Desenvolvimento de biopolímeros à base de nanocelulose com potencial para desintoxicação humana por glifosato

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Data

2023-05-29

Orientador

Goveia, Danielle

Coorientador

Tonello, Paulo Sergio

Pós-graduação

Engenharia de Biomateriais e Bioprocessos (Mestrado Profissional) - FCF

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Dissertação de mestrado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

Para a economia brasileira, a produção agrícola é um dos setores mais importantes e se mostrou fundamental e resiliente nos anos de crise provocada pela pandemia da Covid-19. Em contrapartida, o uso intenso de agrotóxicos, tem causado intoxicação, poluição do meio ambiente etc. Quanto à intoxicação humana, o glifosato ocupa a segunda posição nos casos que levaram a atendimento médico entre 2010 e 2019. O tratamento para a intoxicação por glifosato não tem um antídoto específico e se restringe à manutenção das funções fisiológicas e monitoramento, para casos mais graves adota-se lavagem gástrica, administração de carvão ativado e hemodiálise. Pelo exposto, esse trabalho tem por objetivo demonstrar a viabilidade para o desenvolvimento de um material natural, não tóxico e sustentável, como alternativa para a remediação nos casos de intoxicação oral por glifosato. Para a quantificação do glifosato, usamos a técnica da espectrofotometria na faixa do ultra violeta – visível (UV-VIS). Dois materiais foram testados para verificar a capacidade de remoção do glifosato em meio aquoso: 1) nanocelulose, obtida por meio do processo físico de desfibrilação da celulose e 2) nanocelulose modificada por inclusão de grupos amino. Diferentes formas das nanoceluloses foram testadas: contida em membrana de diálise, diretamente na solução, empacotada em coluna e filme seco. Esses testes com a nanocelulose obtiveram melhores resultados, com capacidade de adsorção, em média, 9% de remoção. A Nanocelulose Modificada teve capacidade de remoção do glifosato maior do que a da nanocelulose original (27,9% de remoção). Realizaram-se apenas os testes cinéticos com filmes secos, devido à facilidade, resultados de estabilidade e de interação com o glifosato. Ao verificar os resultados utilizando a quantidade de glifosato (mg) adsorvida por grama do adsorvente obtida pelos estudos cinéticos plotados no modelo de pseudoprimeira ordem (Nanocelulose: qe = 4,7 mg.g-1 e Nanocelulose Modificada: qe = 6,1 mg.g-1) conclui-se que a nanocelulose modificada apresenta potencial para promover a descontaminação de pessoas intoxicada por glifosato.

Resumo (inglês)

For the Brazilian economy, agricultural production is one of the most important sectors and has proved to be fundamental and resilient in the years of crisis caused by the Covid-19 pandemic. On the other hand, the intense use of pesticides has caused intoxication, environmental pollution, etc. As for human intoxication, glyphosate ranks second in cases that led to medical care between 2010 and 2019. Treatment for glyphosate intoxication does not have a specific antidote and is restricted to maintaining physiological functions and monitoring, for more serious cases gastric lavage, administration of activated charcoal and hemodialysis are adopted. Based on the above, this work aims to demonstrate the feasibility of developing a natural, non-toxic and sustainable material as an alternative for remediation in cases of oral intoxication by glyphosate. For the quantification of glyphosate, we used the technique of spectrophotometry in the ultra violet – visible range (UV-VIS). Two materials were tested to verify the ability to remove glyphosate in an aqueous medium: 1) nanocellulose, obtained through the physical process of cellulose defibrillation and 2) nanocellulose modified by the inclusion of amino groups. Different forms of nanocelluloses were tested: contained in dialysis membrane, directly in solution, packed in column and dry film. These tests with nanocellulose obtained better results, with adsorption capacity, on average, 9% removal. The Modified Nanocellulose had a higher glyphosate removal capacity than the original nanocellulose (27.9% removal). Only kinetic tests were carried out with dry films, due to the ease, results of stability and interaction with glyphosate. When verifying the results using the amount of glyphosate (mg) adsorbed per gram of the adsorbent obtained by the kinetic studies plotted in the pseudo-first order model (Nanocellulose: qe = 4.7 mg.g-1 and Modified Nanocellulose: qe = 6.1 mg .g-1) it is concluded that the modified nanocellulose has the potential to promote the decontamination of people intoxicated by glyphosate.

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Português

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