Análise da positividade dos vírus influenza A/B associados a casos de mono e coinfecção entre o SARS-CoV-2
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Data
2023-01-26
Autores
Orientador
Rahal, Paula
Coorientador
Pós-graduação
Curso de graduação
Ciências Biológicas - IBILCE
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Trabalho de conclusão de curso
Direito de acesso
Acesso aberto
Resumo
Resumo (português)
Os vírus influenza A e B ocasionam surtos, epidemias de gripe sazonal e
pandemias. No Brasil, geralmente, ocorre epidemia sazonal de gripe entre abril e
outubro. As epidemias acontecem justamente pela capacidade dos vírus influenza
sofrerem mutações antigênicas, acarretando diminuição da resposta imune celular. A
vista disso, em 2019 houve notificação de 39.190 casos confirmados de síndrome
respiratória aguda grave (SRAG), incluindo 5.714 casos de influenza com
predomínio dos vírus influenza A H1N1 (pdm09) (3.399), seguido de influenza A
H3N2 (894), influenza A não subtipado (772) e influenza B (694). Possivelmente, o
fator contribuinte para esse cenário de transmissão rápida foi a baixa cobertura
vacinal nos últimos dois anos no país, com 71,2% do grupo alvo vacinado em 2021 e
82% em 2020. De fato, no final de 2021 a situação tornou-se ainda mais
preocupante diante do aparecimento dos surtos com a nova cepa do subtipo A
(H3N2), durante a pandemia de SARS-CoV-2. Esse panorama nos despertou o
interesse e mostrou a relevância em se pesquisar subnotificações dos vírus
influenza nos casos clínicos suspeitos da COVID-19. Para o monitoramento
epidemiológico e controle de casos clínicos tornou-se importante determinar a
positividade dos vírus influenza A e B em amostras com resultados de RT-PCR em
tempo real negativas e positivas para o SARS-CoV-2. Consequentemente, amostras
nasofaríngeas de profissionais da saúde e contactantes com suspeita clínica de
COVID-19, oriundas do município de São José do Rio Preto-SP, e representativas da
primeira onda epidêmica da COVID-19, foram incluídas no presente estudo. Um total
de 901 amostras nasofaríngeas fizeram parte da triagem laboratorial, resultando em
81.3% (733/901) de negatividade para o SARS-CoV-2. Dentre essas amostras
negativas, houve 1.9% (14/733) de positividade para o vírus influenza A, enquanto
0.13% (1/733) foram positivas para o vírus influenza B. Em relação as amostras
SARS-CoV-2 positivas, o índice de coinfecção foi de 1.7% (3/168) para o vírus
influenza A. Dados de análise da associação da positividade viral relacionado ao
sexo, idade e período de coleta, mostraram associação negativa entre a faixa etária
de 10-19 anos com a infecção pelo SARS-CoV-2 (p<0,01). Em suma, os dados
evidenciam a circulação dos vírus influenza A e B entre as amostras de indivíduos
com suspeita clínica de COVID-19. Portanto, os dados aqui gerados contribuem na
determinação do perfil epidemiológico destes vírus na presente região de estudo.
Resumo (inglês)
Influenza A and B viruses cause outbreaks, seasonal flu epidemics, and pandemics.
In Brazil, there is usually a seasonal flu epidemic between April and October.
Epidemics occur precisely because of the ability of influenza viruses to undergo
antigenic mutations, leading to a decrease in the cellular immune response. In the
period of 2019, there were 39,190 confirmed cases of severe acute respiratory
syndrome (SARI), including 5,714 cases of influenza with a predominance of
influenza A H1N1 (pdm09) viruses (3,399), followed by influenza A H3N2 (894),
influenza A non-subtyped (772) and influenza B (694). Possibly, the contributing
factor to this scenario of rapid transmission was the low vaccination coverage in the
last two years in the country, with 71.2% of the target group vaccinated in 2021 and
82% in 2020. In fact, at the end of 2021, the situation became even more worrying
given the appearance of outbreaks with the new strain of subtype A (H3N2), during
the SARS-CoV-2 pandemic. This panorama aroused our interest and showed the
relevance in investigating underreporting of influenza viruses in suspected clinical
cases of COVID-19. For epidemiological monitoring and clinical case control, it has
become important to determine the positivity of influenza A and B viruses in samples
with negative and positive real-time RT-PCR results for SARS-CoV-2. Consequently,
nasopharyngeal samples from health professionals and contacts with clinical
suspicion of COVID-19, from the municipality of São José do Rio Preto-SP, and
representative of the first epidemic wave of COVID-19, were included in the present
study. A total of 901 nasopharyngeal specimens were part of the laboratory
screening, resulting in 81.3% (733/901) negativity for SARS-CoV-2. Among these
negative samples, there were 1.9% (14/733) positivity for the influenza A virus, while
0.13% (1/733) were positive for the influenza B virus. Regarding the positive
SARS-CoV-2 sample, the co-infection rate was 1.7% (3/168) for the influenza A virus.
Data from the analysis of the association of viral positivity related to sex, age and
collection period, showed a negative association between the age group of 10-19
years with SARS-CoV-2 infection (p<0,01). In short, the data show the circulation of
influenza A and B viruses among samples from individuals with clinical suspicion of
COVID-19. Therefore, the data generated here contribute to the determination of the
epidemiological profile of these viruses in the present region of study.
Descrição
Idioma
Português