Botucatu - FMB - Faculdade de Medicina

URI Permanente para esta coleção

Navegar

Submissões Recentes

Agora exibindo 1 - 4 de 4
  • ItemDissertação de mestrado
    Os Enfermeiros na assistência em pessoas acometidas pela hanseníase no estado do Tocantins: potencialidades e desafios para capacitação
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-03-01) Cavalcante, Liz Freire ; Borgato, Maria Helena ; Ferreira, Ana Silvia Sartori Barravieira Seabra
    A hanseníase é uma enfermidade infectocontagiosa causada pelo Mycobacterium leprae. Essa doença tropical negligenciada possui uma evolução crônica e comumente afeta a pele e os nervos periféricos. Embora tenha evidências de cura, até o presente representa um problema de saúde pública no Brasil, especialmente na região Norte. Considerando ações estratégicas na Atenção Primária à Saúde (ABS) na perspectiva de combater a hanseníase e suas complicações, atenta-se para o diagnóstico precoce e o tratamento da hanseníase. Nesse contexto, o enfermeiro configura-se como agente fundamental, entretanto as capacitações destinadas ao aprimoramento desse profissional no manejo e enfrentamento da hanseníase são limitadas ou insuficientes devido ao fato de não atender às suas reais necessidades. Compreender, por meio de análise qualitativa, as necessidades dos enfermeiros na assistência à hanseníase no estado do Tocantins para oferecer capacitação em ambiente virtual de aprendizagem consistem no objetivo central deste trabalho. Trata-se de um estudo descritivo-exploratório, com abordagem qualitativa, destinado ao desenvolvimento e implementação de uma produção tecnológica. A pesquisa foi realizada com enfermeiros atuantes ABS dos municípios tocantinenses: Palmas, Araguaína, Gurupi e Porto Nacional, tendo como produto um curso virtual de capacitação para a assistência às pessoas com hanseníase. O método de análise de conteúdo com fundamento em Bardin foi empregado a fim de analisar as entrevistas individuais semiestruturadas e identificar as temáticas e fragilidades que permeiam o processo de trabalho dos enfermeiros no cuidado à pessoa com hanseníase, subsidiando o processo de capacitação. O principal desafio encontrado neste trabalho foi a falta de capacitação dos enfermeiros, o qual foi suprido pelo plano de ação elaborado neste estudo, que teve por base uma análise prévia territorialista, comumente aplicada por epidemiologistas na perspectiva de elaboração de cursos de treinamento para equipes de saúde. A avaliação médica foi outra fragilidade encontrada e, de acordo com recomendações sobre o controle da hanseníase, esta pode ser suprida também com o plano de ação, o qual envolve conhecimentos prévios inerentes à profissão do enfermeiro e induz a implementação de competências voltadas para agendamentos e organizações. Além disso, o desafio do diagnóstico diferencial pode ser solucionado com a adesão do conhecimento das execuções de ação de saúde ao paciente com hanseníase. A implementação de curso virtual é vista como uma produtora de habilidades técnicas e não-técnicas como a escuta ativa e orientação, as quais podem auxiliar na presença de estigmas e preconceitos trazidos pela doença. A implementação do curso virtual é reconhecida internacionalmente como grandes orgãos como os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), foi satisfatória no comparativo com a literatura científica e apresenta possibilidades de expansão territorialista no estado do Tocantins, visto como uma área endêmica da hanseníase.
  • ItemTese de doutorado
    Efeitos do exercício físico de moderada intensidade no estresse oxidativo e função intestinal de ratos wistar, pós desmame, com constipação induzida por dieta
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-02-27) Rego, Rebeca Mayara Padilha ; Lourenção, Pedro Luiz Toledo de Arruda ; Machado, Nilton Carlos ; Camacho, Camila Renata Correa
    Introdução: A constipação funcional (CF) afeta cerca de 0,7% a 29,6% das crianças em todo o mundo. No Brasil 17,5% a 38,4% das crianças em idade escolar possuem esse diagnóstico. A constipação pode estar ligada a aumento da inflamação e produção de estresse oxidativo, uma vez que a retenção prolongada de fezes pode estimular alterações inflamatórias na mucosa do cólon, elevando a peroxidação lipídica dos ácidos graxos insaturados da membrana celular. Objetivos: Avaliar o efeito do exercício físico de intensidade moderada sobre a constipação intestinal, estresse oxidativo e perfil inflamatório em ratos wistar pós desmame. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo experimental, com 40 ratos, o estudo foi dividido em fase de indução e fase de intervenção. Em primeiro momento os animais foram divididos em dois grupos com 20 animais cada, sendo um grupo controle e outro com ração controle mais 30% de sacarose, após a indução os animais foram redistribuídos nos grupos: ração controle + sedentários, ração controle+ exercício, ração reduzida em fibras alimentares + sedentário e ração reduzida em fibras alimentares+ exercício. O exercício escolhido foi o de corrida em esteira motorizada com moderada intensidade e os animais sedentários participaram do protocolo simulado. Os animais foram avaliados quanto a crescimento e produção fecal, e após a eutanásia foram coletados tecidos para analises de estresse oxidativo e inflamação bem como peso do intestino delgado e cólon cheios. Resultados: Os animais na fase de indução tiveram a indução da constipação bem sucedida, o exercício físico não alterou o peso fecal dos animais, mas aumentou a quantidade de pellets fecais do grupo ração reduzida em fibras alimentares que se exercitavam em comparação ao grupo sedentário com mesma ração. Não houve diferença no índice de adiposidade, observamos um menor peso do intestino delgado cheio de ratos sedentários com ração reduzida em fibras quando comparados aos sedentários ração controle e não houve diferença quanto ao peso do intestino grosso cheio em nenhum dos grupos. Identificamos menores níveis de MDA e catalase nos animais exercitados com ração reduzida em fibras alimentares. Conclusão: Neste modelo não foi possível inferir que o exercício físico de moderada intensidade melhore o quadro de constipação intestinal especificamente induzido por dieta nos parâmetros: produção fecal ou tenha capacidade de melhorar a absorção de água nas fezes. Há alterações em mecanismos inflamatórios e antioxidantes na dieta reduzida em fibras alimentares, que parecem ser atenuadas com a pratica de atividade física.
  • ItemDissertação de mestrado
    Investigação do hábito intestinal em crianças e adolescentes com Síndrome de Down - proposta de um protocolo para pediatras
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-01-18) Pereira, Ana Maria Daun Cação ; Fonseca, Cátia Regina Branco da ; Carvalho, Mary de Assis ; Machado, Nilton Carlos ; Faculdade de Medicina de Botucatu
    A Síndrome de Down (SD), é a anomalia cromossômica mais comum na população, com incidência estimada de 1 em 715 nascidos vivos. Pessoas que apresentam esta condição são predispostas a apresentar várias comorbidades que interferem no seu crescimento e desenvolvimento, incluindo uma maior incidência de distúrbios gastrintestinais, associados à elevado risco para desenvolvimento da constipação funcional (CF), interferindo na sua qualidade de vida relacionada a saúde. O objetivo deste estudo foi investigar o hábito intestinal de crianças e adolescentes com SD em ambulatório terciário e, por consequência, a prevalência de CF nesta população, a fim de se estabelecer um protocolo de investigação para pediatras, que auxilie no diagnóstico e tratamento, com melhora da qualidade de vida dos pacientes e de seus cuidadores. Método: Estudo observacional, analítico, transversal, com a inclusão de 36 crianças e adolescentes com SD, em seguimento ambulatorial no serviço de puericultura, pediatria genética e medicina do adolescente, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu – Unesp. Para avaliação do hábito intestinal, foi realizada entrevista com os pais, considerando os critérios de Roma IV e a Escala de Bristol de consistência de fezes, traduzida e adaptada para população brasileira. A versão do PedFCQuest-PR foi aplicada para cuidadores de crianças e adolescentes com a SD a partir dos quatro anos de idade. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP. Análise estatística foi realizada pelo GraphPad v.9.0. Resultados: A mediana da idade das crianças foi de 46,6 meses, em relação ao estado nutricional 80,5% eram eutróficas. A mediana da idade de início do treinamento esfincteriano anal (TrEA) foi de 36 meses, e a maioria das crianças adquiriu o controle esfincteriano anal quando o TrEA se iniciou após os 30 meses. compuseram o grupo com constipação funcional (CF) 15 dos incluídos (41,7%) e 21 (58,3%) o grupo sem CF. O grupo com CF apresentou maior de frequência evacuatória diminuída, fezes endurecidas, dor à evacuação e uso de laxantes. Segundo os Critérios de Roma IV os três quesitos mais prevalentes foram: fezes endurecidas e calibrosas e evacuações dolorosas. Não houve diferença estatisticamente significativa na comparação entre os escores de QVRS para os Domínios Físico, Comportamental, Social, e Escola, bem como para e o escore total. Conclui-se que devido às suas características, as crianças com SD apresentam elevada prevalência de Constipação funcional, sendo o protocolo de assistência e o fluxograma de avaliação e seguimentos, instrumentos úteis para o pediatra geral.
  • ItemTese de doutorado
    Aplicação da Classificação de Robson como ferramenta de análise em maternidades do norte do Brasil
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-09-01) Freire, Carlos Henrique Esteves ; Borges, Vera Therezinha Medeiros ; Damasceno, Debora Cristina ; Universidade Federal do Amazonas
    Introdução: A Classificação de Robson possibilita a caracterização do perfil obstétrico das gestantes e identifica os grupos mais relevantes que compõem a taxa de partos cesáreos (PC). O estudo “Nascer no Brasil” (NBr) é o maior estudo nacional de base hospitalar. O Amazonas apresenta taxas de PC acima do recomendado, porém não são conhecidas as razões que justifiquem essa condição e a utilização da Classificação de Robson é uma forma de identificar os grupos específicos que mais impactam na composição das taxas de PC possibilitando a adoção de práticas que determinem a diminuição das mesmas. Objetivos: Calcular a taxa global de cesárea de cada maternidade (A, B e C), estabelecer os grupos que mais contribuíram para a taxa global de cesáreas nas três maternidades utilizando a Classificação de Robson., calcular e analisar parâmetros similares a partir da fusão dos dados das três maternidades para representar a cidade de Manaus, denominado estudo MAO, e comparar com os achados do braço da assistência pública do estudo “Nascer no Brasil” (NBr). Método: Estudo transversal retrospectivo de parturientes assistidas em três maternidades da cidade de Manaus no período de estudo. Foram avaliados número total de PC realizados em cada grupo (n), número total de mulheres incluídas em cada grupo (n), foram calculados o tamanho relativo de cada grupo (%), a taxa de PC em cada grupo (%) e a contribuição relativa e absoluta de cada grupo (%) na taxa global de PC da unidade. Os dados foram apresentados como frequências e porcentagens. Resultados: Foram analisados 7176 prontuários de parturientes incluídas no estudo com as seguintes caraterísticas: 36,7% eram nulíparas, 99,1% de gestações únicas, 97,6% com apresentação cefálica, 2,2% pélvica e 0,2% córmica, 88,7% eram gestações a termo (≥ 37 semanas) e 43,1% nasceram de PC. A idade média foi de 24,3 anos (17,7-30,9). A taxa global de cesárea foi de 43,3% na maternidade A; 45,4% na maternidade B e 38% na maternidade C. O grupo que mais impactou na taxa global de cesáreas foi o grupo 5 da Classificação de Robson, seguido pelo grupo 1 nas três maternidades. Conclusão: A classificação dos dez grupos de Robson mostrou-se eficaz como ferramenta de avaliação das taxas de PC realizadas em cada maternidade estudada. A taxa global de PC nestas maternidades está acima da recomendada pela OMS. As taxas de PC dos grupos 2 e 4 sugerem a deficiência ou ausência da prática da indução do trabalho de parto. A taxa de PC do grupo 5 reflete a tendência de repetição PC nas portadoras de cicatriz uterina anterior e uma relutância em não oferecer parto vaginal após cesárea nessa população. Os grupos 6, 7, 8 e 9 apresentam taxas de PC acima de 82%, mas não impactam na taxa global de cesáreas devido ao pequeno número de gestantes nesses grupos nas três maternidades. A comparação do presente estudo com o estudo “Nascer no Brasil” demonstrou diferenças significantes nas diversas variáveis estudadas, em especial nas gestantes sem PC anterior, mostrando que o número de PC realizados no estudo MAO é um sério problema de saúde pública, que deve ser prontamente enfrentado na cidade de Manaus.