Condições de trabalho e formalização: os operários da Companhia Paulista de Vias Férreas e Fluviais (1872-1939)
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Data
2024-01-12
Autores
Orientador
Oliveira, Eduardo Romero de
Coorientador
Pós-graduação
História - FCHS 33004072013P0
Curso de graduação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Tese de doutorado
Direito de acesso
Acesso aberto
Resumo
Resumo (português)
A Companhia Paulista de Vias Férreas e Fluviais foi uma importante empresa de acionistas majoritariamente brasileiros que operou de 1872 a 1971. Este tipo de empreendimento necessitou de variados tipos de trabalhadores que atuaram desde a implantação dos trilhos até operações de montagem de vagões. Desse modo, este estudo volta-se para questões como a regulamentação dos ofícios exercidos pelos operários e as condições de trabalho a que eram submetidos em seu cotidiano, o que envolve, naquele momento, a criação, a divisão e a hierarquização dos cargos ocupados e exercidos pelos funcionários da empresa. Esses critérios são fundamentais para entender a formalização do trabalho industrial brasileiro pelo viés ferroviário. A periodização desta pesquisa abarca desde a inauguração da linha Jundiaí – Campinas, em 1872, até o ano de 1929, escolha que se justifica tanto pela abundância de fontes existentes sobre o tema como pela conjuntura. Em outras palavras, os primeiros anos do século XX abrangem importantes questões que serão discutidas nesta pesquisa: o aparecimento de greves, como a de 1906, liderada pelos ferroviários da Companhia Paulista, a incorporação de oficinas à empresa e o surgimento das primeiras leis trabalhistas que, foram, sobretudo, fruto das lutas deste grupo de trabalhadores. Para a viabilização deste estudo, foram utilizados relatórios da Companhia Paulista, uso de periódicos locais do período, processos trabalhistas, um banco de dados de trabalhadores e a bibliografia adequada ao tema.
Resumo (inglês)
Companhia Paulista de Vias Férreas e Fluviais was an important company with majority Brazilian shareholders that operated from 1872 to 1971. This type of enterprise required different types of workers who worked from laying the tracks to wagon assembly operations. Therefore, this study focuses on issues such as the regulation of the jobs carried out by workers and the working conditions to which they were subjected in their daily lives, which involved, at that time, the creation, division and hierarchization of positions held and carried out by company employees. These criteria are fundamental to understanding the formalization of Brazilian industrial work from a railway perspective. The periodization of this research ranges from the inauguration of the Jundiaí – Campinas line, in 1872, to the year 1939, a choice that is justified both by the abundance of existing sources on the topic and by the current situation. In other words, the first years of the 20th century encompass important issues that will be discussed in this research: the appearance of strikes, such as the one in 1906, led by Companhia Paulista railway workers, the incorporation of workshops into the company and the emergence of the first labor laws that , were, above all, the result of the struggles of this group of workers. To make this study viable, reports from Companhia Paulista were used, as well as local periodicals from the period, labor processes, a database of workers and bibliography appropriate to the topic.
Descrição
Idioma
Português
Como citar
LICO, Tamires Sacardo. Condições de trabalho e formalização : os operários da Companhia Paulista de Vias Férreas e Fluviais (1872-1939). 2024. 318 p. Tese (Doutorado em História) - Faculdade de Ciências e Letras e Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP), Assis, 2024.