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Publicação:
Fluoxetina, um contaminante de preocupação emergente: efeitos na barreira intestinal de organismo não-alvo

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Orientador

Mari, Renata de Britto

Coorientador

Fagundes, Kainã Rocha Cabrera

Pós-graduação

Curso de graduação

São Vicente - IBCLP - Ciências Biológicas

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Trabalho de conclusão de curso

Direito de acesso

Acesso restrito

Resumo

Resumo (português)

O antidepressivo cloridrato de fluoxetina (FLX) é o mais prescrito no Brasil e no mundo para tratamentos de depressão e demais transtornos. O FLX é um psicotrópico pertencente aos inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS). Todavia, a serotonina (5-HT) em sua grande maioria está localizada perifericamente no intestino, regulando atividades de motilidade, secreção e vasodilatação. Uma das principais vias de contato com os contaminantes é a alimentar, assim o trato gastrointestinal (TGI) atua como barreira seletiva, devido a sua estrutura e componentes. Dessa maneira, houve como objetivo avaliar a histopatologia da barreira intestinal de Danio rerio expostos a concentrações ambientais de fluoxetina. Para esse fim, utilizou-se as concentrações de 5; 50 e 500 ng.L-1 em triplicata por 21 dias com parâmetros físico-químicos controlados e renovação diária de 2⁄3 da água. Posteriormente, os indivíduos foram eutanasiados, os intestinos coletados e processados sob rotina histológica. Para análise morfométrica, as lâminas foram fotografadas e analisadas as medidas (μm) de altura da vilosidade e parede total, e espessura da vilosidade, submucosa e muscular. Ademais, para dados dos componentes da mucosa: linfócitos intra-epiteliais intestinais (IELs) e células caliciformes neutras corados com Ácido Periódico de Schiff (PAS) e células caliciformes ácidas coradas com Alcian Blue pH 2,5 (AB), que foram contados em relação ao número de enterócitos. Todos verificados estatisticamente no do software GraphPad Prism através do teste OneWay ANOVA-Tukey, com significância de p<0,05. Na morfometria, em relação ao grupo controle, todos os grupos tiveram diminuição das medidas morfométricas, o que prejudica as funções e homeostase do intestino. Sobre os IELs, em relação ao grupo controle, em todos os grupos houve aumento, indicativo de um processo inflamatório. Para as células caliciformes PAS e AB, em relação ao grupo controle, houve uma diminuição em todas as concentrações, o que ocasiona o aumento de exposição aos patógenos e danos, também causa mau funcionamento da absorção, lubrificação da mucosa e a prejudica o funcionamento do sistema imunológico. Portanto, em concentrações ambientais na escala de nanograma por litro, a fluoxetina altera a barreira intestinal de Danio rerio, em uma relação de resposta dose-efeito, com diminuição significativa de todas as túnicas intestinais, aumento de linfócitos intra-epiteliais e diminuição de caliciformes.

Resumo (inglês)

Fluoxetine hydrochloride (FLX) is the most prescribed antidepressant in Brazil and worldwide for treating depression and other disorders. FLX is a psychotropic drug belonging to the selective serotonin reuptake inhibitors (SSRIs). However, the majority of serotonin (5-HT) is located peripherally in the gut, regulating motility, secretion, and vasodilation activities. One of the main routes of contaminant exposure is through food; thus, the gastrointestinal tract (GIT) functions as a selective barrier due to its structure and components. This study aimed to evaluate the histopathology of the intestinal barrier in Danio rerio exposed to environmental concentrations of fluoxetine. Concentrations of 5, 50, and 500 ng.L−1 were tested in triplicate for 21 days under controlled physicochemical parameters, with daily renewal of 2/3 of the water. Subsequently, the individuals were euthanized, their intestines collected, and processed using standard histological procedures. For morphometric analysis, the slides were photographed, and measurements (μm) of villus height and total wall thickness, as well as villus, submucosa, and muscle thickness, were evaluated. Additionally, mucosal components were analyzed: intestinal intraepithelial lymphocytes (IELs) and goblet cells, neutral stained with Periodic Acid-Schiff (PAS) and acidic stained with Alcian Blue pH 2.5 (AB) were counted relative to the number of enterocytes. All data were statistically analyzed using GraphPad Prism software via the One-Way ANOVA-Tukey test, with significance set at p<0.05. Morphometric results showed decreased measurements in all exposed groups compared to the control group, impairing intestinal functions and homeostasis. Regarding IELs, all exposed groups showed an increase compared to the control group, indicating an inflammatory process. For PAS and AB-stained goblet cells, a decrease was observed in all exposed groups compared to the control, resulting in increased exposure to pathogens and damage, as well as impaired mucosal absorption, lubrication, and immune function. Therefore, at environmental concentrations in the nanogram-per-liter range, fluoxetine alters the intestinal barrier in Danio rerio in a dose-response relationship, with a significant reduction in all intestinal layers, an increase in intraepithelial lymphocytes, and a decrease in goblet cells.

Descrição

Palavras-chave

Contaminantes emergentes na água, Toxicologia ambiental, Histopatologia, Antidepressivos, Monitoramento

Idioma

Português

Como citar

SANTANA, Felipe Teixeira. Fluoxetina, um contaminante de preocupação emergente: efeitos na barreira intestinal de organismo não-alvo. 2024. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciências Biológicas com habilitação em Biologia Marinha) – Instituto de Biociências do Campus do Litoral Paulista, Universidade Estadual Paulista, São Vicente, 2024.

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