Controle estrutural e classificação do canal no baixo Tapajós: contribuições para a geomorfologia da Amazônia

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Data

2020-05-14

Orientador

Luvizotto, George Luiz

Coorientador

Pós-graduação

Geociências e Meio Ambiente - IGCE

Curso de graduação

Título da Revista

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Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Tese de doutorado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

A formação das rias fluviais na Amazônia possui uma relação bem conhecida com o processo de avanço do nível do mar durante o Holoceno. Sugestões sobre a presença de controle estrutural e tectônico na gênese destas e de outros elementos do relevo amazônico tem sido levantadas por diversos autores, porém poucos elementos conclusivos foram apresentados até o momento. Este trabalho apresenta, no primeiro momento, uma série de evidências de diferentes fontes mostrando controle estrutural ao longo do ria do Tapajós e em áreas de terra firme adjacentes. A metodologia utilizada, é inovadora por integrar dados geomorfológicos, geológicos e geofísicos (sísmica, magnetometria e gravimetria) obtidos sem custo e disponíveis para grandes áreas, o que é uma grande vantagem em uma zona de difícil acesso como a Amazônia. Trata-se ainda de uma abordagem pouco usual dentro da geomorfologia na qual encontramos resultados muito promissores. Os resultados mostram a influência de elementos estruturais na configuração do relevo amazônico na região do baixo Tapajós. É proposto um modelo de horsts e grábens limitados por lineamentos com direção ENE-WSW com expressão regional. Em seguida apresentamos uma classificação para o canal do Tapajós baseado em variáveis morfométricas extraídas de perfil transversal. A classificação apresenta três trechos distintos para o canal do Tapajós no perímetro analisado, denominados Trecho do Canal Estreito, Baixo Trecho da Ria e Alto Trecho da Ria. Estes trechos possuem suporte estatístico e concordância com a maior parte dos dados sedimentológicos e hidrológicos conhecidos para o baixo Tapajós. A aplicação de índices de assimetria do canal também é concordante com os trechos propostos e nos permite afirmar que o Alto Trecho da Ria é onde estão melhor preservadas as formas antigas do canal, pela sua morfologia em canyons, enquanto os demais trechos apresentam evidências de perturbações ligadas a ajustes na forma para adequação à situação de transgressão marinha durante o Holoceno. A integração dos resultados apresentados nos dois capítulos corresponde a avanços importantes para a compreensão do relevo no Baixo Tapajós e na região Amazônica.

Resumo (inglês)

The formation of the fluvial rias in the Amazon has a well-known relationship with the process of sea level transgression during the Holocene. Suggestions about the presence of structural and tectonic control in the genesis of these and other elements of the Amazonian relief have been raised by several authors, but few conclusive elements have been presented so far. This work presents, in the first moment, a series of evidences from different sources showing structural control along the Tapajós Ria and in adjacent land areas. The methodology used is innovative because it integrates geomorphological, geological and geophysical data (seismic, magnetometry and gravimetry) obtained at no cost and available for large areas, which is a great advantage in an area of difficult access such as the Amazon. It is also an unusual approach within geomorphology in which we find very promising results. The results show the influence of structural elements in the configuration of the Amazonian relief in the region of the lower Tapajós. A model of horsts and grabens limited by lineaments with regional expression is proposed. Next, we present a classification for the Tapajós channel based on morphometric variables extracted from transversal profiles. The classification presents three distinct sections for the Tapajós channel in the analyzed perimeter, here called Narrower Channel Reach, Lower Ria Reach and Higher Ria Reach. These reaches have statistical support and agreement with most of the sedimentological and hydrological data known for the lower Tapajós. The application of asymmetry indices of the channel is also consistent with the proposed reaches and allows us to affirm that Higher Ria Reach is where the ancient channel forms are best preserved, due to their morphology in canyons. The other reaches show evidence of disturbances linked to adjustments in form to suit the situation of marine transgression during the Holocene. The integration of the results presented in the two chapters corresponds to important advances for the understanding of the relief in the Lower Tapajós and in the Amazon region.

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Português

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