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Restos, resíduos e impurezas para compor a poesia: o entrópico e o poético em Adília Lopes

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Data

2012

Orientador

Coorientador

Pós-graduação

Curso de graduação

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Tipo

Artigo

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

A poesia de Adília Lopes merece nossa atenção crítica pela singularidade com que se recorta no atual panorama literário português. Em “Louvor do lixo”, por exemplo, poema contido em sua obra A mulher-a-dias (2002), é redimensionado o papel da poeta em um mundo marcado pela entropia e por formas desgastadas de sobrevivência. Operando com imagens alusivas ao cotidiano e dotando a linguagem poética de um funcionamento desestabilizador das convenções, Adília instiga no leitor questionamentos, não apenas sobre a subjetividade poética, como também sobre uma nova concepçãode lirismo, o qual inclui em seu fazer materiais imprevisíveis, desconcertantes. Nosso propósito é analisar como a autora promove tal desconcerto, por meio de procedimentos de construção presentes no poema mencionado. O gauchismo de Adília recupera um posicionamento transgressor que, embora já patente em poéticas de vanguarda do século XX, assume novas implicações ao gerar outros efeitos de sentido. A tradição cultural, o meio familiar, os valores poéticos, o erotismo são alguns dos aspectos que estão na mira da visão corrosiva da poeta, que não receia expor a si e à própria linguagem.

Descrição

Idioma

Português

Como citar

Diadorim, v. 11, p. 30-42, 2012.

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