Prebióticos em alternativa aos antibióticos em dietas para frangos de corte desafiados em sistema que mimetiza granjas comerciais.

Abstract

O objetivo do estudo foi verificar a influência de diversas formulações prebióticas sobre o desempenho, a morfologia intestinal, e a hematologia, de frangos de corte em substituição ao antibiótico. Para isso, foram utilizados 900 pintos de corte machos Ross com um dia de idade, distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado, com seis tratamentos e cinco repetições. Os tratamentos consistiram em: T1 - ração basal (RB) com inclusão de 0,2% de prebiótico misto, composto por frutooligossacarídeos, galactooligossacarídeos e mananooligossacarídeos; T2 - RB + 0,15% de prebiótico misto, composto por frutooligossacarídeos, galactooligossacarídeos, mananoligossacarídeos e betaglucanos purificados; T3 - RB +0,2% de prebiótico misto, composto por betaglucanos e mananoligossacarídeos; T4 – RB + inclusão de 0,1% de frutooligossacarídeos; T5 – RB + 0,1% de galactooligossacarídeos; T6 – RB + 0,005% de avilamicina. Aos 22 e 35 dias de idade, as aves foram desafiadas oralmente via água de bebida contaminada com cama proveniente de um lote externo que apresentava sinais clínicos de enterites. Aos 7, 14 e 21 dias não houve diferença (P>0,05) entre tratamentos para nenhuma das variáveis de desempenho, dada a ausência de desafio sanitário. Aos 28 dias, aves que receberam antibiótico (T6) apresentaram os menores valores de CRM (P=0,012), porém semelhantes às aves que consumiram dietas com FOS+GOS+MOS+betaglucanos(T2), FOS (T4) e GOS (T5). Aos 35 dias, aves que receberam antibiótico (T6) e GOS (T5) tiveram os melhores índices de CA (P=0,006). Aos 42 dias não houve diferença estatística (P>0,05) para nenhuma das variáveis de desempenho estudadas. Não foram observadas diferenças estatísticas (P>0,05) para as variáveis morfológicas e número de células caliciformes por vilo no duodeno e jejuno de frangos aos 42 dias de idade. Para as variáveis hematológicas, observou-se diferença (P=0,032) para eritrócitos e volume corpuscular médio (VCM). Frangos suplementados com FOS+GOS+MOS+betaglucanos (T2) apresentaram maiores (P= 0,021) contagem de eritrócitos quando comparados aos frangos que receberam na dieta betaglucanos+MOS (T3) e FOS isoladamente (T4). Observou-se menor (P=0,0320) VCM no sangue de frangos suplementados com FOS+GOS+MOS+betaglucanos (T2), embora não tenham diferido de frangos que receberam antibiótico na dieta (T6). Conclui-se que os prebióticos podem ser utilizados em dietas de frangos de corte sem comprometer o estado intestinal e hematologico.

The objective of the study was to verify the influence of different prebiotic formulations on the performance, intestinal morphology, hematology, of broilers in replacement of the antibiotic. For this, 900 male Ross broilers with 1 day of age were used, distributed in a DIC, with six treatments and five replications. The treatments consisted of: T1 - basal diet (BD) with 0.2% mixed prebiotic, composed of fructooligosaccharides, galactooligosaccharides and mannanoligosaccharides; T2 - BD + 0.15% mixed prebiotic, composed of fructooligosaccharides, galactooligosaccharides, mannanoligosaccharides and purified beta-glucans; T3 - BD +0.2% mixed prebiotic, composed of beta-glucans and mannan-oligosaccharides; T4 – BD + inclusion of 0.1% of fructooligosaccharides; T5 – BD + 0.1% galactooligosaccharides; T6 – BD + 0.005% avilamycin. At 22 and 35 days of age, the birds were challenged orally via drinking water contaminated with litter from an external flock showing clinical signs of enteritis. At 7, 14 and 21 days there was no difference (P>0.05) between treatments for any of the performance variables, given the absence of sanitary challenge. At 28 days, birds that received antibiotics (T6) had the lowest CRM values (P=0.012), but similar to birds that ingested diets with FOS+GOS+MOS+betaglucans(T2), FOS (T4) and GOS (T5). At 35 days, birds that received antibiotics (T6) and GOS (T5) had the best rates of CA (P=0.006). At 42 days there was no statistical difference (P>0.05) for any of the performance variables studied. There were no statistical differences (P>0.05) for morphological variables and number of goblet cells per villus in the duodenum and jejunum of chickens at 42 days of age. For hematological variables, there was a difference (P=0.0320) for erythrocytes and mean corpuscular volume (MCV). Broilers supplemented with FOS+GOS+MOS+betaglucans (T2) had higher (P=0.0214) erythrocyte counts when compared to broilers that received betaglucans+MOS (T3) and FOS alone (T4) in the diet. A lower (P=0.0320) MCV was observed in the blood of chickens supplemented with FOS+GOS+MOS+betaglucans (T2), although they did not differ from chickens that received antibiotic in the diet (T6). It is concluded that prebiotics can be used in broiler diets without compromising the intestinal and hematological state.