Dissertações - Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia - FMB

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    Avaliação do grau de percepção e tolerabilidade da dor em mulheres submetidas à histeroscopia ambulatorial sem analgesia realizada por residentes de ginecologia.
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-06-01) Andriólli, Guilherme; Dias, Daniel Spadoto [UNESP]; Dias, Flávia Neves Bueloni [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Objetivo: Analisar o grau de percepção de dor e a aceitação das pacientes quando submetidas à histeroscopia ambulatorial sem analgesia, realizada por médicos com pouca experiência. Métodos: Estudo transversal retrospectivo, com análise de prontuários e banco de dados de pacientes submetidas ao exame de histeroscopia ambulatorial, no período de junho de 2012 a dezembro de 2022. Os exames foram realizados sem qualquer tipo de medicação analgésica (nível 1 de controle álgico), por médicos em formação com pouca experiência, através da técnica de vaginoscopia e a utilização de histeroscópio rígido de Bettochi com 5 mm de diâmetro e ótica de 2,9 mm. Foi utilizado como meio de distensão solução salina, com controle manual de pressão ajustada para 100 mmHg. A classificação da intensidade da dor e tolerabilidade dos exames foi quantificada através da aplicação de escala verbal analógica de dor (EVA) variando de 0 a 10. Resultado: Ao todo, 3.033 pacientes foram incluídas no estudo. A média de idade foi de 51 anos (±11,9). Os níveis de dor, estimados pela EVA foram ≤ 4 em 72,2% dos casos. A taxa de sucesso na realização dos exames foi de 95,1%. Os motivos para falha foram: estenose cervical (46,2%), dor insuportável (41,5%) e avaliação inadequada da cavidade (12,3%). Entre os fatores clínicos analisados, parto cesárea e o volume uterino foram os únicos fatores independentes relacionados à percepção da dor. Conclusão: A taxa de sucesso na realização da histeroscopia ambulatorial sem analgesia, realizado por examinadores com pouca experiência, foi semelhante aos dados da literatura. Alto nível de experiência não deve ser considerado, de maneira isolada, um pré-requisito para a realização do exame sem analgesia, quando realizado sob aconselhamento e supervisão adequados.
  • ItemDissertação de mestrado
    Doença de Paget da Mama: estudo retrospectivo de pacientes atendidos em Hospital Oncológico Terciário
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-05-26) Pelorca, Rafael José Fábio; Vieira, René Aloísio da Costa [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: Nas últimas décadas, profundas alterações ocorreram no tratamento do câncer de mama, com avaliação dos subtipos moleculares, estadiamento do ponto de vista prognóstico, maior utilização da ressonância magnética na extensão local da doença, utilização de Terapias-Alvo, além da consolidação da cirurgia oncoplástica. A Doença de Paget da Mama (DPM), neste contexto, é uma entidade rara, sendo apresentada com limitadas casuísticas. Inicialmente descrita como entidade clínica, porém tal fato não é unânime, constituindo uma doença multifocal/ multicêntrica. Objetivo: Avaliar o impacto das mudanças na mastologia em relação a DPM e a viabilidade da realização da cirurgia oncoplástica da mama (COM) nesta doença. Métodos: Estudo retrospectivo de pacientes atendidos em Hospital Oncológico Terciário. Na presença de alterações areolares, a DPM foi caracterizada como clínica e nos demais como subclínica/patológica, todas com diagnóstico anatomopatológico de Paget. Avaliou-se dados clínicos e prognósticos, comparando-se as diferentes formas clínicas. Foram descritas as situações relacionadas a realização das cirurgias e o seu impacto na recidiva local e sobrevida. Utilizou-se de estatísticas descritivas, comparação entre grupos (teste do qui-quadrado e Mann-Witney) e sobrevida (logrank; Kaplan & Meier). Avaliou-se a sobrevida específica por câncer. Resultados: 85 pacientes foram avaliadas. A forma clínica esteve presente em 58.8% das pacientes. Frente ao estadiamento 27.1% apresentavam doença estádio zero, sendo 92.9% doença multifocal/multicêntrica. A maioria das pacientes (83.5%) possuíam os subtipos moleculares HER 2 e Luminal HER 2. Pacientes com DPM forma clínica apresentaram uma maior taxa de doença "in situ" (p=0.028), sendo submetidas a tratamento conservador com maior frequência (p<0.001). Das 43 pacientes com doença invasora HER 2, a maior parte foi submetida a terapia antiHER. O seguimento médio foi de 71,2 ± 43,3 meses. A sobrevida atuarial específica por câncer aos 60 e 120 meses foi de 92,3% e 83,1%, respetivamente. Apesar de não significativo, a doença clínica/areolar apresentou melhor sobrevida (p=0.275). A terapia anti-HER (p=0.509) não influenciou a sobrevida, sendo o estádio clínico fator isolado (p=<0.001). Comparando-se as variáveis clínicas e patológicas a única que se associou a realização da COM foi a idade, em que pacientes na faixa de 40-49 estiveram associados a maior taxa de oncoplastia (p=0.002) e razão de risco de 3.22 [IC 3.39-184.50]. A COM não influenciou a recorrência local ou a sobrevida (p=0.132) Conclusão: A DPM é uma condição rara, associada à multifocalidade/ multicentricidade, hiperexpressão de HER 2 e diferença entre os grupos com doença clínica e outro com doença subclínica/patológica. A COM não influencia na recorrência local ou sobrevida. Necessitam-se mais estudos visando avaliar a doença clínica/areolar, e o impacto dos avanços da mastologia na DPM.
  • ItemDissertação de mestrado
    Prevalência e genotipagem do Papilomavírus Humano em biópsias de retinoblastoma e respectivas amostras cervicais maternas: revisão sistemática e metanálise
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-04-24) Cunha, Mariana Botrel; Filho, Agnaldo Lopes da Silva; Rodrigues, Meline Rossetto Kron; Tuuminen, Raimo; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: Vários estudos têm demonstrado a associação entre o Papilomavírus Humano (HPV) de alto risco e o retinoblastoma (RB), especialmente nos países em desenvolvimento. O HPV pode representar um fator de risco importante no desenvolvimento de tal neoplasia, estando presente em até 82,3% das biópsias de RB esporádico. Além disso, presume-se que a transmissão vertical do HPV pode ser uma possível via de infecção. Objetivos: Avaliar a prevalência e a genotipagem do HPV em biópsias de RB e respectivas amostras cervicais maternas, determinar o percentual e o coeficiente de concordância entre os resultados dos testes de genotipagem do HPV das crianças com RB e suas mães. Métodos: A revisão sistemática com metanálise foi realizada por meio da consulta nas bases de dados PubMed, EMBASE, Lilacs, Scielo, Medline, IBECS e Cochrane Central Register of Controlled Trials (CENTRAL). Informações sobre ensaios clínicos em andamento foram pesquisadas pelos sites http://www.ensaiosclinicos.gov.br/ e http://clinicaltrials.gov e a literatura cinzenta foi rastreada através do Google Acadêmico e Catálogo de Teses & Dissertações – CAPES até janeiro de 2023. Os descritores incluíram "Gammapapillomavirus", "Papillomavirus infections", "Papillomaviridae", "Retinoblastoma", “Eye Neoplasms”, “Infectious Disease Transmission, Vertical” e “Vaginal Smears”. Foram incluídos estudos que avaliaram a prevalência e a genotipagem do HPV em biópsias de RB e amostras cervicais maternas correspondentes. A Escala Newcastle-Ottawa (ENO) foi utilizada para avaliar a qualidade metodológica. Os desfechos em comum dos artigos incluídos foram analisados quantitativamente e o coeficiente de concordância entre a presença/ausência de HPV foi avaliado pelo teste kappa. A qualidade das evidências foi gerada de acordo com a classificação, desenvolvimento e avaliação da classificação das recomendações (GRADE). As análises estatísticas foram realizadas pelos softwares RevMan versão 5.3 (risco de viés) e Stata versão 14 (metanálises e teste kappa). Resultados: Foram identificados 133 estudos nas bases de dados pesquisadas. Após triagem e seleção conforme os critérios de inclusão e de exclusão, foram incluídos dois estudos na presente revisão, com heterogeneidade nula (I2= 0%) entre eles. Os achados demonstraram uma alta prevalência agregada de HPV (62%, IC 95% 0.45 – 0.79), de HPV de alto risco (45%, IC 95% = 0.28 – 0.63) e de HPV-16 (42%, IC 95% = 0.25 – 0.59) nas biópsias de RB. Também apontaram uma alta prevalência agregada de HPV (53%, IC 95% = 0.34 – 0.72), de HPV de alto risco (53%, IC 95% = 0.34 – 0.72) e de HPV-16 (35%, IC 95% = 0.17 – 0.53) nos esfregaços cervicais maternos respectivos. O percentual de concordância agregada entre os resultados dos testes de genotipagem de HPV realizados em ambas as amostras foi de 43% (IC 95% 0.26 – 0.61), evidência de muito baixa qualidade. O teste kappa não alcançou significância estatística em ambos os estudos. Conclusões: Não há evidências robustas ou de alta qualidade para confirmar a hipótese de que esse câncer pode estar relacionado ou causado pelo HPV. Conclui-se que as prevalências agregadas de HPV, de HPV de alto risco e de HPV-16 em amostras de RB e cervicais maternas podem ser consideráveis; embora a transmissão vertical seja questionável. Registro PROSPERO: CRD42021256625.
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    Associação entre as calcificações vasculares na mamografia e a estenose coronária em mulheres na pós-menopausa
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-05-13) Gardinalli Filho, Gildo; Nahas, Eliana Aguiar Petri [UNESP]; Véspoli, Heloísa De Luca [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Objetivo: avaliar a associação entre a presença de calcificação vascular mamária (CVM) na mamografia e da doença arterial coronariana (DAC) na angiografia coronária invasiva em mulheres na pós-menopausa. Métodos: Realizou-se estudo clínico de corte transversal. Foram incluídas mulheres na pós-menopausa (idade ≥ 45 anos) com DAC, submetidas a procedimento de angiografia coronária invasiva em Hospital Universitário, nível terciário de atendimento, no período de 2012 a 2020 e que apresentassem mamografia digitalizada no sistema eletrônico de prontuários datada de até 6 meses da angiografia. Foram excluídas mulheres submetidas a revascularização miocárdica prévia e com densidade mamária grau D (BI-RADS) ou câncer de mama na mamografia. Todas as mamografias foram reanalisadas sem conhecimento dos dados clínicos das pacientes, quanto a presença ou ausência de CVM. A partir do prontuário eletrônico foram coletados dados clínicos, bioquímicos e resultado da angiografia coronária, analisada de acordo com o número de vasos comprometidos: doença uniarterial; doença de dois vasos; doença multiarterial (≥3 vasos). Para análise estatística foram empregados: Teste t-student, distribuição Gama, teste do Quiquadrado e Regressão logística (odds ratio, OR). Resultados: Entre as 183 mulheres incluídas, 39 (21,3%) apresentaram CVM. As mulheres com CVM eram em média mais velhas e com maior tempo de pósmenopausa quando comparadas as mulheres sem calcificação (68.2 ± 9.6 anos x 59.6 ± 10.0 anos e 19 ± 10.1 anos x 13.5 ± 8.2 anos, respectivamente) (p<.0001). Na associação entre as características clínicas e cardiovasculares foi observada maior 11 ocorrência de tabagismo entre as mulheres com ausência de CVM (p=0.007). Não houve diferença no número de vasos comprometidos na angiografia coronária entre as mulheres com ou sem CVM (p=0.683). Na análise de risco, considerando a CVM como a variável resposta, a idade foi fator de risco (OR 1.19; IC 95% 1.10-1.33, p=0.016) e o tabagismo fator protetor (OR 0.21; IC 95% 0.06-0.69, p=0.010). Na análise de risco ajustado para idade, tempo de menopausa e tabagismo, a CVM não se associou a risco significativo para maior número de vasos comprometidos na angiografia coronária (OR 1.07; IC 95% 0.41-2.76, p=0.609). Conclusão: A presença de calcificação vascular mamária na mamografia digital não se associou à doença arterial coronariana na angiografia coronariana invasiva em mulheres na pós-menopausa.
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    Avaliação de taxas e tempo de recidiva das displasias cervicais em mulheres apresentando margens comprometidas após procedimento excisional
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-11-30) Chihara, Rodrigo Takeshi; Dias, Daniel Spadoto [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Objetivo: Verificar a taxa, o tempo livre de doença e os fatores de risco para persistência/recorrência da displasia cervical em pacientes submetidas ao procedimento de Cirurgia de Alta Frequência (CAF) que apresentaram margens cirúrgicas comprometidas. Método: Estudo transversal descritivo e retrospectivo. Foi realizada análise comparativa de pacientes com diagnóstico de displasia cervical, que apresentaram ou não margens comprometidas após realização de tratamento com CAF no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu – HC-FMB/Unesp no período de janeiro de 2014 a dezembro de 2019. Resultado: Foram incluídas um total de 640 pacientes com média de idade de 37 anos. O tempo médio de acompanhamento foi de 16 meses. Noventa e cinco pacientes (14,8%) apresentaram recidiva no período de estudo, sendo que 92,6% dos casos ocorreram nos primeiros 2 anos de seguimento. A taxa de descontinuidade do tratamento foi de 6,7%. A análise das variáveis quantitativas mostrou um aumento do risco de persistência/recorrência em relação ao número de gestações e à paridade. Pacientes com citologia oncótica apresentando LIEAG ou carcinoma invasor, com histologia pós-CAF apresentando lesão de alto grau ou margem comprometida, também apresentaram risco aumentado para persistência/recorrência da displasia cervical. Conclusão: A taxa de recidiva em nosso estudo foi de 14,8%, sendo que 47,4% das mulheres com recidiva apresentaram margens comprometidas. A média de tempo livre de doença foi de 11,4 meses. Variáveis como número de gestações, paridade, citologia oncótica inicial de alto grau, histologia de NIC2/3 após CAF e margens comprometidas foram fatores de risco para recidiva.
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    O papel da hemoglobina glicada no diagnóstico do pré-diabetes e diabetes mellitus em mulheres com síndrome dos ovários policísticos
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-08-30) Melo, Raíssa de Holanda; Nahas, Eliana Aguiar Petri [UNESP]; Santos, Ana Gabriela Pontes [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Objetivo: Avaliar o papel da hemoglobina glicada (HbA1c) comparado ao teste de tolerância à glicose oral (TTGO) no diagnóstico do pré-diabetes e diabetes mellitus (DM) em mulheres com síndrome dos ovários policísticos (SOP). Métodos: Realizou-se estudo clínico de corte transversal. Foram incluídas mulheres com diagnóstico SOP, idade entre 20 a 40 anos, submetidas ao TTGO e a HbA1c para o rastreamento de pré-diabetes e DM. E excluídas aquelas com diagnóstico de diabetes, hiperprolactinemia, doenças da tireoide ou das adrenais, anemia, e usuárias de contracepção hormonal ou corticoide. A partir do prontuário médico eletrônico foram coletados dados clínicos, bioquímicos e ultrassonográficos. As participantes foram classificadas de acordo com os testes diagnósticos como apresentando metabolismo normal à glicose, pré-diabetes ou diabetes. Para análise estatística foram empregados o Teste do Qui-quadrado, ANOVA, Teste de tukey e teste de concordância de Kappa. Resultados: Foram incluídas 154 mulheres com diagnóstico de SOP, média de idade de 28,8 ± 6,2 anos. A anovulação esteve presente em 83,8%, o hirsutismo em 72,3%, obesidade em 63,4%, aumento da circunferência da cintura em 81,4% e síndrome metabólica em 35% das mulheres com SOP. De acordo com os valores de TTGO e HbA1c, 79,2% e 76% das pacientes apresentavam-se dentro da normalidade, 16,8% e 19,5% com pré-diabetes e, 4% e 4,5% com DM respectivamente, sem diferença significativa entre os métodos (p>0.05). Na análise de concordância entre os testes, pelo método de Kappa, encontrou-se valor de 0,41 (IC 95% 0,24-0,58), demonstrando concordância mediana. Considerando o TTGO como padrão ouro versus HbA1c, encontrou-se especificidade de 89,5% e sensibilidade de 85,7% para o diagnóstico de pré-diabetes e especificidade de 100% e sensibilidade de 66,7% para o diagnóstico de DM. Conclusão: A hemoglobina glicada quando comparada ao teste de tolerância à glicose oral apresentou concordância moderada no diagnóstico de pré-diabetes e diabetes mellitus, mas com elevada sensibilidade e especificidade no diagnóstico de pré- diabetes, em mulheres com SOP.
  • ItemDissertação de mestrado
    Avaliação pós parto da pressão arterial e da função renal de mulheres que apresentaram pré eclâmpsia grave
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2018-02-28) Cardozo, Livia Martin; Peraçoli, José Carlos [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A pré-eclâmpsia (PE) é uma doença sistêmica que complica 2-8% das gestações, caracterizada pelo aumento da pressão arterial (PA≥140x90 mmHg) e proteinúria (≥ 300mg/24h) a partir da 20ª semana e reconhecida como um importante fator de risco para o desenvolvimento posterior de hipertensão arterial, doença cardiovascular, acidente vascular encefálico e doença renal crônica. Desenho/método: estudo descritivo realizado no primeiro ano pós-parto de mulheres com antecedente de PE grave, onde avaliou-se transversalmente os valores de PA (consultório e monitorização ambulatorial da pressão artéria/24 horas - MAPA), creatinina, taxa de filtração glomerular estimada, proteinúria e albuminúria com três, seis e 12 meses pós-parto. Objetivo: Avaliar no primeiro ano pós-parto: 1) o padrão da pressão arterial e a prevalência da hipertensão arterial, usando a medida casual da PA de consultório e a MAPA e 2) o comprometimento renal pela medida dos valores séricos de creatinina, da taxa de filtração glomerular estimada, e os valores de proteína e albumina em amostra de urina/24 horas. Resultados: a prevalência do diagnóstico de hipertensão arterial variou nos três períodos de acordo com o método usado: 15,2%, 12,9 e 8,6% com a medida casual da PA no consultório e 48,1%, 34,7% e 38% com a MAPA. O padrão de comportamento da pressão arterial sistólica e diastólica na MAPA mostrou um grande número de alterações, representadas principalmente pela hipertensão diurna (32/34%, 6/12% e 8/18%), hipertensão noturna (37/40%, 22/24% e 16/28%), hipertensão mascarada (36,7%, 27,3% e 31,8%) e perda do descenso noturno (57,4%, 59,2% e 56%). Além disso, observou-se a persistência de uma alta taxa de albuminúria positiva nos três períodos estudados, 33,3%, 33,3% e 26,7%. Conclusões: encontramos no primeiro ano pós-parto uma alta e persistente taxa de hipertensão arterial, alterações no ciclo circadiano da PA e albuminúria residual. A MAPA e a albuminúria podem ser melhores exames na identificação dessas alterações do que a medida casual da PA de consultório e a dosagem da proteinúria.
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    O efeito Hook em mulheres com mola hidatiforme completa: estudo de uma série de casos
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-09-02) Bravo, Flora de Souza; Berkowitz, Ross Stuart; Maestá, Izildinha [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Resumo Objetivo: Apesar dos títulos muito elevados de gonadotrofina coriônica humana (hCG), o efeito Hook pode causar um teste de gravidez na urina falso-negativo ou concentrações séricas falsamente baixas. Isso pode levar a um diagnóstico errado ou atraso no diagnóstico de doença trofoblástica gestacional, particularmente mola hidatiforme completa (MHC). Até o momento, não há estudo de série de casos da ocorrência do efeito Hook em função de hCG sérico pré-esvaziamento uterino. O objetivo deste estudo, portanto, foi determinar o valor de corte de hCG sérico relacionado com a ocorrência significativamente aumentada do efeito Hook. Métodos: Esse estudo transversal incluiu 285 mulheres com MHC encaminhadas ao Centro de Doença Trofoblástica de Botucatu da Universidade Estadual Paulista para tratamento inicial (esvaziamento molar) entre 1990 e 2020. Foram utilizados imunoensaio cromatográfico para a detecção qualitativa de gonadotrofina coriônica na urina e imunoensaio de quimioluminescência de micropartículas para determinar hCG quantitativo no soro sanguíneo. O efeito Hook foi considerado presente quando o teste qualitativo de hCG na urina foi negativo e os títulos de hCG no soro foram elevados após a realização de diluições seriadas automáticas e manuais. Resultados: A proporção do efeito Hook em função de hCG sérico pré-esvaziamento em mulheres com MHC foi de 26% (74/285). A razão de prevalência do efeito Hook (RP) foi maior quando hCG > 750.000– 1.000.000 UI/L [58,6%, RP: 1,80 (IC 95% = 1,56 – 2,06, p=0,001)] e > 1.000.000 UI/L [87,2%, RP: 2,39 (2,12 – 2,70, p=0,001)]. A curva ROC construída para indicar a presença do efeito Hook em função de hCG pré-esvaziamento teve boa discriminação para prever a ocorrência do efeito Hook (área sob a curva ROC = 0,94, IC 95% = 0,91 – 0,96, p < 0,05). O ponto de corte ideal de hCG foi de 507.038 UI/L com sensibilidade de 86,5% e especificidade de 82,0%. A acurácia foi de 83,1%, enquanto os valores preditivos positivo e negativo foram de 62,7% e 94,5%, respectivamente. Conclusão: Este estudo confirma que o efeito Hook é mais provável de ocorrer quando hCG sérico > 500.000 UI/L em mulheres com MHC. Quando as mulheres em idade reprodutiva apresentam sinais e sintomas como náuseas/vômitos e/ou sangramento de escape, têm achados ultrassonográficos sugestivos de MHC, mas têm teste de gravidez na urina negativo ou hCG sérico quantitativo positivo baixo, reconhecer o efeito Hook é fundamental para prevenir erros de conduta médica. Quando há suspeita do efeito Hook, a diluição da urina/soro é fundamental para um teste acurado e diagnóstico preciso.
  • ItemDissertação de mestrado
    Avaliação da saúde metabólica em diferentes momentos após diagnóstico do câncer de mama em mulheres na pós menopausa
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-09-02) Buttros, Luciana; Nahás, Eliana Aguiar Petri [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    RESUMO Objetivo: Avaliar a associação entre o tempo de seguimento oncológico com a saúde metabólica de mulheres na pós-menopausa com de câncer de mama. Métodos: Estudo clínico transversal incluindo mulheres com idade ≥ 45 e < 75 anos, data da última menstruação há pelo menos um ano, diagnóstico histológico de câncer de mama, sem doença metastática e sem doença cardiovascular (DCV) estabelecida. As mulheres foram distribuídas em três grupos, sendo 241 no momento do diagnóstico (T0), 94 com 4 anos de seguimento (T4) e 104 com 9 anos de seguimento (T9). As pacientes foram pareadas por idade e tempo de menopausa. Foram realizadas análises clínicas, antropométricas e bioquímicas. Foram consideradas como critérios da saúde metabólica: obesidade (IMC  30kg/m2), hipertensão arterial ( 130x85mmHg), triglicerídeos 150mg/dL; HDL <50mg/dl; glicemia > 100mg/dl e a presença da síndrome metabólica (SM) (critérios NCEP ATPIII). A comparação entre os grupos foi realizada pelo teste de associação do Qui-quadrado, testes não paramétricos de Mann-Whitney e Kruskall-Wallis. A análise de comparações múltiplas foi realizada pelo teste de Dunn. Resultados: A média etária por grupo foi de 58,4 ± 11,3 anos em T0, 59,7 ± 9,2 anos em T4 e 60,7 ± 8,6 anos em T9 (p=0,134). As pacientes tinham sobrepeso em T0 e T4 e obesidade em T9, apresentando diferença significativa (p=0,029). O grupo T9 apresentou a maior média de triglicerídeos e pressão arterial sistólica (p=0.032 e p=0.003, respectivamente). Na avaliação da ocorrência da SM, não foi observada diferença entre os grupos (p=0.409). Em relação ao número de critérios alterados da SM, entre todas as mulheres participantes, 12,1% não apresentaram nenhum critério, 21,2% apenas 1 critério, 21,2% 2 critérios e 45,6% apresentaram 3 ou mais critérios alterados. O grupo T9 apresentou a maior ocorrência de hipertrigliceridemia (47,1%, p=0,014), hipertensão arterial (61,5%, p=0,002) e obesidade (76,9%, p=0,029). Na análise de risco, as pacientes com pelo menos 9 anos de seguimento (T9) apresentaram maior risco para desenvolver hipertrigliceridemia (OR:1.67, IC:1.04-2.66, p=0.032) e hipertensão arterial (OR:2.04, IC:1.27-3.26, p=0.003) quando comparadas aos grupos T0 e T4. Conclusão: Mulheres na pós-menopausa com câncer de mama com nove anos de seguimento apresentaram piora na saúde metabólica pelo maior risco de hipetrigliceridemia, hipertensão arterial e obesidade quando comparadas com mulheres com menor tempo de seguimento oncológico. Palavras-chaves: Câncer de mama; Saúde Metabólica; Síndrome Metabólica; Obesidade.
  • ItemDissertação de mestrado
    LifeAPP: trial de viabilidade randomizado para avaliar o automonitoramento da pressão arterial após pré-eclampsia
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-01-31) Koike, Wilson Minoru Lima; Oliveira, Leandro Gustavo de [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: As doenças cardiovasculares (DCV) constituem causa líder de morte entre mulheres em todo o mundo. Diversos fatores de risco podem ser considerados como responsáveis pelas DCV, mas um fator recentemente incorporado diz respeito à pré-eclâmpsia (PE). A fisiopatologia da PE possui pontos de similaridade com alguns mecanismos comuns às DCV, como o estresse oxidativo, a disfunção endotelial e a síndrome metabólica. Objetivo: o principal objetivo deste estudo foi avaliar a viabilidade e a aceitabilidade de um Trial randomizado comparando o automonitoramento domiciliar da pressão arterial com a forma atual, preconizada pelo sistema de saúde nacional, quanto ao acompanhamento pós-parto de mulheres com diagnóstico de PE. Desenho do estudo: Este é um estudo prospectivo, controlado e randomizado, sem cegamento, que envolveu a utilização de equipamentos eletrônicos. As participantes elegíveis para este estudo foram puérperas que receberam o diagnóstico de PE pré-termo. Seus controles pressóricos foram enviados à equipe por meio de aplicativo de smartphone e consultas de retorno foram programadas para acompanhamento das pacientes e para aferir a viabilidade do modelo proposto. Resultados: Foram abordadas 120 pacientes elegíveis. Desse total, 96 (80%) forneceram consentimento livre-esclarecido. Realizada randomização aleatória 1:1, com 48 participantes em cada grupo. A maior taxa de comparecimento das participantes em consultas programadas se deu nas consultas de 3-6 meses pós-parto com comparecimento de 23 (47%) participantes do grupo intervenção e 12 (25%) pacientes. Conclusão: No estudo LifeAPP observamos que não houve permanência mínima das participantes para que o desfecho referente à redução de risco para doenças cardiovasculares seja comparável entre os grupos intervenção e controle usual.
  • ItemDissertação de mestrado
    Fertility preservation in female with cancer in Brazil: perceptions and atitudes of infertility specialists
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-08-19) Ranniger, Renata Lack; Silva Filho, Agnaldo Lopes da [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A preservação da fertlidade em mulheres com cancer é um direito universal e uma prioridade global da oncologia. Contudo, há uma falta de comunicação entre especialistas em infertilidade e oncologistas com relação à preservação da fertilidade em mulheres com câncer. O presente estudo busca avaliar as percepções e atitudes de especialistas em infertlidade na preservação da fertilidade em mulheres com câncer no Brasil. Métodos: Um questionário online foi enviado a especialistas em infertilidade filiados à Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Resultados: Responderam 100 (30,9%) dos 323 especialistas em infertilidade da FEBRASGO, a maioria localizada nos estados do sul e sudeste do Brasil. A experiência em Reprodução Humana variou de um a 40 anos (média ± desvio padrão: 15,5 ± 10,2 anos). Considerando as mulheres com câncer em idade reprodutiva nas quais foi indicada a preservação da fertilidade, 60,3% ± 28,8% delas realizaram o procedimento (variando de 10 a 100%). Três barreiras principais para a preservação da fertilidade foram apontadas: custo (41%), conhecimento e aceitação de médicos oncologistas (35%) e acessibilidade (9%). A maioria dos especialistas em infertilidade (58%) considerou a idade acima de 40 anos como limite para preservação da fertilidade em mulheres com câncer. Os cânceres de mama e ovário, leucemia e linfoma foram considerados os tipos mais relevantes a serem considerados para a preservação da fertilidade, enquanto os cânceres de pulmão, tireoide, gástrico e cerebral estavam no sítio oposto. Conclusões: Este é o primeiro estudo brasileiro sobre as impressões de especialistas sobre o acesso de pacientes com câncer à preservação da fertilidade. Enquanto a maioria dos pacientes brasileiros com câncer são tratados no sistema público de saúde, a maioria dos especialistas em fertilidade está no setor privado. Atualmente, o modelo de atendimento é fragmentado e um fluxo de trabalho mais integrado entre especialistas em câncer e fertilidade é fundamental para melhorar o acesso à preservação da fertilidade. Mais estudos são necessários sobre o tema, incluindo também oncologistas clínicos, hematologistas, especialistas em câncer de mama e impressões das pacientes.
  • ItemDissertação de mestrado
    Qualidade da informação disponível on-line sobre câncer hereditário de mama e ovário
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-08-19) Pimenta, Érika Lima; Silva Filho, Agnaldo Lopes da; Brandão, Wladimir Cardoso; Meinberg, Mariana Furtado; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade da informação disponível à população sobre os cânceres hereditários de mama e de ovário. Desenho do estudo: Os termos utilizados para pesquisa nos três buscadores mobilizados, extraídos do Google® Trends, foram: “breast cancer”, “ovarian cancer”, “how do you detect ovarian cancer”, “how do they test for ovarian cancer”, “BRCA1 and BRCA2” e “difference between BRCA1 and BRCA2”. Os primeiros dez sites entregues por cada página de busca foram selecionados e avaliados por meio do questionário DISCERN, além de ter sido verificado se esses elementos possuíam selo HONcode®. Os sites foram divididos em seis grupos, com base nos tipos de provedor de cada site: instituições privadas de saúde, organizações não governamentais de saúde, jornais eletrônicos sobre saúde, blogs de saúde, sites governamentais de saúde e sites colaborativos de pesquisa. Os grupos foram comparados nos aspectos confiabilidade do site, qualidade da informação apresentada e qualidade geral do site. Resultados: A pesquisa retornou com 181 sites, porém, após a aplicação dos critérios de exclusão, e retiradas as páginas repetidas entre os buscadores, somente 49 páginas foram selecionadas para o estudo. De todos os sites inclusos no estudo, 60% não possuíam o selo HONcode®. Os sites colaborativos de pesquisa obtiveram nota significativamente maior no score total do DISCERN do que os sites dos grupos instituições privadas de saúde, organizações de saúde não governamentais e blogs de saúde (p < 0,05). Além disso, nenhum site apresentou alta qualidade de informação segundo o score do questionário. Conclusão: Os resultados mostraram que a qualidade da informação sobre o câncer hereditário de mama e de ovário, de um modo geral, é ruim.
  • ItemDissertação de mestrado
    Quimioterapia de consolidação na neoplasia trofoblástica gestacional de baixo risco: protocolo de revisão sistemática
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-08-26) Silva, Mariza Branco da; Maestá, Izildinha [UNESP]; Abbade, Joelcio Francisco [UNESP]; Horowitz, Neil S. [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    As evidências atualmente disponíveis não demonstram claramente os benefícios da quimioterapia de consolidação para todas as mulheres com neoplasia trofoblástica gestacional (NTG) de baixo-risco. Dada a raridade da NTG, a realização de estudos clinicos controlados e randomizados clássicos nessa área, apresenta grandes obstáculos. Dessa forma, uma revisão sistemática (RS) da literatura se apresenta como a melhor opção para o estudo de questões terapêuticas relacionadas à essa doença. Para tanto, um protocolo de revisão sistemática deve ser elaborado a priori, a fim de registrar de modo claro e transparente todo o processo da RS, bem como definir as análises que serão realizadas e, assim, minimizar o risco de erros sistemáticos ou vieses. Tendo isso em vista, o principal objetivo deste trabalho foi desenvolver o protocolo para uma revisão sistemática da literatura visando investigar se a quimioterapia de consolidação é necessária em todos os casos de NTG pós-molar de baixo risco após a normalização do hCG através de quimioterapia de primeira linha com agente único. A técnica PICOT foi utilizada na construção da pergunta de pesquisa: “A quimioterapia de consolidação é necessária em todos os casos de NTG pós-molar de baixo risco para prevenir recorrência após a normalização do hCG, alcançada com quimioterapia de primeira linha com agente único?”. A checklist PRISMA-P serviu como base para o desenvolvimento das estratégias de busca e triagem, definição dos critérios de elegibilidade dos estudos de interesse, planejamento da extração e análises dos dados, bem como das análises de qualidade dos dados. Uma vez finalizado, o protocol foi registrado na base PROSPERO (International Prospective Register of Ongoing Systematic Reviews) e publicado na BMJ Open, revista médica revisada por pares e de acesso aberto.
  • ItemDissertação de mestrado
    Espessura do reto abdominal como fator preditivo da incontinência urinária específica da gestação: estudo ultrassonográfico
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-03-30) Magyori, Adriely Bittencourt Morgenstern; Barbosa, Angélica Mércia Pascon [UNESP]; Fogaça, Natália Miguel Martinho; ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Objetivo: identificar a alteração da espessura do músculo reto abdominal durante as contrações isoladas e simultâneas dos músculos abdominais e do assoalho pélvico; bem como comparar a espessura do músculo reto abdominal entre gestantes com e sem incontinência urinária específica da gravidez (IU-EG). Desenho: Estudo transversal. Local: Centro de Pesquisas da Faculdade de Medicina de Botucatu. Participantes: Gestantes a partir de 19 semanas de gestação com e sem IU-EG foram recrutadas. Principais medidas de resultado: Espessura do músculo reto abdominal (MRA) medida em repouso e durante a contração do MRA, contração do músculo do assoalho pélvico (MAP) e contração simultânea do MRA e do MAP. Resultados: Foram incluídas 127 gestantes com IU-EG e 62 gestantes sem IU-EG. O IMC pré-gestacional e o IMC gestacional foram maiores no grupo IU-EG, enquanto a escolaridade foi menor neste grupo. A espessura de foi maior no grupo IU-EG quando medida em repouso e durante contrações voluntárias isoladas de e MAP. O espessamento da MRA a partir do repouso e durante uma contração voluntária isolada da MRA foi maior no grupo IU-EG. Conclusão: Maior escolaridade e atividade física durante a gestação mostraram-se fatores protetores. Maior IMC pré-gestacional, maior IMC gestacional e maiores espessuras de RAM em repouso, durante a contração voluntária isolada da MRA, durante a contração voluntária isolada dos MAP e seus valores de maior variação mostraram-se fatores de risco para IU-EG.
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    Caracterização da incontinência urinária específica da gestação por ensaio de miografia ex vivo no músculo reto abdominal: Estudo de corte transversal aninhado a coorte do Projeto DIAMATER
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-02-25) Carvalho, Carolina Neiva Frota de; Rudge, Marilza Vieira Cunha [UNESP]; Barbosa, Angélica Mércia Pascon [UNESP]; Reyes, David Rafael Abreu; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A Incontinência Urinária Específica da Gestação (IU-EG) é uma variável preditora de IU de longa duração. Já demonstramos anteriormente que a miopatia do músculo reto abdominal (MRA) é o mecanismo subjacente. O ensaio miomecânico seletivo ex vivo de MRA é desconhecido em mulheres grávidas saudáveis ​​com IU-EG. Objetivos: Compreender a relação entre IU-EG e mulheres grávidas continentes com tolerância normal à glicose e explorar um protocolo estabelecido para análise qualitativa e quantitativa de pico e gráfico de amostras de MRA frescas adquiridas na cesariana de mães com tolerância normal à glicose com e sem IU-EG (o grupo controle ), aplicando miografia ex vivo. Método: Um estudo transversal aninhado a coorte foi realizado usando ensaio de miografia ex vivo em 87 gestantes com tolerância normal à glicose com IU-EG (n= 48) e sem IU-EG (n = 39). Os dados gerais foram extraídos do banco de dados. Amostras de MRA foram coletadas na cesariana para análise qualitativa e quantitativa de miografia ex vivo (linha de base inicial, linha de base final, pico, força e tempo de duração). Análise estatística: Os resultados das variáveis ​​contínuas foram expressos em média e desvio padrão e as categóricas por número e porcentagem (%). Resultados: Não encontramos parâmetros quantitativos globais específicos de análise de janela e resposta contrátil de MRA ex vivo. Um declínio progressivo e contínuo foi principalmente confinado ao pico e à força em ambos os grupos. A resposta contrátil qualitativa da miografia vivo em MRA utilizando parâmetros de pico e força permite demonstrar três comportamentos da resposta contrátil de MRA sob estimulação elétrica: diminuição progressiva da força; parada muscular súbita e assincronia (desordenada; confusa) registram-se com altos e baixos. Conclusão: A análise quantitativa profunda de MRA ex vivo não beneficiou os resultados para diferenciar os dois grupos. A análise qualitativa melhorou a diferenciação entre os dois grupos ao demonstrar uma tendência de perda a queda progressiva dos picos observados no grupo controle.
  • ItemDissertação de mestrado
    Relação entre os hormônios endócrino-pancreáticos e leptina nas células das ilhotas pancreáticas de ratas adultas submetidas à dieta hiperlipídica advindas de mães diabéticas
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-02-24) Barco, Vinícius Soares; Santos, Débora Cristina Damasceno Meirelles dos [UNESP]; Gallego, Franciane Quintanilha [UNESP]; Sinzato, Yuri Karen; Iessi, Isabela Lovizutto; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O ambiente intrauterino e a influência de fatores após o nascimento podem influenciar o desenvolvimento embriofetal e a vida adulta dos descendentes, aumentando o risco para o aparecimento de doenças. O objetivo foi avaliar a relação entre as células endócrino-pancreáticas e receptor de leptina das ilhotas do pâncreas de descendentes adultas submetidas à dieta hiperlipídica advindas de ratas diabéticas. Foram utilizadas ratas Sprague Dawley, filhas de diabéticas, e expostas à dieta hiperlipídica (DHL) desde o desmame até a vida adulta (120 dias). Foram constituídos quatro grupos experimentais (n=5 animais/grupo): 1) descendentes de mães não-diabéticas (controle) expostas à dieta padrão (FContDP), 2) descendentes de mães não-diabéticas que foram expostas à dieta hiperlipídica (FContDHL), 3) descendentes de mães diabéticas e que foram expostas à dieta padrão (FDModDP), 4) descendentes de mães diabéticas que foram expostas à dieta hiperlipídica (FDModDHL). Na vida adulta, todas as ratas foram submetidas ao teste oral de tolerância à glicose (TOTG) e, aos 120 dias de vida, as ratas foram anestesiadas e eutanasiadas para coleta do pâncreas para análise imunoistoquímica para os hormônios endócrino-pancreáticos, caspase-3 clivada, Ki-67 e receptor de leptina. Não houve diferença na área das ilhotas pancreáticas entre os quatro grupos experimentais. Os grupos FContDHL e FDModDP apresentaram um aumento na porcentagem de células imunomarcadas para insulina e uma diminuição na porcentagem e intensidade de marcação para somatostatina. Já o grupo FDModDHL apresentou um aumento na porcentagem de células imunomarcadas para insulina e um aumento na porcentagem de células e intensidade de marcação para glucagon. Os três grupos experimentais que sofreram os insultos apresentaram aumento na imunomarcação para Ki-67. As ratas FContDHL apresentaram aumento da porcentagem de células imunomarcadas para caspase-3 clivada, enquanto o grupo FDMod DP teve redução destas. Já, os grupos FDModDP e FDModDHL mostraram menor imunomarcação para o receptor de leptina no pâncreas endócrino. Houve aumento progressivo da glicemia nos grupos FContDHL, FDModDP e FDModDHL em relação ao grupo controle. Portanto, a associação entre diabete materno e/ou administração de dieta hiperlipídica promove alterações na relação entre a tríade hormonal pancreática e receptores de leptina no pâncreas endócrino de descendentes na vida adulta. Por sua vez, estas alterações nas ilhotas pancreáticas não são capazes de causar a diminuição na glicemia da prole, contribuindo para o desenvolvimento de intolerância à glicose na vida adulta, mostrando a necessidade de um controle glicêmico antes da prenhez e o oferecimento de uma dieta balanceada para os descendentes
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    Ultrassonografia bidimensional da anatomia, funcionalidade e diástase do músculo reto abdominal de mulheres com Diabetes Mellitus Gestacional
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-03-29) Takano, Luiz; Barbosa, Angélica Mércia Pascon [UNESP]; Fogaça, Natalia Miguel Martinho; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Objetivo: Analisar os efeitos do Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) na biometria dos músculos reto abdominal (MRA) em gestantes avaliadas por ultrassonografia em repouso e durante manobras funcionais. Desenho: Estudo transversal. Local: Centro de Pesquisa em Diabetes Perinatal da Faculdade de Medicina de Botucatu. Participantes: Recrutamos mulheres com DMG e não-DMG para participar do estudo de 24 a 30 semanas de gestação. Principais medidas de resultado: Espessura do músculo reto abdominal medida em repouso, contração do MRA, contração do músculo do assoalho pélvico (MAP) e co-contração do MRA e MAP. Resultados: Incluímos 195 participantes no estudo. Destes, 154 eram não DMG e 41 eram DMG. Quanto aos aspectos clínicos, obstétricos e antropométricos, os grupos apresentaram semelhanças. A espessura do MRA em repouso no grupo DMG foi significativamente menor do que o grupo não-DMG (p= .115), e teve um desempenho de resistência mais fraco e pior (p= .016) do que o MAP. Conclusões: A maior espessura do MRA em repouso e em contração voluntária isolada foi mais significativa no grupo não-DMG quando comparado ao grupo DMG.
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    Tratamento percutâneo de tumores filoides da mama: uma meta-análise
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-02-25) Gil, Maria Luísa Braga Vieira; Silva Filho, Agnaldo Lopes da [UNESP]; Coelho, Bertha Andrade; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: Tumor filoide (TF) benigno é uma rara lesão fibroepitelial da mama, com potencial para recorrência local. Objetivo: Determinar por meio de meta-análise a chance de recorrência do tumor filoide benigno submetido a excisão assistida à vácuo, guiado por ultrassom (US-VAE), e excisão cirúrgica aberta. Método: Revisão sistemática com meta-análise, seguindo o padrão PRISMA, de estudos que analisaram a recorrência de tumor filoide benigno, nos quais foram realizados o tratamento por US-VAE comparado com excisão cirúrgica e seguidos por, pelo menos 12 meses, após as intervenções. Foram selecionados estudos encontrados nas bases de dados PubMed, Scopus, Web of Science e Embase. O desfecho principal avaliado foi a recorrência local do tumor. A medida de efeito agrupado utilizada foi a razão de chances (OR), de modo a estimar as chances de recorrência do tumor filoide benigno. Resultados: Foram selecionados quatro estudos, com total de 607 participantes, sendo submetidos a US-VAE (252) e à cirurgia (355). Houve recorrência local em 26 casos no grupo US-VAE e 24, no grupo cirurgia. Dos quatro estudos, um deles não foi incluído na estimativa por não apresentar casos de recorrência em US- VAE ou cirurgia. Portanto, a meta-análise compreendeu o agrupamento de três estudos, resultando em uma amostra total de 595 pacientes. Não houve diferença na recorrência de tumor filoide benigno, independente do procedimento adotado (OR=1,20; P=0,55). O índice de heterogeneidade foi inexpressivo (I2=0; P=0,63). Conclusão: Esta meta-análise sugere que a US-VAE é uma opção terapêutica, minimamente invasiva, para tumores filoides benignos, sendo um tratamento tão seguro quanto o tratamento cirúrgico padrão. O tipo de tratamento escolhido, US-VAE ou cirurgia, não impacta na chance de recorrência para tumores filoides benignos. Palavras-chave: Tumor filoide; Excisão assistida à vácuo (VAE); Recorrência; Meta-análise; Revisão sistemática.
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    Prevalência de mulheres com pré-diabetes no primeiro trimestre da gestação e seu impacto na incidência de diabetes mellitus gestacional
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-02-18) Cabral, Rayanne Pereira; Abbade, Joelcio Francisco [UNESP]; Costa, Roberto Antonio de Araújo [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: O pré-diabetes (PD) é uma condição de perda da tolerância à glicose e que em sua maioria antecede os quadros de diabetes mellitus (DM). No período gestacional, as pacientes com hemoglobina glicada (HbA1C) igual ou maior que 5,7% e menor que 6,5% não recebem a mesma atenção que as gestantes que foram diagnosticadas com diabetes mellitus gestacional (DMG). Método: Estudo de prevalência retrospectivo para determinar, no primeiro trimestre, o número de gestantes com rastreamento negativo para DMG e HbA1C igual ou maior que 5,7% e menor que 6,5%. Também foi estudada uma coorte retrospectiva para avaliação do risco das gestantes com rastreamento negativo para diabetes e HbA1C entre 5,7 e menor que 6,5%, verificados até a 14ª semana de gestação, desenvolver DMG quando comparadas àquelas com HbA1C normal. As prevalências e incidências dos diagnósticos identificados pela associação de GJ e HbA1c e pelo teste de tolerância oral à glicose 75g (TOTG-75g), respectivamente, foram apresentadas em forma de porcentagem e intervalo de confiança (IC) 95%, sendo calculado o risco relativo com IC 95%. Resultados: A prevalência de gestantes com rastreamento negativo para diabetes e HbA1C ≥ 5,7 e < 6,5% foi de 5,6% (IC95% 4,5–6,9). Também identificamos que 12,2% (IC95% 10,6–14,0) foram diagnosticadas com DMG e 1,7% (IC95% 1,1–2,4) apresentaram diagnóstico de diabetes pré-existente. A HbA1C ≥ 5,7% e <6,5 e idade acima de 30 anos são fatores de risco independente para desenvolvimento de DMG nas gestações com rastreamento negativo para diabetes, com razões de chance de 3,241 (IC95% 1,242 – 8,457) e 2,175 (IC95% 0,968 – 4,883), respectivamente. Conclusão: As gestantes que desenvolvem DMG podem ter alterações do metabolismo da glicose previamente à gestação, conforme indicado por sua HbA1c elevada no primeiro trimestre. A HbA1c do primeiro trimestre pode ajudar na identificação precoce de mulheres em risco para possível acompanhamento e tratamento durante a gestação e após o parto.
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    Avaliação da síndrome metabólica em mulheres com câncer de mama: uma coorte prospectiva
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-05-21) Prado, Vanildo; Nahas, Eliana Aguiar Petri [UNESP]; Buttros, Daniel de Araújo Brito; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: Pacientes com câncer de mama apresentam maior risco de ganho de peso e síndrome metabólica (SM), com piora da sobrevida global e específica. A intervenção com equipe interdisciplinar pode influenciar no prognóstico. Objetivo: Avaliar a ocorrência da síndrome metabólica e seus componentes em mulheres durante o primeiro ano após o diagnóstico do câncer de mama. Métodos: Estudo clínico prospectivo, de centro único, que incluiu mulheres com diagnóstico recente de câncer de mama, idade ≥ 40 anos, diagnóstico histológico de câncer de mama, sem doença metastática e sem doença cardiovascular (DCV) estabelecida. Dados clínicos e antropométricos (pressão arterial, índice de massa corporal/IMC e circunferência da cintura) foram coletados por meio de entrevista e exame físico. Para análise bioquímica foram solicitados HDL, triglicerídeos (TG) e glicose. Foram consideradas com SM, mulheres que apresentaram três ou mais critérios diagnósticos: circunferência da cintura (CC) > 88 cm; TG  150 mg/dL; HDL < 50 mg/dL; pressão arterial  130/85 mmHg; glicose  100 mg/dL. As medidas foram realizadas em três momentos: primeira consulta oncológica (T0m), seis meses (T6m) e 12 meses (T12m). As pacientes foram submetidas a avaliação e acompanhamento interdisciplinar (nutricional e psicológico) conforme a rotina do serviço. Para análise estatística foram empregados o teste de McNemar na comparação entre os momentos e teste Qui-quadrado de tendência. Resultados: Foram incluídas 72 mulheres com câncer de mama, com média de idade de 58,4  10,7 anos e 83,3% na pós-menopausa. O perfil oncológico das pacientes foi de doença em estádio inicial (94,4% estádio I e II) com perfil imunohistoquímico favorável (79,1% receptor de estrogênio positivo, 72,2% receptor de progesterona positivo e 86,1% HER2 negativo). Na avaliação da SM não foi observada diferenças na ocorrência entre os três momentos, com 37.5% das pacientes com SM no diagnóstico, 43% aos 6 meses e 44,4% aos 12 meses (p=0.332). Foi observada diferença significativa na ocorrência da hipertrigliceridemia (TG  150 mg/dL) de 25% em T0m, 36,1% em T6m e 44,4% em T12m (p<0.05). Não se identificou aumento nos critérios de obesidade (IMC30mg/m2 e circunferência da cintura/CC > 88cm) no período estudado, com IMC médios de 28.9kg/m2, 28.8kg/m2 e 28.8kg/m2 e de CC de 97.2cm, 97.2cm e 96.7cm, nos momentos T0, T6 e T12, respectivamente (p>0.05). Na comparação dos critérios individuais da SM entre os três momentos de avaliação, observou-se apenas diferença estatística nos critérios triglicerídeos e glicemia. A análise da glicemia demonstrou diminuição dos valores médios, de 106.6 mg/dL em T0m, 100.4 mg/dL em T6m e 98.9mg/dL em T12m (p=0.004). Em relação aos TG observou-se aumento dos valores médios, de 121mg/dL em T0m, 139.4 mg/dL em T6m e 148.4 mg/dL em T12m (p=0.003). Conclusão: Mulheres com câncer de mama submetidas a avaliação interdisciplinar não apresentaram aumento na ocorrência de SM durante o primeiro ano após o diagnóstico do câncer. Entre os componentes da SM, observou-se redução nos valores de glicemia e aumento nos valores de triglicerídeos.