Expressão de microRNAs no cérebro de cães com leishmaniose

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Data

2024-06-14

Orientador

Machado, Gisele Fabrino

Coorientador

Pós-graduação

Ciência Animal - FMVA 33004021075P8

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Dissertação de mestrado

Direito de acesso

Acesso restrito

Resumo

Resumo (português)

A leishmaniose visceral canina (LVC) é uma doença crônica e progressiva de alta variabilidade clínica, que pode incluir manifestações neurológicas. Em virtude das alterações inflamatórias encefálicas, sabe-se atualmente que cães infectados cronicamente podem apresentar déficits neurológicos significativos. Apesar da importância clínica desta desordem, são escassos os relatos que caracterizam lesões neurológicas na LVC. Estudos prévios realizados em cães com LVC evidenciaram a presença de inflamação encefálica pela observação de infiltração de linfócitos T, ativação de células da glia, alterações degenerativas de neurônios, meningite, coroidite, além da ativação de metaloproteinases e alteração na expressão gênica de quimiocinas e de citocinas pró-inflamatórias. É sabida a função de microRNAs (miRNAs) na regulação da expressão de proteínas fundamentais para a função, a diferenciação e o desenvolvimento de tipos celulares do sistema imunológico; e a desregulação da atividade de miRNAs está envolvida em diversas enfermidades. No sistema nervoso, o equilíbrio entre diferentes estados fenotípicos da micróglia e dos astrócitos pode promover inflamação ou reparo tecidual e influenciam a progressão dos distúrbios inflamatórios. Os miRNA operam ativando ou modulando os genes expressos por células da glia e astrócitos, e podem exacerbar ou restringir a sinalização de um processo inflamatório. Ainda, na LVC, em virtude de a supressão imunológica celular ser determinante para a sua progressão, sabe-se que os miRNAs e sua regulação imunológica são essenciais para a mudança do padrão da resposta. Assim, o presente estudo buscou a melhor compreensão da patogênese das alterações neurológicas causadas pela LVC, por meio da avaliação da expressão de miRNA em cérebro de cães com leishmaniose.

Resumo (inglês)

Canine visceral leishmaniasis (CanL) is a chronic and progressive disease characterized by high clinical variability, which may include neurological manifestations. Despite the clinical importance of this disorder, there are few reports characterizing neurological lesions in CanL. Previous studies conducted in dogs with CanL have demonstrated the presence of brain inflammation, manifested by T lymphocyte infiltration, glial cell activation, neuronal degeneration, meningitis, choroiditis, as well as the activation of metalloproteinases and alterations in the expression of chemokines and pro-inflammatory cytokines. MicroRNAs (miRNAs) play a crucial role in regulating protein expression, essential for the function, differentiation, and development of immune cell types. Dysregulation of miRNA activity is implicated in various diseases. In the nervous system, the balance between different phenotypic states of microglia and astrocytes can either promote inflammation or tissue repair, thereby influencing the progression of inflammatory disorders. MiRNAs operate by activating or modulating genes expressed by glial cells and astrocytes and can exacerbate or restrict the signaling of an inflammatory process. Moreover, in CanL, where cellular immunosuppression is decisive for disease progression, miRNAs and their immunoregulatory functions are essential for altering the pattern of immune responses. Thus, the present study aimed to enhance our understanding of the pathogenesis of neurological changes associated with CanL, by evaluating miRNA expression in the brains of dogs affected by leishmaniasis.

Descrição

Idioma

Português

Como citar

JUSSIANI, G. J. Expressão de microRNAs no cérebro de cães com leishmaniose. 2024. 74 f. Dissertação (Mestrado em Ciência Animal) - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", Faculdade de Medicina Veterinária de Araçatuba, Araçatuba, 2024.

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