Pandemia, saúde e resiliência: percepções do impacto da Covid-19 em Instituuição de Ensino Superior

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Data

0018-01-24

Orientador

Calais, Sandra Leal

Coorientador

Pós-graduação

Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem - FC 33004056085P0

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Tese de doutorado

Direito de acesso

Acesso restrito

Resumo

Resumo (português)

A pandemia ocasionada pela Covid-19 provocou profundas alterações na rotina laboral e educacional das Instituições de Ensino Superior - IES, devido ao distanciamento social imposto e a migração do ensino presencial para o remoto. Considera-se que em momentos de adversidades como os vivenciados no período da pandemia e pós-pandemia podem ser ativados processos adaptativos, denominados coping e resiliência, os quais auxiliam no enfrentamento e na superação do sofrimento emocional. Tendo em vista tal cenário, foi desenvolvida uma pesquisa cujo objetivo principal foi analisar os impactos da Covid-19 em uma IES paulista e privada. Consiste em um estudo com delineamento misto, de caráter documental, exploratório-descritivo, correlacional, de abordagem quantitativa e qualitativa, transversal e amostra por conveniência, o qual resultou em quatro estudos. Os dados obtidos foram analisados por meio de testes estatísticos, utilizando o software SPSS versão 25 e o Interface de R pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires (IRaMuTeQ). Para tanto, buscou-se, por meio do Estudo 1, analisar e comparar os impactos da Covid-19 a partir das percepções dos membros da comunidade acadêmica, no que se refere à saúde física e emocional, estratégias e suportes. Os resultados alcançados por meio da amostra por conveniência composta por 206 discentes, 115 docentes e 82 técnicos indicaram que os universitários mostraram maior vulnerabilidade frente aos efeitos pandêmicos. No Estudo 2, teve-se como proposta identificar os impactos da educação remota, no processo de ensino-aprendizagem, considerando os recursos tecnológicos, a interação professor-aluno, a adaptação e o engajamento acadêmico. A partir da percepção dos mesmos participantes discentes e docentes do Estudo 1, ficou evidente que todas as variáveis em questão tiveram impactos advindos do ensino remoto, com maior destaque para a interação professor-aluno e as dificuldades encontradas no processo de avaliação de conteúdos e mensuração do aprendizado do aluno. Quanto ao Estudo 3, objetivou-se avaliar e correlacionar os indicadores de depressão, ansiedade e estresse com o fator resiliência, por meio de duas escalas validadas, DASS-21 e Resiliência CD-RISC-25, aplicadas em 55 docentes e 57 técnicos-administrativos durante a pandemia. O Estudo 4 foi semelhante ao 3, porém as escalas foram aplicadas em 418 universitários, no regresso às aulas presenciais. Em ambos os estudos houve alterações nos níveis de estresse, ansiedade e depressão, assim como correlação positiva entre eles. Também se constatou que quanto maiores os prejuízos para a saúde emocional, menores os percentuais de resiliência. Complementarmente ao Estudo 4, os estudantes responderam um questionário sobre os desafios do retorno presencial, sinalizando um misto de sentimentos tanto positivos como negativos, relacionados à dificuldade em manter a atenção nas aulas, ansiedade e medo do contágio da Covid-19, preocupação com as atividades avaliativas, dificuldade em conciliar demandas, assim como alívio e entusiasmo com a nova rotina. Dessa forma, os estudos pretenderam contribuir para melhor compreensão da temática e dos impactos da Covid-19 no Ensino Superior durante e após a pandemia, além de oferecer maior respaldo quanto ao planejamento de ações de cuidados relacionados à saúde física e emocional, possibilitando o desenvolvimento de repertórios comportamentais resilientes. Em adição, propiciar reflexões sobre as novas possibilidades pedagógicas e metodológicas com a imersão das tecnologias digitais de informação e comunicação no âmbito educacional.

Resumo (inglês)

The pandemic caused by COVID-19 has led to profound changes in the work and educational routine of higher education institutions (HEIs) due to the social distancing imposed and the migration from face-to-face to remote teaching. In times of adversity, such as those experienced during the pandemic and post-pandemic periods, adaptive processes called coping and resilience can be activated, helping people to deal with and overcome emotional suffering. In this scenario, we conducted a study whose main objective was to analyze the impact of COVID19 on a private HEI in São Paulo. This was a mixed-design study of documentary, exploratory, and correlational nature, with a quantitative and qualitative, cross-sectional approach and a convenience sample, which resulted in four studies. The data obtained were analyzed using statistical tests with SPSS software version 25 and the R Interface for the Multidimensional Analysis of Texts and Questionnaires (IRaMuTeQ). Thus, study 1 aimed to analyze and compare the impacts of COVID-19 on the perceptions of the members of the educational institution, especially regarding physical and emotional health, support, and habits adopted. The results obtained from a convenience sample of 206 students, 115 teachers, and 82 technical staff indicated that university students were more vulnerable to the effects of the pandemic. Study 2 identified the impact of the remote modality on the teaching-learning process, considering technological resources, professor-student interaction, adaptation, and academic engagement. From the perceptions of the same student and professor participants as in Study 1, it was clear that the variables in question were impacted by remote teaching. The greatest emphasis was on professor-student interaction and the difficulties encountered in assessing content and measuring student learning. Study 3 aimed to evaluate and correlate indicators of depression, anxiety, and stress with the resilience factor using two validated scales: the Depression Anxiety Stress Scales (DASS-21) and the Connor-Davidson Resilience Scale (CD-RISC) (25 items), which were applied to 55 professors and 57 administrative technicians during the pandemic. Study 4 was similar to Study 3, but the scales were applied to 418 undergraduate students who had just returned to face-to-face classes. Both studies showed alterations in the levels of stress, anxiety, and depression. In addition, there was a positive correlation among them. It was also found that the greater the harm to emotional health, the lower the percentage of resilience. In addition to Study 4, the students answered a questionnaire about the challenges of returning in person, indicating a mixture of positive and negative feelings related to the difficulty in maintaining attention in classes, anxiety and fear of COVID-19 contagion, concern about assessment activities, difficulty in reconciling demands, and relief and enthusiasm with the new routine. In this context, the studies aimed to contribute to a better understanding of the issue and the impacts of COVID-19 in higher education during and after the pandemic, as well as

Descrição

Idioma

Português

Como citar

SILVA, Luciana Zanelato da. Pandemia, Saúde e Resiliência: percepções do impacto da Covid-19 em Instituuição de Ensino Superior. Orientadora: Sandra Leal Calais. 2024. 148 f. Tese (doutorado em Desenvolvimento e Psicologia Aprendizagem) Faculdade de Ciências, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Bauru, 2024.

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