para determinar a incidência de variações genéticas e alterações fenotípicas para DF em pacientes em hemodiálise no Vale do Paraíba e na Zona Leste de São Paulo. O teste genético para o gene GLA foi realizado para homens e mulheres (maiores de 12 anos) em todos os pacientes das clínicas de hemodiálise entre janeiro de 2016 a dezembro de 2019 como protocolo de rastreio. Resultados: Os casos foram provenientes de exames de triagem do caso índice entre pacientes portadores de doença renal crônica resultando em 17 famílias, totalizando 82 pacientes em estudo. A classificação da variante mais prevalente foi a variante de significado incerto (54%) seguido da variante patogênica (46%). Foram descritos 5 pacientes em duas famílias com dois tipos de variantes ainda não previamente descritos na literatura com comportamento patogênico. Na comparação entre os tipos de variantes a presença de variante patogênica foi associada a maiores níveis de lysoGB3, menores valores da atividade da alfa-GAL e maior frequência de sintomas relativos à DF. Conclusão: Caracterizamos uma extensa população de pacientes com variantes para DF com riqueza de detalhes de genética, clínica e de biomarcadores. Acreditamos que este estudo possa auxiliar na melhor caracterização da população brasileira com DF e nos tipos mais frequentes de variantes.
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    Influência da atividade física prévia na mortalidade hospitalar de pacientes com choque séptico
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-12-21) Ventrella, Amanda; Minicucci, Marcos Ferreira [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A sepse é a resposta inadequada do organismo a uma infecção que gera redução da perfusão tecidual e falência orgânica caracterizando o choque séptico (CS). No CS ocorre o comprometimento dos sistemas pró e anti-inflamatórios, agravando ainda mais o quadro de infecção. Logo, é importante intervenções que modulem a resposta inflamatória tal como a atividade física. No entanto, a prática de atividade física (AF) previamente à ocorrência do choque séptico ainda não foi estudada. Objetivo: Avaliar a influência da atividade física (AF) antes do choque séptico na mortalidade intra-hospitalar desses pacientes. Métodos: Foram incluídos indivíduos acima de 18 anos de ambos os sexos que internaram com diagnóstico de choque séptico na Sala de Emergência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu. O grau de atividade física antes do choque séptico foi avaliado por um questionário aplicado aos familiares dos pacientes e a classificação da capacidade funcional foi realizada pelos equivalentes metabólicos (METs). As associações entre a atividade física e a mortalidade intra-hospitalar foram calculadas por regressão logística uni e multivariada. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: Foram avaliados 46 pacientes com choque séptico, sendo que 67,4% eram do sexo masculino, com idade média de 62,4 ± 13,0 anos. Da amostra total, a mediana do METs foi 1,5 (1,0 - 2,3), sendo que 80,4% apresentaram METs < 4. A mediana do tempo de internação foi de 13,0 (4,8 - 28,5) dias e a mortalidade intra-hospitalar de 73,9%. O METs < 4 foi associado com maior mortalidade intra-hospitalar mesmo ajustado por sexo, idade, PCR e SOFA (OR: 7,039; IC95%: 1,060-46,727; p=0,043), e pelos glóbulos brancos (OR: 7,769; IC95%: 1,274-47,394; p=0,026). Conclusão: Em pacientes com choque séptico, o menor nível de atividade física junto a baixa capacidade funcional avaliada pelo METs < 4, foi associado com maior mortalidade intra-hospitalar.
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    Comparação da produção de Ácidos Graxos de Cadeia Curta entre pacientes com Doença Inflamatória Intestinal e indivíduos saudáveis
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-12-22) Oliveira, Letícia Patrocinio; Sassaki, Ligia Yukie [UNESP]; Romeiro, Fernando Gomes [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A Doença Inflamatória Intestinal (DII) compreende duas principais doenças, a doença de Crohn (DC) e a Retocolite Ulcerativa (RCU), essas doenças caracterizadas pela complexa interação entre fatores genéticos, imunológicos, microbianos e ambientais. A microbiota intestinal refere-se a variedade de microrganismos vivos que colonizam o intestino, e devido a inflamação característica da doença observa-se alterações na microbiota intestinal. Uma das principais funções da microbiota intestinal é a produção de ácidos graxos de cadeira curta (AGCCs), e devido as estas alterações acredita-se que por consequência haja alterações no perfil de AGCCs nos indivíduos portadores de DII. O presente estudo teve como objetivo avaliar e comparar o perfil dos AGCCs em pacientes com DII e indivíduos saudáveis, entre DC e RCU e atividade e remissão das doenças. Foram analisados parâmetros sociodemográficos, clínicos e endoscópicos de indivíduos com DII e comparados com indivíduos saudáveis, entre DC e RCU, entre atividade e remissão da doença clínica e endoscópica. As dosagens de ácidos butírico, propriônico, acético e calprotectina foram obtidas através de amostras fecais. Os indivíduos com DII apresentaram valores significativamente maiores de AGCC que os saudáveis. Tais achados podem ser explicados pelas alterações da microbiota destes pacientes, diferença no perfil de produção e absorção dos AGCCs, pelo grau de atividade da doença e influência da dieta. Os achados deste estudo reforçam a diferença entre a microbiota dos pacientes com DII e indivíduos saudáveis, mas ainda se faz necessário o aprofundamento destas análises para elucidar as principais etapas que diferenciam a produção e absorção destes compostos. Estudos sobre alterações nas comunidades bacterianas em pacientes com DII são cada vez mais presentes, entretanto, ainda são poucos os estudos que avaliaram o perfil de produção, absorção e excreção de AGCCs nos portadores de DII, sendo necessário aumentar o conhecimento sobre a relação entre microbiota e a produção dos AGCCs nestes pacientes possibilitando compreender suas diferenças e nortear o desenvolvimento de novos alvos de tratamento no futuro.
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    Caracterização dos pacientes MODY no ambulatório de diabetes mellitus tipo 1 da UNESP de Botucatu
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-12-16) Peghinelli, Vinícius Vigliazzi; Nogueira, Célia Regina [UNESP]; Mendes, Adriana Lúcia [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Maturity-onset diabetes of the young (MODY) é uma forma monogênica de diabetes que pode acometer até 4% da população diabética, segundo estudos. Mutações em 14 genes envolvidos no desenvolvimento e maturação das células beta pancreáticas, e em enzimas envolvidas na detecção de glicose pelas células beta já foram relatadas como causas de MODY. O fenótipo de MODY inclui diabetes de início precoce, comumente antes dos 35 anos, hiperglicemia leve e estável em jejum, parentes de primeiro grau afetados, entre outras características incompatíveis tanto com diabetes mellitus tipo 1 (DM1), quanto com diabetes mellitus tipo 2 (DM2). Na maioria dos casos, o controle da hiperglicemia dispensa o tratamento insulínico e/ou exige apenas baixas doses de sulfoniureias. Pela dificuldade de diagnóstico, que envolve testes genéticos moleculares, a maioria dos pacientes com MODY acaba sendo diagnosticada incorretamente com outras formas de diabetes. O diagnóstico incorreto resulta em prescrição de insulina a pacientes com MODY, expondo-os a episódios de hipoglicemia, além de aumentar os gastos em saúde pública com o tratamento. Portanto, o presente estudo teve por objetivo identificar os pacientes do ambulatório de DM1 do Hospital das Clínicas de Botucatu (HC-UNESP) suspeitos ao diagnóstico de MODY, através da aplicação de uma calculadora de probabilidade de MODY validada no Reino Unido. Posteriormente, realizamos o sequenciamento do gene MODY que mais correspondeu ao fenótipo dos pacientes selecionados. O próximo passo será fazer sequenciamento de todos os genes associados ao MODY nestes pacientes. Assim, esta pesquisa permitirá identificar os pacientes com MODY do ambulatório de DM1 do HC-UNESP, favorecendo o manejo correto da hiperglicemia, nestes pacientes.
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    Classificação e caracterização clínica da artrite relacionada à entesite e sua relação com as espondiloartrites
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-12-07) Lanças, Sean Hideo Shirata [UNESP]; Magalhães, Cláudia Saad [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A Artrite Idiopática Juvenil (AIJ) compreende o espectro das artrites crônicas da infância, tendo a Artrite Relacionada à Entesite (ARE) como um de seus subgrupos, com maior semelhança às Espondiloartrites (EpA), pela alta frequência de entesite, artrite periférica assimétrica, associação com o HLA-B27, e e acometimento axial. A ARE se associa a maior risco de persistência na vida adulta, com peculiaridades atribuíveis às faixas etárias de instalação. Objetivo: Explorar características clínico-demográficas da ARE por meio de biomarcadores, tratamento e progressão da doença, comparando-se com as Espondiloartrites. Método: Estudo observacional transversal em pacientes consecutivos com diagnóstico de ARE, com ou sem Espondiloartrite, entre 2021 e 2022 por meio de revisão de prontuário e exame clínico e articular sistemático, com análise descritiva. As variáveis clinico-demográficas, presença de artrites, entesites e sacroiliíte foram avaliadas de forma padronizada por instrumentos e métricas para determinação de indices de atividade e dano, e descritores e biomarcadores registrados desde a primeira visita ao serviço. Resultados: Entre janeiro de 2021 e março de 2022 foram incluídos 33 pacientes, sendo 23 crianças e adolescentes (69,7%), com predomínio masculino (54,5%) e raça branca (81,8%), que foram agrupados em maiores e menores de 18 anos de idade. A mediana de idade ao diagnóstico foi superior no grupo dos adultos (12,5 vs 9; p 0,01), assim como o tempo do início dos sintomas ao diagnóstico (5,5 vs 1,5; p 0,03). Em ambos os grupos a apresentação predominante foi a monooligoarticular, de membros inferiores, assimétrica, com elevada frequência de entesites, porém com maior acometimento médio-tarsal e tornozelos no grupo das crianças, e de quadris nos adultos. Houve maior frequência de sintomas axiais na apresentação inicial no grupo dos adultos (30% vs21,7%; p=0,7), porém no grupo <18 anos houve progressão de 43,5% para acometimento axial, com medianas de tempo para progressão e idade de instalação de 2,3 e 12 anos, respectivamente. Houve baixa frequência de uveítes em ambos os grupos. Em relação aos indices de atividade e dano, não houve diferenças entre os grupos. Sobre o manejo, 91,3% dos pacientes pediátricos e 100% dos adultos recebiam alguma modalidade de tratamento, com predomínio dos AINES em ambos os grupos, seguido dos DMARD no grupo das crianças, e dos imunobiológicos no grupo dos adultos. Conclusão: As diferenças encontradas entre os grupos, foram: tempo para o diagnóstico e acometimento axial. A grande maioria dos pacientes em ambos os grupos estavam em tratamento, porém com maior frequência e diversificação do uso de imunobiológicos nos adultos.
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    Descrição de neoplasia no lúpus eritematoso sistêmico pediátrico : um estudo multicêntrico brasileiro
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-12-01) Brufatto, Matheus Zanata; Magalhães, Cláudia Saad [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença crônica, autoimune com etiologia multifatorial. A forma pediátrica LESp é responsável por 10 a 15 % de todos os casos. A associação do LES a neoplasias ocorre como comorbidade ou, possivelmente, associada ao tratamento imunossupressor, com frequência maior em relação à população de referência, porém os dados da população pediátrica são escassos. Objetivos: Analisar a frequência de neoplasias em associação ao LESp, em uma serie de casos, descrevendo-se os dados demográficos, características clínicas/laboratoriais, atividade e dano cumulativo do LESp mediante o desfecho neoplasia. Comparar com a frequência dos diagnósticos específicos na população de referência. Método: Análise retrospectiva de uma coorte multicêntrica de LESp em 27 serviços de Reumatologia Pediátrica do Grupo Brasileiro de Lúpus Pediátrico. Os parâmetros descritivos das neoplasias foram compilados, considerando-se o diagnóstico e a sua relação com o status de atividade e dano cumulativo, explorando-se também o tratamento imunossupressor. Foram incluídos casos com diagnóstico histopatológico de neoplasia, realizado no serviço de origem, e os dados clínicos e laboratoriais foram compilados de acordo com um protocolo único para todas as manifestações raras do LESp. Resultados: Entre os 1757 pacientes incluídos, A frequência do desfecho neoplasia no LESp foi 0,7 % (n=12), sendo 91% feminino e com neoplasias hematológicas 0,2% (n=4) e tumores sólidos 0,4% (n=8). Destes, onze tiveram localização única, e um com múltiplas localizações concomitantes. A média de idade ao diagnóstico de Neoplasia foi de 22 (DP ± 7) anos. Tempo médio entre o diagnóstico de Lúpus e o da Neoplasia foi 9 (DP± 6) anos. A idade média do diagnóstico do lúpus foi 12 anos (DP±2). A média de SLEDAI-2K: 12 (DP±12), e a média de SLICC/ACR-DI (SDI): 1,5 (DP±1). Entre os diagnósticos de Neoplasias, um terço foi linfo-hematopoiética, sendo um Linfoma Hodgkin, dois Linfoma não Hodgkin e um Leucemia Linfóide Aguda; quatro foram Neoplasias do Trato Gastrointestinal, sendo dois Carcinomas de células escamosas (um na língua e um no ânus); um Adenocarcinoma de cólon sigmóide e um Tumor carcinoide de estômago; três apresentaram Neoplasias ginecológicas, sendo um Carcinoma de vulva, um de colo de útero e um de vulva associado à de colo de útero; um caso de neoplasia de sistema nervoso central, do tipo oligodendroglioma; um por tumor urogenital de células germinativas do tipo teratoma. Conclusão: A frequência de malignidade no LESp foi de 0,7% (n=12) uma multiplos locais, onze de local único, 91% feminino. Quatro hematológicas (0,22%) e oito sumores sólidos (0,45%). A proporção de Neoplasias linfo-hematopoiéticas foi semelhante à de Tumores sólidos. Houve maior frequência de linfomas, leucemias, tumores de colo de útero, vulva/vagina, orofaringe e gástrico. A associação com neoplasia colo-retal e cerebral observada nesta série como a neoplasia de sigmóide e oligodendroglioma não havia sido descrita anteriormente em estudos de metanálise. O status de atividade e dano cumulativo tiveram maiores índices, comparados com as coortes de adultos, com baixos índices de atividade do Lúpus quando do desenvolvimento de Neoplasias
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    Níveis séricos de PTH pré-transplante como preditor da função renal ao fim de um ano
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-08-22) Soler, Lucas de Moraes [UNESP]; Andrade, Luís Gustavo Modelli de [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: Valores de PTH pré-transplante renal podem estar relacionados à hipercalcemia, calcificação túbulo-intersticial, vasoconstrição renal e, em última análise, à disfunção do enxerto. Por outro lado, a literatura tem demonstrado declínio do PTH durante o primeiro ano de transplante, de forma mais acelerada nos primeiros três meses. Assim, esse estudo objetiva analisar a associação entre o PTH pré-transplante e a função renal após um ano de pacientes submetidos a transplante renal. Método: Trata-se de coorte retrospectiva realizada em hospital universitário público de perfil terciário que incluiu todos os pacientes submetidos a transplante renal no serviço entre maio de 2012 e setembro de 2020. Foram excluídos pacientes menores de 18 anos e submetidos a transplante com doador vivo. O desfecho principal foi função renal em um ano, analisada a partir da fórmula do CKD-EPI. Foram também realizadas análises uni e multivariada para determinar preditores de função do enxerto em um ano utilizando variáveis clínicas e laboratoriais do doador e do receptor. A análise de variáveis contínuas de distribuição não normal foi realizada utilizando o teste de Mann-Whitney. Os dados foram analisados utilizando o software R 3.4.2. Resultados: Foram realizados 1128 transplantes renais no período do estudo, e foram obtidos dados de 382 pacientes de 6 centros de diálise. O PTH prétransplante não apresentou associação com a função renal na análise uni ou multivariada (p = 0,968 e p = 0,616, respectivamente). Na análise multivariada, idade do receptor (Coeficiente: -0.41, IC -0.63 a -0.20, p<0.001) e KDPI (Coeficiente: -0.44, IC: -0.54 a -0.33, p<0.001) foram associados a função do enxerto em um ano. Conclusão: Níveis séricos de PTH pré-transplante renal não tem associação com a função renal de pacientes transplantados ao final de um ano. Por outro lado, idade do receptor e KDPI tiveram associação estatisticamente significante com a função do enxerto.
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    Efeitos do exercício físico intervalado no remodelamento cardíaco e em vias relacionadas à hipertrofia de ratos espontaneamente hipertensos
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-03-03) Oliveira, Leiliane Rodrigues dos Santos; Okoshi, Marina Politi [UNESP]; Pagan, Luana Urbano; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) causa sobrecarga cardíaca de pressão e pode alterar a arquitetura do colágeno, favorecer a fibrose e estresse oxidativo, modificar proteínas da matriz extracelular e das vias de sinalização intracelular IGF1/Akt e MAPKs que estão envolvidas no processo de remodelação cardíaca. O exercício físico tem importante papel no tratamento não medicamentoso da HAS. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do treinamento físico intervalado de alta intensidade (HIIT) sobre a remodelação cardíaca e vias de sinalização hipertrófica de ratos espontaneamente hipertensos (SHR) em fase avançada da HAS. Métodos: Foram constituídos três grupos experimentais: grupo controle, formado por ratos Wistar normotensos (W, n=24), SHR (n=27); e SHR submetidos a exercício físico (SHR-EX, n=14). A partir dos 13 meses de idade, o grupo SHR-EX foi submetido a protocolo de exercício físico aeróbio intervalado de alta intensidade, realizado em esteira, três vezes por semana, em dias alternados, por quatro meses. As estruturas e função in vivo do ventrículo esquerdo (VE) foram avaliadas por ecocardiograma. O menor. diâmetro dos miócitos foi mensurado em cortes histológicos do VE. O marcador de estresse oxidativo foi a concentração sérica e miocárdica de malondialdeído (MDA). A expressão do colágeno tipos I e III, IGF1/Akt, e de proteínas da via das MAPK foi avaliada por Western blot. A atividade das metaloproteinases foi analisada por zimografia. A análise estatística foi realizada por análise de variância (ANOVA) e teste de Tukey ou teste de Kruskal-Wallis e Dunn, com nível de significância de 5%. Resultados: O grupo SHR-EX apresentou maior capacidade funcional no teste de esforço que os grupos W e SHR. A pressão arterial sistólica não diferiu entre os grupos SHR-EX e SHR. Os ratos do grupo SHR-EX tiveram menor frequência de sinais de insuficiência cardíaca. O menor diâmetro dos miócitos não diferiu entre os grupos. Os grupos SHR e SHR-EX tiveram maiores valores das variáveis estruturais que o grupo W, com hipertrofia concêntrica. O grupo SHR-EX apresentou atenuação do conteúdo de água no VE em relação ao SHR. Os grupos SHR e SHR-EX tiveram maior atividade da metaloproteinase-2 (MMP-2) inativa que o W e o SHR teve maior atividade da MMP-2 ativa intermediária que o W. A concentração de MDA e a expressão proteica do colágeno tipos I e III, das proteínas MAPKs e da via IGF-1 não diferiram entre os grupos. Conclusão: O exercício físico intervalado de alta intensidade por tempo prolongado é seguro e bem tolerado, melhora a capacidade funcional, reduz a frequência de sinais de insuficiência cardíaca, e atenua a atividade da metaloproteinase-2 em ratos espontaneamente hipertensos.
  • ItemDissertação de mestrado
    Implantação do programa de diálise peritoneal não planejada como opção de terapia renal substitutiva em pacientes com doença renal crônica
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-04-04) Alves, Camila Albuquerque; Ponce, Daniela [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A diálise peritoneal (DP) não planejada é uma importante opção de tratamento para pacientes com doença renal crônica (DRC) em estágio final e que requerem terapia renal substitutiva (TRS) de início urgente, uma vez que oferece aos pacientes a conveniência do tratamento domiciliar. Objetivos: Analisar e avaliar o programa de DP de início urgente em hospital universitário paulista e implantar o programa em dois outros municípios brasileiros carentes de vagas de hemodiálise (HD). Metodologia: Estudo de coorte retrospectivo e prospectivo, multicêntrico que avaliou pacientes incidentes em DP de três hospitais, cujo início do tratamento dialítico ocorreu de forma urgente no período de julho de 2014 a julho de 2020. Foram incluídos pacientes com DRC estádio 5 que necessitaram de tratamento dialítico imediato, sem acesso vascular definitivo. DP urgent start foi definida como início do método em até 48 horas após o implante do cateter. Os pacientes foram acompanhados desde o momento do implante do cateter e início do método até o período mínimo de 180 dias de terapia e avaliado quanto aos desfechos: óbito, mudança de método devido à falência de técnica e complicações infecciosas ou mecânicas sem sucesso com o tratamento instituído. Resultados: Durante 6 anos foram incluídos o total de 370 pacientes nos três serviços, com idade de 57,8±16,32 anos, sendo a nefropatia diabética a principal doença de base (35,1%) e a uremia a principal causa de indicação de diálise (81,1%). Em 64,9% dos pacientes foi realizado visita domiciliar, 24,3% apresentaram complicações mecânicas, 27,3% tiveram peritonites, falência de técnica ocorreu em 28,01% e a mortalidade foi de 17,8%. A mediana e quartis de complicações mecânicas, infecciosas (peritonite e IOS) e de sobrevida foram de 212 (34,50 - 511,00), 247 (68,75 - 496,50), 212 (42,00-445,00) e 350 (112,75 - 625,50) dias, respectivamente. A regressão logística identificou como fatores associados às peritonites a necessidade de internação (OR=2,29, IC=1,32-3,98 e p=0,003) e presença de IOS (OR=1,12, IC=1,07-1,34 e p=0,002); associados à falência de técnica a presença peritonite (OR= 2,50, IC=1,46-4,26 e p<0,001) e de complicação mecânica (OR=2,17,IC=1,28-3,70 e p=0,004); e associados ao óbito a idade (OR=1,04,IC=1,02-1,07 e p<0,001), necessidade de internação (OR= 2,28, IC=1,20-4,34 e p=0,012) e bacteremia (OR=3,99, IC=1,23-12,90 e p=0,021). Foi observado crescimento de no mínimo 140% no número de pacientes realizando DP em cada centro. Conclusão: A DP tem se mostrado um tratamento viável para pacientes com necessidade de diálise de início urgente, podendo assim ser uma importante ferramenta para escassez de vagas para HD.
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    A importância da equipe multidisciplinar na visão do paciente portador de Doença Inflamatória Intestinal
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-12-17) Herrerias, Giedre Soares Prates [UNESP]; Sassaki, Lígia Yukie [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: Doença inflamatória intestinal (DII) caracteriza-se por inflamação crônica do intestino, e suas formas mais comuns são a Doença de Crohn (DC) e a Retocolite Ulcerativa (RCU) que necessitam de cuidado contínuo. O contato constante com a equipe multiprofissional e a qualidade do atendimento interferem na adesão ao tratamento e na qualidade de vida (QV) dos pacientes, e consequentemente, na eficácia do tratamento. Consensos internacionais recomendam que os centros de referência em DII devem ser compostos por equipe multidisciplinar, com a presença de gastroenterologista clínico, coloproctologista ou cirurgião do aparelho digestivo, nutricionista, enfermeiro e psicólogo, entre outros profissionais. O objetivo do estudo foi avaliar a importância da equipe multidisciplinar na visão dos pacientes com DII. Métodos: Foi desenvolvido um estudo transversal e descritivo, com inclusão de 114 pacientes atendidos no Ambulatório de DII do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu. Os dados sociodemográficos e clínicos, juntamente com a relevância da equipe multidisciplinar, foram avaliados. A importância da equipe multidisciplinar foi avaliada por meio de questionário específico desenvolvido para a pesquisa com as respostas: nada importante, sem importância, importante e muito importante para cada profissional. Os pacientes listaram os profissionais em ordem de importância. A QV foi avaliada pelo questionário IBDQ. A adesão ao tratamento e o conhecimento da doença foram avaliados pelos questionários Morisky e CCKNOW, respectivamente. Resultados: Foram incluídos 69 (60,53%) pacientes com DC e 45 (39,47%) com RCU. A idade média foi de 39,16±13,50 anos, 67 (58,77%) do sexo feminino. O tempo de diagnóstico foi de 9,88±7,35 anos. Presença de comorbidades foi observada em 52,63% da amostra. Cem por cento dos pacientes realizaram consultas com o gastroenterologista clínico, e menos da metade com psicólogo (48,25%), nutricionista (47,37%), enfermeiro DII (43,86%) e coloproctologista (42,98%). Observou-se que os atendimentos do enfermeiro e coloproctologista são mais prevalentes nos pacientes com DC. As três categorias citadas como muito importante/importante foram: gastroenterologista (99,12%), coloproctologista (96,55%) e endoscopista (93,47%), em 4ª posição o enfermeiro especialista em DII (93,26%), em 6ª posição o nutricionista (90,63%) e em 10ª posição o psicólogo (84,61%). A QV foi considerada excelente ou boa em 45,61% dos pacientes. A adesão ao medicamento foi baixa em 58,88% dos pacientes. O conhecimento sobre a doença foi baixo (6,21 ± 3,99 pontos), sendo maior dentre os pacientes com DC (p = 0,01). Conclusão: Os pacientes consideraram os médicos como os profissionais mais importantes no seu atendimento. Embora o serviço conte com equipe multidisciplinar, nem todos os pacientes tiveram oportunidade de passar em consulta com todos os profissionais. A falta de contato com toda a equipe, principalmente com o enfermeiro, pode ter contribuído para a baixa adesão medicamentosa e para o baixo conhecimento da doença, impactando no controle da doença e na QV. O cuidado holístico ao paciente é recomendado, enfatizando a importância de todos os profissionais do atendimento multidisciplinar para todos os pacientes com DII.
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    Influência do feijão na remodelação cardíaca após o infarto agudo do miocárdio em ratos
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-12-16) Vieira, Nayane Maria; Minicucci, Marcos Ferreira [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: a insuficiência cardíaca é uma frequente complicação após o infarto agudo do miocárdio (IAM), sendo que a remodelação cardíaca (RC) tem papel de destaque na disfunção ventricular pós-infarto. Mecanismos como estresse oxidativo, inflamação e fibrose modulam esse processo, visando proteção cardiovascular, afim de reduzir tamanho do infarto e preservar a função cardíaca, pode-se destacar alimentos com propriedades antioxidantes, como o feijão (Phaseolus vulgaris). Objetivo: avaliar a influência da suplementação da farinha de feijão na remodelação cardíaca após o IAM em ratos. Material e Métodos: ratos Wistar machos, com peso entre 200 e 250g, foram submetidos ao infarto experimental ou à cirurgia simulada e alocados em 3 grupos: 1) Sham alimentado com dieta padrão (SC); 2) IAM alimentado com dieta padrão (IC) e 3) IAM alimentado com dieta suplementada com farinha de feijão (IF) 15%. Após 3 meses os animais foram submetidos ao estudo funcional, morfométrico e bioquímico. Foi realizado o teste de análise de variância de 1 via (ANOVA), o nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: houve perda de 48 animais dos infartados, sendo que, 3 animais foram descartados, pois não foi induzido o modelo de infarto, e 1 animal no ecocardiograma inicial. Durante os 3 meses de experimento houve perda de 2 animais do grupo IC, e 2 animais do grupo IF. O tamanho médio dos infartos foi de 38% para o grupo IC, e 40% para o grupo IF. Não houve diferença entre a ingestão de ração e ganho de peso dos animais, o peso dos órgãos, do ventrículo esquerdo (VE) e ventrículo direito (VD) foram maiores nos animais com IAM. O IAM induziu alterações no VE, observados pelas variáveis estruturais e funcionais do ecocardiograma. Na análise de coração isolado, as variáveis de derivada positiva pressão-tempo (+dP/dtmax) e a derivada negativa de pressão-tempo (–dP/dtmax) foram menores entre os grupos IAM, enquanto a área sobre a curva (ASC) foi elevada nos animais com IAM. A área da secção transversa de miócitos (AST) foi maior nos grupos IAM, no estresse oxidativo, não foi possível observar diferença na carbonilação proteica total, além disso, não houve diferença nas expressões das proteínas do NRF-2 e colágeno III. Conclusão: a suplementação de farinha de feijão não atenuou a RC induzida pelo IAM em ratos.
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    Prevalência da síndrome da fragilidade e o impacto na capacidade funcional após acidente vascular cerebral
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-05-31) Bonome, Luana Aparecida Miranda; Bazan, Rodrigo [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A síndrome da fragilidade (SF) é importante de ser investigada para o melhor atendimento e pesquisa, pois prevê de forma independente a mortalidade e incapacidade. No Acidente Vascular Cerebral (AVC), que é uma doença incapacitante e com alta mortalidade, anualmente a avaliação da fragilidade nesses pacientes ainda é pouco explorada. Objetivo Primário: Avaliar a prevalência da SF em idosos admitidos na Unidade de AVC. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional de coorte, onde foram incluídos indivíduos com diagnósticos de AVC com idade ≥ 40 anos. Foi aplicado o índice de Barthel, a escala modificada de Rankin e a escala Apgar da família. Para avaliação da SF, foi aplicada a escala Frail, Índice de Fragilidade e Prisma-7. Os indivíduos passaram por 3 momentos de avaliações: Na admissão em que foram aplicadas as escalas de maneira recordatória, na alta da unidade de AVC e 90 dias após o AVC. Para analise estatistica, foi realizada analise univariada utilizando teste T de Student quando as variaeis apresentavam distribuição normal e o teste de Maan-Whitney para as variaveis assimétricas. Para correlação entre duas variaveis continuas foi utilizado o teste de qui-quadrado e de Spearman para as variaveis continuas. Para analise de sobrevivência, foi utilizado os modelos simples e multivariáveis de riscos proporcionais de Cox e realizados gráficos de sobrevivência de acordo com o método de Kaplan-Meier e testes de Logrank. Resultados: A prevalência da SF, nas três escalas avaliadas, foi maior no momento da alta da unidade de AVC e menor previamente ao AVC.A presença de SF pré-AVC está associada a maior taxa de mortalidade, incapacidade, e pior autonomia após 90 dias do AVC, além de predizer uma pior gravidade do AVC. O desenvolvimento da SF durante a internação baseada na escala PRISMA-7 está associada a uma pior capacidade funcional após 90 dias do AVC. Como preditor de mortalidade em indivíduos com desenvolvimento da SF durante a internação foi encontrada a idade, NIHSS admissão e alta e mRS na alta. Conclusão: A fragilidade teve correlação importante com a mortalidade, capacidade funcional e autonomia após 90 dias do AVC recomendando uma avaliação sistemática da síndrome da fragilidade nesses indivíduos para melhor identificação e investimentos.
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    Prevalência de alopecia de padrão feminino em amostra de população brasileira
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-08-12) Tsutsui, Giuliane Minami; Miot, Helio Amante [UNESP]; Ramos, Paulo Müller [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Fundamentos: A alopecia de padrão feminino (APF) é entidade frequente e constitui uma das principais queixas em consulta dermatológica, principalmente em mulheres entre 18 e 39 anos. Sua etiopatogênese ainda não é totalmente esclarecida. A APF também inflige grande impacto na qualidade de vida das pacientes, além dos tratamentos apresentarem resposta inconstante e lenta. Apesar da importância, ainda não há estudos que determinem a prevalência da APF em populações negras ou altamente miscigenadas, como a brasileira. Objetivo: determinar a prevalência da APF em uma amostra da população no Brasil. Métodos: Estudo de investigação clínica, tipo transversal, envolvendo 350 mulheres entre 20 e 75 anos, no município de Botucatu, seguindo a proporção por cotas (censo 2010) de acordo com idade e cor autorreferida da população brasileira. As participantes responderam um questionário, que avaliou fatores de exposição, demográficos, clínicos e psicológicos (ansiedade e depressão). Além disso, foram fotografadas dermatoscopia das regiões frontal, parietal e occipital do couro cabeludo, de cada participante. APF foi definido clinicamente, pela escala de Sinclair, e dermatoscopicamente, pelos critérios de Rakowska. Resultado: A prevalência da APF na população brasileira foi de 32,3% (IC 95%, 27,4–36,9%) ao utilizar apenas a classificação clínica e de 36,9% (IC 95% 32,3–41,7%), utilizando a dermatoscopia. A prevalência aumentou (p<0.001) com a idade e não houve diferença (p>0,50) entre mulheres brancas, pardas e pretas. APF associou-se com hipertensão arterial (OR=2,0; p=0,007), e residência em área urbana (OR=2.9; p=0,003). O exercício físico regular apresentou associação inversa (OR=0,4; p=0,006) com a APF. Conclusão: Este estudo identificou elevada prevalência da APF na população brasileira. A diferença na prevalência ao utilizar a classificação clínica e a dermatoscópica mostra a importância da tricoscopia no diagnóstico de estágios iniciais da APF. A associação com hipertensão arterial e exercício físico reforça a hipótese de sua etiopatogênese multifatorial.
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    Utilização da bioimpedância multifrequencial na determinação do estado de hidratação e seu impacto em desfechos intermediários em diálise peritoneal
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-08-27) Costa, Fabiana Lourenço [UNESP]; Barretti, Pasqual [UNESP]; Reis, Nayrana Soares do Carmo [UNESP]; Martin, Luís Cuadrado [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    INTRODUÇÃO: Hiperidratação é comum nos pacientes com doença renal crônica tratados por diálise peritoneal (DP) e possui associação com o risco de morte cardiovascular. A avaliação da água corporal e de sua distribuição é um dos principais desafios no acompanhamento desses pacientes. A bioimpedância multifrequencial (BIAMULT), pelo monitor de composição corporal BCM (Fresenius Medical Care®), é uma das ferramentas que têm sido propostas para determinação da água corporal em pacientes dialíticos. Dessa forma, objetivou-se avaliar a BIAMULT como ferramenta complementar de controle hídrico em DP e seu impacto sobre desfechos intermediários cardiovasculares e inflamatórios, comparado ao controle baseado apenas na avaliação clínica associada à bioimpedância unifrequencial (BIAUNI). CASUÍSTICA E MÉTODOS: Estudo randomizado controlado de intervenção, em pacientes adultos prevalentes em DP, com seguimento de nove meses. Os pacientes foram divididos em dois grupos: CONTROLE e BIAMULT. A partir dos prontuários, foram obtidos dados demográficos, clínicos e dialíticos. Foram avaliados BIAUNI e BIAMULT, parâmetros laboratoriais, monitorização da pressão arterial de 24 horas, eletrocardiografia, ecocardiografia e velocidade de onda de pulso (VOP). No grupo BIAMULT, os dados de BIAMULT foram disponibilizados à equipe médica e puderam ser utilizados como base para prescrição. Os dados da BIAMULT não foram disponibilizados no grupo CONTROLE. RESULTADOS: Um total de 34 pacientes completaram os nove meses de seguimento, 17 pacientes em cada grupo. Houve diferença significante entre os grupos quanto ao controle hídrico, sendo que ao final do estudo o grupo BIAMULT apresentou maior proporção de pacientes com a relação do índice de hiperidratação pela água extracelular (OH/AEC%) ≤15% quando comparado ao grupo CONTROLE (94,1% vs 52,9%; p = 0,007). Houve diferença significante entre os grupos CONTROLE e BIAMULT quanto ao OH (2,1 ± 1,6 vs 0,9 ± 1,1 L; p = 0,019) e OH/AEC% (11,8 ± 8,9 vs 5,0 ± 7,1 %; p = 0,025) no momento final do estudo. O grupo CONTROLE apresentou aumento significante da concentração do fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) entre os momentos inicial e seis meses [11,9 (6,0 - 24,1) vs 44,7 (9,4 - 70,6) pg/ml; p = 0,011] e inicial e nove meses [11,9 (6,0 - 24,1) vs 39,4 (27,9 - 62,6) pg/ml; p = 0,013], bem como do fragmento N-terminal do peptídeo natriurético tipo B (NT-proBNP) entre o momento inicial e nove meses [239 (171,5 - 360,5) vs 356 (219 - 1555) pg/ml; p = 0,027]. Quanto aos parâmetros cardiovasculares, no grupo BIAMULT, houve redução significante da VOP radial [7,7 (6,9 - 9,2) vs 6,5 (5,5 - 8,4) m/s; p=0,012] e do débito cardíaco (5,5 ± 0,6 vs 4,9 ± 0,6 L/min; p = 0,015) em nove meses. No grupo CONTROLE, houve aumento significante da pressão arterial sistólica média central (106,8 ± 11,2 versus 117,6 ± 16,5 mmHg; p = 0,009) e da pressão arterial diastólica central (90,4 ± 9,8 versus 103,3 ± 12,5 mmHg; p=0,003) em nove meses. Em contrapartida, houve redução significante da massa ventricular esquerda (MVE) (204,5 ± 64,4 versus 190,4 ± 69,7 g; p = 0,028) e da MVE indexada pela altura (52,0 ± 15,0 versus 48,0 ± 16,0 g/m2,7; p = 0,011) nesse grupo. Quanto à MVE indexada pela superfície corpórea, houve redução significante no grupo CONTROLE (109,6 ± 30,8 versus 101,2 ± 28,9 g/m²; p = 0,010), assim como no grupo BIAMULT (107,7 ± 24,9 versus 96,1 ± 27,0 g/m²; p = 0,030) aos nove meses. CONCLUSÕES: Os resultados sugerem que a BIAMULT é superior como método auxiliar à avaliação clínica associada à BIAUNI quanto ao controle hídrico de pacientes em DP.
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    Segurança do cinacalcete em crianças e adolescentes com distúrbio mineral e ósseo na doença renal crônica: revisão sistemática e metanálise proporcional de série de casos
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-09-17) Zamoner, Soraya Mayumi Sasaoka; Andrade, Luis Gustavo Modelli de; Caramori, Jacqueline Teixeira [UNESP; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A doença mineral e óssea nos pacientes com doença renal crônica na infância pode causar anormalidades no cálcio, fósforo, paratormônio (PTH) e vitamina D e quando não tratada pode resultar em comprometimento do crescimento, deformidades ósseas, fraturas e calcificação vascular. Cinacalcete é um calcimimético amplamente utilizado como terapia na redução nos níveis de PTH na população adulta, tendo entre seus efeitos colaterais a hipocalcemia. A análise da segurança na população pediátrica é questionada devido à escassez de ensaios clínicos randomizados nessa faixa etária. Objetivo: O objetivo desta revisão foi avaliar o aparecimento de hipocalcemia sintomática ou outros eventos adversos (graves ou não graves) com o uso de cinacalcete em crianças e adolescentes com distúrbio mineral e ósseo na doença renal crônica. Critérios de inclusão: Esta revisão considerou ensaios clínicos randomizados (ECR), estudos de caso-controle, séries de casos e coorte, em pacientes de 0 a 18 anos de idade, portadores de doença renal crônica estadio 3 a 5 com distúrbio mineral e ósseo que receberam cinacalcete. Método de busca: os estudos foram obtidos das fontes PUBMED, EMBASE, LILACS, SCOPUS, WEB OF SCIENCE, e COCHRANE sem restrição de idioma. Coleta e análise: foi utilizada ferramenta de extração de dados padrão e foram analisados o aparecimento de hipocalcemia ou outros eventos adversos (graves ou não graves). A análise estatística foi realizada com software R com pacote metafor e os desfechos foram tratados como variáveis dicotômicas. Devido à diferença entre os estudos incluídos, o modelo de efeito aleatório foi utilizado. Foram utilizadas ferramentas do Joanna Briggs Institute para avaliação do risco de viés. Resultados: esta revisão incluiu 9 artigos (4 ECRs e 5 séries de casos). Houve viés de informações demográficas e de características clínicas dos pacientes em cerca de 50% dos estudos. Houve incidência de 0,2% de evento adverso fatal e 16% de eventos adversos graves (p<0,01 e I2= 69%), além de 10,7% de hipocalcemia, totalizando 45,7% de eventos adversos totais. Conclusão: O calcimimético cinacalcete, se utilizado na população pediátrica, deve ter cuidadosa monitorização dos níveis de cálcio sérico e atenção a possíveis eventos adversos, principalmente nas crianças menores de 50 meses. Registro PROSPERO: CRD42019132809
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    Influência da empagliflozina sobre à remodelação cardíaca induzida por infarto do miocárdio em ratos
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-08-26) Damatto, Felipe César; Okoshi, Katashi [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: O infarto do miocárdio (IM) está entre as principais causas de mortalidade no mundo e, quando não evolui a óbito, pode resultar em remodelação cardíaca e insuficiência cardíaca. Estudos recentes com inibidores seletivos da proteína co-transportadora de sódio-glicose tipo 2 (SGLT2), usados no tratamento de diabetes, sugerem possível melhora de agravo cardiovascular devido à atenuação da remodelação cardíaca. Os efeitos benéficos podem ser devido às alterações no metabolismo energético, glicemia, adiposidade visceral, concentração sérica de insulina, pressão sanguínea, estresse oxidativo, função endotelial, progressão de doença renal, e a possibilidade de modular beneficamente proteínas co-transportadoras de cálcio no coração. O presente estudo teve o objetivo de avaliar os efeitos do inibidor da SGLT2 empagliflozina (EMP) sobre o coração de ratos submetido à remodelação cardíaca induzida por IM. Métodos: Foram constituídos quatro grupos de ratos Wistar machos: sem infarto (SHAM; n=22); sem infarto e com EMP (SHAM+EMP; n=22); com infarto (IM; n=22); com infarto e com EMP (IM+EMP; n=22). EMP foi adicionada à ração na dose de 5 mg/kg/dia, durante 12 semanas. Dez dias após o infarto e ao final do período experimental foram realizados ecocardiogramas transtorácicos. Foi realizada análise histológica para determinar o tamanho do infarto, fração colágena intersticial e tamanho dos cardiomiócitos. As análises do estresse oxidativo, do metabolismo energético e a atividade do complexo respiratório foram realizadas em miocárdio do ventrículo esquerdo por espectrofotometria. As comparações entre os grupos foram realizadas por ANOVA de duas vias. A comparação entre o tamanho dos infartos foi realizada pelo teste t de Student. Para análise de frequência de sinais clínicos foi usado o teste de Goodman. Resultados: Os animais infartados tratados apresentaram maior consumo de ração e água e maior taxa glicêmica que os ratos infartados não tratados. No entanto, o peso corporal não foi diferente entre os grupos ao final do estudo. A efusão pleural foi observada em 50% dos ratos do grupo IM e nenhum caso no grupo IM+EMP (p<0,01). A EMP não causou diferença no tamanho dos infartos, na fração colágena intersticial e no diâmetro dos cardiomiócitos. Em relação as variáveis ecocardiográficas, o tratamento com EMP reduziu o diâmetro do átrio esquerdo em animais infartados. As demais variáveis não mostraram diferença estatística com o tratamento. O estresse oxidativo, avaliado pela concentração miocárdica de hidroperóxido de lipídeo foi menor no grupo IM+EMP em relação ao grupo IM. No entanto, as enzimas antioxidantes catalase, superóxido dismutase e glutationa peroxidase não se alteraram com a EMP. Nos grupos infartados, as enzimas do metabolismo energético lactato desidrogenase e citrato sintase mostraram-se elevados, e a enzima beta hidroxiacil-CoA desidrogenase se mostrou reduzida. Não houve diferença significante entre os grupos infartados. O complexo respiratório I, II e ATP sintase não foi diferente entre os grupos infartados. Conclusão: No modelo de infarto do miocárdio em ratos não diabéticos, a empagliflozina diminui o diâmetro do átrio esquerdo, melhora o estresse oxidativo e evita a ocorrência de derrame pleural que é um dos sinais de insuficiência cardíaca congestiva.
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    Imunoexpressão das metaloproteinases 1 e 2 nos subtipos histológicos da variante folicular do carcinoma papilífero de tireoide: relação com prognóstico
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-08-19) Oliveira, Flávia Ramos Kazan [UNESP]; Mazeto, Gláucia Maria Ferreira da Silva [UNESP]; Oliveira, Cristiano Galdino; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: As metaloproteinases da matriz (MMPs) têm sido estudadas como marcadores de malignidade e na avaliação prognóstica de diversos tipos de carcinomas diferenciados da tireoide, mas não nos subtipos histológicos da variante folicular do carcinoma papilífero (VFCP): não encapsulado, encapsulado invasivo e encapsulado não invasivo (NIFTP). Objetivos: Comparar os subtipos da VFCP quanto à expressão proteica das MMP-1 e MMP-2, relacionando-a com o prognóstico. Métodos: Foi realizado estudo caso-controle, no qual foram avaliados 74 casos operados devido a VFCP, os quais foram classificados em três grupos, de acordo com a revisão do material histológico tumoral: não encapsulado, encapsulado invasivo e NIFTP. Os grupos foram comparados quanto à expressão imunoistoquímica das MMP-1 e MMP-2 no tecido tumoral, bem como quanto a dados clínico-laboratoriais, histológicos, terapêuticos e evolutivos. A imunoexpressão proteica das MMPs foi então avaliada em relação a parâmetros referentes ao prognóstico dos casos (status na última avaliação e tempo de sobrevida livre de doença estrutural). Foram utilizados os testes de Mann-Whitney, Kruskal-Wallis, exato de Fisher, qui-quadrado de tendência e mapas perceptuais de análise de correspondência múltipla, além das curvas de Kaplan-Meier. Foi considerado o Odds ratio para as dimensões de efeito, com um intervalo de confiança (IC) de 95%. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: O grupo NIFTP apresentou maiores percentuais de casos sem imunoexpressão para MMP-1, em relação aos demais grupos, tanto individualmente (45,8%X9,4%X11,1%; p=0,023), como quando agrupados como NÃO-NIFTP (45,8%X9,8%; p=0,039). Na comparação entre os grupos NIFTP unifocal, NIFTP multifocal e NÃO-NIFTP, o NIFTP unifocal apresentou menor percentual de casos positivos para MMP-1 (72,2%X100,0%X95,1%; p=0,031). NIFTP se correlacionou com a imunoexpressão negativa e intensa para MMP-1, e moderada para MMP-2, enquanto que o subtipo encapsulado invasivo se correlacionou com a imunoexpressão moderada para MMP-1, e negativa e intensa para MMP-2. Na comparação NIFTP com NÃO-NIFTP, os resultados foram semelhantes. Não foram observadas outras associações entre as MMPs e o prognóstico dos casos. Conclusões: Os subtipos encapsulado invasivo e não encapsulado apresentaram maiores percentuais de casos com imunoexpressão positiva para MMP-1 em relação ao NIFTP. NIFTP e encapsulado invasivo apresentaram padrões opostos de correlação quanto à expressão de MMP-1 e MMP-2. NIFTP multifocal e os tumores NÃO-NIFTP apresentaram maior positividade para MMP-1 do que o NIFTP unifocal. Não foram observadas relações entre os subtipos da VFCP, a imunoexpressão das MMPs estudadas e o prognóstico.