Negra sem reticências: corpo e corporeidade na poesia de escritoras afro-brasileiras

dc.contributor.advisorNigro, Cláudia Maria Ceneviva [UNESP]
dc.contributor.authorPaula, Claudemir da Silva [UNESP]
dc.contributor.institutionUniversidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.date.accessioned2018-07-27T18:26:10Z
dc.date.available2018-07-27T18:26:10Z
dc.date.issued2015-12-03
dc.description.abstractIn a society that associates feminine beauty to physical (and cultural) white attributes and embodies ugliness in a black body it is easy to affirm that black women, who values their own body features, constitutes a vigorous process of negative concept and judgment resignification. This may happen due to a positive feeling towards their natural contours, which may presuppose a beauty able to make the need for compliance with the rules of hegemonic power fake, assuming, in that kind of confrontation, a skillful speech, enough to subvert representative forms of literature based on racist scenes of inferiority and objectification. This may destabilize the requirement of beautification as a condition for happiness in everyday experience. The body drawn from that perspective is beating Eurocentric binarism and reform. It is a black mode of being. The feminine idea assumed as a main form of activity, without essentialism, compares models devised in whitening parameters. For some black women, literature is the privileged field to forge the body deprived by interpretations of natural submission and combat places aspects (in) appropriated to those bodies that are contrary to the rules. As writers, placed in a privileged place of their own writing and, as announcers of the black condition, weave a 'de-colonial' poetics of the body. It is about the literary performance that we deal in this work. We intended to reflect on the corporality poetic of some Afro-Brazilian writers Alzira Rufino, Conceição Evaristo, Geni Guimarães and Miriam Alves, in convergence/divergence with the Eurocentric standard of beauty in the colonial paradigm of power. Specifically, it is the body - read as an element of black woman political emancipation, focusing solely on the rejection of subservience to the dictates of whiteness - the creation of their own standard of beauty and autonomy ideal conducted by disobedient choices and unsubmissive figurative typesen
dc.description.abstractNuma sociedade que associa a beleza feminina aos atributos físicos (e culturais) brancos e personifica a fealdade num corpo negro, afirmar-se mulher negra, valorizando as próprias características corporais, constitui vigoroso processo de ressignificação dos conceitos e juízos negativos. Isso porque, o sentir-se bem com contornos naturais pressupõe a existência de uma beleza capaz de tornar falsa a necessidade da adequação às regras do padrão hegemônico, presumindo, para esse tipo de enfrentamento, um discurso hábil o suficiente para subverter as formas representativas da literatura assentadas nas cenas racistas de inferioridade e objetificação, desestabilizando a exigência do embelezamento como condição para a felicidade nas experiências quotidianas. O corpo desenhado a partir dessa perspectiva esquiva-se do binarismo do eurocentrismo e reforma, ao modo negro de ser, a ideia do feminino, assumido como principal forma de atuação, sem a imprescindibilidade de se comparar aos modelos idealizados nos parâmetros do branqueamento. Para algumas mulheres negras, a literatura é o campo privilegiado para forjar as interpretações corporais destituídas dos aspectos da submissão natural e combater os lugares (in)apropriados aos corpos que se apresentam contrariando às normas. Como escritoras, colocam-se em local privilegiado da sua própria escrita e, na condição de locutoras, tecem uma poética decolonial do corpo. É deste fazer literário que se ocupa este trabalho, tendo por objetivo refletir sobre a poetização da corporeidade na poesia das escritoras afro-brasileiras Alzira Rufino, Conceição Evaristo, Geni Guimarães e Miriam Alves, em convergência/divergência com o padrão eurocêntrico de beleza no paradigma da colonialidade do poder. De forma especifica, realiza-se a leitura do corpo como elemento de emancipação política da mulher negra, circunscrevendo a rejeição da subserviência...pt
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
dc.format.extent186 f.
dc.identifier.aleph000869203
dc.identifier.capes33004153015P2
dc.identifier.citationPAULA, Claudemir da Silva. Negra sem reticências: corpo e corporeidade na poesia de escritoras afro-brasileiras. 2015. 186 f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho, Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, 2015.
dc.identifier.file000869203.pdf
dc.identifier.lattes5980841495163205
dc.identifier.orcid0000-0002-8297-0419
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/11449/154712
dc.language.isopor
dc.publisherUniversidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.rights.accessRightsAcesso aberto
dc.sourceAleph
dc.subjectBrazilian literature History and criticismen
dc.subjectLiteratura brasileira - História e críticapt
dc.subjectPoesia brasileira - Escritores negrospt
dc.subjectNegros na literaturapt
dc.subjectEscritoras brasileiraspt
dc.subjectNegras - Brasilpt
dc.subjectCorpo humano - Aspectos sociaispt
dc.titleNegra sem reticências: corpo e corporeidade na poesia de escritoras afro-brasileiraspt
dc.title.alternativeBlack without ellipsis: body and corporeity in afro-brazilian writers poetryen
dc.typeTese de doutorado
unesp.advisor.lattes5980841495163205
unesp.advisor.orcid0000-0002-8297-0419
unesp.campusUniversidade Estadual Paulista (Unesp), Instituto de Biociências Letras e Ciências Exatas, São José do Rio Pretopt
unesp.graduateProgramLetras - IBILCEpt
unesp.knowledgeAreaTeoria e estudos literáriospt

Arquivos

Pacote Original
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
000869203.pdf
Tamanho:
1.64 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format