Programa de Residência em Medicina Veterinária

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    Intoxicação crônica por cobre em equinos: relato de dois casos
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-02-27) Silva, Kaíque Pires Moura da ; Oliveira Filho, José Paes de
    A intoxicação por cobre pode ser aguda ou crônica, sendo mais comum ocorrência em ovinos, no entanto casos de intoxicação já foram descritos em bovinos e cães. Este estudo tem como objetivo relatar dois casos de intoxicação por cobre em equinos atendidos pelo serviço de Clínica de Grandes Animais da FMVZ – UNESP - Botucatu. Ambos os equinos são da mesma propriedade e apresentaram anemia recorrente, icterícia, urina enegrecida como queixa clínica, e o equino 2 apresentava também abdominalgia. Ao exame físico, os animais apresentavam taquicardia (FC média: 68 bpm) e taquipneia (FR média: 20 mpm), icterícia, tempo de preenchimento capilar de 3 segundos, baixo escore de condição corporal (ECC: 1,5/5) e hipomotilidade no caso do equino 2. Ao hemograma, os equinos apresentavam anemia normocítica normocrômica e anisocitose. Na análise bioquímica sérica, observou-se elevação da atividade das enzimas hepáticas (AST média: 2.616 UI/L e GGT média: 188,85 UI/L), hiperbilirrubinemia (BB total média: 3,25 mg/dL e BB indireta média: 2,95 mg/dL) e hipoalbuminemia (média: 1,65 g/dL). Os níveis de cobre estavam elevados em tecido hepático (37.82 µmol/g) e renal (2.07 µmol/g) no equino 1, assim como ao nível sanguíneo (40.00 µmol/L) e hepático (36.64 µmol/g) no equino 2. Ambos os animais foram submetidos a tratamento de suporte, que inclui analgesia, fluidoterapia com reposição hidroeletrolítica e, no caso do equino 2, foi necessária transfusão sanguínea. Foi administrado molibidato de amônia como quelante por via oral (VO) no equino 1 e intravenoso (IV) e VO no equino 2, contudo não foi observada melhora no quadro hemolítico. Diante da piora clínica, ambos os animais vieram a óbito. Os principais achados anatomopatológicos observados foram hiperemia de mucosa gástrica e duodenal (equino 1), ascite e cistite hemorrágica (equino 2) e palidez de mucosas, em ambos os casos. Microscopicamente, observou-se deposição de pigmentos acastanhado no citoplasma de hepatócitos e das células epiteliais dos túbulos renais, hepatite crônica e necrose tubular. Com base nos achados clínico, laboratorial, toxicológico e patológico foi possível diagnosticar dois equinos intoxicados cronicamente por cobre.
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    Feocromocitoma não funcional em equino: relato de caso
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-02-27) Oliveira, Shéron Luma ; Alves, Ana Liz Garcia
    O feocromocitoma é um tumor secretor de catecolaminas das células cromafins na medula adrenal. Podem ser classificados entre benignos, malignos, unilaterais ou bilaterais, e afetam principalmente bovinos e cães. Os sinais clínicos são inespecíficos tornando o diagnóstico difícil. Foi admitido um equino, macho castrado de 8 anos de idade, com queixa de queda de desempenho, anemias recorrentes, picos febris intermitentes e um episódio de desconforto abdominal. Na exploração clínica o paciente apresentou alterações dos parâmetros físicos e laboratoriais (hemograma e bioquímico sérico). No 5° dia de internamento iniciou sinais de desconforto abdominal e o exame ultrassonográfico revelou a presença de massas neoplásicas caudal e ventral ao rim direito. Foi realizado citologia aspirativa por agulha fina, guiada por ultrassom, das massas encontradas, e resultado sugestivo foi de feocromocitoma. A exploração abdominal por videolaparoscopia permitiu identificar a localização retroperitoneal da massa impossibilitando a biopsia trans cirúrgica O paciente foi monitorado durante a internação, concluiu-se que se tratava de feocromocitoma não funcional e recebeu alta médica após 19 dias.
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    Tumor facial decorrente de leucose enzoótica bovina: relato de caso
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-02-27) Cavallari, Ricardo Romera ; Amorim, Rogério Martins
    A Leucose Enzoótica Bovina (LEB) é uma doença viral, causada pelo vírus da Leucose Enzoótica Bovina (BVL), pertencente à família Retroviridae. Acomete bovinos de todas as idades com maior prevalência nos rebanhos leiteiros. Tem prevalência global com transmissão acentuada e manifesta-se principalmente a partir dos 24 meses de idade com pico entre quatro e oito anos. O objetivo deste trabalho é relatar um caso de tumor facial causado pelo BVL em um bovino. As principais alterações no exame físico foram aumento de volume em face direita, linfonodos submandibular direito e pré-escapulares aumentados, hiporexia, emagrecimento progressivo e exoftalmia. Os principais achados nos exames laboratoriais foram leucocitose por neutrofilia, elevação de enzimas hepáticas (AST, GGT), e linfócitos médios e de mitoses típicas e atípicas na citologia aspirativa por agulha fina. O diagnóstico clínico de Leucose Enzoótica Bovina foi realizado a partir das alterações no exame físico, histórico e citologia aspirativa.
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    Relato de caso: hemangiossarcoma metástatico em cão
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-02-26) Mafra, Gabriel Caporale ; Amorim, Renée Laufer
    Hemangiossarcoma é uma neoplasia mesenquimal maligna, de origem nas células endoteliais dos vasos sanguíneos. Acomete todas as espécies de animais, sendo mais frequente em cães e gatos, dentre os animais domésticos. Pode ocorrer em vários órgãos, sendo mais frequente na pele (hemangiossarcoma cutâneo) e no baço, fígado e coração (hemangiossarcoma visceral). Quando se torna metastático, significa que o câncer se espalhou para outras partes do corpo além do local inicial. No caso do hemangiossarcoma, as metástases geralmente atingem órgãos como pulmões, cérebro, rins ou outros locais distantes. Quando ocorrem metástases, o prognóstico costuma ser reservado, já que o câncer se torna mais difícil de ser tratado e controlado. Este trabalho teve como objetivo relatar um caso de hemangiossarcoma metastático com lesões em baço, pulmão, fígado, rins, adrenais e encéfalo, em um cão, sem raça definida, macho, castrado, de onze anos e oito meses de idade e pesando 22,5 quilos.
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    Eficiência da perfusão regional intravenosa com antibiótico para o tratamento das infecções do aparelho locomotor de grandes animais
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-02-27) Ferrari, Lorena Cardozo ; Watanabe, Marcos Zun
    Dentre as afecções que acometem o sistema locomotor de grandes animais, as causas infecciosas ganham destaque, pois os quadros geralmente levam a severos graus de claudicação e queda de performance em animais atletas, podendo caracterizar até um prognóstico ruim quanto a vida desses animais. A perfusão regional é uma técnica descrita e que surge como tratamento único ou complementar nos casos de infecção bacteriana. Este é um tema amplo e com diversas áreas a serem exploradas e aprofundadas para melhor rendimento e aperfeiçoamento da sua utilização. O objetivo deste trabalho foi identificar a eficiência das terapêuticas utilizando a técnica da perfusão regional em infecções do aparelho locomotor de grandes animais, participaram deste estudo os animais atendidos no setor de Cirurgia de Grandes Animais- FMVZ Botucatu, no período de março de 2022 a agosto de 2023. O tratamento abordado neste estudo foi eficaz em 88% dos animais testados, confirmando a eficácia clínica da utilização da perfusão regional.
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    Presença de estruturas sugestivas de leveduras de Sporothrix spp. em efusão pleural de cão confirmada por PCR: relato de caso
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-02-27) Deus, Camila Mendes de ; Takahira, Regina Kiomi
    A esporotricose é uma micose subcutânea zoonótica, e está difundida em vários países, principalmente no Brasil. O agente etiológico desta enfermidade é o Sporothrix spp. A esporotricose pode acometer diversas espécies de animais, sendo o gato o principal hospedeiro. Em cães, a doença ainda é pouco descrita, porém tem ocorrido um aumento no número de casos nos últimos anos. Por esse motivo, esse trabalho descreve um caso de infecção por Sporothrix spp. em um cão, macho, SRD, 6 anos de idade. O animal chegou para atendimento no Hospital Veterinário da FMVZ – Unesp/Botucatu com diagnóstico de doença renal crônica, onde permaneceu em acompanhamento por um período de 24 dias. Entretanto, o paciente apresentou piora do quadro clínico com dispneia e presença de efusão pleural ao exame ultrassonográfico, a qual foi encaminhada para análise, onde foram visualizadas estruturas leveduriformes em células mononucleares e neutrófilos. Posteriormente o animal veio a óbito e foi encaminhado para necropsia. A amostra de fluido foi enviada para cultivo microbiológico e PCR, com resultado positivo deste último para Sporothrix spp. O presente caso relata o primeiro achado morfológico de leveduras de Sporothrix spp. em efusão pleural de um cão confirmado por PCR. Desta forma, salienta-se a importância dos meios de diagnóstico da doença, que difere do diagnóstico em felinos e a indicação da inclusão constante da esporotricose como diagnóstico diferencial na espécie canina.
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    Pancreatolítiase secundária a pancreatite crônica em gatos: revisão de literatura e relato de caso
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-02-26) Ishi, Amanda Akemi ; Mamprim, Maria Jaqueline
    A formação de cálculos em ductos pancreáticos em humanos e bovinos é comum, e está associada a pancreatite crônica, sob a hipótese de que nesta afecção, os níveis de litostatina ou “pancreatic stone protein” (PSP), proteínas responsáveis por inibir a produção de carbonato de cálcio, estão reduzidos. Em gatos, apenas cinco casos foram descritos até hoje, todos também relacionados a pancreatite crônica, porém como ainda não foram encontrados PSP nestes animais, sua causa permanece desconhecida. O presente estudo tem como objetivo, relatar o caso de um gato com pancreatolitíase associada a pancreatite crônica e, demonstrar a importância dos exames de imagem como auxílio diagnóstico.
  • ItemTrabalho de conclusão de residência
    Rodococose canina: revisão e relato de caso
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-02-26) Santos, Gustavo de Carvalho ; Paes, Antônio Carlos ; FMVZ Unesp Botucatu - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia
    A rodococose é uma enfermidade de caráter zoonótico causada pela bactéria Rhococcus equi, cocobacilo gram-positivo, encontrado no solo, principalmente em ambientes ricos em matéria orgânica e fezes. A bactéria causa pneumonia piogranulomatosa em potros, linfadenite em bovinos e suídeos e, menos comumente, infecções respiratórias e dermatológicas em cães e gatos. Em humanos, a doença é associada à imunossupressão e apresenta alta mortalidade, particularmente em pessoas que vivem com HIV/Aids, causando pneumonia cavitária crônica com efusão pleural, tosse e dores no peito, com transmissão relacionada a aerossóis e consumo de alimentos contaminados. Em cães, a transmissão ocorre tanto por via respiratória como transcutânea e o tratamento se baseia em antibioticoterapia e terapia suporte. O prognóstico é reservado na maioria dos casos e reservado à ruim em animais imunossuprimidos por coinfecções, muito comumente pelo vírus da cinomose e bactérias como Ehrlichia canis. Diante de tal cenário, foram revisados os principais aspectos da rodococose canina, com enfase a patogenia, clínica, diagnóstico, tratamento e métodos de profilaxia e controle além de relato de caso em cão atendido no setor de Enfermidades Infecciosas dos Animais da FMVZ-Unesp, Botucatu, SP com diagnóstico de tripla infecção por Rhodococcus equi, Nocardia sp. e Ehrlichia sp.
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    Aplicação clínica da capnografia volumétrica em cão submetido à manobra de recrutamento alveolar durante herniorrafia diafragmática - relato de caso
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-02-24) Vieira, Paulo Vitor Assis ; Teixeira Neto, Francisco José
    Este estudo teve como objetivo a avaliação e a monitoração pela capnografia volumétrica da ventilação mecânica de um paciente canino submetido à manobra de recrutamento alveolar durante procedimento de herniorrafia diafragmática traumática. Uma cadela de quatro anos e um mês de idade, sem raça definida, 10kg, foi admitido no Hospital Veterinário da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, campus Botucatu, com histórico de atropelamento há dois dias. Desde então, o paciente apresentou dispnéia progressiva, apatia e dor. Após o primeiro atendimento, o serviço de Anestesiologia Veterinária foi solicitado para implementação de um protocolo analgésico visando a realização subsequente de exames hematológicos e de imagem. Uma ruptura diafragmática foi identificada, indicando a necessidade de intervenção cirúrgica de emergência. Após a prévia estabilização do paciente, este foi encaminhado para a sala cirúrgica para o início do procedimento. Posteriormente à indução anestésica, a ventilação mecânica foi iniciada no modo SIMV – PC. O paciente apresentou hipercapnia associada a hipoxemia grave, mesmo após a administração de um bloqueador neuromuscular, alta frequência respiratória, FiO2 100% e pressão de pico inspiratória de 12 cmH2O, resultando em volume corrente final de 7 mL/kg. Neste momento, a capnografia volumétrica evidenciou ausência de ventilação alveolar, o que foi congruente com as complicações observadas. Após a realização da manobra de recrutamento alveolar, foi observada melhora na saturação periférica de oxigênio da hemoglobina, na relação PaO2/FiO2, bem como na complacência pulmonar. Após a manobra de recrutamento alveolar, foi observado que o volume de espaço morto representava aproximadamente 9 mL/kg, o que exigiu a mudança para o modo de ventilação VCV aumentando o volume corrente para 15mL/kg, com o objetivo de manter uma ventilação alveolar de 5 a 6 mL/kg. Com o aumentando do volume corrente guiado pela capnografia volumétrica foi possível identificar a fase 3 da onda capnográfica, correspondente à ventilação alveolar, o que permitiu a redução da FiO2 e a normalização de parâmetros ventilatórios como CO2 e pH. A aplicação clínica da capnografia volumétrica proporcionou a identificação de parâmetros ventilatórios individualizados e serviu como um guia útil para otimização da ventilação mecânica em situações clínicas desafiadoras.
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    Qualidade microbiológica de vegetais minimamente processados na cidade de Botucatu - SP
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-02-28) Ribeiro, Lucas Franco Miranda ; Pereira, Juliano Gonçalves
    Os vegetais minimamente processados (VMPs) são vegetais frescos que passam por vários processos, como lavagem, desinfecção e corte, para se tornarem produtos prontos para o consumo e oferecendo praticidade para os consumidores. A sanitização é uma etapa importante para reduzir a carga microbiana e eliminar possíveis patógenos presentes nos vegetais. No entanto, se as práticas de higiene não forem adequadas, a qualidade e a segurança microbiológica desses produtos podem estar comprometidas, representando riscos potenciais à saúde dos consumidores. Este estudo apresenta uma visão geral dos vegetais minimamente processados (VMPs) na cidade de Botucatu – SP. Quinze produtos foram analisados verificando aeróbios mesófilos, enterobactérias, coliformes totais, Escherichia coli, Staphylococcus coagulase positiva, bolores e leveduras, Salmonella spp. e Cronobacter spp. As médias foram de 6,74 log UFC/g, 5,12 log UFC/g, 5,27 log UFC/g, 3,32 log UFC/g para aeróbios mesófilos, enterobactérias, coliformes totais e bolores e leveduras respectivamente; apenas uma amostra teve contagem para Escherichia coli (2 log UFC/g); duas amostras tiveram contagem para Staphylococcus coagulase positiva (3,63 log UFC/g e 3,15 log UFC/g); nenhuma amostra apresentou presença de Salmonella spp.; apenas uma amostra apresentou Cronobacter spp. Considerando a lei brasileira vigente, apenas uma amostra está insatisfatória para consumo, contudo mais estudos devem ser realizados a fim de verificar a linha de crescimento em relação ao tempo de armazenamento e a temperatura.
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    Helmintofauna de Onça Parda (Puma concolor) de vida livre no interior de São Paulo.
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-02-27) Oliveira, Maria Heloísa Gomes Silva de ; Takahira, Regina Kiomi
    A onça parda (Puma concolor) é considerada o segundo maior felino silvestre encontrado no Brasil e apresenta uma distribuição bem ampla em todo o continente americano. Ocorre em uma grande variedade de habitats desde florestas a savanas e eventualmente em pastagens e plantações em todos os biomas brasileiros. A presença do homem cada vez mais se intensifica em todos os ambientes, fazendo com que haja uma alteração principalmente na interface silvestre-urbano e com isso acarretando perda de espaço para os animais silvestres. O objetivo desse trabalho foi relatar os achados parasitológicos e patológicos em um Puma concolor, vítima de atropelamento. Durante necropsia, foi observado presença de parasitos adultos em estômago, intestino delgado e intestino grosso. Os parasitos e amostra fecal foram encaminhados para realização de identificação e coproparasitológico. Foi encontrado nas técnicas coproparasitológicas de ovos da Ordem Strongylida, Família Ancylostomatidae, Toxocara spp., Spirometra spp. e Filo Acanthocephala além de larvas de primeiro estágio (L1) de Aelurostrongylus abstrusus. Os parasitos adultos foram identificados como Cylicospirura felineus, Toxocara cati e Oncicola spp. Conclui-se que existe a importância de estudar parasitos de animais silvestres devido a riqueza parasitária encontradas nesses animais. Os resultados encontrados contribuem para o conhecimento da helmintofauna dessa espécie na região Centro-Sul Paulista.
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    Linfoma mediastinal em felino FELV positivo: relato de caso
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-02-27) Melo, Jéssica Cardia ; Machado, Luiz Henrique de Araujo ; Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - FMVZ
    O linfoma é a neoplasia hematopoiética mais frequente em gatos, podendo acometer indivíduos de qualquer idade, raça ou sexo. Manifestações clínicas, terapia e prognóstico variam de acordo com a classificação anatômica do tumor. O vírus da leucemia felina (FeLV) também acomete os gatos de forma importante, porém sua prevalência está associada a fatores como idade, livre acesso a ambientes externos e ausência de vacinação. No sul do Brasil, um estudo retrospectivo evidenciou a prevalência de gatos soropositivos em 28,41%. A presença do FeLV predispõe o gato a anemias, infecções e linfoma, aumentando 60 vezes a chance do surgimento da neoplasia. Dentre os tipos de linfoma, o mediastinal ocorre mais comumente em gatos jovens FeLV positivos e irá manifestar sinais clínicos principalmente relacionados ao sistema respiratório, como dispneia secundária a efusão pleural. O diagnóstico é realizado com análise da efusão ou citologia da massa. A terapêutica permite que o paciente tenha tempo de sobrevida e possibilita uma taxa de resposta de 94,7%, podendo variar de acordo com diferentes estudos e protocolos quimioterápicos. Um felino, fêmea, de 1,4 anos de idade, foi diagnosticada com linfoma mediastinal e FeLV. Após isto o mesmo iniciou o protocolo quimioterápico Wisconsin-Madison (Prednisolona, Vincristina, Ciclofosfamida e Doxorrubicina), apresentando remissão completa da massa em mediastino após quatro semanas de tratamento. Paciente apresentou 209 dias de sobrevida, dentro da média encontrada nos trabalhos de pacientes com linfoma mediastinal e FeLV (211 dias).
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    Bypass ureteral subcutâneo em obstrução ureteral felina: relato de caso
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-02-27) Sanchez, Patrícia Moreno ; Brandão, Cláudia Valéria Seullner
    O presente estudo tem como objetivo revisar os aspectos gerais da implantação cirúrgica do bypass subcutâneo ureteral, assim como relatar um caso clínico com tratamento pelo bypass após obstrução ureteral unilateral por urolitíase. A obstrução ureteral felina é uma afecção frequentemente diagnosticada em felinos e os sinais clínicos são inespecíficos, associados a azotemia e desequilíbrio eletrolítico, principalmente hiporexia ou anorexia, vômitos, salivação, perda de peso, dor abdominal, desidratação, quadro semicomatoso e óbito. É comumente causada por urolitíase, embora sejam relatados também estenose ureteral, coágulos sanguíneos solidificados, infecção e fibrose associados ao quadro de nefropatia obstrutiva. O diagnóstico é feito por meio de alterações nos exames hematológicos e de imagem. A ultrassonografia é indicada para avaliar nefromegalia, dilatação da pelve renal e ureter e possibilidade de visibilização do ureterólito. O manejo médico pode ser adotado nas primeiras horas da obstrução ureteral como tentativa de redução da mesma, no entanto, a taxa de sucesso do tratamento médico é baixa (8-13%). Abordagens cirúrgicas convencionais como a ureterotomia e neoureterocistostomia apresentam altas taxas de mortalidade, desse modo, a colocação do dispositivo bypass é indicado como tratamento padrão, apesar de custos mais elevados, em casos de obstrução ureteral devido a altas taxas de sucesso, e aumento da taxa de sobrevida. Este relato objetiva discorrer sobre os aspectos gerais da implantação cirúrgica do bypass e adicionalmente relatar um caso clínico de obstrução ureteral unilateral por urolitíase, tratado com bypass, o qual demonstrou eficácia para o tratamento emergencial e contribuiu para um bom prognóstico da paciente.
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    Bloqueio de neuroeixo (Anestesia Peridural) em Tamanduá-Bandeira (Myrmecophaga Tridactyla; Linnaeus, 1758)
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-02-26) Ribeiro, Tatiane Marquini ; Aguiar, Antonio José de Araujo ; Garofalo, Natache Arouca
    O tamanduá-bandeira é uma espécie amplamente distribuída no território brasileiro, todavia encontra-se em estado de vulnerabilidade devido à diminuição do número de espécimes. Por conseguinte, cuidados clínicos e com a conservação destes animais requerem atenção redobrada em medicina veterinária. Animais com trauma por atropelamento, situação muito comum para esta espécie, muitas vezes necessitam de anestesia para procedimentos diagnósticos e cirúrgicos, e nestes casos o tratamento da dor se mostra de suma importância; sendo assim, a associação de bloqueios locorregionais, como a anestesia peridural, é de grande valia para adequado controle álgico. Estudos sobre anestesia peridural em tamanduás-bandeira são deveras escassos, portanto, estudos anatômicos sobre o espaço epidural desta espécie se fazem de suma importância para o aprimoramento desta técnica. O objetivo deste trabalho é descrever o bloqueio peridural realizado em um tamanduá-bandeira para osteossíntese de fêmur e discutir os pormenores referentes à execução da técnica nesta espécie, bem como suas indicações, eficácia, e dificuldades encontradas.
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    Cuidados paliativos aplicados a um paciente canino com leucemia linfoblástica aguda
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-02-27) Quintiliano, Amanda Moura Silva ; Okamoto, Priscylla Tatiana Chalfun Guimarães
    A leucemia é uma neoplasia das células hematopoiéticas que afeta a medula óssea e outros órgãos, apresentando sinais clínicos inespecíficos, como apatia e perda de peso. As alterações identificadas nas células do sangue periférico podem servir de alerta, porém o diagnóstico definitivo é realizado por mielograma. O prognóstico é desfavorável e apresenta sobrevida curta, mesmo com tratamento quimioterápico. Diante disso os cuidados paliativos buscam proporcionar qualidade de vida e apoio emocional aos tutores em casos de prognóstico desfavorável. Considerando as necessidades do paciente, com ênfase na comunicação clara e empática, auxiliando os cuidadores durante todo o processo da doença. O objetivo deste trabalho é relatar um caso de leucemia linfoblástica aguda (LLA), cujo os métodos de comunicação e direcionamentos foram baseados em cuidados paliativos, assim como rever seus princípios, comunicação de más notícias e aplicações em pacientes caninos com leucemia. O paciente acompanhado apresentou apatia, hiporexia, perda de peso e êmese. O hemograma indicou anemia severa, trombocitopenia e leucocitose, sendo realizado mielograma para diagnóstico definitivo. Foi realizado tratamento suporte no controle de dor, náusea e estimulação de apetite, em associação à prednisolona.
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    Mesotelioma em cão
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-02-27) Raffi, Maria Clara Boni ; Lourenço, Maria Lúcia Gomes
    O mesotelioma é uma neoformação rara em cães, originada a partir das células mesoteliais que revestem as cavidades corporais, cujo prognóstico é desfavorável. Comumente são encontrados ascite, derrames pleurais e pericárdicos, secundários a essa doença. Os sinais clínicos se apresentam como distensão do abdominal, dificuldade respiratória, taquipneia, cansaço fácil, intolerância ao exercício, tosse, e tamponamento cardíaco. A conclusão diagnóstica é bastante difícil, sendo inferida após somatória dos aspectos clínicos, imaginológicos e patológicos. A análise citopatológica das efusões costuma não ser suficiente para diferenciar entre reatividade mesotelial e mesotelioma, sendo necessárias avaliações histopatológicas e, quando preciso, imuno-histoquímica para melhor delineamento. O ultrassom, exame radiográfico, ecocardiograma, e tomografia computadorizada são exames auxiliares, todavia na ausência de nódulos ou massas possuem pouca sensibilidade para sugerir tal acometimento tumoral. O tratamento quimioterápico consiste primordialmente em protocolos intracavitários e/ou intravenosos, com cisplatina, carboplatina e doxorrubicina.
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    Estudo retrospectivo de quirópteros encaminhados ao diagnóstico de raiva no município de Botucatu, São Paulo, entre 2019 e 2023
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-01-29) Gaspar, Raquel Cuba ; Langoni, Hélio
    Morcegos são mamíferos capazes de tolerar os impactos da ação antrópica e se adaptar ao ambiente urbano, levando-os a viverem próximo de humanos e animais domésticos, consequentemente aumentando o risco de transmissão de agentes zoonóticos. O presente estudo teve por objetivo avaliar de forma retrospectiva os quirópteros enviados para o diagnóstico de raiva no Serviço de Diagnóstico de Zoonoses da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (FMVZ/UNESP), Botucatu, de janeiro de 2019 a agosto de 2023. Foram utilizados dados das fichas de requisição do diagnóstico, as quais foram preenchidas pelo serviço municipal de Vigilância Ambiental em Saúde (VAS) de Botucatu. Os resultados indicaram um total de 1342 morcegos, todos provenientes do perímetro urbano de Botucatu. A identificação taxonômica a nível de espécie ou gênero foi obtida para 1313 morcegos, enquanto 29 indivíduos não foram identificados. Foram encaminhadas 28 espécies, com maior prevalência da espécie insetívora Molossus molossus (53% 696/1313). O verão e a primavera foram as estações com maior ocorrência de morcegos encaminhados, com 44,9% e 28,2%, respectivamente. Em relação ao diagnóstico de raiva, 1,17% (15/1283) foram positivos, com a espécie frugívora Artibeus lituratus apresentando a maior prevalência (12,9% 4/31). Os resultados obtidos contribuem com a ecologia dos quirópteros no estado de São Paulo, particularmente no município de Botucatu, permitindo conhecer a diversidade e a frequência de espécies que ocorrem em áreas urbanas. Os períodos de maior casuística de morcegos podem estar associados à atividade reprodutiva, levando estes animais a se deslocarem com maior frequência e aumentarem seus territórios. Como consequência, os riscos de sofrerem acidentes e serem recolhidos pelo serviço da VAS são maiores, justificando a elevada casuística. Os resultados do diagnóstico de raiva reforçam a importância das atividades de vigilância em morcegos para esta zoonose de importância mundial.
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    Técnica de membrana induzida (Masquelet) como medida de reconstrução de defeito ósseo em paciente canino com fratura de rádio e ulna: relato de caso
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-02-27) Moraes, Sabrina de ; Quitzan, Juliany Gomes
    As fraturas de rádio e ulna distal em cães de pequeno porte / raças toy são comuns na rotina cirúrgica de pequenos animais, assim como suas complicações, como a união retardada, a má união ou a não união óssea, inerentes à fatores biológicos e biomecânicos encontrados nestes indivíduos. Uma vez que a capacidade de ossificação natural esteja diminuída, há a necessidade de métodos de salvamento para aprimorar a consolidação, sendo uma possibilidade a Técnica de Masquelet, a qual é composta por dois tempos cirúrgicos e tem como intuito a formação natural de uma membrana que posteriormente acomodará o enxerto ósseo, limitando assim sua distribuição e colaborando para sua ação máxima no local necessário, diminuindo os riscos de perda do mesmo e/ou sua ação inadequada. O objetivo deste trabalho é relatar um caso de um cão da raça Pinscher, com resposta de reabsorção óssea e histórico de duas osteossínteses anteriores, sendo atualmente submetido a esta técnica de membrana induzida (Masquelet) como tentativa de restabelecimento do defeito.
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    Considerações sobre retalhos miocutâneos em pequenos animais
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-02-27) Neves, Mirella Miconi ; Rahal, Sheila Canevese
    O retalho miocutâneo, ou musculocutâneo, é formado pela elevação submuscular de um músculo e a pele subjacente, e possui função importante na reparação de defeitos teciduais complexos na espécie canina. A presente revisão visa caracterizar alguns destes retalhos primários e suas potencialidades de aplicação. O retalho miocutâneo do grande dorsal é indicado principalmente para defeitos da parede torácica que requerem a substituição simultânea da pele e músculo. Pode também ser empregado para algumas lesões do membro torácico, dependendo da conformação corporal do animal. De forma similar, o retalho miocutâneo do tronco cutâneo pode ser usado para tratar defeitos localizados no tronco e feridas extensas do membro torácico. Por ser mais fino que o retalho miocutâneo do grande dorsal tem mais mobilidade dentro do arco de rotação. O retalho miocutâneo do reto abdominal tem sido testado experimentalmente, com ocorrência de várias falhas, não sendo assim indicada sua aplicação clínica. Por sua vez, o retalho miocutâneo do semitendinoso tem sido aplicado para tratamento de lesões abaixo do aspecto caudal do joelho. Conclui-se que estes retalhos precisam ser aplicados em um número mais elevado de casos clínicos, para que as possíveis indicações e complicações sejam melhor caracterizadas.
  • ItemTrabalho de conclusão de residência
    Isolamento e identificação de Lactobacillus spp. provenientes de traqueia de aves poedeiras e sua ação inibitória contra estirpes de Escherichia Coli patogênicas para aves
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-02-27) Viana, Guilherme de Brito ; Okamoto, Adriano Sakai
    A avicultura brasileira destaca-se globalmente como o segundo maior produtor de carne de frango, o principal exportador desse produto e o sétimo maior produtor de ovos. No entanto, a produção avícola enfrenta desafios sanitários, como surtos recorrentes de colibacilose aviária. A colibacilose aviária é uma doença causada pela Escherichia coli patogênica para aves (APEC) e afeta diversos órgãos, sendo o trato respiratório superior a principal porta de entrada. Esta infecção resulta em sérios prejuízos econômicos e impactos na saúde e bem-estar animal. O trato respiratório das aves é colonizado naturalmente por uma diversidade de microrganismos, incluindo bactérias probióticas como Enterococcus spp. e Lactobacillus spp. Essas bactérias probióticas podem desempenhar um papel importante na prevenção de infecções. Amostras de Lactobacillus spp. foram isoladas do trato respiratório de galinhas de postura em idade de produção e testadas quanto à capacidade de inibir o crescimento de amostras de Escherichia coli patogênicas para aves por meio da técnica de Spot-on-the-lawn. Entre as vinte amostras de Lactobacillus isoladas, quatro mostraram uma formação significativa de halo de inibição (superior a 3 mm) frente a todas as amostras de Escherichia coli testadas. Essas amostras foram identificadas a parir da técnica de espectrometria de massa MALDI-TOF como Lactobacillus salivarius e Lactobacillus reuteri. Estudos anteriores também destacaram a capacidade de bactérias do gênero Lactobacillus de inibir o crescimento de patógenos bacterianos.