Avaliação da eficácia das formulações lipossomal e desoxicolato de anfotericina B sobre espécies de Candida: estudo in vitro e in vivo em Galleria mellonella

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Data

2022-08-05

Orientador

Junqueira, Juliana Campos [Unesp]
Figueiredo-Godoi, Lívia Mara Alves

Coorientador

Pós-graduação

Ciência e Tecnologia Aplicada à Odontologia - ICT

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Dissertação de mestrado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

Anfotericina B pertence a primeira classe (polienos) de medicamentos antifúngicos introduzidos no mercado. O amplo espectro de ação e a baixa taxa de resistência microbiana, definiram a anfotericina B como tratamento de escolha para as infecções graves por Candida spp. Porém, os efeitos colaterais causados pela sua toxicidade impulsionaram o desenvolvimento de novas formulações a base de lipídios. Assim, o objetivo desse estudo foi comparar os efeitos antifúngicos da formulação lipossomal da anfotericina B (AmB-L) com a formulação convencional de anfotericina B desoxicolato (AmB-D). Para isso a atividade antifúngica foi testada sobre diferentes espécies de Candida, incluindo Candida albicans (cepa clínica 70), Candida glabrata (cepa clínica 64), Candida tropicalis (cepa clínica 11) e Candida parapsilosis (cepa ATCC 90018), utilizando-se métodos de estudo in vitro e in vivo. Em estudo in vitro, foi determinada a concentração inibitória mínima (CIM) em células planctônicas por meio do método de microdiluição em caldo. A seguir, concentrações de 10x, 20x e 50x a CIM foram testadas sobre os biofilmes de Candida, verificando-se seus efeitos pela contagem de unidades formadoras de colônias (UFC). Para o estudo in vivo, foi utilizado o modelo invertebrado Galleria mellonella. Os animais foram infectados por Candida e tratados com as formulações de anfotericina B, então foram monitorados diariamente para determinação da curva de sobrevivência e índice de saúde. Os resultados dos testes in vitro demonstraram atividade antifúngica semelhante entre AmB-L e AmB-D em crescimento planctônico. Ambas as formulações apresentaram valores de CIM de 0,5 μg/mL para C. albicans e C. parapsilosis, e de 1 μg/mL para C. glabrata e C. tropicalis. Nos biofilmes, AmB-D apresentou maior atividade inibitória em relação à AmB-L, para todas as cepas de Candida estudadas. Nos testes in vivo, o tratamento com AmB-L ou AmB-D aumentou a sobrevida e índice de saúde das larvas infectadas por Candida, sendo observada maior eficácia da formulação AmB-D em relação à AmB-L. Portanto, concluiu-se que AmB-L e AmB-D apresentam a mesma efetividade sobre células planctônicas, mas AmB-D mostrou maior ação antifúngica sobre biofilmes e infecção experimental no modelo G. mellonella.

Resumo (inglês)

Amphotericin B belongs to the first class (polyenes) of antifungal drugs introduced commercially. The broad spectrum of action and the low rate of microbial resistance have defined amphotericin B as the treatment of choice for serious infections by Candida spp. However, the side effects caused by toxicity stimulated the development of new formulations based on lipids. Thus, the aim of this study was to compare the antifungal effects of the liposomal amphotericin B formulation (AmB-L) with the conventional formulation deoxycholate amphotericin B (AmB-D). For this, the antifungal activity was tested on different Candida species, including Candida albicans (clinical strain 70), Candida glabrata (clinical strain 64), Candida tropicalis (clinical strain 11) and Candida parapsilosis (ATCC strain 90018), using in vitro and in vivo study methods. In in vitro tests, the minimum inhibitory concentration (MIC) was determined using the broth microdilution method. Next, concentrations of 10x, 20x and 50x the MIC were tested on Candida biofilms, verifying their effects by counting colony-forming units (CFU). For the in vivo study, the Galleria mellonella invertebrate model was used. The animals were infected with Candida and treated with amphotericin B formulations, then monitored daily to determine the survival curves and health index score. The results of in vitro tests demonstrated similar antifungal activity between AmB-L and AmB-D in planktonic cells. Both formulations showed MIC values of 0.5 μg/mL for C. albicans and C. parapsilosis, and 1 μg/mL for C. glabrata and C. tropicalis. In biofilms, AmB-D showed greater inhibitory activity in relation to AmB-L for all Candida strains studied. In in vivo tests, the treatment with AmB-L or AmB-D increased the survival and health index of larvae infected by Candida, with greater efficacy for the AmB-D formulation in relation to AmB-L. Therefore, it was concluded that AmB-L and AmB-D have the same effectiveness on planktonic cells, but AmB-D showed greater antifungal action on biofilms and experimental infection in the G. mellonella model.

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Português

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