A Cannabis e o Sistema Endocanabinóide

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Data

2022-12-08

Orientador

Bertão, Mônica Rosa

Coorientador

Pós-graduação

Curso de graduação

Engenharia Biotecnológica - FCLAS

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Trabalho de conclusão de curso

Direito de acesso

Acesso restrito

Resumo

Resumo (português)

A maconha é uma planta com longa história de uso medicinal, atuando clinicamente como sedativo, analgésico e antiemético. Seus principais efeitos colaterais são os distúrbios do sistema nervoso central que causam euforia e alucinações, levando a um movimento geral em favor da proibição, apesar de ser menos viciante e menos perigoso que o etanol e os derivados opiáceos. Na década de 60, o Δ9-tetraidrocanabinol, principal componente psicoativo da maconha, foi isolado e levantou a hipótese de que seu mecanismo de ação era semelhante ao dos anestésicos gerais, iniciando um estudo do sistema endógeno. O primeiro mediador endógeno chamado anandamida foi descoberto em 1992, sendo em 1994 lançado o primeiro medicamento direcionado ao sistema endocanabinóide, chamado rimonabanto, para supressão do apetite e tratamento da obesidade. Cerca de 12 anos depois o rimonabanto foi retirado do mercado por estar relacionado não só a depressão e ansiedade, mas também à incidência de suicídio. Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária regulamentou os requisitos de fabricação, dispensação e formulação, existindo agora muito mais conhecimento do sistema canabinóide. Algumas aplicações clínicas podem ser estabelecidas como no alívio dos sintomas motores da doença de Parkinson, dor neuropática ou inflamatória, redução da pressão intraocular no glaucoma e antiemético durante a quimioterapia. A presente pesquisa pretendeu mostrar, de uma forma um pouco mais clara, os mecanismos do sistema canabinóide, todo o desenvolvimento histórico da maconha no Brasil e a descoberta de seus derivados, bem como suas já conhecidas e potenciais futuras aplicações clínicas que visam esse sistema.

Resumo (inglês)

Marijuana is a plant with a long history of medicinal use, acting clinically as a sedative, analgesic and antiemetic. Its main side effects are central nervous system disorders that cause euphoria and hallucinations, leading to a general movement in favor of prohibition, despite being less addictive and less dangerous than ethanol and opiate derivatives. In the 1960s, Δ9-tetrahydrocannabinol, the main psychoactive component of marijuana, was isolated and the hypothesis that its mechanism of action was similar to that of general anesthetics was raised, initiating a study of the endogenous system. The first endogenous mediator called anandamide was discovered in 1992, and in 1994 the first drug directed to the endocannabinoid system was launched, called rimonabanto, for appetite suppression and obesity treatment. About 12 years later, rimonabanto was descontinued from the market because it was related not only to depression and anxiety, but also to the incidence of suicide. Recently, the National Health Surveillance Agency regulated the manufacturing, dispensing and formulation requirements, and there is now much more knowledge of the cannabinoid system. Some clinical applications can be established, such as the relief of the motor symptoms of Parkinson’s disease, neuropathic or inflammatory pain, reduction of intraocular pressure in glaucoma and antiemetic during chemotherapy. The present research makes it possible to show, in a slightly clearer way, the mechanisms of the cannabinoid system, the entire historical development of marijuana in Brazil and the discovery of its derivatives, as well as its already known and potential future clinical applications aimed at this system.

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Idioma

Português

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