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Estudo exploratório dos efeitos das terapias com eletroestimulação neuromuscular e dispositivos biomecânicos intraoral na saliva em pacientes com síndrome de down e apneia obstrutiva do sono

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Data

2022-08-18

Orientador

Gomes, Mônica Fernandes
Gomes, Monica Fernandes

Coorientador

Pós-graduação

Ciência e Tecnologia Aplicada à Odontologia - ICT

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Dissertação de mestrado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

Este estudo tem como objetivo avaliar os efeitos das terapias com eletroestimulação neuromuscular e dispositivos biomecânicos intraorais sobre as propriedades físico-química e microbiológica da saliva em pacientes com síndrome de Down (SD) e apneia obstrutiva do sono (AOS). Ainda investigamos a morfologia das glândulas salivares maiores: parótidas, submandibulares e sublinguais para verificar possíveis desordens estruturais nesses indivíduos. Vinte e três pacientes adultos com SD e AOS, com idade entre 18 e 31 anos, de ambos os gêneros, foram convidados para participar deste estudo. Dentre esses pacientes, 18 concluíram as terapias propostas e foram divididos em três grupos: EENMs (n=7; terapia com eletroestimulação neuromuscular de superfície), DMHB (n=4; terapia com dispositivo mastigatório com hiperboloide) e AIOm (n=7; terapia com aparelho intraoral de avanço mandibular). A EENMs foi aplicada sobre os músculos masseter (porção superficial) e temporal (porção anterior), em ambos os lados. O DMHB foi posicionado entre as faces oclusais dos dentes posteriores e o paciente mordeu suas pontas ativas com hiperboloide. O AIOm foi utilizado somente no período de sono. Esse aparelho foi ativado lentamente, de 0,5 mm a 1,0 mm a cada 1 ou 2 semanas, respeitando as limitações fisiológicas do paciente. Todas as terapias foram realizadas durante 2 meses consecutivos. Antes e após as terapias propostas, testes de saliva foram realizados, incluindo taxa de fluxo salivar (TFS), valor de pH, capacidade tampão (CT), cortisol salivar matinal (CSmatinal) e noturno (CSnoturno) e identificação de Pseudomonas aeruginosas (P. aeruginosas). A seguir, a morfologia das glândulas salivares maiores, foram investigadas através do exame de ultrassonografia. Na análise estatística, teste de Wilcoxon (signed-rank test) para análise de correlação e teste de Kruskal-Wallis com o teste de Dunn para comparações múltiplas não paramétricas foram feitos. O nível de significância foi de p < 0,05. Embora a TFS tenha permanecido reduzida, a produção de saliva aumentou em todas as terapias. A TFS mostrou diferença estatística apenas no AIOm (p<0,0225). Houve diferença estatística no valor de pH apenas no EENMs (p < 0,0346). Nenhuma diferença estatística no CT foi encontrada; entretanto, os valores de normalidade foram alcançados (valores de limítrofe para normal) em 50% para DMHB e em 29% para EENMs e AIOm. Os valores normais de CSn não foram afetados, embora os níveis de CSn tenham aumentado estatisticamente na EENM (p < 0,0360) e entre as terapias EENM e AIOm (p < 0,0058). Nenhuma espécie de P. aeruginosa foi identificada em nossos pacientes antes das terapias. Neste estudo, pudemos concluir que a redução de fluxo salivar permaneceu nos pacientes com SD e AOS após as terapias propostas; entretanto, o AIOm seguido do DMHB mitigaram a severidade dessa alteração. A EENMs teve melhor desempenho em relação a qualidade da saliva quando comparado com as demais terapias. Dentre as terapias, os pacientes tratados com AIOm mostraram alta susceptibilidade ao estresse no período noturno. Nenhum paciente tinha risco de pneumonia por aspiração, antes das terapias. Nenhuma anomalia congênita de glândulas salivares maiores foi evidenciada, todavia alterações adquiridas foram observadas em alguns pacientes com SD e AOS.

Resumo (inglês)

This study aims to evaluate the effects of neuromuscular electrostimulation therapies and intraoral biomechanical devices on the physicochemical and microbiological properties of saliva in patients with Down syndrome (DS) and obstructive sleep apnea (OSA). In addition, we investigated the major salivary glands’ morphology: the glands of parotid, submandibular and sublingual to verify possible structural disorders in these individuals. Twenty-three adult patients with DS and OSA, with age range from 18 to 31 years old, of both genders, were invited to participate in this study. Among these patients, 18 patients completed the proposed therapies, and they were divided into three groups of therapy: sNME (n=7; therapy with surface neuromuscular electrostimulation), MDHB (n=4; therapy with masticatory device with hyperboloid) and mIOA (n= 7; therapy with mandibular advancement intraoral appliance). The sNME was applied on the masseter (superficial portion) and temporal (anterior portion) muscles on both the sides. The MDHB was positioned between the occlusal surfaces of the posterior teeth and the patient bit the active tips with hyperboloid. The mIOA was used only during the sleep. This appliance was activated slowly, from 0.5 mm to 1.0 mm per 1 to 2 weeks, respecting the patient's physiological limitations. All therapies were performed for 2 consecutive months. Before and after the proposed therapies, saliva tests were done, including salivary flow rate (SFR), pH value, buffering capacity (BC), morning (morningSC) and night (nightSC) salivary cortisol, and identification of Pseudomonas aeruginosa (P. aeruginosa). Furthermore, the major salivary glands’ morphology, were investigated by means of ultrasound examination. For statistical analysis, Wilcoxon signed-rank test for correlation analysis and Kruskal-Wallis test with Dunn's test for nonparametric multiple comparisons were done. The level of significance was p < 0.05. Although SFR remained reduced, the saliva production increased in all therapies. The SFR showed a statistical difference only in the mIOA (p<0.0225). Despite the few variations in the pH value, there was a statistical difference only in the sNME (p<0.0346). No statistical difference was found in BC; however, the normality values were reached (borderline to normal values) in 50% for MDHB and in 29% for sNME and mIOA. The normal values of nSC were not affected, even though the nSC levels have increased statistically in NMES (p < 0.0360) and between the NMES and mIOA therapies (p <0.0058). No P. aeruginosa species was identified in our patients before the therapies. In this study, we concluded that the reduction in salivary flow remained in DS patients with DS and OSA after the proposed therapies; however, mIOA followed by MDHB mitigated the severity of this alteration. sNME showed better performance in relation to saliva quality when compared to other therapies. Among the therapies, patients treated with mIOA showed high susceptibility to stress, particularly at night. No patient had risk of aspiration pneumonia before the therapies. No congenital anomalies of major salivary glands were evidenced, but acquired alterations were observed in some patients with DS and OSA.

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Português

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