Condicionamento operante em Tucanuçu (Ramphastos toco): enriquecimento ambiental cognitivo e aplicação prática

dc.contributor.advisorSilvia Mitiko Nishida [UNESP]
dc.contributor.authorSanti, Mariana Aparecida de
dc.contributor.coadvisorCaroline De Cássia Gallo
dc.contributor.institutionFaculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia
dc.date.accessioned2024-01-09T13:05:49Z
dc.date.available2024-01-09T13:05:49Z
dc.date.issued2023
dc.description.abstractO tucanuçu (Ramphastos toco), é uma das espécies nativas afetada pelo tráfico de animais selvagens e, como consequência, quando apreendidos ou resgatados pelos órgãos de fiscalização, sua população aumenta nos centros de triagem e de reabilitação. Nesses centros o monitoramento clínico de rotina é necessário e as aves são capturadas e fisicamente contidas com puçás. Este trabalho teve como objetivo comparar o tempo de manejo de tucanuçus com puçá e com a técnica de condicionamento operante, visando proporcionar menos estresse. Avaliou-se ainda se outras pessoas, que não participaram dos treinamentos, poderiam realizar o manejo. Foram utilizados nove tucanuçus adultos mantidos no Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Selvagens (CEMPAS) da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da UNESP de Botucatu-SP. Antes de serem condicionadas, cada ave anilhada foi pesada, identificada pelo padrão de estrias transversais do bico, tiveram o escore corporal avaliado e o tempo de manejo com um puçá determinado individualmente. Foi elaborado o etograma (lista dos comportamentos executados pelos indivíduos da pesquisa) para a familiarização dos comportamentos dos animais. O processo de condicionamento constituiu-se de oito etapas sucessivas (36 dias) passando pela familiarização dos animais com a treinadora, associação da fonte de petiscos com o som do clicker, seguir o target, entrar na caixa de transporte e ser transportados até a balança de pesagem. O orçamento de dados comportamentais mostrou que os tucanuçus em cativeiro expressam frequentemente mais os comportamentos de manutenção e poucos comportamentos alterados. O tempo de captura e pesagem dos tucanuçus com puçá variou de 35 a 71 segundos. Antes do treinamento, a amostra de tucanuçus não apresentou diferenças intersexuais de massa corpórea cujo peso variou de 0,628 a 0,828 gramas e o escore corporal de 3 a 4. Após 36 dias de treinamento os tucanuçus entraram voluntariamente dentro da caixa de transporte e puderam ser novamente reavaliados. A mediana do tempo de manejo após o treinamento foi 2 segundos menor do que com puçá (Teste t; t=5,205, df=4; p=0,0065). Nenhum comportamento indicador de medo e ansiedade (voo desordenado, alvoroço, fuga de um indivíduo e intensa vocalização) foi registrado durante o manejo com o condicionamento, indicando que os treinamentos serviram de enriquecimento ambiental sensorial, motor e cognitivo. Comparando-se os pesos os escores corporais iniciais e finais, não encontrou-se diferenças significativas. Comparando-se o tempo que a treinadora levou para capturar e pesar os animais dentro da caixa de transporte com o tempo que três voluntárias levaram, não se observa diferença significativa, indicando que a aprendizagem foi sólida, apesar de terem sido registrados comportamentos de estranheza com relação a um dos voluntários. O único tucanuçu que não atingiu plenamente o treinamento foi o T3, o mais arredio de todos. Apesar do bem-estar proporcionado pelo treinamento, o tempo gasto de 36 dias não apresenta praticidade quando se trata de manejo de rotina. Contudo, os dados comportamentais obtidos revelaram que os tucanuçus mantidos em cativeiro aprendem muito facilmente, seja por meio do condicionamento clássico ou operante, abrindo possibilidades para desenvolver outras práticas de manejo minimizando o estresse e melhorando o bem-estar em condições de cativeiro.pt
dc.description.abstractThe toucan (Ramphastos toco) is one of the native species affected by wildlife trafficking and, as a consequence, when seized or rescued by inspection bodies, its population increases in screening and rehabilitation centers. In these centers, routine clinical monitoring is necessary and the birds are captured and physically restrained with bags. This work aimed to compare the handling time of tucanuçus with puçá and with the operant conditioning technique, aiming to provide less stress. It was also assessed whether other people, who did not participate in the training, could carry out the management. Nine adult toucans kept at the Center for Medicine and Research in Wild Animals (CEMPAS) of the Faculty of Veterinary Medicine and Animal Science at UNESP in Botucatu-SP were used. Before being conditioned, each ringed bird was weighed, identified by the pattern of transverse striations on the beak, had its body score evaluated and the handling time with a puçá determined individually. An ethogram (list of behaviors performed by the research individuals) was created to familiarize the animals' behaviors. The conditioning process consisted of eight successive stages (36 days) including familiarizing the animals with the trainer, associating the source of snacks with the sound of the clicker, following the target, entering the transport box and being transported to the scale. weighing. The behavioral data budget showed that toucans in captivity frequently express maintenance behaviors and few altered behaviors. The time taken to capture and weigh toucans with puçá ranged from 35 to 71 seconds. Before training, the toucans sample did not show intersexual differences in body mass, the weight of which varied from 0.628 to 0.828 grams and the body score from 3 to 4. After 36 days of training, the tucanuçus voluntarily entered the transport box and were able to be transported again. reevaluated. The median handling time after training was 2 seconds shorter than with puçá (t test; t=5.205, df=4; p=0.0065). No behavior indicative of fear and anxiety (disorganized flight, commotion, escape from an individual and intense vocalization) was recorded during conditioning handling, indicating that the training served as sensory, motor and cognitive environmental enrichment. Comparing the weights and initial and final body scores, no significant differences were found. Comparing the time it took the trainer to capture and weigh the animals inside the transport box with the time it took three volunteers, no significant difference was observed, indicating that learning was solid, despite strange behaviors being recorded with relation to one of the volunteers. The only toucan that did not fully complete training was T3, the most aloof of all. Despite the well-being provided by training, the time spent of 36 days is not practical when it comes to routine management. However, the behavioral data obtained revealed that toucan kept in captivity learn very easily, whether through classical or operant conditioning, opening up possibilities to develop other management practices that minimize stress and improve well-being in captive conditions.en
dc.description.sponsorshipNão recebi financiamento
dc.identifier.citationSANTI, Mariana Aparecida. Condicionamento Operante em tucanuçu (Ramphastos toco): Enriquecimento ambiental cognitivo e aplicação prática. 2024. 37 p. Monografia (Bacharel em Ciências Biológicas) - Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", Botucatu, 2024.
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/11449/252531
dc.language.isopor
dc.publisherBiblioteca Athena Campus de Botucatu-SP
dc.rights.accessRightsAcesso aberto
dc.subjectManejo em cativeiropt
dc.subjectTreinamentopt
dc.subjectCondicionamento clássicopt
dc.subjectAprendizagempt
dc.titleCondicionamento operante em Tucanuçu (Ramphastos toco): enriquecimento ambiental cognitivo e aplicação práticapt
dc.title.alternativeCondicionamento operante en tucanes (Ramphastos toco): enriquecimiento ambiental cognitivo y aplicación prática tucaneses
dc.typeTrabalho de conclusão de curso
unesp.campusUniversidade Estadual Paulista (Unesp), Instituto de Biociências, Botucatu
unesp.examinationboard.typeBanca pública
unesp.undergraduateBotucatu - IBB - Ciências Biológicas

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