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Dissertações - Ciências da Motricidade - FC

URI Permanente para esta coleçãohttps://hdl.handle.net/11449/152805

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  • ItemDissertação de mestrado
    A influência de diferentes métodos para determinar a FCmax sobre a carga de treinamento em jogadores de futebol jovens
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-06-24) Penafiel, Matheus Luiz ; Santos, Julio Wilson dos ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    RESUMO O impulso de treinamento (TRIMP) é utilizado para quantificar a carga de treinamento através de diferentes abordagens, dentre as quais aquela proposta por Edwards (E-TRIMP) utiliza a relação linear entre tempo de exercício em 5 zonas de intensidade (50 a 100% da frequência cardíaca máxima [%FCmax]) com peso de 1-5. Considerando que a quantificação da CT toma como base a FCmax, determinar a FCmax é primordial para o cálculo do E- TRIMP. Os objetivos deste estudo foram: i) comparar a FCmax do teste de Yoyo nível 1 (YYIR1 - YY-FCmax) e da jogo oficial de futebol (JO-FCmax), e comparar a maior FCmax (Maior-FCmax), considerando a FCmax mais alta dentre a YY-FCmax e a JO-FCmax com três equações preditivas pela idade (Fox, Tanaka e Nikolaidis); ii) verificar a influência de diferentes maneiras de determinação da FCmax sobre o cálculo do E-TRIMP de em jogadores de futebol Sub-17, durante quatro semanas de treinamento (n = 14). A FC foi monitorada durante quatro semanas de treinamento e dois jogos. Análise estatística compreendeu teste-t e ANOVA para medidas repetidas, correlação de Pearson, tamanho de efeito (ES) e Análise de Bland Altman, considerando p < 0,05. YY-FCmax e JO-FCmax não diferiram (p = 0,288, porém ES = 0,53 e 9/14 jogadores apresentaram FCmax maior no JO-FCmax. E-TRIMP calculado com a OM-FCmax e a YY-FCmax diferiram significantemente (188,9 ± 36,3 vs 224,3 ± 36,3 UA, respectivamente). Tanaka-FCmax e Nikolaidis-FCmax subestimaram a Maior-FCmax (p < 0,001, ES: grande, ƞ2 = 0,654), enquanto a Fox-FCmax foi semelhante à Maior-FCmax. As três equações previstas para a idade superestimaram a carga de treinamento (p < 0,001, ES: grande, ƞ2 entre 0,550-0,660). O E-TRIMP de todas as sessões de treino analisadas individualmente de cada jogador (intra-sujetios) apresentaram correlações muito fortes independentemente da forma como a FCmax foi determinada (r = 0,98 – 1,00, p < 0,0001). Apesar das correlações muito forte dentre o E-TRIMP calculado pelas diferentes abordagens para determinação da FCmax, a diferença ente E-TRIMP calculado com a FCmax proveniente das equações preditivas pela idade sugere que as equações não são válidas para determinação do E-TRIMP. Em adição, a determinação da FCmax objetiva deve levar em consideração o resultado de diferentes abordagens, tal como no presente estudo, YY-FCmax assim como a JO-FCmax para melhor acurácia do resultado da FCmax.
  • ItemDissertação de mestrado
    Comparação da frequência cardíaca máxima obtida em testes de campo, laboratório, fórmulas preditivas e em jogos oficiais de futebol e futsal
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-08-31) Silva, Alexsandro Santos da ; Santos, Júlio Wilson dos ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A frequência cardíaca é uma variável fisiológica amplamente utilizada no esporte, inclusive no futsal e futebol, para monitorar a intensidade e quantificar a carga interna de treinamento. O presente trabalho é composto por dois estudos, tendo como objetivo principal comparar a resposta da FCmax em jogos de futebol e futsal com a FCmax em testes físicos e equações preditoras. Estudo A: Os objetivos do estudo foram determinar a maior frequência cardíaca máxima (FCmax) entre três esforços (3E-FCmax), teste contínuo em esteira (GXT), teste intermitente com nível de recuperação 1 adaptado (YY1-A) e partida oficial (J- FS), e comparar cada um com a FCmax prevista para a idade de Fox-FCmax, Tanaka- FCmax e Nikolaidis- FCmax. Os oito participantes eram jogadores profissionais de futsal de uma equipe estadual. A maior FCmax em cada situação de esforço foi considerada para análise. A análise de variância para medidas repetidas (ANOVA) unilateral e o teste post-hoc de Bonferroni foram usados na análise estatística (p <0,05), bem como a análise de concordância de Bland Altman. Os tamanhos de efeito (ES) foram calculados por eta quadrado (ƞ2). FCmax de GXT foi menor do que J-FS e YY1-A (GXT vs. J-FS, p = 0,044; GXT vs. YY1-A, p = 0,005, J-FS vs. YY1-A, p = 0,960; ES = grande). A maior FCmax ocorreu em J-FS (6/8) e YY1-A (2/8). A FCmax prevista para a idade pelas três equações não diferiu de 3E- FCmax, entretanto, a análise de Bland Altman revelou baixa concordância em três comparações, variando em 12 bpm. A FCmax prevista para a idade por três equações diferiu de cada uma (p <0,001; ES = grande). As equações Fox- FCmax, Nikolaidis- FCmax e Tanaka- FCmax podem levar a erros na determinação da FCmax individual. Pesquisadores e treinadores de futsal devem ser estimulados a utilizar a J-FS FCmax associada ao teste intermitente com recuperação, além do treinamento, para obter com precisão a FCmax de forma a evitar erros na prescrição e controle da carga de treinamento em jogadores de futsal. Estudo B: O objetivo do estudo foi determinar a maior frequência cardíaca máxima (FCmax) entre dois esforços (2E-FCmax), teste intermitente com nível de recuperação 1 (YYIR1) e jogo oficial de futebol (J-FT), e comparar a maior FCmax dentre as duas situações com equações para a idade, Fox-FCmax, Tanaka- FCmax e Nikolaidis- FCmax. Os onze participantes eram jogadores da categoria Sub- 20 de uma equipe estadual. A maior FCmax na situação de esforço foi considerada para análise. A normalidade dos dados foi verificada com o teste de Shapiro-Wilk, após confirmado a normalidade foi feita a analise dos dados através do teste-t pareado, bem como a análise de concordância de Bland Altman. O tamanho de efeito (ES) foi calculado por eta quadrado (ƞ2). Entre as duas condições de esforço físico, 10/11 jogadores apresentaram o maior valor de FCmax no J-FT, enquanto apenas 1/11 jogador teve a FCmax no YYIR1 (p = 0,004; ES = grande, d = 1,21). Na comparação dentre a 2E- FCmax com a FCmax obtida pelas equações predita idade não houve diferença significante, a análise de Bland Altman revelou baixa concordância entre a FCmax prevista através das equações de FCmax predita-idade e a 2E- FCmax, variando entre 13-14 bpm. Entre a FCmax predita-idade houve diferença significante entre as três equações (p < 0.001; ES, grande, ƞ2 = 0,452). As equações Fox- FCmax, Nikolaidis- FCmax e Tanaka- FCmax podem levar a erros na determinação da FCmax em jogadores de futebol da categoria Sub-20 do sexo masculino. Treinadores e preparadores físicos de futebol que trabalhem com categoria Sub-20 devem ser estimulados a utilizar o J-FT para obtenção da FCmax já que 10/11 atletas atingiram maior valor da FC quando comparado ao YYIR1, e assim identifica com melhor precisão a FCmax buscando evitar erros na prescrição e controle da carga de treinamento.
  • ItemDissertação de mestrado
    Caracterização do aquecimento pré-jogo de equipes de elite do futsal brasileiro
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-07-30) Goncalves, Beatriz ; Santos, Júlio Wilson dos ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O aquecimento é um procedimento amplamente utilizado antes do exercício físico e do esporte, com o objetivo de otimizar o desempenho do treinamento ou competição, e prevenir lesões. O objetivo desse estudo foi analisar a estrutura do aquecimento pré-jogo de equipes de elite do futsal do Brasil. Trata-se de um estudo descritivo realizado mediante pesquisa observacional do aquecimento de vinte equipes que disputam a principal competição nacional da elite do futsal brasileiro. Os aquecimentos pré-jogos foram filmados antes de jogos oficiais e, posteriormente, foram analisados quantitativa e qualitativamente pelos métodos de duração e contagem. As categorias de exercícios foram apresentadas em valores relativos, e a sequência e o conteúdo dos exercícios foram analisados, assim como a duração dos mesmos. A duração de cada categoria de exercício nos aquecimentos foi analisada através da análise de variância one-way, com teste pos hoc de Bonferroni. Os tamanhos dos efeitos foram calculados ao quadrado (ƞ2) para interpretar as diferenças estatísticas na ANOVA, e o índice dos tamanhos dos efeitos foi classificado como pequeno (ƞ2 ≤ 0,059), médio (0,059 < ƞ2 ≤ 0,138), e grande (ƞ2 > 0,138). O nível de significância foi considerado p < 0,05. O aquecimento das equipes teve em média duração de 20,3 ± 3,6, variando entre 14,4 e 27,2 min. As habilidades motoras abertas ocorreram em maior proporção (54%), com exercícios técnicos e de chute ao gol com e sem oposição representando 45% de todo aquecimento. A análise de variância revelou que Chutes ao Gol sem Oposição, as ações técnicas (Ações Técnicas sem Oposição), e os Jogos em Campo Reduzido apresentaram duração significantemente maior do que Exercícios de Mobilidade Geral (p = 0,004; p =0,006; e p = 0,011, respectivamente) e Alongamento Dinâmico (p < 0,001) (ƞ2 = 0,33, ES = grande), demonstrando que as equipes priorizaram as ações específicas com bola. Dentre as habilidades motoras fechadas, os Alongamentos Estáticos apresentaram maior proporção (17%) e duração (3,6 min) superior aos Alongamentos Dinâmicos (3%, 0,9 min). Em relação à sequência dos exercícios, os de Mobilidade Geral ocorreram mais ao início dos aquecimentos seguido pelos Alongamentos Estáticos, enquanto no meio do aquecimento predominaram Alongamentos Dinâmicos, Jogo em Campo Reduzido e as ações técnicas (Ações Técnicas sem Oposição), tendo em sequência na parte final do aquecimento, o Chute ao Gol sem Oposição e Chute ao Gol com Oposição. Nem todas as categorias de exercícios foram realizadas em todos os aquecimentos, no entanto, Alongamento Estático, Ações Técnicas sem Oposição, Exercícios de Mobilidade Geral, Jogo em Campo Reduzido e Exercícios de Mobilidade Específicos foram repetidos ao longo dos aquecimentos por mais de uma vez. Em relação aos aquecimentos observados, as medidas corretas compreenderam a progressão da intensidade, exercícios moderados para mais intensos, os exercícios mais intensos e específicos foram realizados ao final do aquecimento Chute ao Gol com Oposição e Chute ao Gol sem Oposição), no entanto, alguns procedimentos não apresentaram respaldo em evidências na literatura: os Alongamentos Estáticos predominaram sobre os Alongamentos Dinâmicos, o tempo de metade dos aquecimentos foi acima de 20 min, algumas categorias de exercícios foram repetidas por mais de duas vezes durante o aquecimento. Baseado nos aquecimentos analisados e nas evidências da literatura, nós propomos um modelo de aquecimento para o futsal, considerando: duração de 18 min com duas pausas para hidratação e recuperação em seu decorrer, não repetindo categorias de exercícios mais de duas vezes; equilíbrio entre Alongamento Estático e Alongamentos Dinâmicos; Alongamento Estático ao início do aquecimento e com duração de 15s; sequência progressiva de intensidade, iniciando com habilidades motoras fechadas (38% = Exercícios de Mobilidade Geral – Alongamentos Estáticos – Alongamentos Dinâmicos – Exercícios de Mobilidade Específicos - pausa), e evoluindo para habilidades motoras abertas (62% = Ações Técnicas sem Oposição – Jogos em Campo Reduzido - pausa), e finalizando com Chutes ao Gol sem Oposição – Chute ao Gol com Oposição.
  • ItemDissertação de mestrado
    Utilização de espaços públicos para a prática de atividades físicas e diabetes mellitus no município de Bauru/SP
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-07-26) Moreno, Ana Maria Guilmo ; Zago, Anderson Saranz ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    RESUMO: O aumento da incidência e prevalência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), observado nas últimas décadas, se deve principalmente a um consumo excessivo de alimentos ricos em açucares e gorduras, à diminuição do gasto energético em atividades do trabalho e lazer associado ao aumento da expectativa de vida e a diminuição das taxas de natalidade. Isso se reflete em maior utilização dos serviços de saúde, internações por complicações e invalidez no trabalho, sendo que as DCNTs foram responsáveis por cerca de 71% de todas as causas de morte nos últimos anos. O Diabetes Mellitus (DM) é uma das 4 DCNTs mais prevalentes no mundo e é caracterizado por níveis elevados de glicose no sangue, resultante da falha na produção ou ação do hormônio insulina. O DM atinge em maior proporção indivíduos mais idosos, tem estreita relação com o estilo de vida (DM tipo 2 – 90% a 95% de todos os casos) e pode levar à complicações em órgãos alvo, e em casos mais graves, à óbito. Já está bem estabelecido na literatura que a prática de exercícios físicos bem estruturada pode ser benéfica não somente para diminuir os fatores de risco para a doença, mas também para o tratamento do DM. Apesar disso, o custo de um acompanhamento profissional pode ser considerado alto para algumas pessoas, portanto a prática de atividades físicas em espaços públicos (áreas verdes, pistas de caminhada e academias ao ar livre) segue como uma estratégia que pode ser incluída em políticas públicas de saúde. Dessa forma, o presente estudo buscou analisar a relação entre a utilização dos espaços públicos para a prática de atividades físicas e prevalência de DM no município de Bauru/SP. Do total da amostra (n = 318), 24,2% foram classificados como diabéticos, a maioria do sexo feminino, com mediana de idade maior em relação aos não DM, sendo 67 (56,5 – 73) anos e 60 (41 – 67,5) anos respectivamente (p = 0,001). Também, a parcela da população que apresentou essa DCNT foi encontrada predominantemente nas classes socioeconômicas 3 e 4 (média e alta, respectivamente), assim como os espaços públicos para a prática de atividades físicas. Nas análises de razão de chances, não foram encontrados resultados significativos de associação da distância entre residência e os espaços públicos na prevalência do DM, sugerindo que a distância não interfere na ocorrência dessa DCNT. Também, a utilização desses espaços não se associou a menores níveis de DM. Por outro lado, a distância entre a residência e o espaço público para a prática de atividades físicas pode influenciar no uso/acesso aos locais (p = 0,03), sugerindo que quanto mais longe, maior o risco de não se praticar atividades físicas nesses espaços. O presente estudo sugere que mais intervenções de incentivo à prática de atividades e exercícios físicos sejam feitas em espaços públicos em um programa de prevenção e tratamento do DM, sempre preconizando a orientação do profissional de educação física para que a prescrição seja feita de forma segura e eficiente. Além disso, mais estudos são necessários para avaliar outras variáveis relacionadas à prática de exercícios físicos em espaços públicos.
  • ItemDissertação de mestrado
    Efeito de diferentes tarefas visuais nas respostas posturais e no desempenho do olhar de idosos com e sem histórico de quedas
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-05-25) Souza, Nathaly Freitas de ; Zago, Paula Fávaro Polastri ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    As quedas são uma das principais causas de morbidade e mortalidade na população idosa. Aumento na incidência de quedas tem sido associado à deterioração no controle do olhar e da postura impactando os mecanismos de integração multissensorial. Idosos caidores apresentam maiores oscilações corporais e exibem redução nos movimentos sacádicos dos olhos quando comparados aos idosos não caidores. Neste contexto, estudos têm apontado que tanto as informações visuais contidas na retina quanto aquelas advindas dos movimentos dos olhos influenciam as respostas posturais dos idosos. No entanto, apesar da importância da estabilização visual para o controle da postura, há uma escassez de informação sobre se haveriam comprometimentos nos mecanismos visuais para o controle da postura em idosos com histórico de quedas. Portanto, o objetivo do presente estudo foi investigar o efeito dos movimentos dos olhos no controle postural e no desempenho do olhar de idosos caidores e não-caidores frente à diferentes tarefas visuais e manipulações do fluxo óptico. Quinze idosos não caidores (69,8 anos, ± 3,2) e quinze idosos caidores (71,1 anos, ± 6,4) realizaram, inicialmente, as avaliações, Berg Balance Scale, (BBS) e Falls Efficacy Scale International (FES-I), a fim de caracterização da amostra. Posteriormente, os mesmos foram solicitados a permanecer sobre a plataforma de força, dentro de uma sala-móvel, utilizando um rastreador ocular. Foram realizadas quatro tarefas visuais, com diferentes demandas atencionais: alvo estacionário (fixação); alvo previsível e alvo imprevisível (movimentos sacádicos dos olhos); e olhar livre. Os participantes deveriam direcionar os olhos ao alvo (três primeiras tarefas) ou olhar livremente para a cena visual. A frequência de aparecimento do alvo nas tarefas sacádicas de alvo previsível e imprevisível foi de 1,1 Hz. Dezesseis tentativas foram divididas em dois blocos, sendo que no primeiro bloco a sala permaneceu estacionária e, no segundo, a sala foi oscilada com amplitude de 0,6 cm e frequência de 0,2 Hz. Em ambos os blocos, foram realizadas, aleatoriamente, duas tentativas de cada tarefa visual. Para analisar o perfil dos participantes foram computadas as médias e desvios-padrão dos resultados da Escala de Berg e do FES-I. Para analisar o desempenho do controle postural durante a realização das tarefas visuais, nas condições de sala estacionária e sala móvel, foi calculada a amplitude média de deslocamento do COP, nas direções antero-posterior (AP) e médio-lateral (ML). Para verificar o acoplamento entre o deslocamento do centro de pressão (COP) e o movimento da sala foram calculadas as variáveis dependentes: ganho, fase e coerência entre o deslocamento do COP e o movimento da sala; e a variabilidade de posição e velocidade do COP. Para analisar o comportamento do olhar nas tarefas visuais, foram calculadas as variáveis: número de fixações, duração média das fixações, variabilidade da fixação do olhar, tempo de resposta do olho e os erros sacádicos, sendo estas duas últimas apenas para as tarefas de alvo previsível e imprevisível. Foram realizadas análises de variância (ANOVAs) com medidas repetidas para cada variável dependente. Os resultados mostraram atenuação da oscilação corporal de ambos os grupos (idosos caidores e não caidores) nas tarefas sacádicas de alvo previsível e alvo imprevisível em comparação às tarefas de alvo estacionário e olhar livre durante a condição de sala estacionária. No entanto, durante a condição de sala móvel, apenas os idosos caidores reduziram a magnitude de oscilação corporal. Ainda, a oscilação corporal de idosos caidores foi mais fortemente acoplada ao movimento da sala e com maior variabilidade de posição em comparação aos idosos não caidores. Porém, as tarefas sacádicas reduziram a influência da estimulação visual sobre a oscilação corporal similarmente em ambos os grupos. Com relação ao comportamento dos olhos nas tarefas visuais, idosos caidores mostraram maior variabilidade de fixações e nenhuma modulação no tempo de resposta do olho durante tarefas sacádicas. Pode-se concluir que os movimentos sacádicos dos olhos reduzem a influência da estimulação visual na oscilação corporal de idosos, independentemente de seu histórico de quedas. No entanto, nota-se que os idosos caidores possuem maior deterioração do controle postural e oculomotor o que pode ser usado como um preditor para o risco de quedas nesta população.
  • ItemDissertação de mestrado
    Resposta hemodinâmica ao exercício físico em piscina aquecida em idosos com hipertensão arterial sistêmica: efeito da imersão e intensidade do exercício físico.
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-05-28) Marçal, Isabela Roque ; Ciolac, Emmanuel Gomes ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O envelhecimento populacional é uma realidade mundial que impacta a sociedade como um todo. A hipertensão arterial sistêmica (HAS), maior fator de risco para doença cardiovascular e comumente observada em idosos, atinge 36 milhões de indivíduos no mundo, com alta taxa de morbidade e mortalidade. O exercício físico é a medida não-farmacológica mais recomendada para a prevenção, controle e manejo da HAS. Entretanto, as principais diretrizes recomendam exercícios realizados em solo e indivíduos idosos podem apresentar limitações físicas e/ou doenças que impeçam esta prática. Desta forma, o exercício realizado em piscina aquecida vem demonstrando superioridade nas respostas hemodinâmicas quando comparado ao solo nesta população. Porém, pouco se sabe sobre as respostas fisiológicas à imersão e a diferentes intensidades de exercício físico em piscina aquecida em idosos com HAS. Os objetivos deste trabalho foram avaliar, por meio de três estudos, as respostas hemodinâmicas, vasculares e autonômicas cardíacas a uma sessão de imersão em piscina aquecida, bem como a uma sessão de exercício intervalado de alta intensidade (HIIE) em piscina aquecida versus exercício contínuo de moderada intensidade (MICE), em idosos com HAS. O estudo 1 comparou, em 35 idosos com HAS (67 ± 5 anos), a resposta da pressão arterial (PA), frequência cardíaca (FC), rigidez arterial e reatividade endotelial a 30 min de repouso imerso em piscina aquecida (30–32 ºC) ou repouso em solo (21–23 ºC). O estudo 2 analisou, em 15 idosos com HAS (65 ± 3 anos), a resposta da FC durante uma sessão de HIIE (26 min) e uma sessão de MICE (30 min), ambas em piscina aquecida, prescritos e monitorados pela percepção subjetiva de esforço (PSE) de 6-20. O estudo 3 avaliou, em 20 idosos (67 ± 7 anos) com HAS, a resposta da PA e FC de repouso e ambulatorial, da variabilidade da FC de repouso e de 24h, da rigidez arterial e da reatividade endotelial a uma sessão de HIIE (26 min), MICE (30 min) e controle (30 min). O estudo 1 demonstrou um aumento da PA em resposta à imersão em piscina aquecida, mas não ao repouso em solo, o qual foi mantido por 45 min após a interrupção da imersão. O estudo 2 mostrou que a resposta da FC alternou entre o limiar ventilatório 1 e o ponto de compensação respiratória durante o HIIE e se manteve abaixo do LA durante o MICE, sugerindo que escala de PSE de 6-20 é uma ferramenta útil para prescrever e autorregular o HIIE em piscina aquecida (não MICE) em idosos com HAS. O estudo 3 demonstrou que uma única sessão de HIIE ou MICE em piscina não promoveu hipotensão pós-exercício em idosos com HAS. Demonstrou também que o HIIE promoveu aumento da modulação parassimpática a curto prazo em comparação ao MICE e controle; entretanto, a resposta autonômica cardíaca durante 24h manteve-se alterada pós ambas as sessões de exercício, quando comparadas à sessão controle. Os presentes resultados podem ter implicações importantes para a prescrição e recomendação de intervenções com exercício em piscina aquecida em idosos com HAS.
  • ItemDissertação de mestrado
    Novos compostos derivados de nitrogênio e enxofre do tipo guanidinas para o estudo de atividade leishmanicida e sulfonamidas para o estudo de atividade inibidora de canais iônicos Kv3.1
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-12-22) Passianoto, Luana Vitorino Gushiken ; González, Eduardo René Pérez ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O transporte de íons através das membranas é muito importante para garantir funções celulares e como as membranas são impermeáveis a espécies com carga, existem proteínas que auxiliam na passagem desses íons, como os canais iônicos. O mau funcionamento de alguns desses canais, leva a efeitos fisiológicos profundos e as doenças do canal (canalopatias) são diversas, como exemplo doenças cardíacas, diabetes, câncer, transtornos de ansiedade, epilepsia e mal de Alzheimer. Bloqueadores dos canais podem melhorar algumas dessas patologias, os canais de potássio KV3.1 podem servir como moduladores da taxa do disparo do potencial de ação em neurônios com altas taxas de disparo, assim, bloqueadores de KV3.1 podem modular essas células neuronais. No presente trabalho, sulfonamidas foram sintetizadas e caracterizadas para o estudo de bloqueio de canais iônicos KV3.1. A molécula SMD2 apresentou melhor IC50 (9.3 ± 0.6), demonstrando afinidade pelo canal e um efeito reversível. Os testes eletrofisiológicos foram realizados em colaboração com o professor Wamberto Antônio Varanda da Universidade de São Paulo (USP) e seu aluno Carlos Zanutto Bassetto Junior. Adicionalmente, foram realizadas sínteses e caracterizações de benzoilguanidinas para testes de atividade leishmanicida in vitro contra amastigotas de L. amazonensis, e estudo in vivo de atividade leishmanicida do composto LQOF-G2, que apresentou melhores índices de seletividade 37,7 (promastigota) e 131,8 (amastigota) in vitro. Os testes de atividade leishmanicida foram realizados em colaboração com a professora Márcia Aparecida Silva Graminha da Universidade Estadual Paulista (UNESP) e sua aluna Angela Maria Arena Velásquez. As leishmanioses são doenças causadas por protozoários do gênero leishmania e transmitidas por picadas de insetos hematófagos. As causas estão relacionadas a condições socioeconômicas e ambientais, desnutrição, sistema imunológico fraco e, além do tratamento ser caro, pode deixar cepas resistentes. Segundo a OMS, é estimado 30.000 novos casos de leishmaniose visceral e mais de 1 milhão de casos de leishmaniose cutânea por ano, sendo necessário novas formas de tratamento mais eficazes e menos tóxicas. As guanidinas são moléculas orgânicas biologicamente ativas, amplamente reportadas com atividade leishmanicida contra diversos tipos de leishmania. As moléculas aqui apresentadas foram caracterizadas por RMN de 1H e 13C, EI-MS, HRESIMS, LC/UV/MS
  • ItemDissertação de mestrado
    Impacto da ultrapassagem de um obstáculo, da concentração de fator neurotrófico derivado do cérebro e do tratamento com vitamina D na marcha em pessoas com esclerose múltipla
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-12-10) Santinelli, Felipe Balistieri ; Barbieri, Fabio Augusto ; Sebastião, Emerson ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A esclerose múltipla (EM) é uma doença neurodegenerativa, inflamatória e autoimune que afeta a bainha de mielina dos neurônios localizados no sistema nervoso central (SNC). Essa desmielinização sofrida pelos neurônios provocam déficits no andar e na atividade cortical, podendo estar relacionada com uma piora do andar, principalmente em ambientes mais complexos. Entretanto, os fatores neurofisiológicos dos déficits do andar nessa população não serem bem conhecidos, podendo a concentração do Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro (BDNF) e menor concentração de vitamina D, estarem correlacionados com os parâmetros motores e neurais do andar. Com isso, o objetivo desta dissertação foi investigar o impacto da presença de um obstáculo durante o andar, da concentração de BDNF e da vitamina D na atividade cortical e nos parâmetros espaço-temporais do andar em pessoas com EM. Para responder aos questionamentos da dissertação, três estudos foram propostos. Para o estudo 1, foram recrutadas 15 pessoas com EM e 15 pessoas neurologicamente saudáveis, que realizaram o andar em duas condições: com e sem a presença de um obstáculo de espuma de 15 cm de altura, correspondente a altura do meio-fio, em seu caminho. Os parâmetros espaço-temporais do andar e da atividade cortical adotados foram os mesmos para ambas as condições, exceto para a condição com obstáculo, onde foram calculados as distancias horizontais e verticais, em relação ao obstáculo, de ambos os pés. Os resultados revelaram que as pessoas com EM possuem déficits no andar em ambas as condições (e.g., menor comprimento do passo e menor velocidade do passo) e maior atividade cortical do que os seus pares sem a doença. Essas alterações ficam mais evidenciadas na presença de um obstáculo, além das pessoas com EM posicionar ambos os pés mais próximos ao obstáculo, sendo considerado uma estratégia mais arriscada. Para o estudo 2, 20 pessoas com EM e 18 controles foram recrutados. Coletas sanguíneas foram realizadas para verificação da concentração sanguínea de BDNF. Os participantes andaram somente sem a presença de um obstáculo, sendo obtidos os mesmos parâmetros do andar e da atividade cortical do estudo 1. Além disso, os participantes realizaram o teste de mobilidade funcional (Timed-up-go- TUG). Os resultados indicaram que o comprimento do passo, a velocidade do passo, o TUG e as bandas de frequência teta e beta da atividade cortical do córtex motor, foram correlacionados com a concentração de BDNF. Ainda, a análise da curva ROC indicou que a velocidade do passo, TUG e a banda beta do córtex motor são bons classificadores da EM. Por fim, no estudo 3, 16 pessoas neurologicamente saudáveis e 20 pessoas com EM foram recrutadas, sendo às pessoas com EM divididas em dois grupos: pessoas que suplementavam vitamina D (EMD- 10 indivíduos) e pessoas sem suplementação (EMsD- 10 indivíduos). O mesmo protocolo do estudo 2 foi empregado, sendo mensurado também a concentração sanguínea de vitamina D. O resultado mostrou que apenas o grupo EMsD apresentou deficiências nos parâmetros espaço-temporais do andar (e.g., menor comprimento do passo e menor velocidade do passo) quando comparado com o grupo controle. Apesar de ambos os grupos apresentarem maior atividade cortical do que o grupo controle, o grupo EMsD apresentou maior atividade em todas as regiões analisadas (frontal, motora, parietal e occipital) comparado ao grupo controle. Esses resultados sugerem que a vitamina D pode estar atuando na melhora dos parâmetros motores e neurais do andar em pessoas com EM.
  • ItemDissertação de mestrado
    Tarefa postural prolongada na doença de Parkinson: efeito agudo e do treinamento aeróbio
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-07-31) Moretto, Gabriel Felipe ; Barbieri, Fabio Augusto ; Rinaldi, Natália Madalena ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Manter a postura vertical por longos períodos de tempo é uma tarefa comum no cotidiano das pessoas. Entretanto, este quadro pode ser mais agravado em populações que apresentam déficits no equilíbrio, como pessoas Doença de Parkinson (DP). Analisar como uma tarefa postural prolongada afeta o controle postural em idosos com DP pode contribuir para o melhor entendimento das estratégias que essa população utiliza para a manutenção do equilíbrio. Ainda, intervenções físicas, como a prática de exercício aeróbio, podem amenizar os déficits causados pela doença no controle postural. Assim, o objetivo geral desta dissertação é investigar o efeito de uma tarefa postural de longa duração no controle postural em idosos com DP e analisar o efeito agudo de uma intervenção de 12 semanas de exercício físico aeróbio no controle da postura em tarefas posturais de longa duração em idosos com DP. Para entender os efeitos de uma tarefa postural de longa duração e os efeitos do exercício aeróbio neste tipo de tarefa, dois estudos foram desenvolvidos. O primeiro estudo teve o objetivo de analisar o efeito agudo de uma tarefa postural prolongada em idosos com DP. Vinte e três idosos com DP e 23 idosos saudáveis, que formaram o grupo controle, realizaram 3 tentativas de postura curta (60 segundos) antes de realizar uma tarefa postural prolongada de 15 minutos. Foram utilizadas 4 câmeras da Vicon Motion System para mensurar a oscilação corporal na frequência de 100Hz. Um único marcador reflexivo foi posicionado na segunda vértebra lombar (L2) para mensurar as seguintes variáveis nas direções anteroposterior (AP) e médio-lateral (ML): amplitude, velocidade, root mean square (RMS), área de oscilação e o Detrended Fluctuations Analysis (DFA). Uma ANOVA one-way foi realizada para análise das tarefas de curta duração e uma ANOVA two-way com fator para grupo e momento. Os resultados encontrados mostraram que idosos com DP apresentam maiores amplitudes e velocidade de oscilação, RMS e valores de adaptabilidade nas direções AP e ML, porém, com redução na área de oscilação. Este estudo apontou que a tarefa postural prolongada em pé reduziu a adaptabilidade dos sistemas reguladores da postura em indivíduos com DP em comparação a idosos saudáveis e esse comportamento pode aumentar a chance de quedas devido a dificuldade em realizar ajustes posturais adequados por longos períodos devido aos déficits causados pela DP. O segundo estudo avaliou o efeito de uma intervenção de 12 semanas de exercício físico aeróbio na oscilação corporal durante uma tarefa postural prolongada em idosos com DP. Participaram do estudo 16 idosos com DP que realizaram o mesmo protocolo do estudo anterior para a avaliação postural antes e após realizar o protocolo de exercício aeróbio. Os equipamentos e variáveis analisadas foram iguais aos do estudo 1. Uma ANOVA two-way com fator para intervenção e momento foi realizada para analisar a tarefa postural prolongada. Após a intervenção, pacientes com DP diminuíram a velocidade e aumentaram a área de oscilação. A intervenção de exercício aeróbio contribuiu para alterar o comportamento postural de pacientes com DP de modo a manter uma postura com maior área de equilíbrio e possuindo maior controle da oscilação corporal.
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    Dinâmica temporal da ação da medicação dopaminérgica na locomoção e no controle postural em pessoas com doença de Parkinson
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2019-11-25) Silva, Fabiana Araújo ; Barbieri, Fabio Augusto ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A locomoção e o controle postural são duas tarefas muito presentes no cotidiano e que impactam diretamente no nível de funcionalidade e na qualidade de vida. Sabemos que em pessoas com DP apresentam desordens nessas tarefas e que a medicação dopaminérgica melhora os parâmetros motores na locomoção e no controle postural em pessoas com DP. Entretanto, o tempo para o início da eficácia da medicação após sua ingestão na locomoção e no controle postural em pessoas com DP, especialmente em tarefas desafiadoras, ainda é controverso, assim como a duração desta eficácia. Assim, o objetivo geral desta dissertação é analisar o comportamento da ação da medicação dopaminérgica na locomoção e no controle postural em pessoas com DP. Para isso foram desenvolvidos dois estudos, no primeiro estudo, foi avaliado o comportamento temporal da medicação dopaminérgica no andar e no segundo estudo, no controle postural. Participaram dos estudos 15 pessoas com DP (sendo 6 do gênero feminino; 69 ±7 anos; H&Y 1 - 3; UPDRS-III 27,1 ± 12), avaliadas em dois dias distintos. No primeiro dia foram realizadas avaliações clínicas dos sintomas motores e do equilíbrio estático e dinâmico No segundo dia foi avaliado o andar e o controle postural. Os participantes foram avaliados no estado “OFF” da medicação, logo após a ingestão da medicação e a cada 30 minutos, até o período de três horas após a ingestão da medicação. Para responder aos objetivos dos estudos, os dados referentes a locomoção e ao controle postural serão comparados através de ANOVAs com fatores de acordo com as variáveis independente de cada estudo. Nossos resultados apontam que o efeito da ação na primeira dose matinal da medicação dopaminérgica no andar em pessoas com DP se inicia após 60 min da sua ingestão e tem duração de 120 minutos, cessando após 180 minutos. Para o controle postural, nossos resultados apontam que o efeito da ação na primeira dose matinal da medicação dopaminérgica se inicia após 60 min da sua ingestão e tem duração de 60 minutos, cessando após 150 minutos da ingestão da medicação. Ainda, o efeito da medicação dopaminérgica foi diferente entre as condições do andar e semelhante entre as condições do controle postural.
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    Explorando associações entre sarcopenia, obesidade e osteoporose: estudo com pacientes da atenção primária em saúde
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2019-12-16) Delacosta, Thais Cristina ; Monteiro, Henrique Luiz ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A avaliação da composição corporal é um recurso utilizado para a detecção, prevenção e tratamento de doenças relacionadas às alterações no padrão e distribuição dos tecidos corporais. Osteopenia/osteoporose, sarcopenia e obesidade se sobrepõem, criando combinação de outros distúrbios teciduais, sendo a obesidade osteosarcopênica a mais multifacetada. A prática de atividade física pode prevenir/tratar diversas doenças metabólicas e intervir positivamente na capacidade funcional de adultos e idosos. Entretanto, há poucos estudos de intervenção para a população diagnosticada com obesidade sarcopênica ou osteosarcopênica e o uso e aplicação das informações que são disponibilizadas pelo raio-X de dupla energia (DEXA) ainda permanecem bem pouco exploradas. Objetivo: analisar os componentes da composição corporal e explorar a associação entre sarcopenia, obesidade e osteoporose e hábitos de atividades físicas de homens e mulheres, em tratamento na atenção básica em saúde. Explorar as informações que o DEXA disponibiliza e o comportamento de indicadores para predição da obesidade, sarcopenia e suas combinações. Metodologia: estudo transversal com pacientes de 50 anos ou mais, usuários da atenção básica em saúde do município de Bauru-SP. Para a análise da composição corporal foi utilizado DEXA. Entrevistas sobre as características dos pacientes, atividade física habitual, poder aquisitivo, escolaridade, tabagismo e consumo de álcool foram realizadas. Resultados: os 206 pacientes avaliados apresentaram idade de 66,9 + 7 anos, com predomínio do sexo feminino (81,6%). A prevalência de dois ou mais agravos simultâneos foi de 27,7% e de obesidade sarcopênica foi 5,3%. Ser menos ativo nas atividades de lazer foi associado ao aumento da chance de ter obesidade [OR= 3,236 (1,433-7,310)] e dois ou mais agravos [OR= 5,312 (1,732-16,292)]. Como indicadores para predição das doenças, as variáveis mais influentes para a classificação foram: gordura do tronco, gordura corporal total, massa magra apendicular, gordura da perna esquerda, índice de massa corporal (IMC), massa magra corporal total, escore de atividade física, densidade mineral óssea do braço direito, densidade mineral óssea subtotal e idade. Conclusão: Manter um estilo de vida muito ativo pode evitar o desenvolvimento dos indicadores que resultam na síndrome da obesidade osteosarcopênica, motivo pelo qual recomenda-se adoção de estratégias de saúde pública, com incentivo e oferta de exercícios físicos supervisionados para a população com mais de 50 anos. Utilizando florestas aleatórias para classificar as variáveis do DEXA, foi possível definir um conjunto de variáveis que são matematicamente importantes para a detecção da obesidade, sarcopenia e obesidade sarcopênica.
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    O efeito agudo do exercício físico na concentração plasmática de óxido nítrico e no valor da pressão arterial em idosos com diferentes níveis de condicionamento físico: a influência dos polimorfismos do gene da sintase do óxido nítrico endotelial.
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2019-12-16) Reia, Thaís Amanda ; Zago, Anderson Saranz ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Concomitantemente ao crescente número de idosos tem se observado o aumento de problemas de saúde, entre os quais, a hipertensão arterial (HA) se destaca como doença de maior prevalência na população idosa. Considerando que a variação genética tem alta influência sobre o desenvolvimento da HA, pesquisas vem sendo desenvolvidas com o objetivo de identificar os genes que participam de sua etiologia. Partindo desse pressuposto, alguns polimorfismos são estudados, dentre eles, os polimorfismos do gene da Sintase do Óxido Nítrico Endotelial (eNOS). Embora a maioria dos estudos demonstre os benefícios decorrentes da prática regular de exercícios físicos para contrapor os efeitos deletérios dos polimorfismos do gene da eNOS, bem como a produção de Óxido Nítrico (NO) e controle da pressão arterial (PA), ainda é pouco esclarecido o efeito agudo do exercício físico sobre tais variáveis. Desse modo, o objetivo deste estudo foi analisar o efeito agudo do exercício físico na concentração de NO e nos valores de PA em idosos com diferentes níveis de condicionamento físico (CF) e, também, verificar se os polimorfismos do gene da eNOS exercem influência sobre essas respostas. Após passarem pelos critérios de elegibilidade, 145 idosos de ambos os sexos, com idade entre 60 a 80 anos foram submetidos a avaliações hemodinâmicas, antropométricas, bioquímicas, genéticas e físicas. O protocolo de intervenção foi composto por uma caminhada de 40 min (40-60% VO2máx previamente determinado) realizada em esteira ergométrica, com coletas sanguíneas nos momentos pré e pós-teste, com o objetivo de mensurar a concentração plasmática de nitrito (NO2-), biomarcadores de estresse oxidativo (TBARS) e medidas de PA nos momentos pré e pós-teste. Foi realizada ANOVA de duas vias para medidas repetidas com pós-teste de SIDAK para detectar diferença (p<0,05) entre os grupos (G1- condicionamento físico bom; G2- condicionamento físico fraco) e os momentos (pré e pós-caminhada). Posteriormente, foi feita análise de regressão linear multivariada para verificar a influência dos polimorfismos do gene da eNOS sobre as respostas de NO2- e PA. Não houve diferença significativa para os valores de NO2- e PAD em nenhum momento para ambos os grupos. Já para os valores de TBARS, o G2 apresentou um aumento significativo pós-exercício físico (p=0,008). Houve um aumento significativo na PAS pós-exercício físico para os dois grupos (p<0,001). O G2 apresentou maior valor de PAS no momento pós-exercício físico (p=0,038). Os polimorfismos 894G>T e o intron 4 b/a não apresentaram influência sobre as respostas de NO2-, TBARS e PA, entretanto, o polimorfismo -786T>C apresentou influência significativa apenas para PA. O genótipo homozigoto (TT) apresentou associação inversa sobre os valores de PAS e PAD, enquanto o heterozigoto (TC) apresentou associação positiva para PAD. Maior nível de CF também apresentou influência para menor valor de PA. Destaca-se a importância de se adotar um estilo de vida ativo, visto que os idosos com bons níveis de CF tiveram menores valores de PA e estresse oxidativo imediatamente após a sessão de exercício físico, concluindo que a manutenção de bons níveis de CF pode ter um efeito protetor para riscos cardiovasculares.
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    Efeito de diferentes demandas atencionais sobre os processos adaptativos do sistema de controle postural e do comportamento do olhar de adultos jovens
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2019-12-03) Brito, Matheus Belizário ; Zago, Paula Fávaro Polastri ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O objetivo do estudo foi investigar o efeito das tarefas visuais com diferentes demandas atencionais nos processos adaptativos do sistema de controle postural e no comportamento do olhar de adultos jovens frente à mudança abrupta da amplitude da sala móvel. Participaram do estudo quarenta e cinco adultos jovens (20,53 ± 2,04 anos). Foram mensurados o peso e a estatura corporal de todos os participantes. Ainda, os participantes realizaram o teste de Snellen para garantir acuidade visual normal entre todos os participantes. Em sequência, os participantes foram posicionados em pé sob uma plataforma de força (AMTI) dentro de uma “sala móvel”, utilizando o equipamento de rastreamento do olhar (ASL - H6) para calibração dos equipamentos. Os participantes foram divididos aleatoriamente em três grupos: 1-) Grupo Fixação (GFIX): no qual o participante permaneceu fixando o olhar em um alvo na parede frontal da sala; 2-) Grupo Movimentos Sacádicos Horizontais Imprevisíveis (GMSI): no qual os participantes realizaram movimentos sacádicos ora a direita e ora a esquerda a partir do centro da tela, envolvendo a incerteza de localização do alvo e 3-) Grupo Movimentos Sacádicos Horizontais Imprevisíveis com tarefa de Memória (GMSI-M), no qual os participantes realizaram a tarefa visual similar a do GMSI concomitante a uma tarefa de memorização de um número prédeterminado. Ao final de cada tentativa, o participante do GMSI-M deveria indicar quantas vezes este número apareceu. O alvo foi um círculo com 1,71 graus de diâmetro ou um “X”, de cor branca ou preta para contrastar comas listras pretas e brancas presentes nas paredes da sala. As condições de movimentação da sala foram: na primeira tentativa, a sala permaneceu estacionária. Nas tentativas 2, 3 e 4 (pré-mudança), a sala foi movimentada em amplitude baixa (amplitude: 0.6cm; frequência: 0.2Hz). Na quinta tentativa (mudança), a sala foi movimentada em amplitude alta (amplitude: 3.5cm; frequência: 0.2Hz), fornecendo uma mudança abrupta no ambiente. Nas tentativas 6, 7 e 8 (pós-mudança) os parâmetros da sala foram os mesmos da pré-mudança. Cada tentativa teve duração de 75 segundos e a cada três tentativas foi oferecido um minuto de descanso para os participantes. ANOVAS com medidas repetidas foram realizadas, tendo como fator: os grupos (GFIX, GMSI e GMSI-M) e as condições de mudança da sala (pré-mudança, mudança e pós-mudança). As variáveis dependentes destas análises foram: Amplitude Média de oscilação e Entropia nos eixos ântero-posterior (AP) e médio lateral (ML), Número de fixação, Duração Média das Fixações, Variabilidade da Duração Média das Fixações e o Tempo de Reação Sácadico. Ainda, MANOVAS foram realizadas, tendo como fatores os grupos e as condições de mudança da sala, semelhante ao das ANOVAS. Para a primeira MANOVA, as variáveis dependentes foram: Ganho e Fase. Para a segunda MANOVA, foram a Variabilidade de Posição e Variabilidade de Velocidade. Os resultados indicaram uma diminuição da amplitude média na direção AP, para o GMSI-M comparado ao GFIX (p=0,016), quando a sala estava estacionária. Foi encontrado uma maior amplitude média na direção AP durante a condição de mudança, comparado à pré-mudança (p=0,001) e pós-mudança (p=0,001) e uma menor Entropia, no eixo AP, durante a condição de mudança, comparado a condição de pré-mudança (p=0,002) e pós-mudança (p=0,001) quando a sala foi movimentada. Para as variáveis do acoplamento entre sala móvel e oscilação corporal, os resultados mostraram uma diminuição do Ganho durante a condição de mudança (p<0,0001) comparada à pré-mudança e pós-mudança, ainda houve um maior ganho durante a condição de pré-mudança comparado à pós-mudança (p=0,003). Além disso, os resultados mostraram uma menor Variabilidade de Posição e Velocidade durante a condição de mudança comparado a condição de pré-mudança (p<0,0001) e pós-mudança (p=0,001). Os resultados do olhar mostraram um menor número de fixações (p<0,0001) com maior duração média (p<0,0001) e variabilidade da duração das fixações (p<0,0001) para o GFIX comparado ao GMSI e GMSI-M. Ainda, as análises indicaram um maior tempo de reação sacádico para o GMSI-M comparado ao GMSI (p=0,016) e durante a condição de pós-mudança comparado a mudança (p=0,001). De modo geral, os resultados mostraram que os movimentos dos olhos não afetaram os processos adaptativos do sistema de controle postural de adultos jovens. Ademais, não foram encontradas diferenças entre os grupos para nenhuma das variáveis quando a sala foi movimentada, demonstrando que o sistema de controle postural apresenta processos adaptativos similares independentes do esforço adicional despendido na execução das tarefas concomitantes. Portanto, conclui-se que a adaptação do sistema de controle postural às alterações da sala móvel não é afetada pelos movimentos sacádicos dos olhos mesmo em situações de maior demanda atencional indicando que este mecanismo básico envolve baixo nível de atenção em adultos jovens.
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    Comportamento do olhar durante a condução simulada de veículos: efeitos da privação de sono e da velocidade do veículo
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2019-10-03) Simão, Rafael Oliveira ; Rodrigues, Sérgio Tosi ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Acidentes de trânsito são uma das principais causas de morte no país na atualidade; cerca de 25% dessas mortes estão relacionadas à falta de atenção e ao adormecimento. Neste estudo o controle visual da condução de automóveis foi exposto à manipulação de uma das importantes causas de acidentes e mortes, a privação do sono. Adicionalmente, este estudo aumentou a velocidade do automóvel para dificultar a tarefa e testar interações com a privação de sono. O objetivo do presente estudo foi investigar os efeitos da privação de sono e da velocidade do veículo sobre o comportamento dos olhos e o desempenho durante a condução simulada de automóvel. Vinte participantes, nas condições de privação de sono e não privação, conduziram um automóvel em um simulador em duas faixas de velocidades (lento: 80-100; rápido: 150-170 km/h) enquanto tinham gravados seus dados de desempenho e comportamento do olhar. Para a condição de privação do sono, os indivíduos foram orientados a acordar no máximo às 10 horas da manhã no dia anterior ao teste e se dirigir ao laboratório de estudos entre as 22 – 24 horas para permanecerem em privação sob a supervisão do pesquisador, realizando atividades recreacionais no computador ou com jogos de tabuleiro; para a condição de não privação, os indivíduos foram orientados a ter uma noite de sono reparador e se dirigir ao laboratório pela manhã. As variáveis dependentes da análise do desempenho do motorista foram: colisões por tentativa, duração da tentativa e número relativo de colisões; as variáveis da análise do olhar do motorista foram: número relativo de fixações e duração total relativa das fixações por área de interesse (velocímetro, pista, retrovisores e outras), área do olhar e diâmetro da pupila. Os dados foram submetidos à análise de variância de privação (não privado, privado) por velocidade do automóvel (lento, rápido), com medidas repetidas nos dois fatores. Os resultados do estudo revelaram que, com o aumento da velocidade do veículo, a área do olhar foi reduzida (p < 0,001) enquanto a duração total relativa e a fixação relativa na pista aumentaram (ps < 0,05). As variáveis do olhar dos motoristas não foram afetadas pela privação do sono mas os indivíduos privados de sono, interessantemente, apresentaram um maior número de colisões (p = 0,008) durante a condução lenta comparado à condição de condução rápida. Em síntese, motoristas jovens e experientes mantiveram o comportamento do olhar inalterado quando privados de sono, mas pioraram o desempenho na condução durante velocidade mais lenta.
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    A formação continuada de professores e a ressignificação dos conhecimentos nas práticas pedagógicas: a ioga na educação infantil
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2019-09-23) Franzé, Fernanda Pastori ; Rossi, Fernanda ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Esta pesquisa tem como objetivo geral analisar se os conhecimentos veiculados em um programa de formação continuada permanecem, após sua conclusão, em constante reelaboração e ressignificação, influenciando a prática pedagógica na educação infantil. Os objetivos específicos constituem-se em identificar e analisar os elementos da formação continuada capazes de promover mudanças na prática pedagógica, como também analisar os desafios a serem superados na formação continuada para a correspondência dos conhecimentos veiculados na formação à realidade da escola e, por fim, a articulação do desenvolvimento pessoal com o desenvolvimento profissional no contexto da formação continuada. Para isto, foi desenvolvida uma pesquisa qualitativa, constituída pelas seguintes etapas: levantamento bibliográfico, revisão sistemática da literatura e entrevista semiestruturada. A etapa da pesquisa de campo contou com 17 professoras atuantes na Educação Infantil, na maioria Pedagogas, que concluíram o programa de formação continuada “Corporeidade e Ioga na escola”, desenvolvido pelo Departamento de Educação/Faculdade de Ciências/UNESP Bauru em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de Bauru. O referencial teórico elucidou o tema da formação continuada para professores em seus aspectos políticos e de concepções e ações, ressaltando a importância do protagonismo docente e a multidimensionalidade da formação. Os resultados permitiram constatar que as motivações iniciais das professoras para o engajamento em programas de formação continuada podem ocorrer por motivação pessoal, pela necessidade de aprendizagem de práticas pedagógicas ou por agregação de novos conhecimentos. Em relação à estrutura e organização didática da formação, os resultados indicam adaptação aos diferentes espaços, em que a articulação entre a teoria e a prática foram satisfatórios, gerando autonomia para o desenvolvimento da ioga na escola. Quanto ao enfoque da formação em ioga para o desenvolvimento pessoal das docentes, houve contemplação de benefícios na dimensão física e afetivo-social. A ressignificação e reelaboração dos conhecimentos e práticas escolares da ioga foram conduzidas por meio do compartilhamento entre os pares, o envolvimento da comunidade escolar e as percepções positivas em relação às crianças. Ao verificar sobre a continuidade das práticas de ioga, permaneceram as práticas pedagógicas, as práticas pessoais e a apropriação dos conhecimentos práticos e teóricos, assim como estudos e pesquisas sobre o tema que reforçaram esta continuidade. Conclui-se que a formação em corporeidade e ioga promoveu a reelaboração e a ressignificação dos conhecimentos veiculados, possibilitando a continuidade da prática pedagógica de ioga na educação infantil, por meio de uma formação constituída de elementos que possibilitem o protagonismo docente, o compartilhamento de práticas, as vivências pessoais, a articulação entre teoria e prática, a apropriação do conhecimento sobre a ioga, as percepções sobre os benefícios pessoais que envolvem melhoras na condição de saúde e no desenvolvimento da corporeidade das crianças e das participantes. Cabem aos programas de formação ofertados aos professores incluir em sua organização didática e metodológica processos que valorizem a formação pessoal do professor, agreguem novos conhecimentos e incluam as áreas de conhecimentos pormenorizadas, como a Educação Física e a valorização da corporeidade no processo de educação.
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    Drop jump promove melhora no desempenho de RSA, mas não em parâmetros neuromusculares em jogadores jovens de basquete
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2019-09-06) Claus, Gabriel Machado ; Zagatto, Alessandro Moura ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Em modalidades esportivas coletivas como o basquete, a aptidão em realizar sprints repetidos vem se demonstrando um fator físico determinante. A alta intensidade exigida durante toda a partida irá induzir uma incapacidade de manutenção dos níveis de velocidade/força iniciais, diminuindo o desempenho e, consequentemente, instaurando a fadiga muscular. Uma estratégia para o aumento do desempenho pode ser a potenciação pós ativação (PPA). A PPA consiste no aumento involuntário dos níveis de contração muscular em resposta a um estímulo voluntário anterior e vem sendo inserida na rotina de aquecimento levando a melhoria do desempenho. Ainda, a PPA vem sendo mais efetiva quanto maior a especificidade ao modo de exercício, em comparação a potenciação com atividades menos específicas a atividade requerida. Assim, o objetivo do presente estudo foi investigar o efeito de protocolos de esforços condicionantes específicos sobre o desempenho nos esforços de sprints repetidos (RSA) com mudanças de direção em atletas de basquete e sobre parâmetros da fadiga muscular. Participaram do estudo 10 atletas de basquete (idade: 17,5 ± 1,2 anos; estatura: 1,9 ± 0,1 m; peso: 87,2 ± 15,4 kg; experiência competitiva: 5,2 ± 1,5 anos), que realizaram os procedimentos experimentais de modo cruzado e randômico. Inicialmente os voluntários foram familiarizados com os procedimentos, nas demais visitas de avaliações os voluntários foram submetidos a um aquecimento padronizado, idênticos em todas as condições. Após o aquecimento, foram realizadas as mensurações neuromusculares, composta por 2 contrações voluntárias máximas isométricas de extensão de joelho com estímulos elétricos e monitoramento do sinal eletromiográfico muscular de superfície, e em seguida os atletas foram submetidos aos protocolos de esforços condicionantes (sprint de curta distância com resistência através do trenó [TR] e drop jump seguido de salto contra movimento [DJ]) ou condição controle. Após intervalo de recuperação de 4 min para o DJ e 8 min para o TR foi mensurado o desempenho no teste de RSA, e imediatamente após o término do teste foi novamente realizado as mensurações neuromusculares. Também, foi monitorado o sinal de eletromiografia de superfície dos músculos da perna dominante durante a realização do teste de RSA. Como resultado foi encontrado diferença significativa para as variáveis do teste de RSA de tempo médio (p = 0,033; post hoc p = 0,039), tempo total (p = 0,031; post hoc p = 0,037) e pior tempo (p = 0,029; post hoc p = 0,045), com a condição DJ apresentando melhora em comparação com a condição controle. No entanto, não foi encontrado nenhuma interação significativa entre os resultados nas avalições neuromusculares, somente foi encontrado alteração em comparação com os momentos pré e pós o teste de RSA para todas as condições. Também, não foi encontrado diferença significativa entre as condições para os resultados no monitoramento do sinal eletromiográfico durante os sprints. Portanto, o uso do esforço condicionante do DJ foi efetivo para induzir a melhoria do desempenho físico no teste de RSA em atletas de basquete. O teste de RSA induziu a participação dos parâmetros periféricos e centrais de maneira semelhante entre as condições independente do desempenho encontrado.
  • ItemDissertação de mestrado
    Efeito da dificuldade e domínio da tarefa dupla em idosos com doença de parkinson: análise do comportamento dos parâmetros espaço-temporais durante a locomoção
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2019-07-29) Imaizumi, Luis Felipe Itikawa ; Barbieri, Fabio Augusto ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Uma tarefa cognitiva concomitante prejudica a locomoção de idosos com doença de Parkinson (DP). Apesar de uma tarefa dupla cognitiva mais complexa afetar mais a locomoção desta população, pouco é conhecido sobre o nível de dificuldade de tarefa dupla cognitiva ou qual tipo de tarefa cognitiva que sobrecarrega esta capacidade cognitiva, prejudicando os parâmetros espaço-temporais do andar em idosos com DP. O objetivo geral deste estudo foi investigar os efeitos da complexidade da tarefa dupla concomitante nos parâmetros espaço-temporais do andar em idosos com DP. Para responder essa pergunta foi realizado dois estudos, no primeiro estudo, idosos com DP e seus pares neurologicamente sadios realizaram uma série de condições de andar com tarefa cognitiva concomitante com demanda de memória de trabalho com diferentes níveis de dificuldade. No segundo estudo, foi investigado a influência do tipo da demanda cognitiva exigida pela tarefa concomitante na locomoção de idosos com DP e idosos neurologicamente sadios. Para isso, os participantes realizarão condições do andar com tarefas cognitivas concomitante com diferentes demandas cognitivas (flexibilidade mental, resposta a inibição e memória de trabalho). Os parâmetros espaço-temporais foram coletados através de um sistema de câmeras VICON (200 Hz). Sendo calculados, separadamente para cada estudo, os principais parâmetros da marcha (comprimento, velocidade, largura, duração e tempo de duplo suporte). Além disso, foi analisado o custo e a variabilidade para esses parâmetros. Nossos resultados indicaram que qualquer nível de dificuldade de uma tarefa cognitiva concomitante com demanda de memória de trabalho e qualquer tipo de demanda da tarefa cognitiva causa déficits no andar tanto de idosos com DP quanto idosos saudáveis. Porém, o custo da tarefa nos parâmetros espaço-temporais indicou que tarefas cognitivas mais difíceis e tarefas cognitivas com demanda de memória de trabalho e flexibilidade mental apresentam maiores déficits no andar. Assim, tanto idosos com DP como idosos saudáveis alteram seu comportamento do andar na presença de uma tarefa cognitiva concomitante. Além disso, aparentemente tarefas mais complexas parecem causar um maior efeito no andar.
  • ItemDissertação de mestrado
    Avaliação dos efeitos da terapia de fotobiomodulação sobre parâmetros de atividade muscular, tempo até a exaustão em esforço retangular no domínio severo em ciclo ergômetro e nos aspectos centrais e periféricos da fadiga muscular
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2019-04-17) Dutra, Yago Medeiros ; Zagatto, Alessandro Moura ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O objetivo geral da presente dissertação foi investigar os efeitos de duas doses de TFBM sobre o tempo até a exaustão em esforço retangular no domínio severo em ciclo ergômetro, explorando durante o exercício as respostas fisiológicas decorrentes da atividade muscular (i.e., metabólicas, gasométricas, eletromiográficas e respiratórias), assim como, os aspectos centrais e periféricos da fadiga muscular após esforço. Para isso, dois estudos foram realizados, estudo 1 e 2. Participaram do projeto 27 voluntários (14 participantes no estudo 1 e 13 no estudo 2. O estudo 1 teve como objetivo investigar os efeitos de duas doses de TFBM sobre aspectos centrais e periféricos da fadiga muscular após esforço de ciclismo em carga constante no domínio severo (Δ60%) com duração equalizada, analisando também, as respostas neuromusculares durante o esforço. Os sujeitos realizaram 5 esforços em dias distintos, um na forma de familiarização e um na forma controle, ambos até à exaustão e três, com duração idêntica à atingida na condição controle, precedidos por uma das três intervenções utilizadas no presente estudo: TFBM na dose de 260 J, TFBM na dose de 130 J e placebo, TFBM com o aparelho desligado (estudo randomizado, cruzado com duplo-cegamento). Durante o esforço as repostas eletromiográficas de músculos do membro inferior dominante foram avaliadas e antes e após esforço, contrações voluntárias máximas associada à eletroestimulação periférica do nervo femoral foram efetuadas, objetivando investigar aspectos centrais e periféricos da fadiga muscular. Já no estudo 2, os voluntários realizaram em dias distintos 5 esforços, todos até à exaustão, os 2 primeiros na forma de familiarização, os últimos 3 precedidos por uma das três modalidades de intervenção (TFBM na dose de 260 J, ou 130 J, ou placebo; estudo randomizado, cruzado com duplo-cegamento). Ainda, durante os três últimos esforços, houveram o monitoramento das respostas eletromiográficas de músculos do membro inferior dominante, respostas capilares gasométricas, das concentrações de lactato sanguíneo e da troca gasosa respiratória, com as coletas e/ou análises sendo realizadas em janelas de tempo idênticas para as 3 condições, determinadas com base no menor tempo atingido entre os três últimos esforços. Diante do resultados obtidos nos estudos 1 e 2, de modo geral, a TFBM nos parâmetros utilizados teve uma ligeira positiva influência sobre aspectos neuromusculares durante a realização do esforço (significante) e sobre a fadiga muscular após esforço (não significante). No entanto, não observou-se efeito da TFBM no tempo até exaustão no tipo de esforço proposto, bem como mudanças nas respostas metabólicas, gasométricas e respiratórias durante exercício.
  • ItemDissertação de mestrado
    Efeito do exercício resistido na variabilidade da frequência cardíaca de pacientes em hemodiálise
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2018-10-26) Nishimoto, Danilo Yuzo ; Monteiro, Henrique Luiz ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Essa dissertação consta de três estudos. Estudo I) Objetivo: revisar o efeito exercício físico sobre modulação autonômica cardíaca em pacientes com DRC submetidos a hemodiálise por meio de uma revisão sistemática. Método: foi utilizado quatro bancos de dados online (Cochrane, Embase, PEDro e Pubmed) para a busca por ensaios clínicos controlados e randomizados com as seguintes palavras ou seus similares combinados: renal dialysis e autonomic modulation e exercise training. A escala de PEDro foi utilizada para avaliar os riscos de viés dos estudos. Resultados: devido ao pequeno número de estudos inclusos na revisão não podemos tirar conclusões precisas, porém os resultados mostram indícios de que a realização de exercício mistos (aeróbio + resistido) por pelo menos seis meses e volume de treino de 90 minutos por sessão proporcionam melhora da modulação autonômica cardíaca em pacientes submetidos a hemodiálise. A escala de PEDro avaliou três estudos como qualidade “moderada” e um como “baixa”. Conclusões: a pratica de exercício físico proporciona benefícios para a modulação autonômica cardíaca em pacientes com DRC submetidos a hemodiálise e que esses benefícios parecem depender do volume e tempo de intervenção. Estudo II) Objetivo: analisar o comportamento autonômico, da frequência cardíaca e da pressão arterial durante uma sessão de hemodiálise e verificar se um protocolo de exercício resistido progressivo (ERP) realizado por 12 semanas altera o comportamento dessas variáveis durante a sessão de hemodiálise. Método: no segundo estudos os pacientes foram randomizados em dois grupos, exercício (GE) e controle (GC). A intervenção teve duração de 12 semanas, o grupo exercício realizou 11 exercícios, 2 séries de 15-20 repetições, enquanto que o GC foi submetido a um protocolo de exercício de baixa intensidade sem progressão de carga. A modulação autonômica cardíaca, frequência cardíaca e pressão arterial foram analisadas em três momentos distintos da hemodiálise, início, meio e final. As avaliações foram realizadas no início e após 12 semanas. Resultados: os resultados mostram que a sessão de hemodiálise proporciona redução dos índices de VFC que representam a atividade parassimpática e aumento da frequência cardíaca. A realização de 12 semanas de ERP não altera o padrão das respostas autonômicas e hemodinâmicas durante a sessão de hemodiálise. Conclusão: o protocolo de ERP não altera o comportamento da VFC, frequência cardíaca e pressão arterial durante a sessão de hemodiálise quando comparados o GE com o GC. Estudo III) Objetivo: verificar o efeito de 12 semanas de ERP sobre a VFC de repouso e durante a manobra postural ativa (MPA) de pacientes com DRC estágio 5. Método: no terceiro estudo os pacientes foram alocados para o GE ou GC, e receberam intervenção com ERP e exercício placebo respectivamente por 12 semanas. A VFC foi o método utilizado para a análise da modulação autonômica no repouso e durante a manobra postural ativa (MPA). Resultados: 12 semanas de exercício resistido intradialítico não proporcionaram melhora da modulação autonômica cardíaca de repouso em pacientes com doença renal crônica e nem durante a MPA. Conclusão: 12 semanas de treinamento com exercício resistido não proporciona mudanças significativas na VFC de repouso e nem durante a MPA
  • ItemDissertação de mestrado
    Efeitos da pós ativação neuromuscular induzida por saltos na capacidade anaeróbia em ciclo ergômetro
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2018-08-20) Poli, Rodrigo de Araujo Bonetti de ; Zagatto, Alessandro Moura ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O objetivo do presente estudo foi investigar os efeitos da potenciação pós ativação (PAP) induzida por drop jumps no tempo até a exaustão a 115% da intensidade associada ao consumo máximo de oxigênio (("iV" ) ̇"O" _"2max" ) em ciclo ergômetro, em aspectos neuromusculares da fadiga (central e periférica) e sobre as vias metabólicas não oxidativas (capacidade anaeróbia, via glicolítica e dos fosfagênios). Para isso, o projeto foi dividido em dois estudos independentes. No Estudo A, 14 ciclistas recreacionais do sexo masculino (34 ± 4 anos) foram submetidos a 5 sessões de avaliações. Na primeira sessão realizaram teste incremental até exaustão (TInc), na segunda e terceira avaliações realizaram familiarização ao esforço supramáximo a 115% da ("iV" ) ̇"O" _"2max" , enquanto que na quarta e quinta sessões os participantes realizaram de maneira randomizada o esforço supramáximo a 115% da ("iV" ) ̇"O" _"2max" com e sem PAP (controle). Como esforço indutor da PAP, foram realizados 5 drop jumps (15s de intervalo entre eles) antes do esforço supramáximo. Nas sessões 4 e 5, a fadiga neuromuscular foi avaliada por meio de contrações voluntárias máximas (CVM) de extensão do joelho e estimulação elétrica periférica (PNS) realizadas antes e após o esforço supramáximo. Além disso, a eletromiografia de superfície foi realizada durante o esforço supramáximo para mensuração da roots mean square (EMGRMS) e a frequência mediana (EMGFM) e analisadas de forma estratificada a cada 25% de tempo total de esforço (0-25%, 25-50%, 50-75% e 75-100%). No Estudo B, 16 ciclistas recreacionais do sexo masculino (33 ± 6 anos) realizaram desenho experimental semelhante ao estudo A, entretanto na quarta e quinta sessões, as contribuições dos sistemas metabólicos foram mensuradas pelo componente rápido do excesso de consumo de oxigênio pós exercício (EPOC) (via dos fosfagênios) e pelo delta de lactato (via glicolítica), assumindo a soma das contribuições dessas vias como capacidade anaeróbia (AC[La-]+EPOCrápido), além disso a capacidade anaeróbia também foi mensurada pelo déficit máximo de oxigênio acumulado. Como resultados, no estudo A foi verificado uma melhora do significativa desempenho no esforço supramáximo após a realização da PAP (p=0,02; Δ%=+9,85%). Ambas condições (controle e PAP) apresentaram quedas significativas na força pico medidas durante a CVM e na força evocada pelo estímulo elétrico duplo na musculatura em repouso (p<0,01 e p<0,01, respectivamente) quando comparado o momento pré e pós esforço, indicando uma fadiga periférica causada pelo esforço. Entretanto não houve interação entre as condições (F=4,19; p=0,06 e F=3,03; p=0,09, respectivamente). A EMGRMS e a EMGFM do último quarto de esforço (75-100%) foi significativamente maior que os momentos 0-25%, 25-50%, 50-75%, para ambas as condições (p<0,02), entretanto não houve interação entre grupos (p<0,05). No Estudo B o desempenho no esforço supramáximo foi significativamente maior na condição PAP (p=0,05; Δ%=+7,44%). A contribuição glicolítica e a capacidade anaeróbia mensurada pelo AC[La-]+EPOCrápido foram maiores após a PAP (p=0,002; Δ%= +9,09% e p=0,04; Δ%= +7,75%, respectivamente), entretanto, a contribuição dos fosfagênios não apresentou diferenças significativas entre condições (p=0,35). Portanto, a PAP foi efetiva em melhorar o desempenho em um esforço supramáximo em ciclo ergômetro, tendo sua melhora acompanhada por um aumento da participação glicolítica e da capacidade anaeróbia, além de causar uma “preservação” do aparato neuromuscular durante o esforço para o vasto lateral e o glúteo máximo.