Teses - Agronomia (Horticultura) - FCA

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  • ItemTese de doutorado
    Fenologia reprodutiva, estado nutricional, maturação e compostos bioativos de lichieira
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-06-16) Züge, Patrícia Graosque Ulguim [UNESP]; Leonel, Sarita; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O objetivo deste estudo foi avaliar a fenologia reprodutiva com a escala Biologische Bundesantalt, Bundessortenamt, and Chemische Industrie (BBCH), determinar o estádio ideal de colheita, avaliar os teores nutricionais foliares e o óleo essencial de Litchi chinensis Sonn. Na avaliação da fenologia reprodutiva foi utilizado a escala BBCH, também foi avaliado crescimento do fruto de ‘Bengal’. O experimento foi realizado nas safras de 2019 e 2021. As avaliações foram do início da emissão de inflorescências até frutos com 100% de coloração vermelha na casca. No crescimento dos frutos, foram avaliados a partir do subestádio 702 até o 809. Foram realizadas medições dos diâmetros longitudinal e transversal dos frutos. Concluiu-se que a fase reprodutiva da lichieira ‘Bengal’, varia entre 99 até 119 dias e o crescimento dos frutos, transversal é linear e o longitudinal é até 88,82 mm. Na caracterização físico-química e de compostos bioativos de ‘Bengal’, objetivou-se realizar as avaliações em diferentes estádios de maturação, para determinação do estádio ideal para colheita. Na safra 2019 foram cinco épocas/semanas de coleta de frutos e na safra 2021 foram seis épocas referentes ao início da mudança de cor no fruto até coloração total. Concluiu-se que o período entre a antese e o ponto de colheita, pode variar de 95 até 113 dias. Objetivou-se avaliar os teores foliares de nutrientes em diferentes estádios fenológicos da lichieira ‘Bengal’. Avaliou-se os teores de nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre, boro, cobre, ferro, manganês e zinco. O delineamento foi inteiramente casualizado conduzido em parcelas subdivididas (4x3), estádio x ciclo, com 10 repetições. Os teores médios nas folhas, nas diferentes épocas de amostragem, seguiram a seguinte ordem em relação aos macronutrientes N>K>Mg>Ca>P>S e Mn>Fe>B>Zn>Cu para os micronutrientes. Objetivou-se extrair e identificar as substâncias presentes no óleo essencial de lichieira. Foram realizadas análises qualitativas e quantitativas da composição química. Foram identificados 22 compostos na folha, 18 na casca e 20 na semente. Concluiu-se que o óleo essencial de lichia (folha, casca e sementes) tem compostos com potencial para serem utilizados em diferentes seguimentos da indústria.
  • ItemTese de doutorado
    Aplicação foliar de peróxido de hidrogênio em tomateiro estimula tolerância ao déficit hídrico
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-04-05) Barzotto, Gustavo Ribeiro [UNESP]; Boaro, Carmen Sílvia Fernandes [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Peróxido de hidrogênio (H2O2), espécie reativa de oxigênio, apesar de potencialmente danoso, atua na sinalização de diversos processos no metabolismo vegetal, como crescimento e respostas a estresses abióticos, como a seca. Objetivou-se neste trabalho verificar se a aplicação exógena de H2O2 interfere no desempenho fotossintético, produção de biomassa e no ajuste metabólico de tomateiro submetido ou não à período de seca. O experimento foi conduzido no delineamento em blocos casualizados, em esquema fatorial 2x3, sendo duas condições hídricas: plantas regadas e plantas submetidas à seca, e três aplicações foliares: zero, uma ou duas aplicações foliares de 1 mM de H2O2. As avaliações foram realizadas em dois momentos, primeiro, durante o período em que parte das plantas estavam submetidas a seca, e segundo, após essas plantas estarem recuperadas pelo retorno da rega. Foram realizadas avaliações de fluorescência da clorofila a, trocas gasosas, curva de carboxilação da RuBisCo, análise de crescimento, acúmulo de massa seca, conteúdo relativo de água, potencial água da folha, carboidratos, perfil químico de açúcares, pigmentos foliares, peroxidação lipídica, concentrações foliares de peróxido de hidrogênio, fenóis e prolina e atividade de enzimas antioxidantes. Concluiu-se que aplicação exógena de H2O2 incrementa o desempenho fotossintético de plantas cultivadas sob regime normal de rega e na seca e ajustes metabólicos dependem do número de aplicações de H2O2, assim como aplicação exógena de H2O2 incrementa a produção de biomassa de plantas cultivadas sob regime normal de rega, tendo atuado na sinalização de reações fotossintéticas e proteção ao déficit hídrico, com potencial uso para aclimatação sistêmica adquirida.
  • ItemTese de doutorado
    Produtividade, absorção e exportação de nutrientes pela batata-doce sob diferentes níveis de fornecimento de potássio
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-03-10) Figueiredo, Ricardo Tajra; Fernandes, Adalton Mazetti; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O potássio (K) é um elemento essencial no crescimento e no desenvolvimento da batata-doce, compreender como ele se relaciona com demais nutrientes, e entender como ele interfere no crescimento e no acúmulo de nutrientes pelas plantas pode diminuir as perdas e consequentemente aumentar a produtividade. Com isso, o objetivo desse trabalho foi avaliar a produtividade de raízes, a absorção e exportação de nutrientes pela batata-doce em resposta a adubação potássica em condições distintas de disponibilidade de K no solo. Para isso foram conduzidos quatro experimentos, sendo três em campo e um na casa de vegetação. Foram conduzidos três experimentos em solos arenosos em campo, com diferentes teores iniciais de K, ou seja, em Braúna foi conduzido um experimento em solo com baixo (≤ 0,7 mmolc dm3) e outro médio (0,8-1,5 mmolc dm3) teor de K, e em São Manuel foi conduzido um experimento, em solo com alto teor de K (> 1,5 mmolc dm3). Em cada experimento de campo, o delineamento foi o de blocos ao acaso, com quatro repetições. Foram analisados sete tratamentos, no esquema fatorial 1+2x3. Os tratamentos foram representados por uma testemunha sem K, duas épocas de aplicações das doses de potássio [1- o K foi parcelado com metade das doses no momento do plantio e o restante em cobertura aos 40 dias após o plantio (DAP) (2ap)] e [2- três aplicações de potássio no plantio, aos 40 e aos 90 DAP (3 ap)] combinadas com três doses de K2O (60, 120 e 240 kg ha-1). O K foi fornecido como KCl e as doses foram aplicadas conforme os tratamentos. Já o experimento de casa de vegetação foi conduzido no Centro de Raízes e Amidos Tropicais em Botucatu-SP, em vasos de 25 L, contendo solo. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso, no esquema fatorial 5x6 com quatro repetições. Os tratamentos foram compostos por cinco épocas de coleta (35, 60, 85, 110 e 150 DAP) combinadas com 6 níveis de K no solo [1 – solo com baixo teor de K e sem aplicação de K (B-K0), 2 – solo com baixo teor de K e com aplicação de K (B-K100), 3 – solo com médio teor de K e sem aplicação de K (M-K0), 4 – solo com médio teor de K e com aplicação de K (M-K100), 5 – solo com alto teor de K e sem aplicação de K (A-K0), 6 – solo com alto teor de K e com aplicação de K (A-K100)]. Os níveis baixo, médio e alto de K corresponderam aos teores aproximados de 0,7, 1,5 e >3,0 mmolc dm-3, respectivamente. Solos com baixa disponibilidade de K apresentaram melhores respostas para a adubação. A adubação potássica aumentou o crescimento da planta, a massa seca (MS) da parte aérea e a produtividade das raízes nos solos com baixa, média e alta disponibilidade de K em até 191, 142 e 89 kg ha-1 de K2O, respectivamente. Aumentos na absorção de N, P, Ca, S, Cu, Fe, Mn, B e na exportação de N, P, Mg, Mn foram proporcionados pela adubação potássica. O excesso da adubação potássica reduziu a absorção de Mg e Zn, além de reduzir as exportações de B, Cu e Zn, e vale ressaltar que em solos com alta disponibilidade de K a adubação diminuiu a exportação de Ca e S. O tratamento B-K0 foi o que apresentou maior número de folhas, comprimento da rama resultou no maior acúmulo da MS da parte aérea. Além de que esse tratamento obteve a maior área da superfície e comprimento radicular. As raízes foram formadas a partir dos 60 DAP, a absorção e a exportação maior dos nutrientes foi entre os 85 a 110 DAP. A adubação potássica interferiu na absorção dos nutrientes do experimento de casa de vegetação com aumento da absorção de N, Ca, B, Fe, Mn e Zn e a adubação não interferiu na exportação desses nutrientes.
  • ItemTese de doutorado
    Fontes de cálcio na nutrição e produção de cebola cultivar Aquarius
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-01-31) Noda, Sayuri Beatriz Hara [UNESP]; Bôas, Roberto Lyra Villas [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O cálcio, em geral, é o terceiro nutriente mais acumulado pela planta de cebola, sendo mais acumulado nos bulbos. Entretanto, seu teor total no solo é relativamente baixo, cerca de 1%, para maioria dos solos brasileiros. Exceto quando há ocorrência de carbonato ou sulfato, como acontece nas terras cálcarias de Irecê – BA, cujo solo foi utilizado neste estudo. O Ca por ter peculiaridades como a imobilidade no floema e papel fundamental para a planta de cebola, necessita de um estudo aprofundado sobre as diferentes fontes disponíveis e sua influência no solo, nutrição e produção da cebola. Sendo assim, o presente trabalho teve como objetivo, avaliar as diferentes fontes de Ca na produção de cebola em solo advindo da região de Irecê – BA. O trabalho foi conduzido em casa de vegetação no Departamento de Solos e Recursos Ambientais da Faculdade de Ciências Agronômicas – FCA/UNESP, em Botucatu – SP. Utilizou-se o híbrido Aquarius da Topseed, semeado diretamente nos vasos, em solo proveniente da região de Irecê – BA. O experimento foi fertirrigado via gotejamento. Os tratamentos consistiram na substituição parcial (15%) da dose total da fonte de Ca comumente utilizada na região (nitrato de cálcio) por outras fontes. Portanto, todos os tratamentos receberam 85% do total de Ca na forma de nitrato de cálcio, via fertirrigação, e os 15% restantes foram aplicados manualmente com as fontes correspondentes aos tratamentos, exceto na testemunha onde não houve substituição. Não foram compensados os nutrientes acompanhantes dos tratamentos. A colheita dos bulbos ocorreu aos 178 DAS, após a cura foram feitas as avaliações: massa seca da parte aérea, massa fresca e seca de bulbos, teor e acúmulo de nutrientes, classificação dos bulbos e foi calculada a produtividade. Com apenas 15% a mais de cálcio aplicado, foi possível um incremento na produtividade em cerca de 25% nos tratamentos com nitrato, tiossulfato e carbonato de cálcio, em relação a testemunha que não recebeu esse acréscimo.
  • ItemTese de doutorado
    Produção, caracterização de compostos bioativos, fatores nutricionais e antinutricionais de flores comestíveis “salad flowers”
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-12-05) Silva, Hilbaty Estephany Rodrigues da; Bonfim, Filipe Pereira Giardini [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    As flores são utilizadas na culinária desde os tempos mais remotos e nas últimas décadas vem ganhando os consumidores contemporâneos, agregando beleza, sabor e aroma as composições. Logo, as interrogações de consumidores e pesquisadores é se estas agregam igualmente benefícios a saúde humana. Portanto, objetivou-se cultivar três espécies de flores que já são usualmente consumidas há décadas de forma segura, principalmente em saladas, como: calêndula (calendula officinalis L.), capuchinha (Tropaeolum majus L.) e amor-perfeito (Viola tricolor L), no entanto, as informações nutricionais ainda são escassas. Por isso, com a finalidade de quantificar e qualificar os dados sobre estas flores, avaliou-se compostos bioativos, nutricionais e antinutricionais, bem como, a validação de aspectos da produção agronômica. A pesquisa foi desenvolvida na área experimental do Pomar Didático da Faculdade de Ciências Agronômicas/FCA. O delineamento aplicado foi em blocos casualizados, cada parcela experimental continha 1m², totalizando dez blocos para cada espécie, com espaçamento indicado de: 20x30 para amor-perfeito, 25x25 para calêndula e 30x30 para capuchinha. Utilizou-se estatística descritiva para análise dos dados. As análises realizadas foram: teor de polifenóis, flavonoides, e atividade antioxidante (AA) pelo método DPPH, além de determinação de proteína, composição mineral, e quantificação de atividade antinutricional. Observou-se nos resultados atos teores para Polifenóis chegando até 555,78 mg de ácido gálico em 100g-1 de matéria seca, Flavonoides até 156,48 mg de quercetina (QE)/100g por matéria seca e Atividade Antioxidante (AA) de até 93,12%. Os teores de proteína chegaram a 23,33% em 100g- 1 de matéria seca, o que constata excelente taxa proteinada das flores como alimento. Para macro e micronutrientes, as médias encontradas foram superiores a 638 mg/100g-1 de fósforo; 2,900 mg/100g-1 de potássio; 267mg/100g-1 para cálcio; 88,37mg/100g-1 de ferro; 387 mg/100g-1 de magnésio e, por fim 5,93mg/100g-1 de zinco. Embora tenham sido detectados fatores antinutricionais de nitrato até 1,06 mg/100g-1, tanino até 769,98 mg/100g-1 e oxalato até 10,99 g/100g-1 nas flores, o consumo permanece seguro devido à ingestão ser em baixas quantidades tornando assim, todas as espécies analisadas seguras e nutritivas para ingestão.
  • ItemTese de doutorado
    Ácido salicílico na mitigação de estresses em tomateiro
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-11-25) Aires, Eduardo Santana [UNESP]; Ono, Elizabeth Orika [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O objetivo deste estudo foi avaliar as respostas fisiológicas, bioquímicas e produtivas provocadas pela aplicação foliar de ácido salicílico (AS) em plantas de tomateiro. Assim, dividimos essa pesquisa em dois capítulos; com capítulo I investigamos a resposta de tomateiro cultivado em ambiente protegido e submetido à aplicação de doses de AS. O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso (DBC), com cinco tratamentos: 0,0; 0,5; 1,0; 1,5 e 2,0 mM de AS e quatro repetições. As aplicações foram realizadas semanalmente dos 15 aos 60 dias após o transplantio (DAT). Analisou-se aos 45 e 60 DAT a atividade das enzimas SOD, CAT e POD, peroxidação lipídica, prolina, fluorescência da clorofila a, trocas gasosas e altura das plantas. Ao final do experimento computou-se a produção total, comercial e peso dos frutos. A aplicação foliar de AS reduziu o estresse ambiental, através da ativação de enzimas antioxidantes que reduziram a peroxidação lipídica, também reduziu o qNP e aumentou a eficiência do fotossistema II e ETR. As tocas gasosas também foram melhoradas pela ação do AS amentando a gs, que favoreceu A e A/Ci. Por fim, a dose entre 0,5 e 0,8 mM de AS favoreceu a produção total e comercial do tomateiro. Assim, a aplicação foliar de AS reduz estresse oxidativo e aumenta a eficiência fotossintética e produtiva em plantas de tomate. No capítulo II, objetivou-se avaliar o efeito mitigatório do AS em tomateiro sob défice hídrico, as aplicações das doses 0,0; 0,5; 1,0; 1,5 e 2,0 mM de AS foram realizadas semanalmente dos 15 aos 60 DAT, avaliamos a assimilação de CO2 (A), condutância estomática (gs), transpiração (E), eficiência no uso da água (EUA) e eficiência de carboxilação (A/Ci) aos 15, 30 e 45 dias de défice hídrico continuo, como também, a produtividade de plantas de tomateiro em ambiente protegido, em dois anos consecutivos (2019 e 2020). Os resultados mostram que o défice hídrico reduziu a A, gs, E e A/Ci das plantas de tomateiro e a aplicação foliar de AS aumentou esses parâmetros em todas as épocas de avaliação, resultando em valores semelhantes ou até maiores que em plantas sem restrição hídrica. Além disso, o estresse hídrico causou aborto floral nas plantas de tomateiro, sem a aplicação de AS, reduzindo o número de frutos e produção total e comercial. Em contrapartida, plantas que receberam cerca de 1.3 mM de AS aumentaram a A e A/Ci e translocaram os fotoassimilados, principalmente, para as flores e frutos, reduzindo o aborto floral e aumentando a produção total e comercial de frutos. Assim, a aplicação foliar de AS é eficiente na mitigação dos efeitos deletérios do défice hídrico em tomateiro sobre as trocas gasosas e produção. A aplicação foliar desse regulador vegetal pode ser indicada para condições de campo em regiões com baixa disponibilidade hídrica ou em supressão hídrica por motivos climáticos.
  • ItemTese de doutorado
    Prospecção de corantes naturais oriundos de flores comestíveis
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-08-19) Marques, Isabella Barbosa; Bonfim, Filipe Pereira Giardini [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A cor é um atributo de suma importância na aceitação de produtos, especialmente dos alimentícios. Em razão dos possíveis danos que os corantes sintéticos podem acarretar à saúde humana há uma busca por alternativas a estes aditivos. Os corantes naturais são potenciais substitutos aos sintéticos, pois são considerados não tóxicos e ainda podem propiciar efeitos benéficos em virtude de suas atividades bioativas, como a antioxidante. Objetivou-se com o presente estudo prospectar flores comestíveis com potencial uso como corante natural. Foram avaliadas as espécies Calendula officinalis L.(calêndula), Tropaeolum majus L. (capuchinha), Hibiscus acetosella Welw. ex hiern (vinagreira-roxa) e híbridos de Viola x wittrockiana Gams (amor-perfeito roxo, amor-perfeito púrpura e amor-perfeito vermelho). Os corantes obtidos através dessas flores foram analisados quanto ao rendimento de extrato, teor de compostos fenólicos totais, atividade antioxidante pelo método DPPH, determinação de pigmentos (carotenoides, antocianinas, clorofila a e clorofila b), análise da cor instrumental em matriz alimentícia e estabilidade de corantes. Os dados de estabilidade foram submetidos à análise de variância e teste de médias (Teste F a 5% de probabilidade). Os demais foram submetidos à estatística descritiva e à análise multivariada. Todas os corantes alcançaram altos valores de rendimento de extrato, com destaque para a capuchinha vermelha (38%). Os corantes avaliados apresentaram elevada atividade antioxidante, com mais de 70 % de Sequestro de Radicais Livres (SRL), os oriundos de amor-perfeito púrpura, capuchinha salmão e capuchinha vermelha exibiram porcentagens de SRL próximas a 90%. Apresentaram ainda altos valores de compostos fenólicos totais, sendo o corante proveniente do amor-perfeito roxo o que detém o maior valor (2658,39±24,4 mgEAG.g-1 ). As maiores concentrações de antocianinas e de carotenoides foram identificadas nos corantes de vinagreira-roxa. Pela análise de cor instrumental, em conformidade com os valores de ºHue, infere-se que os corantes oriundos de amor-perfeito roxo e de capuchinha vermelha expressam coloração vermelho-violeta. Já os corantes de amor-perfeito púrpura e amor-perfeito vermelho manifestam coloração azul-violeta. Os corantes de capuchinha salmão e capuchinha laranja detêm coloração vermelho. Os corantes de calêndula, capuchinha amarela e vinagreira-roxa exibem coloração laranja. E o corante de capuchinha púrpura exprime coloração violeta. Os corantes obtidos através das flores de capuchinha laranja, amor-perfeito roxo, amor-perfeito vermelho e vinagreira-roxa não sofreram influência de nenhum dos fatores de estabilidade avaliados, portanto, todos eles são considerados estáveis nas condições deste estudo. Tanto a variação de pH e temperatura quanto a interação entre esses fatores influenciaram na estabilidade do corante de amor-perfeito púrpura, deste modo, é considerado instável. Em virtude dos resultados apresentados, os corantes de capuchinha laranja, vinagreira-roxa, amor-perfeito roxo e amor-perfeito vermelho são considerados promissores para uso como corante natural, pois se mostraram estáveis nas condições do estudo, expressaram altos valores de compostos fenólicos totais e elevada atividade antioxidante. Estudos futuros são requeridos para aplicação desses corantes em distintas matrizes alimentares, bem como quanto ao potencial nutricional destes.
  • ItemTese de doutorado
    Produção e acúmulo de macronutrientes na cultura do jambu em função de doses e formas de parcelamentos de adubos orgânicos
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-04-26) Alves, Thatiane Nepomuceno [UNESP]; Cardoso, Antonio Ismael Inácio; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O jambu é uma hortaliça herbácea não convencional, no Estado de São Paulo o plantio é realizado especificamente no sistema orgânico, e com destino para a indústria cosmética e farmacêutica em função do composto bioativo chamado espilantol. Porém, na região ainda há poucas informações técnicas acerca de seu cultivo, principalmente quanto as suas exigências nutricionais. Nesse contexto, o manejo adequado dos adubos orgânicos, através do parcelamento e doses adequadas, além da redução de perdas, possibilita a eficiência no aproveitamento dos nutrientes pelas plantas. Objetivou-se com esta pesquisa avaliar o efeito da forma de aplicação (antes do plantio e em cobertura) e das doses dos adubos orgânicos farinha de casco e chifre e torta de mamona, na produção e no acúmulo de macronutrientes em plantas de jambu. Foram realizados quatro experimentos, sendo dois dos experimentos foram conduzidos na fazenda Experimental de São Manuel, SP, pertencente à Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) - UNESP e os outros dois, no sítio do Produtor, ‘Estância Três Nascentes’, localizado em Botucatu-SP. Nos experimentos sobres formas de aplicação, foram avaliados sete tratamentos em esquema fatorial 2 x 3 + 1, sendo dois adubos orgânicos (torta de mamona e farinha de casco e chifre) x 3 formas de aplicação (100% antes do plantio; 100% em cobertura; 50% antes do plantio + 50% em cobertura) e o controle sem estes adubos. Nos experimentos sobre doses, foram avaliados doze tratamentos, em esquema fatorial 2 x 6, sendo dois adubos orgânicos (torta de mamona e farinha de casco e chifre) x 6 doses de N em cobertura (50; 75; 100; 125; 150 e 0 kg ha-1 (controle)). O delineamento nos experimentos foram em blocos ao acaso, com quatro repetições. Foram avaliados, em cada local nos experimentos, a altura da planta, número de inflorescências (NInf), massa da matéria fresca das inflorescências (MMFInf), da parte vegetativa (MMFPV) e total (MMFTotal), massa da matéria seca e o acúmulo de macronutrientes (inflorescências, parte vegetiva e total). Os tratamentos controle foram inferiores para todas as características avaliadas nos experimentos. Foram obtidos aumentos (em comparação ao controle) de 81%, 83%, 168%, 83% e 95% na área em São Manuel, e 19% 42%, 316%, 56% e 67%, em Botucatu, para Altura, NInf, MMFInf, MMFPV e MMFTotal, respectivamente para as duas áreas. No experimento de doses em São Manuel, foram obtidos efeitos lineares para todas as características avaliadas, comparado ao controle, os aumentos com a utilização da maior dose (150 kg ha-1 de N) foram de 129%, 134% e 134% e 284%, 70% e 85% em Botucatu, para a MMSInf, MMSPV e MMStotal, respectivamente. A ordem decrescente no acúmulo de macronutrientes na área do Produtor, independente do adubo, para as inflorescências foi N > K > Ca > P > Mg > S, na parte vegetativa K > N > Ca > Mg > S > P e total foi K > N > Ca > Mg > S > P. Comparados ao controle, no experimento de doses na maior dose os aumentos foram de 216%, 310% e 233% em São Manuel e 111%, 272% e 121% em Botucatu, para a MMSPV, MMSInf e MMSTotal respectivamente para as duas áreas. A ordem decrescente no acúmulo de macronutrientes na parte vegetativa foi K > N > Ca > P > Mg > S, nas inflorescências foi K > N > S > Ca > Mg > P e para o acúmulo total foi K > N > Ca > S > P > Mg na Fazenda em São Manuel, e na parte vegetativa foi de K > N > Ca > Mg > S > P, nas inflorescências N > K > Ca > P > Mg > S e para o acúmulo total foi de K > N > Ca > Mg > S > P na área do produtor em Botucatu.
  • ItemTese de doutorado
    Batata-doce colorida não-comercial: agregação de valor, caracterização bioativa e desenvolvimento de suco misto
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-05-06) Basílio, Letícia Silva Pereira [UNESP]; Lima, Giuseppina Pace Pereira [UNESP]; Tecchio, Marco Antonio; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A batata-doce (Ipomoea batatas L.) é uma planta perene de raiz tuberosa, considerada uma cultura de importância econômica e social em diversos países devido ao alto rendimento e ampla adaptabilidade. Possui alto valor nutricional, com excelentes teores de carboidratos, açúcares, minerais, aminoácidos (proteína), vitaminas, fibra alimentar e forte atividade antioxidante, pode ser consumida de várias formas. É uma cultura que faz jus ao crescente interesse da população em alimentos de qualidade nutricional e nutracêutica. Os refugos da produção e resíduos gerados podem ser usados para elaboração de subprodutos, agregando valor à produção, incluindo alto potencial como matéria-prima em segmentos industriais distintos. Neste trabalho estudamos os compostos bioativos e atividade antioxidantes de genótipos de batata-doce de polpa colorida, da colheita à elaboração de produtos. No primeiro capítulo observamos a presença destes compostos em polpas, casca e polpas + cascas dos genótipos 'BRS Amélia', 'CPNH 1365', 'CPNH 1358’,'JNRX1', ‘JNRX2 e 'JNRX7', além de avaliar as características físico-químicas das diferentes partes das raízes antes e após cozimento. Concluímos que a casca, geralmente descartada, pode ser uma fonte potencial de compostos bioativos. No segundo capítulo propomos a elaboração de um suco misto de batata-doce de polpa roxa (‘JNRX12’) com uvas híbridas (‘Bordô’, ‘BRS Cora’ e ‘BRS Violeta’) para a utilização das raízes fora do padrão. Além de apreciado sensorialmente, os sucos mistos apresentaram teores interessantes de compostos fenólicos, com destaque para antocianinas e aminas biogências e aminoácidos promotores da saúde. No terceiro capítulo avaliamos o perfil fitoquímico e potencial antioxidante dos genótipos de batata-doce de polpa colorida crus e quando submetidos ao cozimento por fervura, vapor, micro-ondas, forno convencional com e sem proteção de papel alumínio. Observamos que a variabilidade genética está ligada à extração e liberação dos compostos da matriz vegetal. A cocção em água fervente, comuns nos lares, não foi interessante pois reteve os compostos hidrossolúveis. Maior teor de fitoquímicos foram vistos em batatas-doces alaranjadas cozidas em micro-ondas e forno com ou sem proteção de papel alumínio. Em genótipos de polpa roxa, o uso de vapor, micro-ondas e forno com proteção de papel alumínio como tratamento térmico mostrou-se a melhor opção, pois apresentou maiores níveis de aminas benéficas, polifenóis e atividade antioxidante. Esperamos que este estudo contribuía na divulgação das propriedades funcionais e bioativas de raízes fora do padrão de batatas-doces de polpa colorida e seu potencial para elaboração de produtos e derivados, incentivando seu plantio e consumo.
  • ItemTese de doutorado
    Desempenho agronômico e fitoquímico de variedades de lúpulo produzidas em condições tropicais sob manejo orgânico e convencional
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-10-20) Fortuna, Gabriel Cássia; Bonfim, Filipe Pereira Giardini [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O lúpulo é uma planta com vários compostos químicos já conhecidos e usados por diversas indústrias como a farmacêutica e cosmética, porém o seu uso é quase que exclusivamente voltado para o mercado cervejeiro. Os compostos químicos de interesse no lúpulo como os ácidos amargos e compostos voláteis estão nas glândulas lupulínicas presentes nos cones (inflorescência). Além dos fatores genéticos e idade da planta, as condições ambientais e de manejo irão influenciar na produção de cones e teores destes compostos bioativos. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho agronômico e fitoquímico de cinco variedades de lúpulo cultivadas sob manejo orgânico e convencional. O experimento foi implantado no “Pomar Didático”, da FCA da UNESP – Botucatu, em novembro de 2018, sendo avaliado nesse trabalho apenas o 2° ano de produção. Foi adotado o delineamento de blocos casualizados, com 4 blocos em esquema de parcelas subdivididas 2x5, tendo como fator principal os sistemas de cultivo, e como fator secundário as variedades. Os parâmetros morfológicos produtivos avaliados após a colheita foram o peso fresco de cones, altura de inserção dos primeiros cones, comprimento dos entrenós, comprimento dos ramos laterais, comprimento dos cones e dias do início da brotação até a colheita. Também foram avaliados os parâmetros de qualidade em relação aos alfas e beta ácidos, óleo essencial e teor de xanthohumol. O sistema de manejo orgânico obteve maior produção de cones frescos em relação ao convencional. A variedade mais produtiva foi a Columbus, e a menos produtiva foi a Hallertau Mittelfrüeh. O comprimento médio dos cones foi maior nas variedades Cascade, Chinook e Nugget. O ciclo da planta foi mais precoce no sistema convencional para Cascade e Nugget, e para a Hallertau Mittelfrüeh no sistema orgânico. Para o monoterpeno mirceno, a Hallertau Mittelfrüeh obteve um teor maior no sistema orgânico (62%), assim como o sesquiterpeno trans-cariofileno (37%), que foi maior na variedade Columbus. Já o teor de farneseno foi maior na Hallertau Mittelfrüeh cultivada em sistema convencional. Os resultados demostram que o manejo pode influenciar na produtividade e nas características de aroma do lúpulo, e as diferenças nos parâmetros produtivos e de qualidade entre as variedades demonstram a diferença entre os materiais genéticos estudados.
  • ItemTese de doutorado
    Radiação gama em romã: composição nutricional, extração e biossíntese de compostos bioativos
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-12-03) Santos, Juliana Aparecida dos; Vieites, Rogério Lopes; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O consumo de frutas in natura como a romã e seus derivados, fonte de compostos bioativos, tem sido associado a diferentes benefícios a saúde. O perfil bioativo é influenciado pelo cultivar, clima, maturidade, práticas de cultivo e condições de armazenamento. As tecnologias como a radiação gama podem ser utilizadas para melhorar a conservação e aumentar a vida útil em pós-colheita de frutas, podendo também ativar seu sistema de defesa, induzindo o estresse oxidativo, que envolve a síntese de metabólitos secundários antioxidantes. Neste contexto, objetivou-se com o presente trabalho adequar os protocolos de extração de compostos bioativos; caracterizar a romã ‘Comum’ e avaliar a influência da radiação gama no metabolismo primário e secundário. Os frutos foram irradiados no Centro de Tecnologia das Radiações - CTR - do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares - IPEN - USP/Campus de São Paulo, com cobalto-60 (0,0 kGy; 0,3 kGy; 0,6 kGy; 0,9 kGy; 1,2 kGy e 1,5 kGy). Foram armazenados no Departamento de Produção Vegetal da FCA/UNESP em câmara fria com temperatura de 10 ± 1°C e 90 ± 5% de UR, durante 30 dias. Foram realizadas análises físico-químicas e bioquímicas dos frutos a cada 5 dias. Um único solvente não foi capaz de extrair os compostos bioativos das amostras de polpa e casca de romã ‘Comum’. A irradiação na dose 1,5 KGy associada a refrigeração reduziu a perda de massa dos frutos. O uso da irradiação não alterou a firmeza dos frutos, o ângulo de cor Hue da casca e a acidez titulável da polpa. Foi verificado para todas as doses de radiação gama e para a testemunha que a refrigeração foi efetiva na perda de massa. A irradiação foi eficiente na síntese de compostos bioativos. As doses de radiação gama 0,3 kGy e 0,6 kGy aumentaram o conteúdo de antocianina monomérica total da polpa da romã ‘Comum’ ao longo do armazenamento. A radiação gama na dose 0,6 kGy aumentou a atividade antioxidante da casca. A dose de 1,5 kGy promoveu aumento no conteúdo de compostos fenólicos totais e manteve a atividade antioxidante da polpa da romã ao final do armazenamento.
  • ItemTese de doutorado
    Desempenho horticultural e compostos bioativos de cultivares de laranjeiras enxertadas em limoeiro ‘Cravo’ e citrumeleiro ‘Swingle’
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-01-27) Martins, Rafaelly Calsavara [UNESP]; Leonel, Sarita; Souza, Jackson Mirellys Azevêdo; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O objetivo desse estudo foi avaliar o desempenho horticultural de cultivares de laranjeiras doces enxertadas em limoeiro ‘Cravo’ e citrumeleiro ‘Swingle’, bem como avaliar os ciclos fenológicos, as curvas de maturação e caracterização físico-química dos frutos, o desenvolvimento vegetativo e produtivo das plantas e por fim, quantificar os compostos bioativos do suco de laranja ao longo do armazenamento. No capítulo I avaliou-se o comportamento da cultivar Sanguínea de Mombuca (SM) enxertada em limoeiro ‘Cravo’ (LC) e citrumeleiro ‘Swingle’ (CS), mediante as variáveis fenológicas, a curva de maturação dos frutos e o desempenho produtivo das plantas. Os tratamentos foram constituídos por duas combinações copa/porta-enxerto em delineamento em blocos ao acaso com oito repetições e duas plantas por parcela. Conclui-se nesse capítulo que as combinações SM/CS e SM/LC completam o ciclo da antese à colheita em 246 dias, com acúmulo de 3226,72 graus-dias. As melhores características de qualidade são alcançadas por volta de 240 dias após a antese para as plantas de ambas as combinações copa/porta-enxerto. Por outro lado, o limoeiro ‘Cravo’ promove melhor desempenho produtivo das plantas de ‘Sanguínea de Mombuca’. No capítulo II, foram avaliados os intervalos fenológicos, a soma térmica, os atributos de qualidade dos frutos e o desempenho vegetativo e produtivo das plantas das cultivares Rubi (Rubi), Lue Gin Gong (LGG) e Valência Delta Seedless (VDS) enxertadas em LC e CS. Os tratamentos foram constituídos por seis combinações copa/porta-enxerto em delineamento em blocos ao acaso. Concluiu-se que os porta-enxertos não interferem na duração dos ciclos e na exigência térmica das cultivares copa avaliadas, verificando-se para a Rubi ciclo de 245 dias e acúmulo térmico de 3216,85 GDs, para a LGG 402 dias e 4493,61 GDs e para a VDS 407 dias e 4545,81 GDs. Por meio do heatmap, evidenciou-se que Rubi/CS, Rubi/LC, LGG/CS e LGG/LC possuem similaridade. Quanto ao desempenho produtivo das plantas, as combinações Rubi/LC e Rubi/CS foram superiores. Já em relação aos atributos físico-químicos dos frutos, as combinações LGG/LC, LGG/CS, VDS/LC e VDS/CS foram superiores. No capítulo III, avaliou-se a degradação dos ácidos ascórbico (AA) e dehidroascórbico (DHA), bem como o conteúdo de compostos fenólicos em sucos de cultivares de laranjeira armazenados em diferentes embalagens. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado considerado separadamente para cada cultivar. Utilizou-se esquema de parcelas subdividas no tempo, sendo os porta-enxertos, LC e CS, parcelas e o armazenamento, garrafas claras e escuras, subparcelas. Concluiu-se que no decorrer do tempo, independentemente das condições de armazenamento, boa parte dos compostos bioativos foram degradados. Para todas as combinações copa/porta-enxerto, SM/LC, SM/CS, Rubi/LC, Rubi/CS, LGG/LC, LGG/CS, VDS/LC e VDS/CS, os compostos fenólicos hesperidina, naringerina, ácido cafeico, p-cumárico e ácido trans-ferúlico apresentaram as maiores concentrações em sucos no momento da elaboração. Todas as combinações copa/porta-enxerto apresentaram concentrações ideais de AA e DHA na composição do suco. As maiores concentrações de ácido ascórbico foram encontradas nos sucos, no momento da elaboração, que foi inversamente proporcional às concentrações de ácido dehidroascórbico.
  • ItemTese de doutorado
    Extração de ácido húmico, a partir de lodo de esgoto, na produção de alface
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-01-28) Lopes, Marcela Caetano [UNESP]; Villas Boas, Roberto Lyra [UNESP]; Broetto, Fernando; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Objetivou-se avaliar a viabilidade de extração de ácidos húmicos a partir de lodo de esgoto sanitário e seus efeitos sobre plantas de alface, em dois sistemas de cultivos (solo e hidroponia), comparados com o produto comercial. No experimento I foi realizada a extração de ácido húmico utilizando três tipos de materiais (lodo de esgoto estabilizado, compostado com bagaço de cana e in natura), empregando três metodologias para extração. Foram determinados os percentuais de carbono, hidrogênio e nitrogênio totais, razão isotópica de 13C/12C e 15N/14N e composição nutricional, todos realizados em triplicatas. No experimento II o delineamento experimental foi em blocos casualizados, esquema fatorial 2 x 6, sendo duas fontes (ácido húmico extraído a partir de lodo de esgoto e ácido húmico comercial) e seis concentrações (0, 0,5, 1,5, 3,0, 4,5 e 6,0 mM de C L-1), com quatro repetições e três plantas por parcela. As plantas de alface foram avaliadas por meio das seguintes variáveis: diâmetro do caule e da planta, comprimento do caule, altura da planta e números de folhas, massa fresca e seca da parte aérea, análise química de nutrientes da parte aérea, volume radicular, índice indireto de clorofila (SPAD) e pigmentos fotossintéticos. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a p ≤ 1% e 5% de probabilidade e para o experimento II quando os dados foram significativos, foi realizado o estudo de regressão para as concentrações.
  • ItemTese de doutorado
    Óxido nítrico na redução do estresse oxidativo induzido por herbicida em plantas de melão
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-12-02) Ferraz, Andrew Kim Lopes; Ono, Elizabeth Orika [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O óxido nítrico (NO), além de possuir função sinalizadora em plantas, pode atuar como antioxidante. A finalidade de atuação deste composto ocorrerá de acordo com o tecido vegetal, idade da planta e tipo de estresse biótico ou abiótico. Assim, o objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito atenuante da aplicação do doador de NO, nitroprussiato de sódio (SNP), em plantas de melão submetidas ao estresse oxidativo pela aplicação do herbicida glufosinato de amônio na concentração de 1,75% de i.a. sobre parâmetros fitotécnicos e fisiológicos da cultura do melão. O experimento foi conduzido na Fazenda Experimental da Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual Paulista - UNESP, Campus de Botucatu - SP, em casa de vegetação. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, composto por sete tratamentos: T1- Herbicida (glufosinato de amônio); T2- Herbicida + 15 µmol de SNP; T3- Herbicida + 30 µmol de SNP; T4- Herbicida + 60 µmol de SNP; T5- Herbicida + 120 µmol de SNP; T6- Herbicida + 240 µmol de SNP; T7- tratamento controle (sem aplicação de herbicida e SNP). Foram realizadas duas aplicações de SNP, sendo uma no período vegetativo (48 dias após o plantio - DAP) e outra no reprodutivo (67 DAP). As aplicações das diferentes concentrações de SNP foram realizadas quatro horas após as aplicações de glufosinato de amônio, momento este em que há o pico de produção das espécies reativas de oxigênio por ação do herbicida. Analisaram-se parâmetros biométricos, fisiológicos e produtivos da planta e frutos. O SNP produziu efeito benéfico nas plantas, reduzindo a porcentagem de dano foliar, de 18,5% para 7,5%, não influenciando na produção e qualidade de frutos. As concentrações de SNP empregadas não influenciaram nas variáveis de fluorescência da clorofila a e trocas gasosas. Já para as análises enzimáticas, a aplicação dos tratamentos influenciou na atividade do sistema antioxidante, promovendo aumento da atividade da enzima superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT) e peroxidase (POD) aos 49 DAP, além de interferir no conteúdo endógeno de aminas biogênicas e de peróxido de hidrogênio (H2O2) nas folhas aos 68 DAP.
  • ItemTese de doutorado
    Manejo de lepidópteros-praga em brássicas com uso de Trichogramma pretiosum Riley (Hymenoptera: Trichogrammatidae)
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-10-25) Ponce, Franciely da Silva [UNESP]; Oliveira, Regiane Cristina de; Seabra Júnior, Santino; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    As brássicas compõem algumas das hortaliças mais cultivadas no Brasil e no mundo. A ocorrência de lepidópteros-praga durante o ciclo produtivo é o principal entrave a produção. Dessa forma, esta tese foi dividida em seis capítulos em que objetivou-se selecionar linhagens de T. pretiosum aptas para utilização no manejo biológico de lepidópteros praga no cultivo de brássicas. Para tanto, os capítulos abordam exigências térmicas, seleção de linhagens, capacidade de dispersão, seletividade de produtos fitossanitários e liberação de T. pretiosum. Além do custo e rentabilidade do manejo biológico empregando este agente de controle em cultivos de couve e repolho. A temperatura influenciou nas características biológicas das linhagens avaliadas e cada população apresentou temperaturas ideais de desenvolvimento distintas. No entanto, a temperatura constante de 36°C foi prejudicial tanto para o parasitismo, como para viabilidade, longevidade das fêmeas e razão sexual, não sendo recomendada para a multiplicação das linhagens em laboratório. A linhagem ‘Folhas da terra’, apesar de estar na 54º geração, foi a que apresentou maior número de insetos voadores, fêmeas voadoras e razão sexual, sendo a mais indicada também para o manejo de Chrysodeixis includens. A combinação de endossimbiontes Cardinium, Spiroplasma e Serratia proporcionou a linhagem ‘Folhas da terra’ a maior proporção de fêmeas. A dispersão no período de 24 horas das fêmeas de T. pretiosum atingiu um raio de 6,26 metros em couve e 6,07 metros em repolho, correspondendo a uma área de dispersão de 81,23 e 79,03 m2, respectivamente, podendo-se adotar 123 pontos de liberação por hectare para a cultura da couve e 126 para o repolho. Produtos denominados adubos foliares, podem ser tão prejudiciais quanto inseticidas a T. pretiosum, quanto ao contato tarsal. Da mesma forma, os fungicidas podem ser nocivos quanto ao contato tarsal, e inofensivos quando pulverizados sobre os ovos que serão ofertados a T. pretiosum. Apesar de seletivo quando exposto via contato tarsal, o Agree® promoveu uma redução na viabilidade dos ovos parasitados, quando a pulverização ocorreu sobre os ovos de Anagasta kuehniella. Os adubos foliares, Actilase Intense®, Alcygol B®, Boroplex®, Duo organo®, Organo cálcio®, não foram seletivos a T. pretiosum, exceto quando utilizado em mistura entre Boroplex®, Duo organo®,Organo cálcio®. Em cultivo comercial de repolho a liberação de 200 mil fêmeas de T. pretiosum é capaz de manter a população de Plutella xylostella, C. includens e Helulla undalis a baixo do nível de controle, reduzindo as necessidades de pulverização com inseticidas químicos em 100%, mesmo em períodos com condições climáticas mais favoráveis a reprodução dos insetos. As liberações inundativas de T. pretiosum representaram até 36,2% das operações manuais realizadas no cultivo de couve. No cultivo de repolho, os custos com monitoramento e liberação de T. pretiosum representaram até 19,2% das operações manuais. O custo de aquisição dos parasitoides representou 34,1% dos custos com materiais no cultivo de repolho verde, e 14,0% no repolho roxo. Nos cultivos de couve, representou apenas 20,9% dos custos com material de consumo. As liberações de T. pretiosum tem custo até 50% menor quando comparado ao da pulverização com inseticidas químicos. Além de proporcionar lucro operacional durante todos os cultivos realizados ao longo de um ano, proporcionando índices de lucratividade superiores a 70% e 50% nos cultivos de repolho verde e roxo, respectivamente. O índice de lucratividade no cultivo de couve foi superior a 85%.
  • ItemTese de doutorado
    Produtividade e características físico-químicas de frutos de pimentões submetidos a aplicação de sacarose e biofertilizante
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-10-27) Silva, Jéssica Danila [UNESP]; Fernandes, Dirceu Maximino; Pedrosa, Adriene Woods; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O estado de São Paulo produziu cerca de 115.500 toneladas de pimentões em 2020. A demanda estável e valor de mercado elevado faz com que os consumidores exijam um padrão de frutos cada vez mais atraentes e com qualidade. Em hortaliças a qualidade é um padrão relativo; pois as características físicas e químicas que a determinam devem ser observadas em conjunto, visto que as práticas agronômicas podem influenciar consideravelmente estes atributos. O pimentão se destaca como uma das hortaliças amplamente cultivadas em ambiente protegido com uso de práticas inovadoras; neste trabalho utilizou-se o híbrido ‘Taurus’ com frutos de coloração vermelho intenso do tipo retangular, por ser o padrão de preferência nacional. As pulverizações com solução de sacarose têm sido empregadas como uma prática de manejo ainda carente de embasamento científico, embora tenha se tornado um manejo usual em algumas culturas. A utilização de biofertilizantes no manejo nutricional de hortaliças tem se difundido como um insumo de múltiplas finalidades, por ser rico em proteínas, vitaminas, fito-hormônios, aminoácidos e minerais. Este trabalho tem a hipótese de que a aplicação de uma solução de sacarose a 5% associada a biofertilizante potencializa a capacidade produtiva das plantas e modifica algumas características referentes à qualidade dos frutos de pimentões. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso composto por 8 tratamentos e 5 repetições, disposto em fatorial (3x2) + 2, sendo 3 (sacarose em solução 5%, sacarose pulverizada 5% e adubação foliar) x 2 (presença e ausência de Microgeo® 3%) + 2 (testemunhas – cultivadas com a fertirrigação recomendada para a cultura). As características avaliadas em cada uma das colheitas foram número médio de frutos colhidos por planta, massa fresca de frutos, produção em kg por planta, pH, sólidos solúveis, acidez titulável, ratio, açúcar redutor, e concentração de minerais na polpa dos frutos. Duas aplicações de sacarose pulverizada a 5% associada ao biofertilizante a 3% contribuem para o aumento da massa fresca e proporcionam o aumento dos níveis de acidez titulável, sólidos solúveis e ratio, promovendo também um aumento de produção, maior teor de açúcares redutores e elevação da concentração de nitrogênio, potássio, boro, cobre e zinco nos frutos de pimentão.
  • ItemTese de doutorado
    Estudos agronômicos, diversidade química e genética de Justicia pectoralis Jacq.
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-06-18) Lima, Pauline Zonta de; Pereira, Ana Maria Soares; Bertoni, Bianca Waléria [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Justicia pectoralis é uma espécie medicinal nativa do Brasil, amplamente utilizada por comunidades tradicionais, conhecida como chambá, produz cumarina e umbeliferona as quais são responsáveis pelas atividades anti-inflamatórias, antiasmáticas e redução de edemas. A produção e acúmulo de cumarinas em plantas são influenciados por estádio de crescimento, fatores genéticos, ontogenéticos, sazonalidade, processo de secagem, entre outros. Considerando que a espécie J. pectoralis é utilizada amplamente no Brasil na produção de fitoterápicos, os objetivos deste trabalho foram: avaliar o efeito da época de colheita e rebrota quanto à produtividade de massa de parte aérea fresca e seca, teor de cumarinas nas partes aéreas, além de avaliar a variabilidade genética de indivíduos utilizados para fins medicinais. Os experimentos foram realizados em campo a partir de um único clone, o qual foi multiplicado por estacas. Os dados foram coletados a partir de plantas cultivadas por 3, 6, 9 e 12 meses e as colheitas das plantas que rebrotaram foram realizadas a cada três meses, ao longo de doze meses. As análises de quantificação e identificação das cumarinas foram realizadas utilizando CLAE (Cromatógrafo Liquido de Alta Eficiência) e CLUE (Cromatógrafo Liquido de Ultra Eficiência). A variabilidade genética foi avaliada por marcador molecular SCoT (Start Codon Targeted). Os resultados mostraram que a produção de cumarinas e desenvolvimento de J. pectoralis foi influenciada pela sazonalidade. A maior produtividade e teor de cumarina em plantas cultivadas por um ano ocorreu no verão, estação que apresentou maior índice pluviométrico. Quanto à análise genética, os 15 primers utilizados geraram 204 bandas, sendo 95 polimórficas. A similaridade genética entre os indivíduos foi de 75% e a análise por UPGMA agrupou os indivíduos em 3 grupos distintos. Além disto, houve a formação de três grupos gênicos. A altura da planta e o número de gemas foram as características morfométricas que mais contribuíram na diferenciação entre os genótipos avaliados. Quanto ao teor de cumarina e umbeliferona, os genótipos foram classificados em três grupos com teores alto, médio e baixo, e houve uma correlação positiva entre as cumarinas analisadas.
  • ItemTese de doutorado
    Cadeia produtiva dos frutos da Campomanesia phaea (cambuci): prospecção de produtos medicinais, aromáticos e alimentícios e sua inserção no mercado
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-03-05) Ronchi, Helena Souza; Bonfim, Filipe Pereira Giardini [UNESP]; Carvalhaes, Mariana Aparecida; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Objetivou-se neste trabalho estudar a produção e a comercialização do fruto do cambuci, bem como, prospectar novos produtos com potenciais cosméticos e medicinais. A coleta de dados da produção e comercialização foi realizada através de entrevistas semi-estruturadas onde pretendeu-se: caracterizar os produtores que realizam essa prática atualmente; o manejo empregado na produção dos frutos; os produtos desenvolvidos a partir do cambuci; e a relação comercial desenvolvida. Foram entrevistados 10 produtores de cambuci, onde os quais possuem uma relação longa de trabalho com a espécie. Para 80% dos entrevistados, a atividade econômica gerada a partir dos frutos funciona como uma alternativa de complementação de renda, já que essa prática corresponde 40% da renda arrecadada mensalmente. Eles trabalham no manejo da planta há mais de dez anos e trocam, entre eles, técnicas que melhoram a eficiência da produtividade da fruta, já que existe carência de informações e pesquisas sobre melhores técnicas produção da planta. Eles definiram procedimentos desde a produção de mudas e tratos culturais até a pós colheita e comercialização. A relação comercial do fruto e dos produtos alimentícios elaborados a partir dele é informal. A prática comercial é realizada, indicada por 100% dos produtores, na base da confiança com o consumidor. E os produtos são artesanais, o que visto por um lado de grande interesse do consumidor, pois esse produto traz com ele originalidade e valorização cultural. Mas já por um outro, como um produto que não seguem legislações especificas para a venda e comércio, podendo trazer riscos. Quanto a prospecção de novos produtos, este foi realizado a partir do extrato absoluto dos frutos do cambuci. O extrato foi obtido através de duas técnicas: enfloração (enfleurage) e extrato etanólico e deles, foram realizadas análises de compostos bioativos, os compostos voláteis e a atividade biológica. Para os compostos bioativos foram realizadas as análises de atividade antioxidante pela redução do Ferro (FRAP). E por sequestro do radical livre (DPPH). Foi determinado ainda, os compostos fenólicos totais pelo espectrofotométrico com o uso reativo de Folin-Ciocalteau. A identificação das substâncias voláteis foi realizada através do micro extração em fase sólida (SPME, do inglês Solid Phase Microextraction). Para analisar a capacidade antibacteriana, foram testadas cepas de Listeria monocytogenes (ATCC 7644), Staphylococcus aureus (ATCC 25923), Escherichia coli (ATCC 25922) e Pseudomonas aeruginosa (ATCC 27853). Os micro-organismos foram espraiados sobre placa com ágar Müeller-Hinton (Kasvi®, São José dos Pinhais, Brasil) na concentração de 1,5x108 UFC mL-1 em solução salina (0,85% NaCl p/v). Para determinar a atividade antifúngica, foram utilizados os fungos filamentosos Fusarium oxyporum (IOC 4065), Aspergillus fumigatus (IOC 0081), Penicillium expansum (IOC 4076) e Candida albicans (IOC 2508). As placas foram incubadas por 72 h a 30ºC. Foi utilizada salina 0,85% (NaCl m/v) como controle negativo e anfotericina B a 2 mg mL-1 (Anforcin B 50 mg- Cristália®, Itapira, Brasil) como controle positivo. Os resultados gerados nas três frentes indicaram boas perspectivas para novos usos para o fruto de cambuci, além do uso alimentício, o que é praticado atualmente. Os extratos do fruto mostraram ações de atividade antioxidantes, bem como controle tanto da atividade bacteriana quanto fungicida. E quanto aos compostos voláteis foi possível observar uma diferença de compostos entre os extratos, porém, apresentaram aromas que poderiam ser utilizados tanto na aromatização de alimentos como em indústrias fármaco-cosméticas.
  • ItemTese de doutorado
    Aplicação de ferro e intensidade de radiação solar modula o metabolismo em plantas de Mentha piperita L.
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-02-10) Gonçalves, Fabrício Custódio de Moura [UNESP]; Ono, Elizabeth Orika [UNESP]; Rodrigues, João Domingos [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A hortelã-pimenta (Mentha piperita L.) é uma planta medicinal com potencial na medicina tradicional, indústria farmacêutica e de perfumes. Os compostos ativos das plantas resultam tanto do metabolismo primário como do secundário, mais recentemente denominado especializado. Condições ambientais, como intensidade da radiação solar e a nutrição mineral modulam o metabolismo vegetal influenciando a fisiologia, bioquímica e anatomia desses indivíduos. O presente estudo tem como objetivo analisar respostas fisiológicas, bioquímicas e anatômicas em plantas de M. piperita submetidas à aplicação de ferro (Fe) e diferentes intensidades de radiação solar. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, com controle de umidade e temperatura. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado em esquema fatorial com 2 fatores: concentrações de Fe (5 concentrações) e 2 condições de irradiância I100% (pleno sol) e I50% (irradiância 50%). As concentrações de Fe aplicados via foliar foram: 0 (controle), 0,5, 1,0, 1,5 e 2,0 g L-1 e duas condições de irradiância, I100% e I50%. Foram realizadas avaliações de crescimento, teores de pigmentos, Fe foliar e, carboidratos, bem como trocas gasosas, fluorescência da clorofila a, respostas relacionadas ao sistema antioxidante e modificações anatômicas. No capítulo 1, os resultados revelam que em curto período de tempo, a maior sensibilidade as maiores concentrações de Fe são causadas pelo comprometimento da fotossíntese, como a concentração interna de CO2 (Ci) e eficiência de uso de água, desencadeada por dano oxidativo e sua consequente incapacidade de extinguir o excesso de energia entre os fotossistemas, como revelado pela elevação de coeficiente de extinção fotoquímica (qP) e diminuição de quenching não fotoquímico (NPQ). A condição de I50% eleva os valores de clorofilas (a e b), carotenoides, Ci, transpiração, fluorescência mínima da folha adaptada ao claro (F0'), fluorescência máxima da folha adaptada ao escuro (Fm) e ao claro (Fm’), eficiência quântica da antena (Fv’/Fm’), fluorescência variável adaptada ao claro (Fv’) e ao escuro (Fv). A condição em pleno sol (I100%) aumenta a fluorescência mínima da folha adaptada ao escuro (F0) e a taxa de transporte de elétrons. Nos capítulos 2 e 3, os resultados revelam que o crescimento, concentração de clorofilas, assimilação e uso de CO2 são influenciados positivamente pela aplicação com concentrações menores de Fe, refletindo em maior produção de biomassa total. De maneira em geral, a aplicação de Fe não prejudica o aparato fotossintético, sem alteração na produção de peroxido de hidrogênio, apesar de modificar discretamente peroxidação lipídica, no entanto, incrementa respostas do sistema antioxidantes. A condição I100% reflete positivamente em incrementos de trocas gasosas, biomassa e compostos fenólicos totais. No capítulo 4, o teor de Fe foliar é proporcional a concentração aplicada desse elemento e com maior acúmulo em condição de menor incidência solar (I50%). Plantas pulverizadas com 1,5 g L-1 de Fe em condição de I50% aumenta a espessura do mesofilo foliar. A área ocupada pelos espaços intercelulares do mesofilo foi afetada significativamente na presença de 1,5 g L-1 de Fe sob redução do nível de irradiância (I50%). A aplicação de Fe reduz o número de elementos condutores na nervura principal. De maneira em geral, o ambiente com sombreamento (I50%) diminui espessuras da epiderme da face adaxial e dos parênquimas paliçádico e esponjoso. Em busca de maior produtividade de plantas de M. piperita, recomenda-se concentrações menores de Fe e cultivo em condição de maior intensidade de radiação solar.
  • ItemTese de doutorado
    Fisiologia da brotação e do florescimento e produção de pessegueiros cultivados em região subtropical
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-01-29) Ferreira, Rafael Bibiano [UNESP]; Leonel, Sarita; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A baixa disponibilidade de frio durante o inverno compromete o desenvolvimento do pessegueiro, ocasionando sintomas que reduzem a capacidade produtiva das plantas. Nestas condições, é necessária a utilização de produtos químicos que estimulem a brotação das plantas. Embora existam diversos produtos com potencial de utilização, ainda há poucos estudos que demonstrem sua eficiência na cultura do pessegueiro. Além disto, os mecanismos de ação destes compostos no metabolismo das plantas ainda não foram devidamente esclarecidos. Diante disto, objetivou-se com o presente trabalho avaliar o desempenho agronômico de pessegueiros submetidos à aplicação de indutores de brotação, bem como o efeito dos produtos no conteúdo de compostos nitrogenados, nas gemas das plantas, em Botucatu – São Paulo. Os tratamentos foram constituídos por 3 indutores de brotação: Cianamida Hidrogenada (CH) (0,6%); Fertilizante Foliar Nitrogenado (2,5%) + Nitrato de Cálcio (4%) (FFN + NC); Nitrato de Cálcio (NC) (4%) e a testemunha (água). Foram avaliados os cultivares de pessegueiro Douradão, durante dois ciclos produtivos (2017 e 2018), e BRS Kampai, durante um ciclo produtivo (2017). Avaliaram-se as seguintes variáveis: conteúdo de compostos nitrogenados nas gemas; fenologia da floração, porcentagem de florescimento, porcentagem de brotação, frutificação efetiva, número de frutos, produção, produtividade e a eficiência produtiva das plantas; massa fresca, diâmetro, comprimento, formato, teor de sólidos solúveis, acidez titulável, pH, compostos fenólicos totais, flavonoides totais e a atividade antioxidante dos frutos. Em relação ao cultivar Douradão, a aplicação da CH (0,6%) aumenta, antecipa e concentra a florada das plantas. Além disto, o produto incrementa a frutificação efetiva e a produção. O FFN + NC e a CH promovem incrementos no conteúdo de polifenóis e da atividade antioxidante dos frutos, atributos de qualidade interessante ao consumo. A aplicação da CH promove aumento dos níveis de espermidina nas gemas vegetativas e floríferas das plantas do cultivar BRS Kampai, o que refletiu no aumento da brotação e do florescimento nos ramos das plantas. Entretanto, o tratamento com CH apresentou produção (kg planta-1 ) semelhante ao FFN + NC. A utilização de NC (4%) como indutor de brotação não promove aumento do florescimento e da produção de frutos dos dois cultivares de pessegueiro avaliados, em Botucatu – SP.