Avaliação da diversidade microbiana intestinal de populações naturais do mosquito aedes aegypti
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Data
2018-07-20
Autores
Orientador
Souza Neto, Jayme Augusto de
Coorientador
Pós-graduação
Ciências Biológicas (Genética) - IBB
Curso de graduação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Tese de doutorado
Direito de acesso
Acesso aberto
Resumo
Aedes aegypti (Ae. aegypti) é o principal vetor de dengue e é também responsável por transmitir outras arboviroses de importância em saúde pública, como as febres zika e chikungunya. Devido a falhas no controle da transmissão destas arboviroses, que tem como base a eliminação do mosquito vetor, o Brasil é um país endêmico para a dengue e a cada ano nos deparamos com epidemias cada vez mais graves. Ao se alimentar de sangue humano infectado o primeiro local de interação do vírus com o organismo do mosquito é o intestino. Além das respostas imunológicas antivirais para conter a infecção, neste ambiente também está presente a microbiota intestinal do mosquito, um importante modulador na infecção de patógenos. Compreender como a microbiota intestinal de mosquitos é definida e se modifica em uma determinada população é de grande interesse uma vez que isso pode elucidar a relação entre mosquitos e seus organismos simbiontes, e consequentemente auxiliar em processos de paratransgênese. A principal forma de aquisição das bactérias intestinais é através do contato com o ambiente, mas outros mecanismos como transmissão transestadial e vertical também devem influenciar no estabelecimento da microbiota intestinal. Neste estudo, nós analisamos a composição da microbiota intestinal de mosquitos Ae. aegypti de uma população de campo, coletados na cidade de Botucatu, SP, através do sequenciamento em larga escala da região hipervariavel V4 do gene 16S rRNA, e acompanhamos como esta composição é alterada durante colonização em insetário. Nossos resultados revelaram uma transição da composição da microbiota intestinal, principalmente pela diminuição progressiva da diversidade de bactérias como efeito da colonização. Os gêneros mais abundantes encontrados, como Pantoea, Burkholderia e Enterobacter, permaneceram em proporções similares ao longo destas gerações. Estes dados sugerem que existe transmissão de bactérias entre as gerações e que o ambiente intestinal possui mecanismos para manter a composição original de sua microbiota.
Descrição
Palavras-chave
Idioma
Português