Araçatuba - FMVA - Faculdade de Medicina Veterinária

URI Permanente para esta coleçãohttps://hdl.handle.net/11449/253925

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  • ItemDissertação de mestrado
    Avaliação ecocardiografica de cadelas anestesiadas sob efeito de dexmedetomidina e morfina pela via epidural
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-08-16) Ribeiro, Yan Seixas ; Santos, Paulo Sergio Patto dos
    A anestesia balanceada é caracterizada pela associação de múltiplos fármacos com a finalidade de gerar inconsciência, relaxamento muscular e analgesia, proporcionando redução das taxas empregadas e consequentemente dos seus efeitos adversos. Com o estudo objetivou-se comparar os efeitos da administração de dexmedetomidina em relação à morfina, pela via epidural, sobre parâmetros ecocardiográficos do ventrículo esquerdo e direito em cadelas saudáveis anestesiados com isofluorano. Vinte cães sem predileção de raça, com idade de 2 ± 0,9 anos, com peso 12 ± 5 kg, comprovadamente hígidas e com classificação ASA I foram distribuídos, de forma aleatória, em dois grupos experimentais: grupo morfina (GM, n = 10) e grupo dexmedetomidina (GD, n = 10). Em ambos os grupos os parâmetros ecocardiográficos foram obtidos com o animal acordado (Mb) em seguida as cadelas foram submetidas a medicação pré-anestésica com acepromazina (0,03 mg/kg, IM) e uma nova avaliação foi feita após 15 minutos (Ma). Foi realizada indução com propofol (dose-efeito, IV) e mantidas em plano anestésico com isofluorano. Após 15 minutos da indução e imediatamente antes da epidural (Mi), foram coletados os dados referentes às variáveis ecocardiográficas e hemodinâmicas de interesse. Em seguida foi realizada a administração epidural com a solução de acordo com o grupo selecionado: dexmedetomidina (4 μg/kg) ou morfina (0,1 mg/kg), todos diluídos para um volume total de 0,22 mL/kg. Imediatamente após o fim da epidural parâmetros referentes a janela paraesternal direita foram coletados (Me). Após 10 minutos da administração da epidural, em ambos os grupos, foram coletadas as variáveis de interesse (Me10). Em seguida as cadelas foram encaminhadas para a cirurgia de ovário-histerectomia. As variáveis ecocardiográficas analisadas não demonstraram diferença entre os grupos. Porem foi possível observar que, no GD, a FC e o ICD foram menores após a epidural quando comparado ao Mb. A FEJ foi significativamente reduzida no Me10 comparada ao Mi e a Relação E/A, Relação E’/A’ e TRIV foram maiores no Me10. Essas diferenças estatísticas não foram observadas no GM, o que demonstra a maior estabilidade do fármaco. A PAD e PAM foram estatisticamente maiores no Me10 do GD. Além desses achados observou-se que a quantidade e persistência de alterações eletrocardiográficas de BAV 2° grau e de parada sinusal foram maiores no grupo que recebeu dexmedetomidina. Os resultados permitem concluir que a administração da dexmedetomidina pela via epidural proporciona menor estabilidade cardiovascular do que a morfina, além de promover alterações eletrocardiográficas clinicamente relevantes.
  • ItemDissertação de mestrado
    Correlação entre sensibilidade corneal, teste de meniscometria em tiras e teste lacrimal de Schirmer tipo I em cães braquicefálicos com e sem ceratoconjuntivite seca quantitativa
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-06-07) Tubone, Laís Tiemi ; Andrade, Alexandre Lima de
    O objetivo do presente trabalho foi determinar se há diferença na sensibilidade corneal dos cães braquicefálicos com ceratoconjuntivite seca (CCS) antes e após 30 e 60 dias de tratamento, assim como comparar a sensibilidade corneal destes pacientes com pacientes hígidos. Foram utilizados 30 cães, sendo 3 da raça Buldogue Francês e 27 da raça Shih tzu. Os cães foram submetidos à avaliação oftálmica com auxílio de lâmpada de fenda, sendo realizados testes de estesiometria de Cochet-Bonnet (ECB), meniscometria em tiras (MT), Teste lacrimal de Schirmer tipo I (TLS-I) e Teste de tingimento pela fluoresceína sódica (TTF) para observação dos parâmetros compatíveis com CCS. Após a avaliação, os animais foram divididos em grupo controle (GC) (n = 17), quando o resultado do TLS-I foi maior que 15 mm/min e grupo tratado (GT) (n = 13), quando o resultado do TLS-I foi menor que 15 mm/min. Ainda, foram avaliados pelos testes de ECB e MT, nessa mesma ocasião. Para o GT, foi instituído tratamento da CCS com colírios anti-inflamatório, lacrimomimético e imunomodulador. Na reavaliação do GT, foram novamente realizados os exames de ECB, MT e TLS-I, após 30 (D30) e 60 dias (D60) de tratamento. No exame de ECB, foi encontrada diferença estatística entre os grupos D0 e GC e entre o D30 e GC (p<0,05). No teste de MT, houve diferença estatística entre D0 e D30, D0 e D60, D0 e GC, D30 e GC e D60 e GC (p<0,05). No TLS-I, foi observada diferença estatística entre D0 e D30, D0 e D60, D0 e GC, D30 e GC, e D60 e GC (p<0,05). Dessa forma, conclui-se que pacientes braquicefálicos portadores de CCS apresentam menor sensibilidade corneal que os pacientes hígidos, porém, observou-se melhora progressiva deste parâmetro clínico ao longo de 60 dias de tratamento, corroborados pelos testes lacrimais de Schirmer tipo I e meniscometria em tiras.
  • ItemDissertação de mestrado
    Fatores de risco para a ocorrência de enteroparasitos por meio do diagnóstico TF-Test em felinos domiciliados no município de Araçatuba, São Paulo, Brasil
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-06-07) Santos, Jady Franciele da Silva ; Ferreira, Wagner Luis
    A expansão do mercado pet é uma realidade mundial e o Brasil se destaca nesse crescimento, principalmente após o período de pandemia. Os humanos apresentam a tendência de cada vez mais estreitarem os laços com seus animais de companhia. As pessoas têm aumentado a procura pela adoção de felinos. É inquestionável que esse íntimo contato entre tutores e pets traz benefícios na saúde física e mental de ambos, mas também é inerente a existência dos riscos de enfermidades zoonóticas. Apesar dos constantes avanços em profilaxia e terapêutica para endoparasitoses, a presença de helmintos e protozoários gastrointestinais é rotineira. Os sinais clínicos dessas enfermidades podem ser confundidos com outras doenças gastrointestinais, por isso seu diagnóstico pode ser negligenciado. Os exames coproparasitológicos são necessários na rotina clínica e permitem o correto diagnóstico e terapêutica desses animais. O objetivo neste trabalho foi de investigar os fatores de risco para a ocorrência de parasitos entéricos em felinos domiciliados no município de Araçatuba, São Paulo.
  • ItemDissertação de mestrado
    Expressão de microRNAs no cérebro de cães com leishmaniose
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-06-14) Jussiani, Giulia Gonçalves ; Machado, Gisele Fabrino
    A leishmaniose visceral canina (LVC) é uma doença crônica e progressiva de alta variabilidade clínica, que pode incluir manifestações neurológicas. Em virtude das alterações inflamatórias encefálicas, sabe-se atualmente que cães infectados cronicamente podem apresentar déficits neurológicos significativos. Apesar da importância clínica desta desordem, são escassos os relatos que caracterizam lesões neurológicas na LVC. Estudos prévios realizados em cães com LVC evidenciaram a presença de inflamação encefálica pela observação de infiltração de linfócitos T, ativação de células da glia, alterações degenerativas de neurônios, meningite, coroidite, além da ativação de metaloproteinases e alteração na expressão gênica de quimiocinas e de citocinas pró-inflamatórias. É sabida a função de microRNAs (miRNAs) na regulação da expressão de proteínas fundamentais para a função, a diferenciação e o desenvolvimento de tipos celulares do sistema imunológico; e a desregulação da atividade de miRNAs está envolvida em diversas enfermidades. No sistema nervoso, o equilíbrio entre diferentes estados fenotípicos da micróglia e dos astrócitos pode promover inflamação ou reparo tecidual e influenciam a progressão dos distúrbios inflamatórios. Os miRNA operam ativando ou modulando os genes expressos por células da glia e astrócitos, e podem exacerbar ou restringir a sinalização de um processo inflamatório. Ainda, na LVC, em virtude de a supressão imunológica celular ser determinante para a sua progressão, sabe-se que os miRNAs e sua regulação imunológica são essenciais para a mudança do padrão da resposta. Assim, o presente estudo buscou a melhor compreensão da patogênese das alterações neurológicas causadas pela LVC, por meio da avaliação da expressão de miRNA em cérebro de cães com leishmaniose.
  • ItemDissertação de mestrado
    Fauna parasitária em javalis (Sus scrofa) de vida livre da região noroeste do estado de São Paulo
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-06-11) Pinto, Michel dos Santos ; Bresciani, Katia Denise Saraiva ; Rozza, Daniela Bernadete ; Lucheis, Simone Baldini
    Os javalis (Sus scrofa) são animais euroasiáticos e exóticos no Brasil, responsáveis por causar danos econômicos, ambientais e sanitários. Além disso, o compartilhamento do ambiente com espécies nativas, pode representar uma ameaça a biodiversidade. Com a liberação do controle e caça desses porcos selvagens, aumentou a interação com humanos, bem como o seu consumo como fonte alimentar, o que pode potencializar o risco de transmissão de zoonoses. Assim, o objetivo neste estudo, foi identificar a fauna parasitária de javalis de vida livre abatidos na região Noroeste do estado de São Paulo, Brasil. Necropsias e exames parasitológicos, foram realizados nos animais abatidos, para investigação de endoparasitos e ectoparasitos, sendo efetuada também a caracterização molecular de Cryptosporidium spp. Para verificar a associação entre a positividade e negatividade dos parasitos e as variáveis analisadas (sexo e faixa etária), foi efetuada a análise estatística por meio do teste exato de Fisher, com intervalo de confiança de 95%, sendo considerada significativa quando P<0,05. Diferentes espécies de helmintos foram identificadas, como Globocephalus urosubulatus, Strongyloides ransomi, Stephanurus dentatus, Metastrongylus salmi, e Trichuris suis. Também foram evidenciados coccídeos da Família Eimeriidae, Cryptosporidium scrofarum, larvas de dípteros muscomorfos de Cochliomyia hominivorax e ixodídeos do gênero Amblyoma spp. Portanto, nesta pesquisa, foram constatadas espécies com potencial zoonótico, que podem propiciar danos econômicos e comprometimento da produtividade animal.
  • ItemDissertação de mestrado
    Influência do ciclo estral de cadelas hígidas sobre teste lacrimal de Schirmer, tempo de ruptura do filme lacrimal e pressão intraocular
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-05-23) Polizel, Larissa Bomfim ; Andrade, Alexandre Lima de
    Objetivou-se avaliar a influência da oscilação hormonal de cadelas hígidas em diferentes fases do ciclo estral na fisiologia lacrimal quantitativa/qualitativa e sobre a pressão intraocular. Foram estudadas oitenta e quatro cadelas não castradas de diferentes raças com idades variadas. Os animais foram divididos de forma aleatória duplo-cego de acordo com a fase do ciclo estral, segundo os achados de citologia vaginal e a dosagem sérica de progesterona. A partir de então, foram constituídos quatro grupos experimentais: Grupo Anestro - GA (n= 76 olhos) composto por cadelas em anestro; Grupo Proestro - GP (n= 36 olhos) composto por cadelas em proesto; Grupo Estro - GE (n= 28 olhos) composto por cadelas em estro; Grupo Diestro - GD (n= 28 olhos) composto por cadelas em diestro. Todos os animais foram submetidos ao teste lacrimal de Schirmer tipo-1 (TLS-1), tempo de ruptura do filme lacrimal (TRLF) e aferição de pressão intraocular (PIO) pela tonometria de rebote. Não foram encontradas diferenças estatísticas nos testes TSL-1, TRFL e PIO em ambos os olhos de cadelas em diferentes fases do ciclo estral (p>0,05), porém os animais pertencentes ao grupo diestro apresentaram menores médias no TSL-1 nos olhos esquerdos e as menores médias de TRFL foram encontradas em ambos os olhos de cadelas no anestro. Os maiores valores de pressão intraocular foram encontrados nos olhos esquerdos de cadelas em anestro. Conclui-se que não houve influência do ciclo estral de cadelas hígidas na avaliação lacrimal quantitativa e qualitativa e na PIO. Destaca-se a importância de se comporem estudos que desvendem a influência ou não dos hormônios sexuais de cadelas na patogênese do olho seco e na dinâmica da PIO como fator predisponente ao glaucoma, visto que na medicina veterinária, tais dados são escassos.
  • ItemDissertação de mestrado
    Metaloproteinases 2 e 9 sérica em gatos naturalmente infectados com Leishmania spp.
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-08-15) Wajima, Natielle Rodrigues ; Machado, Gisele Fabrino ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Leishmaniose visceral é uma zoonose negligenciada causada pelo protozoário intracelular do gênero Leishmania, e ocorre em regiões onde o clima é tropical e subtropical. Tem como hospedeiro definitivo o homem e o cão, porém estudos recentes têm demonstrado o gato como hospedeiro, capaz de disseminar a doença, participando, então do ciclo epidemiológico da enfermidade. A leishmaniose apresenta sinais clínicos diversos, variando conforme a imunidade do hospedeiro e da espécie de Leishmania, podendo ser subclínica em gatos, assim como ocorre em cães. O diagnóstico definitivo é dado através de exames laboratoriais sendo eles: citologia, histologia, imunohistoquímica, cultura celular e reação em cadeira pela polimerase (PCR), ensaio de imunoabsorção enzimática (ELISA) e reação de imunofluorescência indireta (RIFI). As metaloproteinases (MMPs) são gelatinases, endopeptidases dependentes de zinco, que são responsáveis pela degradação da membrana basal, apresentando importância na disseminação de neoplasia, remodelação de tecidos, modulação da inflamação, migração celular em processos inflamatórios. O papel das MMPs está relacionado com a patogenia de lesãoes da leishmaniose visceral em humanos e cães já relatados em literatura. Este é o primeiro trabalho avaliando a atividade das metaloproteinases em gatos com diagnóstico sorológico e/ou molecular para leishmaniose. Em uma região endêmica para leishmaniose visceral, 272 felinos foram testados por métodos paralelos (ELISA e qPCR), resultando em 26 animais positivos (grupo infectado). A atividade das metaloproteinases séricas foi avaliada pela técnica de zimografia. Tanto no grupo controle quanto no grupo infectado não houve a presença da atividade das MMP-2 e 9 na forma ativa, somente na forma inativa. Comparativamente, gatos com leucemia viral felina (FELV) não apresentaram atividade mais intensa desas metaloproteinases, dessa forma não demonstrando que a imunossupressão pudesse aumentar a atividade das metaloproteinases. Portanto, gatos assintomáticos com leishmaniose visceral não apresentam alteração da atividade das metaloproteinases 2 e 9, não participando dessa via na disseminação da doença e da ativação da cascata de inflamação.
  • ItemDissertação de mestrado
    Educação Permanente como prática de ações para o Controle da Leishmaniose Visceral Canina e Humana no Município de Araçatuba, São Paulo, Brasil
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-08-22) Suto, Tania Mara Tomiko ; Bresciani, Katia Denise Saraiva ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O objetivo neste projeto foi implantar a Educação Permanente como prática de ações para o Controle da Leishmaniose Visceral Canina e Humana (LVCH) no Município de Araçatuba, São Paulo, Brasil. Para isso, foram realizadas atividades de intervenção na Área de Trabalho Local 5 (ATL5), que corresponde aos bairros, Conjunto Habitacional Hilda Mandarino, Vicente Grosso, Jardim Umuarama, Concórdia, Conjunto Habitacional Ivo Tozi, Country Ville, Araçatuba G, Água Branca I, II e III e Pinheiros do município de Araçatuba/SP/Brasil. Entre setembro de 2019 a março de 2021, foram executadas Oficinas com base em técnicas educativas, estrategicamente elaboradas por meio de discussões das Diretrizes da Educação Permanente, propiciando o conhecimento da doença e o controle ambiental por meio de ações de intervenção, como Manejo Ambiental Educativo e a realização de Inquérito Canino. Para o cumprimento das atividades contou-se com os profissionais de saúde do município de Araçatuba. A atividade de Inquérito Canino dos reservatórios domésticos (cães) para diagnostico da Leishmaniose Visceral Canino (LVC) e o Manejo Ambiental Educativo foi inserido no cotidiano das equipes de Agentes de Endemias e Comunitários com técnicas a fim de impactar na redução da ocorrência da LVCH. A análise da coleta de dados foi apresentada em porcentagens comparativas do antes e depois da execução das atividades inerentes, da positividade canina e do Manejo Educativo Ambiental foi apresentado na forma descritiva e inferencial. Não houve significância nas ações educativas realizadas, porém observou-se diminuição da incidência canina e humana após a aplicação das atividades. Este trabalho foi considerado inédito na integração das equipes e das ações, com implantação de uma Política Pública em Saúde.
  • ItemDissertação de mestrado
    Sensibilidade antimicrobiana de patógenos causadores de mastite em vacas na região Centro-Oeste Paulista
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-08-24) Amato, Beatriz Pinheiro ; Ponsano, Elisa Helena Giglio ; Grassi, Thiago Luís Magnani ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A mastite gera prejuízos econômicos em rebanho leiteiros e interfere nos processos industriais de laticínios. O uso indiscriminado de antibióticos para tratar a doença agrava a resistência a tais medicamentos, sendo imprescindível a identificação do agente causador para o sucesso do tratamento. O objetivo do presente estudo foi isolar bactérias causadoras de mastite bovina em amostras de leite obtidas em propriedades leiteiras localizadas no Centro-Oeste Paulista e avaliar sua resistência frente aos antimicrobianos comumente utilizados em seu tratamento. Analisaram-se amostras de leite de 80 vacas com mastite clínica ou subclínica. As amostras foram inoculadas em Ágar Sangue e Ágar MacConkey e incubadas a 37 ºC/24 h. As colônias isoladas passaram por identificação morfo-tintorial (coloração de Gram) e bioquímica. Para a determinação da espécie, as amostras de leite também foram analisas por espectrometria de massa (MALDI-TOF MS). Os microrganismos identificados foram submetidos ao teste de sensibilidade aos antimicrobianos em placa de Ágar Müeller-Hinton (35 °C/24 h) com discos contendo Gentamicina (10 μg), Amoxicilina + Clavulanato (20 μg + 10 μg), Tetraciclina (30 μg) e Oxacilina (1 μg). Em 87,5% das amostras houve crescimento de bactérias Gram-positivas, com prevalência de Staphylococcus aureus (54,3%) e 21,2% das amostras apresentaram colônias de bactérias Gram-negativas, com o predomínio de Escherichia coli (18,6%). A resistência para oxacilina ocorreu em 48,6% das bactérias Gram-positivas e em 100% das bactérias Gram-negativas isoladas e, para tetraciclinas, a resistência foi de 12,8% e 29,4% respectivamente. Dentre as bactérias Gram-positivas, 11,4% apresentaram resistência para gentamicina e amoxacilina e clavulanato. As bactérias Gram-negativas apresentaram 5,9% de resistência para amoxacilina e clavulanato e nenhuma resistência frente à gentamicina. Concluiu-se que houve alta incidência de bactérias Gram-positivas causadoras de mastite na região e alta incidência de resistência a oxacilina entre os microrganismos isolados.
  • ItemDissertação de mestrado
    Parâmetros clínicos, hematológicos, bioquímicos e de estresse oxidativo em cães saudáveis submetidos à ozonioterapia por insuflação retal.
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 23-07-03) Oliveira, Paula Lima de ; Almeida, Breno Fernando Martins de ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A ozonioterapia atua no organismo induzindo um estresse oxidativo controlado, promovendo melhora da resposta antioxidante, imune e circulatória, o que parece auxiliar nos processos infecciosos e inflamatórios. Todavia, muito pouco é conhecido sobre como a ozonioterapia afeta os parâmetros fisiológicos e os indicadores de estresse oxidativo em cães. Nesse contexto, o presente estudo teve como objetivo avaliar os parâmetros clínicos, hematológicos, bioquímicos e de estresse oxidativo de cães saudáveis submetidos à ozonioterapia e oxigenioterapia por insuflação retal. Para tal, 10 cães saudáveis foram alocados em três grupos experimentais em delineamento cruzado com um mês de intervalo: controle, sem intervenção; ozônio, que recebeu 100µg de O3/kg por insuflação retal; e oxigênio, que recebeu volume equivalente ao de ozônio de O2 medicinal por insuflação retal. Cada animal recebeu quatro aplicações consecutivas com intervalos semanais, com 2 coletas de sangue por semana no terceiro e sétimo dias após a aplicação. Posteriormente, foram acompanhados por mais 4 semanas, com coleta semanal. Sendo assim, os animais foram acompanhados por um total de 12 momentos, sendo avaliados parâmetros hematológicos, bioquímicos e de estresse oxidativo, determinando-se a capacidade antioxidante total (CAT) equivalente a trolox pela inibição da redução do cátion ABTS sozinho (CAT-ABTS) e associado à peroxidase (CAT ABTS-HRP), pela capacidade de redução férrica (CAT-FRAP) e cúprica (CAT-CUPRAC); além da determinação da capacidade oxidante total (COT), peroxidação lipídica pelas substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) e dos antioxidantes ácido úrico e albumina. As variáveis foram testadas quanto à normalidade e as diferenças entre os momentos e grupos foram verificadas pelos testes de ANOVA com medidas repetidas e pós-teste de Tukey ou Friedmann com pós-teste de Dunn, sendo consideradas significativas quando p<0,05. A ozonioterapia por insuflação retal aumentou significativamente o peso dos animais e ao avaliar os parâmetros hematológicos, houve aumento do volume corpuscular médio (VCM) e do volume plaquetário médio (VPM); nos parâmetros bioquímicos houve redução dos níveis séricos de colesterol total. Quanto aos parâmetros de estresse oxidativo a ozonioterapia reduziu significativamente CAT-FRAP em D7 tanto em relação ao momento basal quanto ao controle, aumentou significativamente a CAT-CUPRAC em D42 e D49 quando comparado ao grupo controle, causou aumento de ácido úrico quando comparado ao grupo oxigênio e reduziu a peroxidação lipídica em D21 em relação ao grupo controle. Conclui-se que a ozonioterapia por insuflação retal em cães saudáveis causa estresse oxidativo transitório seguido de uma resposta antioxidante e interfere de forma discreta em alguns parâmetros clínicos, hematológicos e bioquímicos ainda permanecendo dentro dos intervalos de referência para a espécie, evidenciando ser uma terapia segura. Além disso, a oxigenioterapia causa estresse oxidativo sem induzir resposta antioxidante posterior.
  • ItemDissertação de mestrado
    Reação inflamatória no sistema nervoso central de cães com leishmaniose visceral e pesquisa de amastigotas e linfócitos T na medula espinhal
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-02-07) Pellissari, Maria Cecilia Clarindo ; Machado, Gisele Fabrino ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O sistema nervoso central é composto por encéfalo e medula espinhal, ao passo que gânglios nervosos e nervos constituem o sistema nervoso periférico. Lesões inflamatórias na medula espinhal relacionadas à Leishmaniose Visceral são pouco descritas na literatura humanos ou animais. O presente estudo tem como objetivo caracterizar a distribuição e intensidade da inflamação encefálica e medular de cães naturalmente infectados por Leishmania infantum. Além disso, verificar a presença e distribuição de linfócitos TCD3 e investigar possíveis vias de migração destas células na medula espinhal de cães acometidos por Leishmaniose Visceral. Para tanto, foi realizada uma revisão bibliográfica consultando plataformas de bases de dados como PubMed, LILACS, SciELO, Google Scholar e Portal de Periódicos CAPES, com ênfase em artigos publicados entre os anos de 2000 a 2022, que abordavam as alterações neurológicas relacionadas à Leishmaniose, além de outros protozoários, afim de explanar as funções fisiológicas e patológicas das barreiras pertencentes ao sistema nervoso central e periférico, e as possíveis vias de migração leucocitária e entrada de agentes infecciosos no sistema nervoso.
  • ItemDissertação de mestrado
    Avaliação de processos de limpeza de tanques de armazenamento de leite em unidade de ordenha mecanizada
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-01-23) Rovedilho, João Alexandre Sanchez Palencia ; Ponsano, Elisa Helena Giglio ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O alto valor nutricional do leite o torna, um meio suscetível ao desenvolvimento bacteriano, que é influenciado pelas contaminações que ocorrem durante e após a ordenha. Com o intuito de eliminar contaminações provenientes de equipamentos, as propriedades leiteiras e as indústrias de laticínios adotam a metodologia clean in place (CIP) cuja eficiência pode ser avaliada por meio de indicadores microbiológicos. O objetivo deste trabalho de pesquisa foi avaliar a eficiência de higienização em superfícies internas de equipamentos de uma unidade de ordenha mecanizada. Para isso, utilizaram-se três metodologias de limpeza em circuito fechado, alterando-se o binômio tempo de contato e temperatura da solução de detergente (20 min/70 °C, 20 min/75 °C e 25 min/70 °C). Para as análises microbiológicas foi utilizado o método do swab de superfície seguido das determinações dos grupos microbianos enterobactérias, mesófilos aeróbios e bolores e leveduras, seguindo-se os métodos oficiais tradicionais, antes e após a aplicação dos processos de higienização. Os resultados foram convertidos para escala logarítmica e avaliados estatisticamente por análise de variância e teste de Tukey, adotando-se 5% como nível de significância. Concluiu-se que todos os procedimentos CIP propostos foram efetivos na redução da carga microbiana das superfícies dos equipamentos de ordenha que fazem contato com o leite, e que os procedimentos a 20 min/75 °C e 25 min/70 °C foram os mais efetivos para o processo de higienização.
  • ItemDissertação de mestrado
    Identificação de Eimeria nagambie, Eimeria zaria e Eimeria spp. geneticamente distintas em sistemas de criação alternativos de galinhas domésticas no estado de São Paulo, Brasil
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-01-31) Soares Junior, José Carlos ; Meireles, Marcelo Vasconcelos ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Coccidiose é o termo usado para a infecção por Eimeria spp. e representa uma das enfermidades de maior importância econômica para a indústria avícola. Apresenta alta prevalência em criações industriais de frangos de corte, onde há uma alta probabilidade de infecção por pelo menos uma espécie de Eimeria. Além das sete espécies de Eimeria já conhecidas, recentemente foram identificadas três novas espécies que parasitam a galinha doméstica: Eimeria lata, Eimeria nagambie e Eimeria zaria, que inicialmente foram denominadas como unidades taxonômicas operacionais (OTU) X, Y e Z, respectivamente. Diante da ausência de estudos atualizados realizados no Brasil referentes a essas novas espécies, o objetivo deste trabalho foi identificar E. lata, E. nagambie e E. zaria em galinhas criadas em sistemas extensivo e semi-intensivo no estado de São Paulo. Foram utilizadas 93 amostras de DNA genômico extraído de fezes de galinhas domésticas de 35 criações semi-intensivas e 58 criações extensivas localizadas em 12 municípios de diversas regiões do Estado de São Paulo. Essas amostras foram classificadas como grupo 1 (G1) e estavam armazenadas por aproximadamente quatro anos. Adicionalmente, foram utilizadas 168 amostras fecais colhidas no ano de 2021 em criações de galinhas domésticas de sistemas extensivos (143) e semi-intensivos (25), classificadas como grupo 2 (G2), em sete municípios do Estado de São Paulo. As amostras do G2 foram submetidas ao exame microscópico direto; aquelas negativas e todas as amostras do G1 foram examinadas por PCR gênero-específica. As amostras positivas para Eimeria spp. foram examinadas por PCR espécieespecífica (E. lata, E. nagambie e E. zaria) seguida de clonagem molecular e sequenciamento genético. Os resultados confirmaram, pela primeira vez em território brasileiro, a presença de E. nagambie (15/79; 18,9%), E. zaria (19/79; 24%) e de novas variantes genéticas relacionadas a E. lata e E. maxima (6/79; 7,6%) em galinhas domésticas.
  • ItemDissertação de mestrado
    Exposição ao Lutzomyia spp. e infecção por Leishmania spp. em felinos domésticos de área endêmica
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-01-20) Bizi, Jaqueline ; Lima, Valéria Marçal Felix de ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Relatos de leishmaniose visceral felina (LVF) estão em ascensão, especialmente em países endêmicos para leishmaniose visceral (LV). Apesar do cão ser o reservatório urbano mais importante, há questionamentos sobre a importância do gato como reservatório adicional. Sabe-se que felinos são suscetíveis a enfermidade, no entanto, são frequentemente assintomáticos e realizam pouca soroconversão, gerando grandes desafios para o diagnóstico. A interação hospedeiro e parasita possui eventos complexos com diversos mecanismos que modulam a resistência ou suscetibilidade à infecção. Adicionalmente, as proteínas salivares do flebotomíneo, inoculadas durante o repasto sanguíneo, também possuem propriedades imunomoduladoras, que podem ser úteis para observação da exposição ao vetor. Esse é o primeiro trabalho que avalia a exposição de uma população de gatos ao Lutzomyia longipalpis, vetor da doença predominante nas Américas. Em uma região endêmica para LV, 283 felinos assintomáticos foram testados por métodos paralelos (ELISA e qPCR), a fim de estimar a prevalência de positivos para LVF. A exposição ao flebotomíneo foi avaliada pela presença de anticorpos anti-antígeno bruto salivar (SGS) do L. longipalpis e do antígeno recombinante maxadilan (MAX), encontrado também na saliva do flebotomíneo. Observamos exposição ao L. longipalpis em 22,62% (64/283) dos gatos, no entanto, sem correlação entre a exposição ao vetor e a positividade para LVF. O MAX e o SGS apresentaram correlação fraca entre si, dessa forma, acreditamos que o MAX não tenha o mesmo desempenho que o SGS para estudos dessa natureza. Observamos prevalência de positivos para LVF de 13,07% e encontramos uma alta taxa de coinfecção pelo vírus da leucemia viral felina (FeLV). Esse é o primeiro delineamento da exposição dos gatos ao L. longipalpis. Mesmo que a presença de anticorpos anti-saliva não tenha uma associação com a ocorrência de LVF, os felinos são naturalmente expostos ao vetor. Positividade para LVF foi observada em gatos assintomáticos, tanto no ELISA como no qPCR. Destacamos a necessidade de monitoramento de gatos de regiões endêmicas, bem como emprego de práticas de prevenção.
  • ItemDissertação de mestrado
    A utilização da infusão de sulfato de magnésio como adjuvante em protocolos anestésicos de bovinos é viável?
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-02-13) Teodoro, Ananda Neves ; Santos, Paulo Sergio Patto dos ; Alves, Endrigo Gabellini Leonel ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O sulfato de magnésio é utilizado há anos na medicina, apresentando propriedades sedativas, analgésicas, miorrelaxantes e hipnóticas. Desta forma, com o estudo, objetivou-se avaliar, por meio de parâmetros cardiovasculares e respiratórios, os efeitos do sulfato de magnésio em bovinos, visando sua aplicação em protocolos anestésicos. Oito animais de sete a 12 meses de idade, com peso entre 90 e 150 kg, receberam, em bolus, 200 mg/kg de sulfato de magnésio, pela via intravenosa (IV) e, posteriormente, foi realizada infusão contínua de sulfato de magnésio na taxa de 80 mg/kg/hora pela mesma via. As variáveis FC, PAS, PAD, PAM, f, BIS, ARM, RA, hemácias, hematócrito, proteína plasmática, plaquetas, ureia, creatinina, AST, GGT, CK e temperatura retal foram avaliadas nos momentos MB, M15, M30, M45, M60, M75, M90, M105 e M120. Já as determinações das variáveis hemogasométricas e eletrólitos (Ph, HCO³-, EB, PaO₂, PaCO₂, SaO2, Na+, K+, Cl- e iCa++), foram mensuradas a cada 30 minutos durante 120 minutos, correspondendo aos momentos MB, M30, M60, M90 e M120. No presente estudo não foram observadas alterações significativas nos valores de BIS, hemograma e bioquímico. Quando comparada ao MB, a FC mostrou-se elevada durante a infusão contínua em todos os momentos, enquanto as pressões arteriais PAS, PAD, PAM e f, apresentaram redução de seus valores. A avaliação das variáveis hemogasométricas a PaCO₂ demonstrou elevação ao longo de todo experimento. Constatou-se relaxamento muscular nos animais durante o estudo, sendo que o reduzido número de estímulos musculares demonstrou diferença estatisticamente significativa. Com os resultados obtidos pode-se concluir que a infusão contínua de sulfato de magnésio em bezerros, na dose e forma empregada, não causou alterações cardiovasculares e respiratórias clinicamente importantes, tendo sido observado relaxamento muscular relevante sem efeito hipnótico. A manipulação dos animais durante todos os períodos experimentais foi adequada e sem intercorrências, podendo-se supor, portanto, que a mesma pode ser utilizada como adjuvante em protocolos anestésicos para a espécie bovina.
  • ItemDissertação de mestrado
    Alterações histopatológicas em hipófise de cães naturalmente infectados por Leishmania infantum: imunomarcação de amastigotas e linfócitos TCD3
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-01-24) Frigerio, Edenilson Doná ; Machado, Gisele Fabrino ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A hipófise, ou glândula pituitária, é composta pela neuro-hipófise e adeno-hipófise, envolvidas pelo círculo arterial cerebral, é classificada como um órgão endócrino responsável por controlar as funções fisiológicas metabólicas, reprodutoras e de crescimento, auxiliando na manutenção da homeostase. A Leishmaniose Visceral Canina (LVC) é causada pelo protozoário Leishmania infantum, normalmente observados no interior das células do sistema mononuclear fagocitário e disseminado no organismo do hospedeiro. Ocasionalmente são observados sinais clínicos neurológicos, lesões inflamatórias e complicações vasculares no sistema nervoso central (SNC) de cães infectados, cuja patogênese não é totalmente compreendida. Está revisão tem como objetivo descrever as características morfológicas e funções da hipófise, e os efeitos da leishmaniose visceral e de outras doenças sistêmicas que podem causar disfunção da glândula. Para isso foi realizada a análise e comparação de livros e artigos científicos sobre as infecções de Leishmania infantum (Chagasi), alterações hipofisárias e endócrinas, publicados nas bases de dados informatizadas PubMed, LILACS, SciELO, Google Scholar e no Portal de Periódicos da CAPES em língua inglesa no período de 1976 a 2022. A hipófise apresenta função chave para a homeostase do organismo, e alterações inflamatórias nesta glândula podem influenciar em sua atividade endócrina. Conclui-se que a presença de inflamação na hipófise pode levar a uma disfunção, acarretando em desordens fisiológicas, e que isso precisa ser melhor investigado em cães infectados por Leishmania spp., uma vez que já foram observadas mudança nas concentrações de hormônios e suas interferências no organismo, em paciente humano e em hamster como modelo experimental.
  • ItemDissertação de mestrado
    Investigação entomológica da população de flebotomíneos após atividades integradas de manejo ambiental em área prioritária para o controle da Leishmaniose Visceral Canina e Humana no Município de Araçatuba, São Paulo, Brasil
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-01-30) Luz-Requena, Keuryn Alessandra Mira ; Bresciani, Katia Denise Saraiva ; Rodas, Lilian Aparecida Colebrusco ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A identificação de áreas prioritárias, também denominadas áreas de trabalho local (ATL) podem auxiliar nas atividades de controle e vigilância da leishmaniose visceral (LV). O objetivo nesta pesquisa foi investigar o impacto da integração de medidas de intervenção no comportamento de flebotomíneos em áreas prioritárias para o controle da leishmaniose visceral canina (LVC) e humana (LVH) no município de Araçatuba, São Paulo, Brasil. As atividades de controle foram representadas pelo manejo ambiental, inquérito canino e ações educativas realizadas de forma concomitante e integrada em sete (ATLs). De 2019 a 2021, foram instaladas armadilhas de isca luminosa do tipo CDC no intra e peridomicílio de doze imóveis da ATL5 e realizado análises de risco espacial para transmissão canina na ATL3 e ATL5. A regressão binomial negativa foi utilizada no presente estudo para avaliar as Razões de Prevalência por classes de abundância (RPcl) do vetor em relação as séries históricas do município. O risco espacial foi avaliado pelo Modelo Aditivo Generalizado (GAM) e expresso pela razão de chances (OR) espacial. Os resultados demonstraram que a cobertura de imóveis trabalhados (trabalhados/visitados) em todas as ATLs do município foi abaixo de 80%. Em todas as ATLs as orientações para manejo ambiental superaram 85% em relação aos imóveis trabalhados. Foram coletados 150 espécimes de flebotomíneos sendo (98,67%) da espécie Lu. longipalpis. Foi observado redução (6%) da (RPcl) em relação a série histórica do município, porém esta redução não foi significativa (RPcl 0.9449) (IC: 0.6587 - 1.3554). O risco espacial de transmissão da LVC não apresentou distribuição homogênea em nenhuma das ATLs (3 e 5), indicando risco diferenciado no espaço geográfico de cada ATL pesquisada. Houveram variadas influências durante o período de estudo indicando a necessidade da repetição do trabalho em condições satisfatórias nas ATLs.
  • ItemDissertação de mestrado
    Ecocardiografia em cães submetidos à infusão contínua de lidocaína e anestesiados com sevofluorano
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-02-03) Games, Bruna de Moraes Martins ; Santos, Paulo Sergio Patto dos ; Ferreira, Wagner Luis ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O estudo teve como objetivo avaliar os efeitos da infusão contínua de lidocaína, através do exame ecocardiográfico, sobre a função sistólica e diastólica em cães anestesiados com sevofluorano. Utilizaram-se 16 cães (machos e fêmeas), com idade de 1 a 5 anos, peso variando de 4 a 20 kg. Os animais foram distribuídos em dois grupos experimentais de 8 animais cada, o grupo controle (GC) e grupo lidocaína (GL). Os animais foram induzidos à anestesia através do uso de máscara facial com sevofluorano (5 V%), intubados, conectados ao circuito anestésico e mantidos anestesiados com sevofluorano. Após 15 minutos e antes da administração da lidocaína ou solução fisiológica, realizou-se a colheita das variáveis para o momento basal (MB). Na sequência fora administrado bolus de lidocaína intravenosa (2mg/kg), seguidodo início da infusão contínua (100 µg/kg/minuto). Para o GC, a mesma metodologia foi empregada, trocando-se a lidocaína por solução de NaCl 0,9%, em volumes, taxas e vias idênticas. As observações das variáveis de interesse tiveram início antes de administração da lidocaína ou NaCl 0,9% (MB), e 20,40,60 e 80 minutos após o início da infusão contínua (M20, M40, M60 e M80, respectivamente). As variáveis avaliadas foram: frequência cardíaca (FC), pressões arteriais sistólica, média e diastólica (PAS, PAM e PAD) e avaliação ecocardiográfica da função sistólica e diastólica do ventrículo esquerdo. Apenas a variável FC apresentou aumento significativo no GC entre o momento basal e M60. Nas demais variáveis não foram observadas diferenças entre tratamentos para os parâmetros hemodinâmicos, e índices de função sistólica FEC, FEJ. As variáveis de função diastólica também demonstraram padrão de normalidade de relaxamento. Sendo assim, concluímos que o uso da lidocaína em infusão contínua na taxa de 100 µg/kg/minuto não alterou as funções sistólica e diastólica do ventrículo esquerdo em cães. Conclui-se com os resultados que a lidocaína se mostra segura sob o ponto de vista cardiovascular associada à anestesia com sevofluorano.
  • ItemDissertação de mestrado
    Efeito da educação ambiental no controle da população de flebotomíneos
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-12-22) Stringheta, Regina Celia Loverdi de Lima ; Bresciani, Katia Denise Saraiva ; Silva, Valéria Maria Savoya da ; Alves, Graziella Borges ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O município de Araçatuba está localizado em uma área endêmica para a Leishmaniose Visceral (LV), cujo principal vetor é o flebotomíneo Lutzomyia longipalpis. Neste sentido foi investigado o efeito da educação ambiental no controle da população de flebotomíneos. Assim, foi avaliado o conhecimento de tutores caninos com questionários aplicados por meio de entrevistas anteriores e posteriores à ações educativas. A cada visita foram realizadas coletas de flebotomíneos por meio de armadilhas luminosas do tipo CDC (Centers for Disease Control and Prevention, Atlanta, USA), que foram instaladas no peri e intradomicílio de cada casa. Os resultados obtidos indicaram que o maior número de respostas corretas foi observado após as ações educativas, sendo a maioria estatisticamente significativa, portanto houve aumento do conhecimento dos tutores caninos em relação a LV. No total, foram identificados 122 exemplares de L. longipalpis. Em relação a análise molecular, somente houve a detecção de Leishmania spp. em 25% (2/8) das fêmeas de L. longipalpis antes da atividade educativa e após a atividade educativa não foi encontrado positividade. Posteriormente ao trabalho educativo, houve redução do número de flebotomíneos de 84 para 38, sendo constatado também maior número de acertos nos questionários, pois foi observado aumento das respostas corretas, sendo a maioria estatisticamente significativa (p<0,05). Apesar de ser uma região endêmica para a doença os tutores apresentaram pouco conhecimento sobre o referido tema. Após o trabalho educativo, foi constatado que houve maior número de acertos nos questionários aplicados aos tutores caninos, assim como redução da ocorrência de flebotomíneos nas residências visitadas.
  • ItemDissertação de mestrado
    Identificação de RNAs longos não-codificadores em pacientes com Leishmaniose Tegumentar Americana
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-01-16) Almeida, Mariana Cordeiro ; Lopes, Flavia Lombardi ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Nas Américas, a leishmaniose cutânea é comumente conhecida como leishmaniose tegumentar Americana, tendo como principal agente causador a espécie Leishmania (Viannia) braziliensis, responsável pelas três formas da doença: leishmaniose cutânea localizada (LCL), leishmaniose mucocutânea ou mucosa (LM) e leishmaniose disseminada (LD). A LCL é a forma mais comum, caracterizada por uma ou até dez lesões no local da picada do flebotomíneo. Após a cura da lesão cutânea inicial com o uso ou não de medicamentos, pode ocorrer o desenvolvimento da LM em até 20% dos pacientes, caracterizada pela destruição das mucosas oral e nasal. Essa progressão envolve diversos fatores relacionados ao parasito e ao hospedeiro que ainda não estão totalmente esclarecidos. As interações patógeno-hospedeiro envolvem diversas mudanças dinâmicas na expressão gênica no curso da infecção que podem ser reguladas por RNAs longos não-codificadores (lncRNAs). Os lncRNAs são capazes de regular a expressão gênica a nível transcricional e pós-transcricional, atuando em condições fisiológicas e patológicas. Nesse contexto, o presente estudo visa analisar se a coexpressão de lncRNAs e seu possíveis mRNAs alvos estão envolvidos no eventual desenvolvimento de LM. Os dados públicos de RNA-Seq (NCBI - GEO DataSets GSE33601) foram obtidos a partir da biópsia de lesões cutâneas primárias de 6 indivíduos. Após a cura completa da lesão, 3 indivíduos não apresentaram recidiva da doença (grupo LCL), enquanto os outros 3 desenvolveram lesões na mucosa oral e nasal (grupo LM). Após o alinhamento e contagem das reads e análise de expressão diferencial, identificamos 579 mRNAs e 46 lncRNAs diferencialmente expressos (p-valor<0.05 e log2(FC)≥1) no contraste entre grupos LM e LCL. A partir do cálculo do coeficiente da correlação de Pearson, nós identificamos 1324 pares lncRNAs-mRNAs coexpressos (|r|≥0.9 e p-valor<0.05). O lncRNA SNHG29 é um potencial regulador do mRNA S100A8, ambos mais expressos no grupo LM. Em conjunto com seu parceiro heterodimérico S100A9, formam um complexo que atua como mediador pró-inflamatório sendo reconhecidos por receptores de células da imunidade inata e queratinócitos. Sendo assim, nossos resultados sugerem que a regulação do mRNA alvo pelo lncRNA pode resultar em um ambiente pró-inflamatório contribuindo para o eventual desenvolvimento da lesão mucosa característica da LM.