Dissertações - Anestesiologia - FMB

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    Evaluation of the analgesic effect of an ultrasound-guided transverse abdominus plane block with 0.25% bupivacaine in bitches undergoing ovariohysterectomy
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-03-02) Silva, Suelen Lorena da; Teixeira Neto, Francisco José [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Este estudo objetivou avaliar a eficácia analgésica do bloqueio do músculo transverso abdominal utilizando-se bupivacaína 0,25%. Em um estudo prospectivo, duplo-cego, cadelas anestesiadas com isoflurano receberam aleatoriamente uma infiltração TAP bilateral guiada por ultrassom de dois pontos com soro fisiológico 0,9% (Controle, n = 15) ou bupivacaína a 0,25% (TAPbupi, n = 15) antes da ovariohisterectomia. Os escores de sedação e a forma abreviada da escala composta de dor de medida de Glasgow (CMPS-SF) foram avaliados por 3 observadores por 24 horas após a cirurgia. Analgesia de resgate foi fornecida se o Glasgow CMPS-SF excedesse o limite de acordo com pelo menos 2 avaliadores. A concordância entre os 3 observadores foi classificada como boa para sedação (kappa ponderado: 0,61-0,80) e Glasgow CMPS-SF (correlação intraclasse: 0,61-0,80). Observou-se alta incidência de analgesia de resgate nos grupos Controle (13/15) e TAPbupi (14/15) (p = 0,54). O número de intervenções analgésicas pós-operatórias não diferiu entre os grupos Controle (2,73 ± 1,71) e TAPbupi (3,53 ± 1,88) (p = 0,23). A incidência de comportamentos que podem estar associados à disforia ou dor induzida por opioides não diferiu entre os grupos: choramingar [11/15 (Controle) e 14/15 (TAPbupi), p = 0,14); ansioso/nervoso/com medo [4/15 (Controle) e 8/15 (TAPbupi), p = 0,13]. A infiltração incompleta do anestésico no plano interfascial foi relatada em um animal do grupo TAPbupi. Concluiu-se que a falha do bloqueio TAP em fornecer analgesia/antinocicepção superior pode ter sido causada por reações disfóricas aos opioides (choramingamento e ansiedade/nervosismo) ou, menos provavelmente, por infiltração incompleta do plano interfascial.
  • ItemDissertação de mestrado
    Efeitos de três volumes correntes (8, 12 e 16 mL/kg) na variação da pressão de pulso e na variação da velocidade máxima do fluxo aórtico em cães anestesiados com isoflurano
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-02-25) Parisi, Gustavo Gonçalves; Teixeira Neto, Francisco José [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Objetivo – Avaliar os efeitos da ventilação mecânica com três volumes correntes diferentes (VT) sobre índices dinâmicos de pré-carga em cães anestesiados com isoflurano. Metodologia – Em um estudo prospectivo randomizado, 14 cães (15,8–26,9 kg) anestesiados com isoflurano diluído em oxigênio sob bloqueio neuromuscular induzido pelo atracúrio, receberam 3 protocolos de ventilação com volume controlado (relação inspiração/expiração de 1:2 e 30% de pausa inspiratória), empregando-se 8, 12 e 16 mL/kg de VT (VT8, VT12, e VT16, respectivamente). Cada VT foi mantido por 15 minutos e a ordem de cada VT foi randomizada. A frequência respiratória foi ajustada de maneira a manter a presssão parcial de gás carbônico expirada entre 35-45 mmHg, limitada a um máximo de 22 movimentos/min. A variação de pressão de pulso (VPP, n = 14), obtida da pressão arterial direta (cateterização da artéria dorsal podal), e a variação respiratória do fluxo aórtico (ΔVpeak, n = 13), obtida pela ecocardiografia transtorácica (janela paraesternal esquerda, corte apical de cinco câmaras), foram registradas ao fim do período de manutenção de cada VT. Resultados – A pressão de platô aumentou de 7 (6-7) cmH2O (mediana [intervalo interquartil]) em VT8 para 9,5 (8-10) cmH2O e 11,5 (10-12) cmH2O em VT12 e VT16, respectivamente (p < 0,0001–0,024). A VPP aumentou de 10 ± 3% (VT8) para 14 ± 4% (VT12) e 19 ± 6 % (VT16) (p < 0,0001–0,0009). A ΔVpeak aumentou de 10,3 ± 4,0% (VT8) para 13,3 ± 3,7% (VT12) e 17,1 ± 5,7% (VT16) (p = 0,0005–0,004). Baseado em valores de corte de VPP para discriminar respondedores a expansão de volume publicados utilizando o mesmo algoritmo (VPP > 16%), seria previsto que 7%, 29% e 64% dos animais seriam responsivos a expansão de volume durante ventilação mecânica com VT8, VT12 e VT16, respectivamente. Conclusão – A elevação do VT de 8 a 16 mL kg-1 modifica as interações coração- pulmão durante ventilação mecânica e altera a predição de fluido responsividade pelos índices dinâmicos de pré-carga.
  • ItemDissertação de mestrado
    Estudo da viabilidade de hipotermia cerebral profunda rapidamente induzida
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-08-26) Moreira, Silvia de Andrade Toscano Mendes; Vane, Luiz Antonio [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A hipotermia terapêutica é sabidamente um método neuroprotetor, sendo atualmente indicada em cirurgias com ausência de circulação cerebral, para pacientes que se mantêm irresponsivos após parada cardiorrespiratória e para neonatos com encefalopatia hipóxico-isquêmica moderada a grave. No entanto, sua utilização mais ampla é limitada pelos efeitos adversos relacionados à hipotermia sistêmica. Objetivos: O objetivo deste estudo é a análise da viabilidade e eficiência de um método seletivo de indução de hipotermia. Métodos: Métodos: Sete suínos foram sedados e submetidos a três métodos de indução de hipotermia (resfriamento através de capacete: grupo capacete - GC, através de catéter nasofaríngeo: grupo nasofaríngeo - GN, e a combinação desses dois métodos: grupo misto - GM), de forma subsequente, durante 60 minutos por método. Foi realizado reaquecimento ativo até alcance da temperatura basal entre os períodos de hipotermia. Os animais foram monitorizados avaliando-se as variáveis hemodinâmicas cerebrais, sistêmicas e variáveis ventilatórias, durante todo o experimento. Resultados: O GM aos 60 minutos de experimento apresentou a maior queda na temperatura cerebral quando comparado aos outros grupos (GM: 9,74°C, IQ: 1,38; GC: 6,65°C, IQ: 2,58; GN: 2,05°C, IQ: 1,38, p<0,05). O gradiente cerebral-artéria pulmonar foi maior no GM e no GC, quando comparados ao GN (GM: -6,13°C, IQ: 1,69; GC: -5,26°C, IQ: 2,72; GN: -1,17°C, IQ: 0,24, p<0,05). Não foram notadas alterações significativas de débito cardíaco, pressão arterial e frequência cardíaca entre os grupos. Conclusão: A combinação do resfriamento por cateter nasofaríngeo e capacete se mostrou eficaz, capaz de induzir hipotermia cerebral profunda com hipotermia sistêmica leve, sem alterações hemodinâmicas importantes.
  • ItemDissertação de mestrado
    Estudo do tempo de retorno sobre o investimento realizado na montagem de complexos anestésico-cirúrgicos ambulatoriais no sistema de saúde público brasileiro.
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-06-30) Soares, Claudia Garcia Azevedo; Vane, Luiz Antonio [UNESP]; Vane, Matheus Fachini; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Estudo do tempo de retorno sobre o investimento realizado na montagem de complexos anestésico-cirúrgicos ambulatoriais no sistema de saúde público brasileiro. 2022. Dissertação (Mestrado em Anestesiologia) – Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista, Botucatu, 2022. Introdução: O Sistema Único de Saúde (SUS) é de acesso integral, universal e gratuito com financiamento governamental. No entanto, a medicina passa por revoluções tecnológicas e os valores repassados pelo SUS podem inviabilizar esse modelo de negócios. Objetivo: Calcular o tempo de retorno do investimento (ROI) para composição de uma sala cirúrgica ambulatorial e recuperação pós-anestésica (RPA), tomando como referência a tabela de remuneração utilizada pelo SUS. Métodos: Foi realizada uma pesquisa exploratória que considerou um complexo cirúrgico ambulatorial composto por uma sala cirúrgica (tipos II e III) e uma RPA, em regime de funcionamento tipo hospital-dia (4 procedimentos/dia, 25 dias úteis por mês) para realização dos procedimentos cirúrgicos ambulatoriais das especialidades mais frequentemente realizadas pelo SUS entre 2018-2019 (BRASIL, 2021). A valoração do procedimento foi calculada com base no valor da tabela SUS (BRASIL, 2022). Resultados: Estimou-se o valor de R$1.054.715,07 para a montagem do complexo. Considerando o valor total da tabela SUS, encontrou-se faturamento mensal de R$33.940,26, o que resulta no ROI de 3 anos. Quando descontado o valor do serviço profissional, esse valor foi de R$20.066,63, o que resulta no ROI em 4 anos. Quando excluídos serviços profissionais e itens de consumo, o faturamento bruto caiu para R$ 4.294,30, estimando um ROI de 20 anos. No entanto, se considerada a taxa de inflação do período (410 %), o ROI foi estimado em 104 anos. Se considerada a variação cambial (241% em 20 anos), o ROI estimado foi de 70 anos. Conclusão: O modelo atual de financiamento do SUS não viabiliza um modelo de negócios autossustentável.
  • ItemDissertação de mestrado
    Papel de polimorfismos, instabilidade genética, resposta oxidativa e expressão gênica na exposição ocupacional aos anestésicos
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-02-23) Silva, Mariane Aparecida Pereira; Braz, Mariana Gobbo [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Profissionais que atuam em salas cirúrgicas (SC) podem estar diariamente expostos aos resíduos de gases anestésicos (RGA) devido ao uso de anestésicos inalatórios. De forma inédita, este estudo observacional monitorou a poluição anestésica dos RGA sevoflurano, isoflurano e óxido nitroso, avaliou biomarcadores de instabilidade genética em células bucais, incluindo micronúcleo (MN) e broto nuclear (BN), bem como os de estresse oxidativo por meio de lipoperoxidação (malondialdeído-MDA) e capacidade antioxidante plasmática (FRAP), a susceptibilidade genética por polimorfismos em genes de metabolismo de fase I e II (CYP2E1, GSTP1, GSTM1 e GSTT1), danos genéticos/reparo (OGG1, XRCC1 e ATM) e resposta antioxidante (SOD2), assim como a expressão dos genes OGG1 e SOD2. Altas concentrações residuais de RGA foram observadas em SC, as quais não possuíam sistema de exaustão adequado. O grupo exposto, constituído por 100 profissionais, apresentou maior instabilidade genética (aumento de MN e BN), mas não estresse oxidativo, quando comparados aos 93 indivíduos não expostos aos RGA (grupo controle). Frequência elevada de MN e BN foi detectada em indivíduos expostos com idade superior a 30 anos em relação à mesma faixa etária no grupo controle; mulheres expostas apresentaram maior instabilidade genética que mulheres não expostas; e profissionais que tinham carga horária semanal (> 30 h/semana) maior em SC apresentaram aumento na formação de MN em relação aos indivíduos com menor carga horária semanal aos RGA. Quanto ao estresse oxidativo, aumento de MDA foi observado em indivíduos acima de 30 anos em ambos os grupos; os homens expostos apresentaram maior capacidade antioxidante que as mulheres expostas; e tanto aumento de MDA como diminuição de FRAP foram detectados em profissionais com maior tempo (> 9 anos) de exposição aos RGA. Não houve diferença significativa entre os grupos para expressão de ambos os genes avaliados. Nesse contexto, de acordo com a ocupação de trabalho, anestesiologistas apresentaram maior tempo médio de exposição (semanal/anual) aos RGA comparados aos cirurgiões/técnicos, resultando em quadro de estresse oxidativo, incluindo menor expressão de SOD2. Quanto aos polimorfismos avaliados, todos estavam em equilíbrio de Hardy-Weinberg e houve pouca influência nos marcadores analisados, exceto para os indivíduos com genótipo GSTP1 (rs1695) AG/GG que apresentaram maior valor de FRAP tanto no grupo exposto quanto no grupo controle comparados com o homozigoto selvagem; esse polimorfismo e GSTT1 nulo foram associados a maior capacidade antioxidante em homens expostos. Observou-se aumento de expressão de OGG1 em indivíduos genotipados como OGG1 -/Cys (rs1052133) comparados àqueles genotipados com Ser/Ser somente no grupo controle, e diminuição da expressão desse gene em anestesiologistas -/Cys comparados aos cirurgiões/técnicos com o mesmo genótipo. Indivíduos ATM TT (rs600931) apresentaram maior FRAP comparados ao ATM CT, somente no grupo controle. Entre os expostos, os anestesiologistas ATM CC apresentaram maior frequência de MN enquanto os genotipados CC/CT, maior frequência de BN. Cirurgiões e técnicos OGG1 -/Cys apresentaram aumento de MN em comparação aos indivíduos homozigotos; quanto ao FRAP, maiores valores foram observados para os XRCC1 -/Gln (rs25487) e ATM TT. Concluindo, achados de instabilidade genética, estresse oxidativo e modulação da expressão gênica foram observados neste estudo, especialmente em relação às variáveis idade, sexo e tempo de exposição/tipo de ocupação; somente alguns polimorfismos parecem ter influenciado nos marcadores analisados. Ressalte-se a necessidade de minimizar a exposição ocupacional aos RGA para reduzir possíveis impactos à saúde dos profissionais.
  • ItemDissertação de mestrado
    Efeitos da solução de Plasma-Lyte® e Solução de Cloreto de Sódio a 0,9% na função renal pós-transplante de rim de doador falecido: ensaio clínico randomizado
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-02-08) Dohler, Lucas Esteves; Nascimento Júnior, Paulo do [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: a influência de diferentes soluções de cristaloides infundidas durante transplante de rim de doador falecido na incidência de retardo de função do enxerto permanece obscura. Nós investigamos a influência do Plasma-Lyte® e solução de cloreto de sódio a 0,9% na incidência de retardo de função do enxerto em receptores de transplante renal de doadores falecidos. Método: conduzimos um ensaio clínico randomizado simples-cego com 104 pacientes com idade entre 18 e 65 anos submetidos a transplante renal de doador falecido sob anestesia geral. Os pacientes foram aleatoriamente designados para receber Plasma-Lyte® (n = 52) ou solução de cloreto de sódio a 0,9% (n = 52), no mesmo volume de infusão, para reposição de fluidos intraoperatórios. O desfecho primário foi a ocorrência de retardo de função do enxerto. Os desfechos secundários incluíram alterações metabólicas e eletrolíticas no final da cirurgia. Resultados: dois pacientes do grupo Plasma-Lyte® e um do grupo de solução de cloreto de sódio 0,9% faleceram no pós-operatório e não foram incluídos para análise. A incidência de retardo de função do enxerto nos grupos Plasma-Lyte® e solução de cloreto de sódio 0,9% foi de 60,0% [intervalo de confiança de 95% (IC) 46,2-72,4] e 74,5% [IC 95% 61,1-84,4], respectivamente (p = 0,140). Os valores médios (desvio padrão) de pH pós-operatório imediato e níveis de cloreto sérico nos grupos Plasma-Lyte® e solução de cloreto de sódio 0,9% foram 7,306 (0,071) e 7,273 (0,061) (p = 0,013), e 99,6 (4,2) mEq.L-1 e 103,3 (5,6) mEq.L-1, respectivamente (p <0,001). Todas as outras variáveis metabólicas e eletrolíticas pós-operatórias não foram estatisticamente diferentes no pós-operatório imediato (p> 0,05). Conclusão: em receptores de transplante renal de doador falecido, a incidência de retardo de função do enxerto não é influenciada pelo Plasma-Lyte® ou solução de cloreto de sódio a 0,9% usados para reposição de fluidos no período intraoperatório.
  • ItemDissertação de mestrado
    Comparação da acurácia diagnóstica da variação da pressão de pulso obtida em artéria periférica ou em artéria central na predição da fluido-responsividade em cães
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-03-01) Lobo, César Passareli Candido; Teixeira Neto, Francisco José [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Objetivos: Objetivou-se comparar a predição da fluido-responsividade com a variação da pressão de pulso (VPP) mensurada em artéria periférica (VPPperiférica) em relação a VPP mensurada em artéria central (VPPcentral). Como objetivo secundário, avaliou-se o impacto da administração de uma prova de carga com cristaloide na função diastólica do ventrículo esquerdo (VE). Material e Métodos: Em um estudo experimental prospectivo, 30 cães hígidos (22 ± 4,3 kg) submetidos a cirurgia eletiva foram submetidos a anestesia geral com isoflurano sob ventilação controlada a volume (volume corrente = 12 mL/kg; relação inspiração/expiração = 1:2; pausa inspiratória de 30% do tempo inspiratório). O débito cardíaco / volume sistólico (VS) foi mensurado através da técnica de termodiluição transpulmonar e a VPP foi obtida através de cateteres inseridos na artéria aorta abdominal (VPPcentral) e artéria dorsal podal (VPPperiférica). Antes do procedimento cirúrgico, a fluido-responsividade foi avaliada através de uma ou mais provas de carga, empregando-se 10 mL/kg de solução de Ringer Lactato administrado durante 5 minutos. Elevações no VS ≥15% em resposta a prova de carga definiram os animais respondedores à expansão volêmica. Para se obter a mesma proporção de respondedores e não respondedores (n = 15 por grupo), provas de carga adicionais (10 mL/kg de Ringer lactato durante 5 minutos) foram administradas nos animais alocados ao grupo de não respondedores, caso a elevação do VS após primeira prova de carga fosse ≥15, até que a elevação do VS fosse <15%. As variáveis hemodinâmicas e parâmetros ecocardiográficos de função diastólica, foram registrados imediatamente antes e após a última prova de carga que caracterizou o status de fluido-responsividade. Resultados: A área sob a curva receiver operating characteristics (intervalos de confiança de 95%) da VPPcentral [0.956 (0.871–1.0)] não diferiu da VPPperiférica [0.991 (0,971–1.0)] (p = 0.30) (p = 0,3). Os valores de corte para predição de respondedores e a zona de incerteza diagnóstica (gray zone) foram >16% (14–18%) e >16% (14– 17%) para a VPPcentral e VPPperiférica, respectivamente. A porcentagem de animais localizados dentro da gray zone foi maior para a VPPcentral (27%) do que para a VPPperiférica (17%). A ecocardiografia de um animal do grupo de não respondedores foi excluída da análise porque não foi possível obter alinhamento adequado do Doppler pulsado com o fluxo transmitral. A velocidade máxima do fluxo transmitral no início da diástole (onda E) foi <120 cm/seg e a relação entre a onda E / velocidade máxima do anel mitral no início da diástole (razão E/E') foi ≤12 em todos os animais de ambos os grupos. Conclusões: A VPP, independentemente do local de mensuração (artéria central ou periférica), é capaz de predizer de forma satisfatória o status de fluido-responsividade em cães. Entretanto, a VPPperiférica apresentou acurácia diagnóstica discretamente superior (gray zone mais estreita e contendo menor percentagem de indivíduos) que a VPPcentral. A maximização do VS através da administração repetida de provas de carga (grupo de não respondedores), não resultou em evidências ecocardiográficas de aumentos excessivos da pressão de enchimento do VE na população estudada.
  • ItemDissertação de mestrado
    Avaliação dos níveis de estresse em crianças submetidas a procedimentos cirúrgicos dosados pelo cortisol salivar
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-08-30) Silveira, Ketillyn Nayara de Macedo; Módolo, Norma Sueli Pinheiro [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: a hospitalização cirúrgica é um fator de grande estresse para as crianças e os pais, pois implica na mudança das rotinas diárias e medo dos procedimentos invasivos e dolorosos. O estresse eleva os níveis de ansiedade influenciando nas funções normais do corpo, afetando o sistema nervoso, endócrino e imune. Objetivo: comparar o nível de estresse e ansiedade em crianças, acompanhadas ou não por seus responsáveis, submetidas a procedimentos cirúrgicos por meio da dosagem de amostras do cortisol salivar e aplicação da escala EAPY-m, assim como dos responsáveis, presentes ou não, no momento da indução anestésica por meio da dosagem de amostras do cortisol salivar e aplicação da escala HADS. Métodos: o estudo contemplou crianças em idade pré-escolar e escolar, Estado Físico I, II e III, acompanhadas por responsável legal, de ambos os sexos, submetidas a procedimentos cirúrgicos eletivos. Foram excluídas do estudo crianças que receberam medicação pré-anestésica, uso crônico de corticosteroide, com necessidade de suporte ventilatório mecânico e o responsável ter se alimentado com menos de uma hora para a coleta de saliva e uso de corticosteroide e medicamento antidepressivo. As crianças foram divididas em dois grupos: Grupo Acompanhadas e grupo Não acompanhadas, assim como os seus responsáveis. Foi aplicado o questionário de ansiedade pré-operatória de Yale modificado (EAPY-m) para as crianças e Escala hospitalar de ansiedade e depressão (HADS) para os responsáveis além da coleta de amostras de saliva para dosagem do cortisol em ambos os grupos. Resultados: participaram do estudo 42 crianças com seus responsáveis, sendo que 64% da amostra foram crianças do sexo masculino, em idade pré-escolar (75%) e ASA I. As crianças estavam acompanhadas majoritariamente por suas mães (80%). As crianças do grupo Acompanhadas apresentaram um escore de ansiedade (50±18) e os responsáveis do grupo Não acompanhadas um escore de ansiedade (10±4). Não houve diferença estatística significativa para os valores do cortisol salivar para ambos os grupos. Em torno de 70% dos responsáveis respondeu que se sentiu muito angustiado com o processo anestésico cirúrgico da criança. Conclusão: não houve diferença da dosagem do cortisol salivar entre os grupos de crianças e responsáveis. A ansiedade determinada pela escala EAPY-m foi maior nas crianças que estavam no grupo Acompanhadas, assim como para os responsáveis.
  • ItemDissertação de mestrado
    Validação clínica das escalas curta e longa da UNESP-Botucatu para avaliar a dor aguda em gatos
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-08-26) Belli, Maíra; Luna, Stelio Pacca Loureiro [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A escala multidimensional para avaliação de dor da UNESP-Botucatu (EMAD U-B) é um instrumento validado, demonstrando validade, confiabilidade e sensibilidade. Entretanto, a escala ainda possui algumas limitações pois não foi testada em grupo controle ou placebo negativo e seu uso foi específico para ovariohisterectomia, além de ser uma escala longa e dificultar uma abordagem rápida para seu uso na rotina clínica. Este estudo teve por objetivo preencher essas limitações, validando clinicamente a escala original e sua versão curta (UCAPS) para diversas condições que cursam com dor clínica e pós operatória de cirurgias ortopédicas e de tecidos moles. Além disso, comparou-se ambas com outro instrumento validado, a escala multidimensional de dor de Glasgow para felinos (CMPS-Feline). O estudo foi composto por 52 gatos, sendo dez clinicamente saudáveis e sem dor (grupo saudável – controle) e 42 com dor (20 – grupo clínico e 22 - grupo cirurgia, sendo 12 cirurgias ortopédicas e dez cirurgias de tecidos moles). Os gatos do grupo saudável foram avaliados a cada 30 minutos, por 2 horas, os do grupo cirurgia foram avaliados antes da cirurgia e a cada hora até 6 horas após. Avaliou-se o grupo clínico imediatamente antes e 20 minutos após a analgesia. Três avaliadoras presenciais aferiram a dor primeiramente pelas escalas analógica visual (EAV), numérica (EN), descritiva simples (EDS), nesta ordem, seguido da UCAPS, EMAD U-B e a CMPS-Feline em ordem aleatória para cada animal. Para o grupo cirurgia realizou-se resgate analgésico quando o escore da UCAPS era ≥4. Caso o escore fosse abaixo de 4 pontos e o animal demonstrasse desconforto, o resgate analgésico era feito. Para o grupo clínico, todos os animais receberam resgate. A confiabilidade interobservador baseada no coeficiente intraclasse da UCAPS e EMAD U-B foi boa (> 0,77), exceto para a UCAPS entre o avaliador 3 e os demais, que foi moderado (0,68 e 0,72). A correlação da UCAPS com a EMAD U-B foi muito forte (correlação de Spearman 0,85) e a correlação destas com a CMPS-Feline foi forte (0,77 e 0,78, respectivamente). Todas as escalas demonstraram validade do constructo, tanto para responsividade caracterizada pelos maiores escores dos gatos com dor clínica e pós-operatória em relação ao grupo controle, segundo o teste de Mann-Whitney, quanto na redução dos escores após o resgate analgésico, de acordo com o teste de Wilcoxon A sensibilidade e especificidade da UCAPS foi boa (>80%) e a especificidade da EMAD foi moderada (72%). Conclui-se que a UCAPS e a sua versão original, EMAD U-B, são ferramentas que apresentam validação clínica confirmada pela reprodutibilidade, validades de constructo e critério concorrente, sensibilidade e especificidade, para avaliar dor em gatos submetidos a diversas causas de dor clínica e pós-operatória de cirurgias ortopédicas e de tecidos moles.
  • ItemDissertação de mestrado
    Avaliação de instabilidade genética e citotoxicidade em profissionais expostos ao resíduo de anestésico isoflurano que atuam em centro cirúrgico de hospital veterinário
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-08-26) Figueiredo, Driélle Baptista dos Santos; Braz, Mariana Gobbo [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Há escassez de dados científicos em relação aos possíveis efeitos tóxicos no material genético e em nível celular frente à exposição ocupacional aos resíduos do anestésico inalatório isoflurano em profissionais atuantes em salas cirúrgicas veterinárias (SCV). Assim, considerando a relevância do tema, o presente estudo objetivou, de forma inédita, monitorar a poluição anestésica em SCV e avaliar os impactos biológicos dessa exposição nos profissionais. Foram recrutados para o estudo do tipo transversal profissionais atuantes em SCV expostos no mínimo há um ano aos resíduos de isoflurano (grupo exposto) e indivíduos sem exposição ocupacional a anestésico (grupo controle), os quais foram pareados com o grupo exposto. Realizou-se a avaliação de danos basais no ácido desoxirribonucleico (DNA) e do sistema de reparo do DNA em células mononucleares pelo teste do cometa e, por citometria de fluxo, foram analisados viabilidade e processo apoptótico em células mononucleares bem como as fases do ciclo celular em mononucleares e polimorfonucleares. Concomitantemente, células esfoliadas orais foram coletadas para realização do buccal micronucleus cytome assay para identificação de marcadores de instabilidade genética (incluindo o micronúcleo - MN), proliferação e morte celular. As concentrações residuais de isoflurano foram mensuradas em SCV sem sistema de exaustão de gases por espectrofotômetro infravermelho portátil e a concentração média de isoflurano foi de 11 partes por milhão, excedendo em 5,5 vezes o limite de recomendação internacional. Não houve diferenças significativas entre os dois grupos para os parâmetros avaliados do teste do cometa, exceto que os profissionais com menor faixa etária apresentaram maior nível de danos basais no DNA que os controles da mesma faixa etária, e em relação ao grupo exposto, os indivíduos mais jovens (com maior carga horária semanal) e indivíduos mais experientes com mais tempo (anos) de exposição apresentaram os maiores níveis de danos no DNA. Também não houve diferenças significativas entre os grupos em relação às análises de citometria de fluxo. Por outro lado, o grupo exposto apresentou maior frequência de MN, broto nuclear, células binucleadas, cariorrexe e cariólise, e menor frequência de células basais que o grupo controle. As mulheres expostas foram mais susceptíveis à instabilidade genética e índice proliferativo enquanto que os homens expostos apresentaram mais alterações de citotoxicidade. Adicionalmente, o grupo exposto com faixa etária mais jovem apresentou maior frequência de MN tanto quando comparado com indivíduos com ≥ 31 anos de idade expostos por até cinco anos como comparado com indivíduos da mesma faixa etária expostos por ≥ 5 anos devido a maior carga horária semanal, portanto com maior exposição residual ao isoflurano. Concluindo, a alta exposição ao isoflurano está associada aos danos no material genético, processo citotóxico e alteração proliferativa na mucosa bucal, mas não altera o sistema de reparo do DNA, o ciclo celular e a frequência de apoptose, quando avaliados em células do sangue periférico. Assim, é necessário mitigar a poluição anestésica no ambiente de trabalho para reduzir a exposição ocupacional em profissionais atuantes em SCV com o intuito de se minimizar o impacto da toxicidade anestésica.
  • ItemDissertação de mestrado
    Treinamento melhora a confiabilidade para as escalas de sedação e de dor em cães.
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-02-19) Lima, Mayara Travalini de; Luna, Stelio Pacca Loureiro [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Na medicina veterinária apesar do avanço da avaliação da dor, ainda ocorrem negligência e oligoanalgesia. Este estudo clínico, prospectivo, encoberto, pragmático e oportunista avaliou a interferência do treinamento na confiabilidade das escalas de sedação, dor aguda e na tomada de decisão para intervenção analgésica em cães. Quatro avaliadoras, uma graduanda, uma mestranda, uma doutoranda e uma etologista clínica avaliaram 40 vídeos de dez cães submetidos à cirurgia ortopédica ou de tecidos moles referentes a quatro momentos, um pré (basal) e três pós-operatórios (1 a 24 horas) em cada cão. Avaliaramse cinco cães antes e outros cinco cães após o treinamento, em duas etapas para cada avaliação, com intervalo de 30 dias entre cada etapa. Nas duas avaliações três cães foram submetidos à cirurgia ortopédica e dois de tecidos moles, com equivalência dos escores de dor entre as etapas. Considerou-se α 5% e avaliaram-se a repetibilidade e reprodutibilidade antes (Pre.T) e após (Pos.T) o treinamento das escalas numérica, descritiva simples e necessidade de resgate analgésico pelo coeficiente Kappa ponderado. Para a escala analógica visual e escalas de Glasgow (CMPS-SF), Melbourne (UMPS) e sedação aplicou-se o coeficiente de correção intraclasse (CCI) e IC95%. A repetibilidade melhorou para a CMPS-SF (p = 0,041; Pre.T 0,68 – 0,9; Pos.T 0,8 – 0,93), UMPS (p = 0,03; Pre.T 0,5–0,84; Pos.T 0,83 – 0,87) e resgate analgésico (p = 0.038; Pre.T 0,58 – 0,74; Pos.T 0,71 – 1,0) e a reprodutibilidade melhorou para escala analógica visual (EAV) (p = 0,041, Pre.T -0,37 – 0,74; Pos.T 0,35 – 0,64), resgate analgésico (p = 0,021; Pre.T 0,33 – 0,76 e Pos.T 0,59-0,8) e sedação (p = 0.028; Pre.T 0,47 – 0,80 e Pos.T 0,70 – 0,90). O treinamento não alterou a repetibilidade das escalas de dor unidimensionais, nem de sedação e não influenciou a reprodutibilidade da CMPS-SF e UMPS, porém após o treinamento os escores destas escalas não apresentaram diferenças entre as avaliadoras. Conclui-se que deve-se implementar o treinamento antes do uso clínico ou experimental da CMPS-SF, UMPS e da escala de sedação em cães, para melhorar a repetibilidade e reprodutibilidade e garantir resultados fidedignos em estudos sobre comportamento e a eficácia de analgésicos.
  • ItemDissertação de mestrado
    Epidural lombar: estudo anatômico post mortem e clínico em cães submetidos à ovariohisterectomia.
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-02-18) Cima, Daniela Santilli; Luna, Stelio Pacca Loureiro [UNESP]; Futema, Fábio; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A anestesia epidural minimiza a dor perioperatória e melhora a recuperação pós- operatória em cães. Para comparar a dispersão de 0,2 mL/kg de bupivacaína 0,25% e iohexol via epidural lombar (L1-L2) guiada pela fluoroscopia entre cadáveres e cães vivos, realizou-se estudo anatômico com 10 cadáveres e 10 cadelas, incluídas no estudo clínico e submetidas à ovariohisterectomia, pesando de 5-15 kg e com escore corporal 4/5. As frequências cardíaca e respiratória, a pressão arterial sistólica e o consumo de fentanil transoperatório e os escores de sedação e dor e o consumo de analgésicos pós-operatórios foram comparados entre os cães submetidos à anestesia epidural lombar (n = 10) com aqueles tratados com 2 µg/kg de fentanil intravenoso antes da cirurgia (n = 10). Como resgate analgésico, administrou-se 0,5 mg/kg de morfina intramuscular. Um grupo submetido à epidural lombar (L1-L2) com bupivacaína 0,5% (n = 10), sem o emprego da fluoroscopia, foi incluído para avaliar a eficácia transoperatória do bloqueio. Em todos os grupos, quando a pressão arterial ou frequência cardíaca aumentaram 20% em relação aos valores pré-incisionais, administrou-se 1 µg/kg de fentanil intravenoso. Comparou-se dados paramétricos pelo teste t e os não paramétricos pelo teste Mann Whitney. As variáveis cardiorrespiratórias foram comparadas pela ANOVA seguida pelo teste de Bonferroni, o consumo de fentanil pelo teste Kruskal Wallis seguido pelo teste Tukey e os escores de dor e sedação ao longo do tempo pelo teste de Friedman seguido pelo teste Dunn. Considerou-se os resultados significativos quando p < 0,05. Os animais vivos tiveram uma dispersão epidural maior (17 ± 3 vértebras) que os cadáveres (11 ± 4 vértebras; p = 0,002). O consumo de fentanil foi de 0,6 ± 0,84, 1,3 ± 0,8 e 3,6 ± 1,3 µg/kg (p < 0,001) nos grupos epidural bupivacaína 0,5% e 0,25% e fentanil, respectivamente. Todas as cadelas tratadas com fentanil necessitaram de resgate analgésico pós- operatório, enquanto apenas uma submetida à epidural. Conclui-se que a dispersão de bupivacaína administrada via epidural entre L1-L2 é menor em cadáveres caninos que em animais vivos. A redução do consumo de fentanil transoperatório pela anestesia epidural lombar é concentração dependente e proporciona analgesia peri-operatória superior ao fentanil.
  • ItemDissertação de mestrado
    Desenvolvimento, validação e confiabilidade de uma escala para avaliar a dor aguda em coelhos (Oryctolagus cuniculus).
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-02-18) Pinho, Renata Haddad [UNESP]; Luna, Stelio Pacca Loureiro [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Considerando-se a ampla utilização de coelhos em pesquisas que potencialmente causam dor e desconforto, a negligência no tratamento da dor e a ausência de ferramentas capazes de avaliar adequadamente a dor nesta espécie, o presente estudo objetivou desenvolver e validar uma escala de dor aguda pós-operatória em coelhos (RPBS). Cinquenta e oito coelhos foram filmados durante estudos prévios dos quais 28 foram submetidos à ostectomia parcial de rádio, 14 à ovariosalpingohisterectomia (OSH) e 16 à orquiectomia. As filmagens ocorreram nos momentos: basal (antes da cirurgia); dor (momento de maior dor esperada, após a cirurgia); analgesia (após o resgate analgésico – apenas para os animais submetidos à cirurgia ortopédica) e 24h (24 horas após a cirurgia). Elaborou-se a RPBS com base em comportamentos identificados pelo etograma dos animais submetidos à cirurgia ortopédica e descritos na literatura para coelhas submetidas à OSH. Os comportamentos foram avaliados por um comitê de especialistas (avaliação de conteúdo) e a seguir procedeu-se à avaliação dos vídeos por quatro observadores encobertos quanto aos momentos, que respondiam, após a observação dos vídeos, se eles indicariam resgate analgésico, pontuavam a RPBS e as escalas numérica (EN), descritiva simples (EDS) e analógica visual (EAV). Um mês após a primeira avaliação, os vídeos foram novamente aleatorizados e reavaliados. Após as avalições, a escala foi refinada e validada. A RPBS foi considerada unidimensional por conter auto-valor e variância aceitáveis apenas na primeira dimensão pela análise de componentes principais. A confiabilidade intra e interobservador para a somatória da escala (ICC) foi muito boa (>0,80) para todos os avaliadores. A escala foi responsiva quando se comparou o momento basal ao momento dor, embora sua somatória não tenha apresentado diferença entre os momentos dor e analgesia. Por meio da correlação de Spearman, observou-se alta correlação da RPBS com a EN (0,86), EDS (0,84) e EAV (0,84) e correlação item-total adequada (>0,3). A consistência interna foi considerada excelente (coeficiente α de Cronbach >0,80). Determinou-se a pontuação ≥3 da somatória da escala como ponto de resgate analgésico (Youden index), com área sob a curva >0,90 para todos os avaliadores, o que evidencia alta capacidade dicriminatória da RPBS. As pontuações 2, 3 e 4 se apresentaram dentro da zona de incerteza diagnóstica. Classificou-se os escores como dor de baixa intensidade (1 a 4); intensidade intermediária (5 e 6) e intensidade alta (≥ 7). Concluiu-se que a escala proposta apresenta validade de conteúdo, critério e constructo, responsividade e confiabilidade para avaliar dor aguda em coelhos submetidos a cirurgias de tecidos moles e ortopédicas. O ponto de corte e a classificação das pontuações servem como balisamento para a administração de analgésicos a coelhos submetidos a procedimentos dolorosos.
  • ItemDissertação de mestrado
    Validação clínica da escala Unesp-Botucatu para avaliação de dor em equinos
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2019-08-29) Rocha, Paula Barreto da; Luna, Stelio Pacca Loureiro [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução. A terapia adequada da dor requer uma avaliação apropriada do fenômeno. Este estudo avaliou a UNESP-Botucatu e a Escala Ortopédica (CPS) em comparação com escalas unidimensionais em equinos. Material e Método. Para cada um dos 42 pacientes cirúrgicos, as avaliações foram realizadas e gravadas em vídeo antes da cirurgia, até 4 horas após a cirurgia, até 3 horas após o tratamento analgésico e 24 horas após a cirurgia. Os videos editados e randomizados foram visualizados por cada um dos seis avaliadores duas vezes, em um intervalo de 20 dias. Após a visualização de cada videoclipe, os avaliadores primeiro registraram se a analgesia seria indicada e, em seguida, aplicaram as escalas Visual Analógica, Numérica Simples, Descritiva Simples, CPS e UNESP-Botucatu. Foram avaliadas a confiabilidade intra e interobservador, validade de critério, correlação item-total, responsividade, sensibilidade e especificidade, consistência interna e ponto de corte da analgesia de resgate. Resultados. Para todas as escalas, a confiabilidade intra-observador variou de boa a muito boa. Tanto a escala UNESP-Botucatu quanto a CPS apresentaram confiabilidade intra-observador geral boa ou muito boa. A confiabilidade interobservador geral, baseada na segunda das duas avaliações variou, foi variável com validade de critério boa (UNESP-Botucatu) e moderada (CPS) quando comparada às escalas unidimensionais. A análise de componentes principais mostrou fraca associação entre os itens. A correlação de Spearman foi de 0,67 (p <0,0001) entre as escalas compostas. A responsividade ocorreu apenas na intensidade de dor pós-operatória, mas não ao resgate da analgesia, e a consistência interna foi minimamente aceitável (≈0,6). A correlação item-total foi aceitável para 50% e 38% dos itens das escalas UNESP-Botucatu e CPS, respectivamente, e ambas as escalas foram específicas, mas nenhuma foi sensível. O ponto de corte para a UNESP- Botucatu e CPS foi determinado em ≥ 5 e ≥ 7, respectivamente. Discussão. Ambas as escalas compostas apresentaram confiabilidade intraobservador e validade de critério adequadas, além de confiabilidade interobservador geral e responsividade parcial. A validade de critério, associação entre itens e correlação item-total foram ligeiramente melhores para a escala UNESP-Botucatu. Ambos mostraram associação fraca entre itens, consistência interna minimamente aceitável e sensibilidade fraca. Conclusão. Essas escalas são instrumentos subótimos para avaliação clínica da dor em pacientes cirúrgicos equinos. Portanto, as duas escalas compostas devem passar por um refinamento adicional para excluir itens desnecessários ou serem substituídas por outras ferramentas mais confiáveis.
  • ItemDissertação de mestrado
    O efeito da eletroestimulação nervosa transcutânea (TENS) convencional portátil no tratamento durante as crises de migrânea: ensaio clínico randomizado
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2019-02-27) Domingues, Flávia Seullner; Barros, Guilherme Antonio Moreira de [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A migrânea é uma doença prevalente, multifatorial e hereditária cujo diagnóstico é clinico. Uma opção de tratamento não farmacológico que tem despertado interesse entre os estudiosos é a estimulação elétrica nervosa transcutânea convencional (TENS). Considerada uma forma não invasiva e segura de tratamento da dor que consiste na aplicação de ondas elétricas transcutâneas através de eletrodos aplicados à pele. Objetivo: Avaliar a eficácia analgésica de um dispositivo portátil, descartável e autoaplicável de TENS aplicado de forma domiciliar nos momentos das crises de migrânea, assim como o seu perfil de segurança e tolerabilidade. Método: Ensaio clínico randomizado controlado, duplo cego, com uso de placebo ativo, com alocação 1:1 e tipo de erro I = 0,05 e tipo de erro II = 0,20. A amostra foi composta por adultos com diagnóstico de migrânea em acompanhamento em ambulatório especializado e em uso de doses estáveis de medicamentos profiláticos, ou na ausência do emprego de qualquer terapia medicamentosa. A intensidade da dor foi mensurada pela escala visual analógica autoaplicada antes e após a intervenção. O tempo de seguimento da intervenção foi de quatro meses, com acompanhamentos mensais. Foi considerado estatisticamente significativo valores de p < 0,05. Resultados: Foram incluídos 74 participantes, alocados aleatoriamente em dois grupos com características homogêneas. O grupo intervenção apresentou diferença estatística de redução de três pontos do escore de dor no primeiro mês da intervenção, e de menos dois pontos no segundo mês em relação ao grupo placebo. Nenhum participante apresentou intolerância ou efeito adverso ao emprego do dispositivo. Conclusão: Esta modalidade de tratamento não farmacológica mostrou-se segura e eficaz no alívio da dor relacionada à crise de migrânea. O grupo intervenção apresentou melhora significativa na intensidade da dor, enquanto o grupo placebo ativo recorreu mais frequentemente aos resgates analgésicos e apresentou maior demanda de serviços de saúde.
  • ItemDissertação de mestrado
    Adaptação transcultural e validação para a população brasileira do instrumento Amyotrophic Lateral Sclerosis Specific Quality of Life – Short Form (ALSSQOL-SF) para a avaliação da qualidade de vida em indivíduos com esclerose lateral amiotrófica
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2019-02-26) Gayoso, Maisa Vitoria [UNESP]; Barros, Guilherme Antonio Moreira de [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa, incurável, sem fisiopatologia definida e rapidamente progressiva que é associada à perda dos neurônios motores superiores e inferiores. Como a avaliação da qualidade de vida dos pacientes com ELA é desafiadora diante do impacto da apresentação clínica da doença, há uma grande dificuldade entre os profissionais que atendem estes pacientes em realizar medidas objetivas com os questionários atualmente disponíveis no Brasil. Objetivo: Produzir e validar uma versão do instrumento Amyotrophic Lateral Sclerosis Specific Quality of Life – Short Form (ALSSQOL-SF) em português, adaptado ao contexto cultural brasileiro. Método: Estudo de adaptação transcultural e validação, realizado nas cidades de Botucatu e de São Paulo no período de março de 2017 a novembro de 2018, de acordo com as diretrizes de adaptação cultural e linguística proposto por Beaton et al. (2000), dividido em seis passos. Para a validação de construto foram utilizados os instrumentos The World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-bref) e a Escala de Classificação Funcional da Esclerose Lateral Amiotrófica Revisada (ECFELA-R). Para a análise das correlações entre as pontuações do ALSSQOL-SF, WHOQOL-bref e ECFELA-R, foram calculadas correlações de Spearman. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP e da Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, conforme pareceres nº 2.047.943 e nº 2.069.401. Resultados: Todas as fases do processo de adaptação transcultural foram realizadas sem intercorrência. Participaram 30 indivíduos no teste piloto, e o instrumento “Questionário Breve Específico de Qualidade de Vida para Pacientes com ELA (QVELA-20/Br)” foi desenvolvido. No momento de validação participaram 100 pacientes, em sua maioria do sexo masculino (58%) e com mediana de idade de 59 anos. A versão do questionário desenvolvida correlacionou-se de forma positiva e forte com o WHOQOL-bref e de forma positiva e fraca com o ECFELA-R, conforme esperado. Conclusão: Foi possível produzir e validar uma versão do instrumento ALSSQOL-SF em português, adaptado ao contexto cultural brasileiro.
  • ItemDissertação de mestrado
    O controle da dor pós-operatória em um hospital terciário
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2018-08-27) Castilho, Marcelo de Paula Mendes; Fukushima, Fernanda Bono [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A dor aguda é um fenômeno universal. O tratamento desse evento, entretanto, ainda é visto através de diversos vieses culturais, sociais e econômicos. Em situação de dor aguda pós-operatória estima-se que 40% dos pacientes apresentam controle inadequado da dor (intensidade moderada a intensa). O presente trabalho visa analisar a percepção de pacientes recém operados quanto à analgesia pós-operatória que receberam em um hospital escola terciário de natureza pública, bem como descrever as medidas prescritas e realizadas para analgesia pós-operatória de acordo com seu registro em prontuário. Método: Estudo transversal, descritivo, realizado em pacientes internados, submetidos a procedimentos cirúrgicos cardiovasculares, gastrointestinais, ginecológicos, hemodinâmicos, mastológicos, neurológicos, ortopédicos, torácicos, urológicos ou vasculares no período de junho a dezembro de 2017 no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da UNESP, em Botucatu. Os pacientes foram entrevistados no 2º dia pós-operatório (2º PO) sobre sua experiência no 1º dia pós-operatório (1º PO) quanto ao controle da dor. Através de entrevista semiestruturada o paciente foi inquerido quanto a intensidade da sua dor, a satisfação quanto a analgesia recebida, e sua impressão geral do atendimento prestado pela equipe de saúde assistente. Foi realizada revisão dos prontuários e registrados dados quanto a frequência do registro de avaliação da dor, analgesia prescrita e fornecida, bem como sobre o registro de efeitos adversos. Resultados: Ao todo foram selecionados 159 pacientes, durante o período do estudo, os quais preenchiam os critérios estabelecidos para participarem da pesquisa. Contudo, 68 foram excluídos, pois no momento da entrevista já haviam recebido alta, ou não estavam no leito, ou, ainda, a cirurgia havia sido cancelada. No total foram entrevistados 91 pacientes, sendo 46 (50,5%) do sexo masculino e 45 (49,5%) do sexo feminino. A maioria dos entrevistados (86,8%) relataram presença de dor no 1º PO . Os escores médios de dor e pior dor na Escala Numérica Verbal (ENV) foram, respectivamente: 3,1/10 e 5,6/10. Todos relataram terem recebido analgesia, sendo a medicação considerada muito efetiva ou efetiva para 84,6% dos entrevistados. A grande maioria dos entrevistados se sentiram muito respeitados/muitos satisfeitos ou respeitado/satisfeitos com a analgesia recebida. Em 60,4% dos prontuários analisados, não houve qualquer registro quanto a presença ou a ausência de dor, sendo que uma escala padronizada (ENV) foi utilizada em apenas dois dos 91 pacientes. Houve registro de analgesia regular para 84,6% dos pacientes, sendo que ela consistia na maioria dos casos (51,94%) de analgésicos simples associados a opioides fracos. Aproximadamente 54% (53,84%) dos pacientes receberam analgesia sob demanda, que consistia na maioria dos casos (55,10%) de opioides fracos. Os Resumo opioides fortes foram pouco prescritos tanto no regime regular quando no de demanda (2,6% e 4,0%, respectivamente). Conclusão: Embora a grande maioria dos entrevistados tenham relatado dor no 1 oPO, e a avaliação da mesma não ter sido feita de forma sistematizada, a analgesia foi considerada muito efetiva ou efetiva para 84,6% dos entrevistados, havendo grande sentimento de satisfação e respeito pela analgesia recebida.
  • ItemDissertação de mestrado
    Efeitos sedativos e cardiorrespiratórios da dexmedetomidina administrada em diferentes doses pela via intravenosa em jumentos Nordestinos (Equus asinus)
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2018-07-25) Fonseca, Mariana Werneck [UNESP]; Gozalo Marcilla, Miguel [UNESP]; Teixeira Neto, Francisco José [UNESP]; Aguiar, Antonio José de Araujo [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O objetivo principal do estudo foi avaliar os efeitos sedativos e cardiorrespiratórios da dexmedetomidina administrada pela via intravenosa em três diferentes doses em asininos Nordestinos. Na metodologia foram utilizadas seis jumentas, adultas (idade entre 3 e 5 anos), hígidas, com peso 132 kg ± 14 kg, provenientes da tropa da FMVZ- Unesp Botucatu. Os efeitos sedativos e comportamentais foram avaliados através da variação da altura da cabeça (HHAG), grau de ataxia, escala visual analógica (VAS) e respostas aos estímulos tátil (membro pélvico, torácico e orelha), auditivo e visual. Adicionalmente, foram analisadas as variáveis cardiorrespiratórias, frequência cardíaca (FC), pressão arterial sistólica (PAS) e frequência respiratória (FR), além de temperatura retal (Tº) e motilidade gastrointestinal (MGI). Cada animal recebia um dos quatro tratamentos que consistiam em: controle com solução fisiológica 0,9% (SAL), dexmedetomidina 3 μg/kg (D3), dexmedetomidina 5 μg/kg (D5) e dexmedetomidina 7 μg/kg (D7). As variáveis de sedação e cardiorrespiratórias foram registradas aos 5, 10, 20, 30, 45 e 60 minutos após a realização de cada tratamento. Dois avaliadores experientes também analisaram posteriormente a qualidade de sedação pela observação de registros em vídeo. Os dados normais foram analisados por medidas repetidas ANOVA sendo que as médias foram avaliadas pelo teste de Tukey (p > 0,05). Os testes de Friedman e de Dunn´s (p > 0,05) foram utilizados para a análise das variáveis que não apresentaram distribuição normal. A redução na HHAG foi significativa em comparação aos valores basais, em todos os tratamentos dexmedetomidina (até 45 minutos), e entre os tratamentos SAL e D7. Do mesmo modo se comportou a escala VAS in situ, em que todos os tratamentos dexmedetomidina causaram elevação dos escores. O grau de ataxia in situ apresentou diferenças em relação ao T0 com o tratamento D5 (momentos 5, 10 e 20 minutos). Entretanto, a mesma variável na avaliação ex situ, apresentou aumento significativo no tratamento D5 (momentos 5, 10 e 20 minutos). A avaliação de estímulos externos in situ e ex situ, não apresentou diferenças com exceção do estimulo auditivo in situ com relação ao T0 no tratamento D7 (momento 10). A FC, PAS e FR apresentaram redução significativa em relação aos valores basais em todos os tratamentos dexmedetomidina. A MGI apresentou diminuição significativa nos tratamentos D5 e D7 entre os momentos 5 e 60 minutos. Desta maneira, pode-se concluir que a dose de 5 e 7 μg/kg de dexmedetomidina são adequadas em circunstâncias clínicas para procedimentos curtos de até 30 minutos.
  • ItemDissertação de mestrado
    Comparação de marcadores inflamatórios em pacientes cirúrgicos sob anestesia com desflurano ou desflurano associado ao óxido nitroso
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2018-05-21) Arruda, Nayara Micarelli de; Braz, Mariana Gobbo [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O presente estudo teve como objetivo comparar diversos marcadores inflamatórios e neuro-endócrinos em pacientes submetidos ao ato cirúrgico sob anestesia mantida com o halogenado desflurano ou desflurano associado ao gás óxido nitroso (N2O). Adicionalmente, realizou-se a comparação entre os momentos do estudo em cada grupo analisado em relação ao perfil neuro-imune-endócrino. Este estudo clínico prospectivo foi realizado em indivíduos adultos sem comorbidades, de ambos os sexos, que foram submetidos a cirurgia de septoplastia sob anestesia com desflurano ou desflurano associado ao N2O 60%. Amostras de sangue venoso foram coletadas em três momentos: antes da medicação pré-anestésica na sala de operação (basal), aos 90 minutos após a indução anestésica e no dia posterior ao ato cirúrgico. As citocinas inflamatórias interleucina (IL)-1β, -6, -8, -10, -17A e o fator de necrose tumoral (TNF)-α foram analisados por citometria de fluxo e a proteína C-reativa de alta sensibilidade (PCR-as) foi analisada por imunoensaio quimioluminescente. A expressão dos genes IL-6, ciclooxigenase-2 (COX-2) e fator de transcrição nuclear kappa-B (NF-kB), relacionados à inflamação, foi avaliada por reação em cadeia da polimerase em tempo real. Os hormônios adrenocorticotrófico (ACTH), cortisol e prolactina foram detectados por ensaio imunoenzimático quimioluminescente. Os dois grupos não diferiram quanto aos dados demográficos, intraoperatórios e neuro-imune-endócrinos. Houve aumento de prolactina no intraoperatório e de IL-6 e PCR-as no pós-operatório de maneira semelhante em ambos os grupos. Em conclusão, ambas as técnicas anestésicas não diferiram quanto ao perfil inflamatório ou de resposta neuro-endócrina e tiveram perfil semelhante nos momentos avaliados. Assim, tanto a manutenção anestésica com desflurano ou desflurano associado a N2O 60% podem ser opções viáveis para pacientes hígidos submetidos a cirurgia minimamente invasiva.
  • ItemDissertação de mestrado
    Avaliação da máscara laríngea como alternativa a sonda endotraqueal para manutenção da anestesia inalatória sob ventilação espontânea em capivaras (Hydrochoerus hydrochaerus)
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2018-02-28) Girotto, Carolina Hagy; Teixeira Neto, Francisco Jose´[UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Girotto, C.H. Avaliação da máscara laríngea como alternativa a sonda endotraqueal para manutenção da anestesia inalatória sob ventilação espontânea em capivaras (Hydrochoerus hydrochaeris). 47 p. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Medicina, Universidade Estadual Paulista, Botucatu, 2018. A intubação orotraqueal roedores é um procedimento de maior dificuldade que em outras espécies. Este estudo comparou o uso máscara laríngea humana (ML) com a sonda endotraqueal (Sonda-ET) para manter a patência da via aérea em capivaras anestesiadas sob ventilação espontânea. Seis capivaras (24-54 kg) foram contidas quimicamente com cetamina (7,2 ± 1,1 mg/kg), midazolam (0,16 ± 0,04 mg/kg) e acepromazina (0,03 ± 0,01 mg/kg) em duas ocasiões (intervalos ≥ 7 dias entre procedimentos). A anestesia foi mantida com isoflurano diluído em oxigênio durante 90-120 minutos sob ventilação espontânea. Durante cada anestesia, a patência da via aérea foi mantida aleatoriamente com a Sonda-ET ou ML. Tomografia computadorizada (TC) da faringe/laringe foi realizada em 3/6 animais com a ML e 2/6 animais com a Sonda-ET. A ANOVA de duas vias para medidas repetidas, teste t pareado ou de Wilcoxon foram utilizados para análise estatística (P < 0,05). A concentração de isoflurano expirado (ETiso), freqüência cardíaca (FC), pressão arterial média invasiva (PAM), pH arterial, pressão parcial de dióxido de carbono arterial (PaCO2) e pressão parcial de oxigênio arterial (PaO2) não diferiram entre os tratamentos. Os valores médios (limite inferior-superior) de ETiso foram 0,6 (0,5-1,5)% e 0,6 (0,4-0,9)% com a Sonda-ET e ML, respectivamente. Os valores médios (± desvio padrão) obtidos nos dois tratamentos foram 67 ± 11 batimentos/min (Sonda-ET) e 67 ± 18 batimentos/min (ML) para FC; 74 ± 13 mmHg (Sonda-ET) e 74 ± 14 mmHg (ML) para PAM; 41 ± 2 mmHg (Sonda-ET) e 43 ± 4 mmHg (ML) para PaCO2; 360 ± 59 mmHg (Sonda-ET) e 360 ± 63 mmHg (ML) para PaO2. Com base nas imagens da TC, a ML foi ajustada adequadamente à laringe em 2/3 animais. Em 1/3 de animais, a ML foi acidentalmente deslocada, possivelmente durante a TC. A presença de gás no esôfago foi notada apenas com a ML. A recuperação da anestesia ocorreu sem intercorrências. Conclui-se que a ML é uma alternativa viável para a Sonda-ET para manutenção da patência da via aérea em capivaras anestesiadas sob respiração espontânea, resultando em efeitos cardiopulmonares e características de recuperação semelhantes quando comparada à intubação endotraqueal.