Terapia de reposição enzimática para doença de Anderson-Fabry: revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados

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Data

2023-05-22

Orientador

Borges, Alessandra Buhler

Coorientador

Pós-graduação

Ciências Aplicadas à Saúde Bucal - ICT 33004145070P8

Curso de graduação

Título da Revista

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Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Dissertação de mestrado

Direito de acesso

Acesso restrito

Resumo

Resumo (português)

A doença de Anderson-Fabry, uma doença rara, é causada por uma deficiência da enzima alfa-galactosidase A. Isso leva ao acúmulo de um material gorduroso denominado globotriaosilceramida em várias células do corpo. Globotriaosilceramida é uma substância gordurosa, formada por três açúcares, comumente denominada ceramida e é encontrada na maioria das células do corpo. Indivíduos não tratados podem apresentar dor, complicações na pele, olhos, e problemas gastrointestinais. A doença de Fabry pode causar complicações potencialmente fatais, como danos aos rins, ataque cardíaco e acidente vascular cerebral. Um dos tipos disponíveis de tratamento é a terapia de reposição enzimática com agalsidase alfa ou beta, que substitui a deficiência enzimática. Avaliamos a eficácia e segurança da terapia de reposição enzimática com agalsidase alfa ou beta para doença de Anderson-Fabry. Para realizar essa revisão analisamos revisões sistemática de ensaios clínicos randomizados (ECRs). Não houve restrições de idiomas. Pesquisamos o registro de ensaios clínicos de erros inatos do metabolismo do grupo Cochrane de fibrose cística e desordens genéticas, e as seguintes bases de dados: MEDLINE, EMBASE, LILACS, e clinicaltrials.gov. Os revisores examinaram de forma independente os artigos elegíveis, extraíram dados e avaliaram o risco de viés. Essa revisão está registrada na Cochrane e foi realizada juntamente com o grupo de Fibrose Cística e Doenças Genéticas. Foram selecionados onze estudos randomizados controlados, os resultados apontam para uma diminuição nos depósitos de Gb3 plasmático para os pacientes que receberam agalsidase beta, nos domínios do rim (MD -1,70 (95% CI - 2,09 a -1,31) e coração (MD -0,90 95% CI (-1,18 a -0,62) e uma influência positiva na qualidade de vida relacionada à dor, porém, os estudos apresentam baixa qualidade metodológica e não fornecem evidências robustas que indiquem se a TRE é mais efetiva e segura quando comparada a outras terapias ativas, placebo, ou nenhuma intervenção.

Resumo (inglês)

Anderson-Fabry disease, a rare disease, is caused by a deficiency of the enzyme alpha-galactosidase A. This leads to the accumulation of a fatty material called globotriaosylceramide in various cells of the body. Globotriaosylceramide is a fatty substance, made up of three sugars, commonly called ceramide and is found in most cells in the body. Untreated individuals may experience pain, skin, eye, and gastrointestinal problems. Fabry disease can cause life-threatening complications, such as kidney damage, heart attack, and stroke. One of the available types of treatment is enzyme replacement therapy with agalsidase alpha or beta, which replaces the enzyme deficiency. We evaluated the efficacy and safety of enzyme replacement therapy with agalsidase alfa or beta for Anderson-Fabry disease. To perform this review, we analyzed systematic reviews of randomized controlled trials (RCTs). There were no language restrictions. We searched the clinical trial registry of inborn errors of metabolism from the Cochrane group of cystic fibrosis and genetic disorders, and the following databases: MEDLINE, EMBASE, LILACS, and clinicaltrials.gov. Reviewers independently screened eligible articles, extracted data, and assessed risk of bias. This review is registered in Cochrane and was carried out jointly with the Cystic Fibrosis and Genetic Diseases group. Eleven randomized controlled trials were selected, the results point to a decrease in plasma Gb3 deposits for patients receiving agalsidase beta, in the kidney domains (MD -1.70 (95% CI -2.09 to -1.31) and heart (MD -0.90 95% CI (-1.18 to -0.62) and a positive influence on pain- related quality of life, however, studies have low methodological quality and do not provide robust evidence to indicate whether ERT is more effective and safer when compared to other active therapies, placebo, or no intervention.

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