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Patógenos transmissíveis via sêmen suíno e o risco associado à reprodução

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Orientador

Oliveira, Luís Guilherme

Coorientador

Pós-graduação

Curso de graduação

Jaboticabal - FCAV - Medicina Veterinária

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Trabalho de conclusão de curso

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

A produção tecnificada de suínos tem crescido significativamente nas últimas décadas, com a inseminação artificial (IA) desempenhando papel crucial nesse desenvolvimento ao propiciar um manejo reprodutivo eficiente, com maior ganho genético nos rebanhos. No entanto, essa técnica pode representar um potencial risco caso ocorram falhas no controle sanitário dos reprodutores destinados a produção de doses inseminantes. Um único ejaculado diluído origina dezenas de doses inseminantes, assim, no caso de contaminação do sêmen, patógenos podem ser disseminados para várias matrizes, inclusive em diferentes propriedades e regiões. A obtenção de sêmen estéril é tecnicamente inviável, a passagem de microorganismos para o sêmen sêmen pode ocorrer tanto no próprio organismo do cachaço quanto por contaminação externa no momento da coleta e processamento. Embora na maioria dos casos os microorganismos encontrados não representem risco sanitário, a literatura identifica também diversos patógenos de importância econômica e sanitária no sêmen suíno, incluindo vírus como os da Peste Suína Clássica, Peste Suína Africana e PRRS, cuja possibilidade de transmissão via IA está comprovada. Outros agentes como circovírus, herpesvírus e parvovírus apresentam risco potencial, com transmissão demonstrada experimentalmente utilizando sêmen com adição de inóculo viral, enquanto bactérias como Brucella spp. e Leptospira spp. carecem de evidências conclusivas, mas exigem atenção. Diante desse cenário, torna-se imprescindível que os centros de coleta e processamento de sêmen adotem rigorosos protocolos de biosseguridade, com monitoramento sanitário frequente dos reprodutores, padronização de procedimentos e rastreabilidade das doses inseminantes, sempre em conformidade com as normativas vigentes. Embora os riscos sejam relativamente baixos, as consequências de falhas sanitárias podem ser graves, reforçando a necessidade de sistemas robustos de vigilância para garantir a segurança e sustentabilidade da IA na suinocultura moderna.

Resumo (inglês)

The industrial swine farming has grown significantly in recent decades, with artificial insemination (AI) playing a crucial role in this development by enabling efficient reproductive management and greater genetic gains in herds. However, this technique can pose a potential risk if there are failures in the sanitary control of boars used for semen production. A single extended ejaculate yields dozens of insemination doses, meaning that if the semen is contaminated, pathogens can spread to multiple sows, even across different farms and regions. Obtaining sterile semen is technically unfeasible, as microorganisms can be present in the boar’s own organism or introduced through external contamination during collection and processing. While in most cases the microorganisms found do not pose a sanitary risk, scientific literature also identifies various pathogens of economic and sanitary importance in swine semen, including viruses such as Classical Swine Fever virus, African Swine Fever virus, and PRRS virus, whose transmission via AI has been proven. Other agents like circovirus, herpesvirus, and parvovirus present a potential risk, with transmission demonstrated experimentally using semen spiked with viral inoculum. Meanwhile, bacteria such as Brucella spp. and Leptospira spp. lack conclusive evidence but still require attention. Given this scenario, it is essential that semen collection and processing centers adopt strict biosecurity protocols, including frequent monitoring of breeding boars, standardized procedures, and traceability of insemination doses, all in compliance with current regulations. Although the risks are relatively low, the consequences of health failures can be severe, reinforcing the need for robust surveillance systems to ensure the safety and sustainability of AI in modern swine production.

Descrição

Palavras-chave

Suínos, Reprodução animal, Andrologia veterinária, Inseminação artificial

Idioma

Português

Citação

COSTA, H. C. Patógenos transmissíveis via sêmen suíno e o risco associado à reprodução. 2025. 46 f. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Medicina Veterinária) - Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho, Jaboticabal, 2025.

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