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Gestão de recursos hídricos em áreas de palafitas: desafios e alternativas das diferentes comunidades do Brasil

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Data

2024-08-22

Orientador

Oliveira, Jefferson Nascimento de

Coorientador

Pós-graduação

Engenharia Civil - FEIS

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Dissertação de mestrado

Direito de acesso

Acesso restrito

Resumo

Resumo (português)

As palafitas são estruturas construídas geralmente em áreas costeiras, ribeirinhas ou em pântanos, que elevam habitações e edifícios acima do nível do solo, muitas vezes utilizando estacas ou pilares como suporte. Embora possam oferecer uma solução para comunidades que enfrentam terrenos alagadiços ou riscos de inundação, as palafitas também apresentam perigos significativos. A precariedade da construção e a falta de infraestrutura adequada podem resultar em riscos de desabamentos, incêndios e doenças, além de contribuírem para a degradação ambiental e a poluição dos corpos d'água devido ao descarte inadequado de resíduos. Neste contexto, o presente trabalho objetivou identificar o crescimento de 15 comunidades de palafitas no Brasil utilizando dados de 2010, 2015 e 2020. Por meio da utilização de dados espaciais e ferramentas de sistema de informação geográfica (SIG), este trabalho identificou a evolução de ocupação por palafitas em diferentes comunidades e de suas respectivas projeções de aumento de consumo de água, retorno de efluentes e geração de lixo para os anos de 2025 e 2030. Por meio de diversos critérios de seleção, as palafitas escolhidas como área de estudo estão distribuídas por todo território brasileiro com três representantes para cada Região do país – Norte (Belém-PA e Manaus-AM), Nordeste (Recife-PE, São Luís-MA e Olinda-PE), Centro-Oeste (Corumbá-MS, Miranda-MS e Cáceres-MT), Sudeste (São Vicente-SP, Guarujá-SP e Rio de Janeiro-RJ) e Sul (São Francisco do Sul-SC, Laguna-SC e Porto Alegre-RS).O estudo constatou um crescimento significativo em 12 das 15 áreas de palafitas analisadas, representando 80% do total. Nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sul, 2 das 3 áreas estudadas apresentaram crescimento, enquanto todas as áreas do Nordeste e Sudeste também mostraram expansão. São Vicente-SP destacou-se com a maior projeção populacional. Os estados com maior crescimento foram Amazonas (206%), Maranhão (59%) e São Paulo (84% e 58% nas suas comunidades), indicando uma tendência de aumento populacional até 2030. O estudo também apontou aumentos no consumo de água e na geração de lixo. Em São Vicente-SP, o consumo de água subiu de 651 m³/dia para 1031 m³/dia, enquanto em São Luís-MA, a geração de lixo passou de 1,92 t/dia para 3,07 t/dia. O estudo conclui que o padrão de ocupação em áreas densamente povoadas, como no Sudeste, aumenta os riscos associados ao crescimento desordenado. Para mitigar esses efeitos, recomenda-se a adoção de soluções sustentáveis, como tecnologias de eficiência hídrica, tratamento de esgoto descentralizado e coleta seletiva.

Resumo (inglês)

Stilt houses are structures typically built in coastal, riverside, or swamp areas, elevating homes and buildings above ground level, often using stakes or pillars as support. While they can offer a solution for communities facing marshy land or flood risks, stilt houses also present significant dangers. The precariousness of construction and lack of adequate infrastructure can lead to risks such as collapses, fires, and diseases, in addition to contributing to environmental degradation and water pollution due to improper waste disposal. In this context, the present study aimed to identify the growth of 15 stilt house communities in Brazil using data from 2010, 2015, and 2020. Through the use of spatial data and geographic information system (GIS) tools, this study tracked the occupation growth of stilt houses in different communities and their respective projections for increased water consumption, effluent return, and waste generation for the years 2025 and 2030. Through various selection criteria, the stilt house communities chosen for this study are distributed across the entire Brazilian territory, with three representatives for each region of the country – North (Belém-PA and Manaus-AM), Northeast (Recife-PE, São Luís-MA, and Olinda-PE), Central-West (Corumbá-MS, Miranda-MS, and Cáceres-MT), Southeast (São Vicente-SP, Guarujá-SP, and Rio de Janeiro-RJ), and South (São Francisco do Sul-SC, Laguna-SC, and Porto Alegre-RS). The study found significant growth in 12 of the 15 analyzed stilt house areas, representing 80% of the total. In the North, Central-West, and South regions, 2 out of the 3 areas studied showed growth, while all areas in the Northeast and Southeast also expanded. São Vicente-SP stood out with the highest population growth projection. The states with the highest population growth were Amazonas (206%), Maranhão (59%), and São Paulo (84% and 58% in its communities), indicating a trend of population increase until 2030. The study also identified increases in water consumption and waste generation. In São Vicente-SP, water consumption rose from 651 m³/day to 1031 m³/day, while in São Luís-MA, waste generation increased from 1.92 t/day to 3.07 t/day. The study concluded that the occupation pattern in densely populated areas, such as in the Southeast, increases the risks associated with unplanned growth. To mitigate these effects, the study recommends adopting sustainable solutions such as water efficiency technologies, decentralized sewage treatment, and selective waste collection.

Descrição

Idioma

Português

Como citar

GRECCO, Matheus Lescano. Gestão de recursos hídricos em áreas de palafitas: desafios e alternativas das diferentes comunidades do Brasil. 2024. 134 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Faculdade de Engenharia, Universidade Estadual Paulista - Unesp, Ilha Solteira, 2024.

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